terça-feira, 9 de outubro de 2018

#elesnão


Estamos na reta final da corrida presidencial e dois candidatos despontam para um possível segundo turno: Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). E por que o título deste texto é #elesnão? Porque, na minha opinião, nenhum dos dois é uma boa alternativa para comandar o Brasil. 

 

 

Estamos na reta final da corrida presidencial e dois candidatos despontam para um possível segundo turno: Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). E por que o título deste texto é #elesnão? Porque, na minha opinião, nenhum dos dois é uma boa alternativa para comandar o Brasil. Aos motivos:
Bolsonaro: Arquivo do Estadão / Haddad: Nilton Fukuda


– Haddad


Como prefeito de São Paulo, foi um razoável gestor. Mas é cercado de companhias que não me agradam nem um pouco. Começando pela vice, Manuela D´Ávila (PC do B). Não consigo imaginar as propostas do partido dela como plano político para o nosso país. Se resolverem colocar as ideias em prática, nós vamos quebrar.

E há muitos outros motivos para eu não gostar da ideia de ver Haddad como presidente do Brasil. Imaginem as seguintes pessoas no poder:
  1. Lula como ministro de qualquer pasta ou Lula, da cadeia, comandando o Brasil;
  2. José Dirceu na Casa Civil;
  3. Dilma Rousseff como presidente do Senado;
  4. Petrobras novamente sob controle do PT (imaginem a possibilidade de uma Lava Jato 2).
Isso, entre muitas outras questões que já abordei neste blog nos últimos anos  (vou colocar os links no final deste texto), como ideias econômicas ultrapassadas e aliados de passado duvidoso. Haddad no poder seria um baita retrocesso econômico e ético.


– Bolsonaro


Na questão desonestidade, tem um caso solto sobre dinheiro da JBS que ele teria devolvido e depois recebido via partido – nada além disso. Mas há um grupo em volta dele que eu acho um pouco estranho. Um vice (general Hamilton Mourão) que não sabe ficar calado, adora uma polêmica. Geralmente o vice é uma pessoa que dialoga com o Congresso. Imaginem o Mourão tomando um “não” dos deputados ou senadores. Vai rodar nas tamancas.

Além disso, há um clima horroroso se instalando entre o candidato e o seu principal nome para a equipe de ministros: Paulo Guedes (Fazenda). Já descobrimos que não é bem assim aquele discurso inicial de que o economista teria total liberdade para fazer o que quisesse. No mês passado, quando Guedes começou falar em palestras sobre algumas propostas, como mudança no IR e criação de uma CPMF, Bolsonaro surtou e ligou do, hospital, para o “comandante da economia”, proibindo que ele aparecesse em público por um tempo. Resultado: Paulo Guedes cancelou presença em 3 eventos onde falaria das propostas do governo Bolsonaro para a economia. Prova de que não terá um poder tão grande e absoluto, como sempre foi anunciado pelo Bolsonaro. Na verdade, tenho medo de que possa se tornar um fantoche do Bolsonaro, como o Haddad está sendo do Lula.

Outra questão que me preocupa é o “efeito Macri”. O que é isso? Se Bolsonaro não ceder cargos para partidos e não souber conversar com o Congresso, não vai conseguir aprovar muita coisa. Infelizmente nossa legislação dá muita força ao “toma lá, dá cá”. Aliás, no ano passado, fiz um curso sobre o funcionamento do Congresso Nacional e uma coisa me deixou de queixo caído: qualquer assunto só é votado nas duas casas (Câmara e Senado), se os presidentes das duas casas lerem, no começo da sessão, o que será votado, o projeto quase todo. Se eles não lerem, pode esquecer, não entra na pauta. O Renan Calheiros, quando presidente do Senado, segurava várias propostas encaminhadas pela Dilma e não tinha “quase nada” que o fazia seguir com a tramitação (o “quase nada” é de livre interpretação do leitor). Dada essa situação, se o Bolsonaro não souber dialogar com o Congresso, vai ter muita dificuldade para aprovar as medidas necessárias para fazer o Brasil caminhar. E nós vamos é ter saudades das trapalhadas do Temer.

Uma coisa curiosa na trajetória do Bolsonaro candidato a presidente é a mudança de discurso ao longo da campanha. No início, ele achava (ao menos publicamente) que tudo deveria ser privatizado – exatamente como defende seu nome para comandar o Ministério da Fazenda, o Paulo Guedes. Em questão de semanas, mudou de ideia, dizendo que a Petrobras ele não privatizaria. Depois veio com um papo de que não vende o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal. E, nesta semana, aumentou a lista das não privatizáveis, incluindo Furnas e outras empresas ditas estratégicas.

Sem contar discursos contra indígenas e quilombolas, que podem provocar revolta na população. Ou vamos fazer igual a ele, que, quando pressionado, diz que é tudo brincadeira.


Sugestão


O meu maior medo é que se repita, em 2018, o que aconteceu em 2014: uma eleição tão polarizada, que deixou a população dividida, o Congresso dividido, gerando um clima absolutamente hostil. A coisa mais ética e sensata seria o ganhador chamar o perdedor para conversar e transmitir ao vivo essa conversa, para nós sabermos que existe uma chance de convívio civilizado entre eles, com embate somente de ideias, para o bem da população brasileira. Eu digo a vocês que o “LuDdad” até chamaria o “BolsoGuedes”, que não aceitaria. Mas não consigo ver o cenário inverso: BolsoGuedes convidando o LuDdad para conversar. Espero que eu esteja enganado.


Conclusão


Existem nomes melhores do que Jair Bolsonaro e Fernando Haddad para comandar o Brasil, isso é fato. Mas sou totalmente a favor da democracia e de que, portanto, o povo escolha o que considera melhor para nós. Minha preferência seria por um terceiro nome, mas acho muito difícil. Começo a acreditar até que o Bolsonaro leva no primeiro turno.

Na minha opinião, entre os dois, vale mais a pena apostar nas ideias do BolsoGuedes e dar a eles o benefício da dúvida, do que apostar nas propostas do LuDdad, que já sabemos que podem causar sérios problemas mais para frente. Tem gente falando que os analistas preferem o BolsoGuedes. Mas a verdade é que eles não querem, de jeito nenhum, o LuDdad. E aí o que sobra vira rei.

Uma última coisa curiosa: sei que vou apanhar dos eleitores dos dois lados – de quem apoia o BolsoGuedes e de quem vota LuDdad. Vão dizer que estou surtado, que sou burro etc. Mas acho que a maioria não vai nem se dar ao trabalho de ler este texto. Então, vamos lá, a proposta é: quem leu até o fim , por favor, escreva nos comentários a palavra Esperança.


Um consciente e tranquilo dia de eleições para todos nós!



 https://economia.estadao.com.br/blogs/economia-a-vista/elesnao/

Participação de Seripieri na Qualicorp vai a 15% com aquisição de 500,1 mil ações

Resultado de imagem para logo Qualicorp

A Qualicorp informou nesta terça-feira, 9, que a participação de José Seripieri Filho, detida por intermédio do L2 Participações Fundo de Investimento, alcançou ontem 42.500.010 ações ordinárias, o correspondente a 15,0083% das ações emitidas pela companhia, com a aquisição de 500,1 mil ações. Até então, a participação do fundo L2 Participações era de 14,83%, segundo informações disponíveis no site da B3.

Em comunicado ao mercado, a empresa informa que o objetivo da participação societária é um investimento de longo prazo e não envolve alteração do controle acionário ou de sua estrutura administrativa.

Seripieri se comprometeu a recomprar R$ 150 milhões em ações da administradora de planos de saúde até o fim do ano, após polêmica gerada pelo controverso acordo de não competição firmado na semana passada, que levou a queda de quase 30% nas ações da companhia. O valor é equivalente à indenização recebida pelo executivo na ocasião.


Miolo lança linha Single Vineyard na região Sul


Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre receberão eventos comandados por Adriano Miolo 

 

Por Marcos Graciani

 

graciani@amanha.com.br
Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre receberão eventos comandados por Adriano Miolo


Adriano Miolo (foto), enólogo e superintendente da premiada vinícola Miolo, lançará a linha Single Vineyard em um tour pelo Sul. Curitiba será a primeira capital a receber o evento no dia 23 de outubro. No dia 25, Florianópolis será palco para a apresentação das novidades. Porto Alegre terá sua vez no dia 31 de outubro. A linha já foi lançada em São Paulo em agosto. Foz do Iguaçu, Recife e Brasília receberam o lançamento em setembro. Na terça-feira (2), a vinícola apresentou os novos rótulos em Belo Horizonte.  

Os rótulos integram uma categoria que carrega um novo conceito de vinhos no Brasil. Single Vineyard é um vinho de um único vinhedo, onde se encontra a máxima expressão do terroir.  A singularidade da linha provém da característica de solo do microlote selecionado onde foram produzidas as uvas. “Nosso objetivo é atender um nicho de mercado, uma categoria na qual ainda não atuávamos. Single Vineyard é um conceito pouco explorado no Brasil e que a Miolo emprega após vários anos de pesquisa e desenvolvimento de parcelas singulares de solo em seus vinhedos. O fato de termos praticamente 1 mil hectares de vinhedos com 275 parcelas mapeadas nos permitiu que realizássemos incontáveis testes em diversos tipos de solos nestes microlotes, num universo de mais de 40 variedades em quatro regiões diferentes do Brasil”, destaca Adriano.

Nas versões Riesling Johannisberg, Touriga Nacional, Pinot Noir e Syrah, a linha Single Vineyard (foto) foi elaborada com uvas dos vinhedos do Rio Grande do Sul e da Bahia. Os vinhos, que apresentam qualidade excepcional, vêm em lotes limitados e numerados, reforçando a exclusividade da proposta e a singularidade de cada garrafa. A nova linha tem como foco o canal on-trade, segmento que inclui restaurantes, wine bars, delis e casas especializadas. São bebidas exclusivas, gastronômicas e que trazem a interpretação ao estilo Miolo de produzir uvas diferenciadas, algumas ainda pouco conhecidas.
Entre as menos conhecidas está a Riesling Johannisberg, estrela do único vinho branco da linha Miolo Single Vineyard. Elaborado na safra 2018 – considerada a melhor da década para a vinícola – esse rótulo tem origem em um microlote do vinhedo da Toca do Tigre, terroir da Campanha Central (RS). A casta é uma das grandes uvas brancas da Alemanha, com personalidade marcada pela elegância e complexidade. Quem dá grandeza destacada à linha Miolo Single Vineyard é a variedade portuguesa Touriga Nacional, que proporciona vinhos sofisticados, sabores intensos e aromas distintos. O vinho, elaborado a partir das uvas colhidas em uma pequena parcela do Vinhedo da Tapera, na Campanha Meridional (RS), já nasceu premiado: este ano foi considerado, pelo Guia Descorchados, como o melhor tinto, com 93 pontos.

Também da Campanha Meridional (RS) vem o Miolo Single Vineyard Pinot Noir, cultivado em um microlote do Vinhedo da Ponte com uma das grandes uvas originárias da região da Borgonha, na França. A cepa entrega vinhos elegantes, delicados e admirados no mundo todo. No Vale do São Francisco, na Bahia, nasce o Miolo Single Vineyard Syrah, elaborado com uvas de um microlote do Vinhedo do Mandacaru. A casta, versátil e bem adaptada ao solo árido às margens do Rio São Francisco, dá origem a um vinho expressivo e complexo.


Serviço – Lançamentos da Single Vineyard no Sul 

Curitiba – 23 de outubro (19h30)Restaurante Saanga Grill
Av. Iguaçu, 2423 – Bairro Água Verde
Valor individual: R$ 115
Valor por casal: R$ 195
Reservas e Informações: (41) 3342-3474
Florianópolis – 25 de outubro (20h)
Restaurante Jay Bistrô
Avenida dos Búzios, 1136 - Jurerê Internacional
Valor por pessoa: 165
Reservas e Informações: (48) 3364-5997
Porto Alegre – 31 de outubro (20h)
Restaurante Le Bistrot
Alameda Alípio César, 22 – Boa Vista
Valor individual: R$ 168
Reservas e Informações: (51) 3346-9257


Indústrias gaúcha e paranaense crescem acima da média nacional


Santa Catarina, porém, teve queda maior, de acordo com dados divulgados pelo IBGE

 

Por Agência Brasil 

 

redacao@amanha.com.br
Indústrias gaúcha e paranaense crescem acima da média nacional


Apesar da queda de 0,3% na indústria nacional, a produção cresceu em nove dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de julho para agosto deste ano. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, a maior alta foi observada em Mato Grosso (3%), seguido da Bahia (2,7%) e de Pernambuco (2,6%).

Também apresentaram crescimento as indústrias do Ceará (1,5%), Rio Grande do Sul (0,8%), Paraná (0,7%), Minas Gerais (0,5%) e Goiás (0,2%). O IBGE também analisa o comportamento da indústria nos nove estados da Região Nordeste como um todo. Nessa região, a produção cresceu 1,5%. Por outro lado, seis estados tiveram queda na indústria: Amazonas (-5,3%), Pará (-1,1%), Espírito Santo (-0,9%), São Paulo (-0,9%), Santa Catarina (-0,7%) e Rio de Janeiro (-0,3%).

Na comparação com agosto de 2017, a indústria cresceu em 11 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Rio Grande do Sul (12,3%), Pernambuco (11,7%) e Pará (11%). Dos quatro locais em queda, o recuo mais acentuado foi observado no Amazonas (-6,7%). No acumulado do ano, também houve altas em 11 dos 15 locais pesquisados. Os maiores crescimentos foram registrados no Amazonas (10,9%) e Pará (9,2%). Quatro locais tiveram queda, as mais expressivas em Goiás (-3,6%) e no Espírito Santo (-3,4%). Já no acumulado de 12 meses, a produção cresceu em 13 locais. Amazonas e Pará tiveram os melhores desempenhos, com altas de 10,1%. Os dois locais em queda foram Espírito Santo (-3,1%) e Minas Gerais (-0,8%).



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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Mercado erra ao subestimar riscos com Bolsonaro, diz economista

Para Paulo Leme, ex-presidente do Goldman Sachs no Brasil, investidores desconsideram falta de habilidade política para aprovar reformas no Congresso

 


Ao preferir o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ao petista Fernando Haddad (PT), o mercado financeiro está “grosseiramente subestimando os riscos futuros”, diz o economista Paulo Leme, professor visitante na Universidade de Miami. Para ele, os investidores estão desconsiderando a falta de habilidade política de Bolsonaro, que deverá pesar na hora de aprovar reformas no Congresso.

O economista, ex-presidente do Goldman Sachs no Brasil, afirma que ambos os candidatos são “péssimos” e a tendência é de deterioração ainda maior do cenário econômico e político brasileiro. “Em resumo, eu vendo”, diz, o economista, usando um jargão do mercado financeiro, que faz referência à aposta de que os ativos vão se desvalorizar. A seguir, trechos da entrevista.

Em abril, o sr. disse que a probabilidade de um candidato do establishment ser eleito era de 60%. O que ocorreu que os 40% prevaleceram?
O mesmo fenômeno que vimos nos EUA e no mundo inteiro. Os formadores de opinião e de preços de mercado não estão conectados com a realidade do País. O Brasil está dividido mais para a esquerda e para a direita do que no centro. E foi nessa leitura que errei grosseiramente. Eu achava que dois terços (da população) estavam no centro. Mas, na realidade, não passa de 20%.

Não houve também uma confusão no mercado entre desejo e realidade?
Acho que sim. Uma coisa é o que você gostaria e outra é a realidade. Mas houve um viés. Esse foi o passado. E o futuro será igual. O mercado está precificando o Haddad como o cenário ruim e, goste ou não goste do Bolsonaro, acha que ele não é tao ruim. Novamente o mercado está grosseiramente subestimando os riscos futuros.
O que tem de ser feito no País de ajuste fiscal e reformas para retomar crescimento e distribuição de renda precisa de habilidade política, o que não vejo nesse candidato. Espero estar errado. O mercado está recaindo em um novo erro ao subestimar a dificuldade de governar, da mesma maneira que superestimou o PIB no começo do ano, superestimou a chance do centro ganhar as eleições e de ter um candidato reformista.

Haddad seria uma opção melhor? Teria capacidade política e interesse em reformas?
Não estou dizendo que seria melhor. O mercado está achando que Bolsonaro seria melhor que Haddad. Eles são péssimos, cada um por suas razões.

Há quem veja o Haddad como um petista moderado…
Acho difícil. Acho que serão as mesmas pessoas (dos governos petistas anteriores) fazendo as mesmas coisas e com resultados piores, porque o País está em condições piores.

Há então uma responsabilidade dos políticos de centro, que não se uniram para lançar uma candidatura competitiva?
Acho que há uma desconexão. As lideranças não fizeram as escolhas acertadas, não só de candidatos como também de coalizões. Há também a questão de que a correia de transmissão está quebrada. Não há formações de novos líderes na velocidade suficiente para preencher esse vácuo deixado penosamente pela Operação Lava Jato.

O sr. está pessimista com os dois candidatos com maior intenção de votos. Acha que a situação vai se deteriorar ainda mais?
Em resumo, eu vendo. Dados os desafios, que são enormes, e que existe uma dificuldade de representatividade política, vai ser uma surpresa para mim, se der certo.

O sr. já falou da necessidade de se fazer ajuste fiscal, mas cuidando do crescimento. Como o novo governo pode fazer isso?
O equilíbrio fiscal tem de ser (buscado) muito rápido e com corte de gastos. Não tem mais ajuste gradual viável.

Com aumento de imposto também?
Tem de ser muito mais na parte de corte de gastos, de subsídios, de transferências. Você vai preencher o outro lado (de receitas) via crescimento da economia. Tem de cuidar de toda a parte estrutural para aumentar a produtividade, o investimento e o consumo privado. Pelo lado da produtividade, você pode fazer no dia zero: cortar barreiras alfandegárias. Isso barateia importação de máquinas.

Tem de ter uma reforma bancária abrangente para aumentar o volume de crédito e reduzir o seu custo. Vai ter de atacar um problema grave de falta de concorrência do setor privado brasileiro. Por último, tem de ter um esforço em mecanismos que atraiam segurança jurídica, regulatória, investimento privado estrangeiro para um grande aumento de obras de infraestrutura, para poder estimular investimento.

Na Argentina, quando Macri chegou ao poder, o mercado comemorou. O projeto dele era estabilizar a economia para atrair investimento estrangeiro, que não chegou. Isso pode ocorrer aqui? A Argentina é um excelente exemplo de que só papo não cola. Lá, não teve ajuste fiscal nenhum. Ele não fez absolutamente nada do que prometeu. O setor privado, o investidor estrangeiro, vai querer ver para crer, não o contrário.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Banco Mundial reduz pela metade previsão do PIB de 2018


Órgão também revisou estimativa para economia brasileira em 2019

 

Por Agência Brasil 

 

redacao@amanha.com.br
Banco Mundial reduz pela metade previsão do PIB brasileiro
O Banco Mundial (foto) reduziu pela metade a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano. No relatório regional semianual “Sobre Incertezas e Cisnes Negros: Como Gerenciar Riscos na América Latina e Caribe”, a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB)caiu de 2,4% de 1,2%. Para 2019, também houve diminuição na estimativa para o crescimento do PIB: de 2,5% para 2,2%.

No relatório, o Banco Mundial lembra que, no fim de junho, o Banco Central reduziu sua estimativa de crescimento em 2018 para 1,6% (a previsão anterior era de 2,6%), após a greve dos caminhoneiros que paralisou setores da economia. “A persistência de grandes e aparentemente intratáveis déficits fiscais, a falta de uma reforma previdenciária significativa e a crescente incerteza política sobre as eleições de outubro, em conjunto com a recente apreensão em mercados de capital internacional, colocaram em questão até mesmo esse crescimento modesto, com a previsão atual [do Banco Mundial] em 1,2% para 2018”, descreve o relatório.



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Dólar e bolsa agora, na visão de especialistas


Ações de estatais devem apresentar um desempenho positivo – entre elas a paranaense Copel

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Ações de estatais devem apresentar um desempenho positivo – entre elas a paranaense Copel


O mercado repercute nesta segunda-feira (8) o desempenho de Jair Bolsonaro (PSL) no primeiro turno. Com a manutenção de seu favoritismo na disputa e a distribuição das cadeiras da Câmara, na qual a centro-direita chegou perto de 380 – o que joga a favor da governabilidade de Bolsonaro caso seja eleito, assim como na potencial aprovação das reformas – os agentes econômicos reagem positivamente. Perto das 13h, o Ibovespa subia 3,5%, aos 85.210 pontos. Porém, pela manhã chegou a valorizar 6,1%. O giro financeiro já acumula um total de R$ 12 bilhões. No câmbio, o dólar comercial acumulava uma retração de 2%, cotado a R$ 3,7768.

Porém, como a bolsa e o dólar se comportarão a partir de agora? O portal AMANHÃ ouviu especialistas e recolheu opiniões sobre o tema. O JP Morgan avalia que o Ibovespa alcançará os 90 mil pontos rapidamente, o que representa um avanço de 9,3% em relação ao fechamento de sexta-feira (5). Na visão do banco, ações de estatais devem apresentar um desempenho positivo – entre elas a paranaense Copel (foto). Em relação aos cenários para a moeda norte-americana, o JP Morgan estima que a divisa possa ir até R$ 3,80, uma queda de 1,5%.

Robério Costa, economista-chefe do Grupo Confidence, avalia que é um momento especialmente delicado para fazer projeções para o câmbio, sobretudo durante a fase de definição até o segundo turno. Na possibilidade de Bolsonaro assumir a liderança imediata das pesquisas, retirando a incerteza do resultado, é mais provável que o dólar caia, podendo voltar ao patamar de R$ 3,40.  “O mercado vê no candidato a possibilidade da continuação da política macroeconômica com o ambiente propício para aprovar reformas constitucionais, principalmente a da previdência”, entende Costa. Porém, caso as próximas semanas apontem para a virada de Haddad sobre Bolsonaro, a volatilidade deve se elevar e o câmbio pode voltar a ficar acima dos R$ 4, podendo superar o recorde dos R$ 4,20. “Em meio a esses dois cenários, várias combinações podem ser imaginadas. Nenhum desses movimentos de curto prazo, no entanto, é determinante para o dólar ao longo do próximo ano. Muito mais importante será o fluxo de capitais estrangeiros nesse horizonte, que depende do interesse dos investidores externos no Brasil e das condições da economia global”, sintetiza Costa. 
 
Nicolas Takeo, analista da corretora Socopa, também prevê que o Ibovespa possa alcançar 91 mil pontos no curto prazo. “Os estrangeiros estão desalocados em [papéis do] Brasil, assim a vitória de um candidato mais alinhado com o mercado pode abrir caminho para os investidores recomporem posições em ações de risco doméstico”, opina Takeo. Para a corretora XP, “a bolsa será um dos ativos mais atrativos no Brasil (seguido pela curva longa e por último o dólar), seja pelo desconto que a bolsa negocia em relação ao seu histórico, pela potencial revisão positiva de lucro para os próximos anos ou pela alocação baixa a bolsa no Brasil vis a vis o histórico”. Ainda segundo a XP, vários segmentos poderão se beneficiar com a presidência exercida por Bolsonaro. “Entre eles, Cemig; bancos, como Banco do Brasil e Bradesco; Petrobras; companhias áreas, como a Gol; empresas ligadas ao consumo, como Localiza, B2W e Lojas Americanas; além do segmento de aço, com Usiminas em foco”, lista a corretora.  

De acordo com a Guide Investimentos, o risco Brasil medido pelo CDS de 5 anos cai 2,6%, abaixo dos 240 pontos. “Os ETFs de Brasil disparam mais de 6% na Europa, refletindo a força de Jair Bolsonaro, bem como a boa construção de uma base parlamentar por parte de seu partido, o PSL. O dia deve ser bastante positivo para os mercados de ações, juros e o câmbio deve continuar a tendência de apreciação, apesar do movimento global de aversão ao risco”, avalia Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide. 


http://www.amanha.com.br/posts/view/6375