Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Grupo construirá um complexo industrial de manipulação de trigo
Da Redação
redacao@amanha.com.br
O grupo empresarial J. Macêdo
vai instalar em Londrina um complexo industrial de manipulação de trigo,
com apoio do programa Paraná Competitivo, do Governo do Estado. Serão
cinco plantas, que gerarão 1,5 mil empregos diretos e quase 4 mil
indiretos. O investimento total será de R$ 500 milhões.
“Instalada
em Londrina desde 1975, a J. Macêdo já conhece a cidade e todas as
nossas potencialidades e isso demonstra que Londrina foi bem avaliada e
que está no caminho certo”, comemora Fernando Moraes, presidente da
Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil).
O
presidente do Sindicato da Indústria do Trigo no Estado no Paraná
(Sinditrigo), Daniel Kümmel, comemora o investimento da J. Macêdo e
avalia que isso vai consolidar a participação do Paraná no mercado
brasileiro. O Estado já responde por 28% da moagem das 12 milhões de
toneladas consumidas anualmente no Brasil; 60% do que é processado aqui
são vendidos a outros Estados brasileiros, o que deve ser ainda mais
incrementado pelo novo investimento. O grupo J. Macêdo fabrica, entre
outros produtos, a marca de farinhas Dona Benta.
Os procuradores da operação "lava jato" transformaram o acordo de leniência com a Rodonorte,
concessionária de rodovias, numa ação de marketing. Parte do acordo é
que a empresa dará desconto de 30% no pedágio das estradas do Paraná.
Outra parte exige que a empresa diga que o desconto está sendo dado por
causa dos bons préstimos da operação "lava jato" ao povo paranaense.
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"O
valor do pedágio foi reduzido em 30% [ou percentua aplicado no momento]
porque recursos provenientes de corrupção foram recuperados pela
Operação Lava Jato e aplicados em benefício do usuário", terá que dizer o
texto. É o que manda o parágrafo 21 da Cláusula 6ª do acordo, conforme
mostra a imagem acima. O mesmo texto deverá ser fixado em placas, de 8metros quadrados, em todas as praças de pedágio.
Investimentos que misturam títulos de renda fixa com ações e
opções, os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) caíram no
gosto do público. No ano passado, segundo a B3, foram emitidos R$ 11
bilhões nesses papéis. Segundo estimativas do mercado, cerca de R$ 3
bilhões em novas emissões chegaram ao mercado no primeiro trimestre. O
que contribuiu para esse crescimento foi o movimento das corretoras e
plataformas eletrônicas de distribuição de investimentos, que estão
tornando os COE mais acessíveis. Antes restritos a investidores com pelo
menos R$ 50 mil disponíveis, essas aplicações agora podem ser
adquiridas por até R$ 1.000. Vale a pena investir?
Para entender o que são esses investimentos é preciso voltar um pouco
no tempo. Como instrumento específico, os COE foram regulamentados em
2016. No entanto, aplicações parecidas surgiram no início da década
passada. Eram os chamados fundos de investimento com capital garantido.
Eles destinavam-se a investidores que queriam ganhar com ativos de
risco, como ações ou moedas, mas sem colocar seu capital em risco. Para
permitir isso, os COE montam estruturas um pouco mais complexas. A maior
parte do capital investido vai para papéis de renda fixa muito seguros,
como títulos do Tesouro. O rendimento do dinheiro neles aplicado é
garantido e bastante previsível, o que permite preservar o principal
investido. A parcela restante do capital é dedicada a ativos de alto
risco, cujo potencial de ganho compensa os eventuais prejuízos.
Por exemplo, se os juros forem de 10% ao ano, o gestor de um COE vai
aplicar 91% do dinheiro do investidor em um título de baixo risco com
essa rentabilidade. Os 9% restantes vão para aplicações de risco. Mesmo
que a estratégia falhe e os 9% sejam perdidos, o rendimento do dinheiro
restante vai preservar o capital principal. “Esse tipo de aplicação
atrai mais interesse em tempos de volatilidade nos mercados”, diz
Marcelo Missioneiro, chefe da mesa de operações estruturadas da Nova
Futura Investimentos. “Notamos um forte aumento da demanda,
especialmente com a manutenção da taxa Selic no patamar atual.” Com a
Selic mais baixa, o investidor tem menos desvantagens em se expor a um
eventual período de rentabilidade zero se puder, em contrapartida,
surfar na volatilidade dos ativos de risco. Na ponta do lápis, o custo
de oportunidade é de 6,5% ao ano. “É um bom percentual, mas é muito
menos do que os 14% de dois anos atrás”, diz Rafael Giovani, diretor de
distribuição da corretora Necton.
Os COE que oferecem exposição a empresas internacionais vêm se
tornando populares. A plataforma Easynvest, por exemplo, está oferecendo
um COE que investe nas ações da Amazon, Microsoft, Anglo American e
CVS. Com duração de dois anos, o investimento inicial é de R$ 1.000. “A
possibilidade de investir em ações de fora com valores pequenos atrai
muitos investidores”, diz Fabio Macedo, diretor comercial da empresa.
Segundo Macedo, o maior desafio é educar os investidores para eles
entenderem as características desse produto. “O volume no Brasil é
pequeno, mas em mercados mais maduros, como Estados Unidos e Europa, o
volume de COE é gigantesco.” O maior atrativo para o investidor é a
possibilidade de diversificação, apostando, por exemplo, na oscilação
dos preços de commodities como ouro ou petróleo, e na variação das taxas
de câmbio.
EM FATIAS Em geral, os certificados são emitidos por
bancos, que montam operações estruturadas de grande porte e cobram uma
taxa de administração pelo serviço. Os bancos têm sido reticentes em
divulgar esses percentuais, mas em geral as taxas oscilam ao redor de 2%
do total. Percentuais superiores tornam os produtos menos competitivos.
Uma vez estruturado, o certificado é dividido em fatias menores, que
são distribuídas pelos portais e corretoras. A contraparte do risco é o
banco. “O COE tem características parecidas com as aplicações de renda
fixa”, diz Giovani, da Necton. “Se o banco tiver problemas de solvência,
o investidor do COE será afetado.”
Investidores que se sentiram lesados pelo administrador de
seus fundos de investimento, ao notar que o saldo em conta aos poucos
vinha sendo dilapidado. São casos como esse que têm sido financiados
pelo fundo inglês Harbour, especialista em investir em casos sob
litígio. O fundo, com cerca de US$ 1 bilhão em ativos sob gestão,
aterrissa no Brasil com o foco em conflitos que se desenrolam em câmaras
de arbitragem.
“Aportamos recursos nos custos advocatícios e correlatos, e em caso
de vitória na disputa ficamos com uma parte do valor”, diz Ellora
MacPherson, diretora de investimentos do Harbour. Segundo a executiva,
se a parte apoiada pelo fundo perder a disputa na Justiça, o Harbour
assume o prejuízo.
Com cerca de 11 anos de atuação, o Harbour investiu
até o momento em cerca de 100 casos. Desse total, 47 já foram
encerrados, com uma taxa de 70%.
O setor de infraestrutura será um dos focos de atuação no país,
diante da crescente demanda por arbitragem para resolver entreveros. “Na
câmara de arbitragem os processos são muito mais céleres do que no
judiciário comum”, diz Renata Duarte de Santana, da CS Consulting,
representante do Harbour no país. A consultoria brasileira ficará
responsável por fazer uma primeira análise sobre os casos em potencial
que poderão receber recursos do fundo, verificando as chances de sucesso
em cada um deles.
O mercado é amplo. Segundo a Câmara Internacional de Comércio (ICC,
na sigla em inglês), o Brasil é o quinto país em número de partes
envolvidas em processos de arbitragem. À sua frente, apenas Estados
Unidos, Ilhas Virgens dos Estados Unidos, Belize e França. O Harbour tem
operações em 14 países, tanto mercados grandes quanto paraísos fiscais.
“Em muitos casos empresas multinacionais tem trustes com operações
financeiras sediadas em países assim”, explica Ellora.
Uma característica une boa parte das principais
incorporadoras brasileiras. Mesmo após o boom de aberturas de capital do
setor, em 2007, muitas delas seguiram com um sobrenome forte à frente
dos negócios: Horn, na Cyrela; Nigri, na Tecnisa; Menin, na MRV; Zarzur,
na EZTec; e Borenstein, na Helbor. Até pouco tempo, a Gafisa destoava
dessa corrente. Com uma estrutura acionária pulverizada, a gestão da
empresa não era personificada em um “dono”. Esse perfil ganhou outro
contorno em setembro de 2018, quando o sul-coreano Mu Hak You, por meio
da gestora GWI, consolidou uma participação relevante e passou a ditar
os rumos da operação. Entre outras medidas polêmicas, a nova gestão fez
severos cortes na equipe, assumiu todos os assentos no Conselho de
Administração, suspendeu pagamentos a fornecedores e, com o caixa
pressionado, promoveu um questionado programa de recompra de ações. Seis
meses depois, o investidor saiu de cena. E deixou como herança um
grande ponto de interrogação sobre o futuro da companhia. Agora, sob uma
nova perspectiva, a Gafisa tenta juntar os cacos e construir as bases
de sua recuperação.
Os primeiros passos foram dados na manhã da segunda-feira 6. Em
assembleia, os acionistas confirmaram Roberto Luz Portella como novo
CEO. O executivo já integrava o Conselho de Administração desde meados
de março e vai acumular também os cargos de diretor financeiro e de
relações com investidores, em substituição a Ana Recart, braço direito
de Mu Hak You. “Antes de aceitar qualquer convite, eu fiz uma análise
crítica da empresa. Não vim totalmente cru ao assumir a posição”, afirma
Portella. “O mercado ficou realmente atônito, sem saber para onde ia a
Gafisa. Agora, cabe a mim mostrar esse caminho.”
Portella não estará sozinho nessa empreitada. No Conselho, o
executivo terá a companhia de seis nomes. Entre eles, Nelson Tanure,
investidor conhecido por mirar empresas em dificuldades financeiras e
operacionais. Com apenas 500 ações da Gafisa, ele já manifestou
interesse em ampliar consideravelmente essa fatia. A nova composição
ganhou um voto de confiança dos acionistas, que deram sinal verde para
um primeiro aumento de capital, por meio da emissão de até 26 milhões de
novas ações ordinárias, dentro do limite autorizado pelo estatuto
atual. O preço fixado do papel é de R$ 6,02, abaixo da cotação da
empresa na quarta-feira 17, de R$ 6,96. “Não nos interessa fazer uma
emissão com preço alto e captar 20%, 30%. Queremos 100%”, diz o CEO. No
mercado, estima-se que a captação alcance até R$ 160 milhões. Em busca
de fôlego no caixa, também foi aprovada a emissão de debêntures
conversíveis de até US$ 150 milhões. Ao mesmo tempo, o aumento do limite
de capital para 120 milhões de ações estará em pauta em nova
assembleia, em 23 de abril.
Enquanto aguarda a injeção de capital, Portella faz um diagnóstico
dos problemas da Gafisa. Uma das principais constatações é a histórica
falta de um comando centralizado, que permitiu o avanço de “núcleos de
poder” dentro da empresa. Em relação ao passado mais recente, ele
destaca a ausência de uma gestão que representasse, de fato, os
interesses dos demais acionistas. Agora, a ideia é permitir que
diretoria e Conselho trabalhem muito próximos, em um modelo no qual os
membros do colegiado possam ter mais participação nas decisões
operacionais. Ao mesmo tempo, ele entende que essa abertura para o
diálogo não deve se limitar ao público interno. “A Gafisa é muito
fechada. Para recuperar a credibilidade e chamar capital, precisamos
conversar com os investidores potenciais, o mercado financeiro e os
clientes.”
na mira Essas estratégias terão o apoio de comitês de reestruturação,
de governança, de investimentos e de auditoria. Algumas questões do
passado serão alvo dessas iniciativas. E de eventuais buscas por
ressarcimentos. Apontada por um grupo de minoritários, uma suposta
fraude na cisão dos negócios com a Tenda, em 2017, é uma delas. Bem como
uma série de medidas tomadas pela gestão anterior. “Não posso prejulgar
ninguém, mas posso investigar. Até mesmo para que os acionistas e o
mercado tenham a segurança de que isso não irá se repetir”, afirma
Portella. Em paralelo, os segmentos no radar da incorporadora, mais
conhecida pelos empreendimentos de média e alta renda, também serão
reavaliados. Não estão descartadas as entradas em frentes como parcerias
público privadas (PPPs), hotelaria e produtos mais populares.
Os primeiros sinais da nova gestão são bem vistos por fontes
consultadas pela DINHEIRO. Mas há percalços à frente. “A empresa precisa
se capitalizar, pois tem um endividamento muito alto”, diz Shin Lai,
analista da Upside. Hoje, as dívidas da Gafisa somam R$ 889,4 milhões,
sendo que 39% desse montante vencerá em 2019. “Mas também é preciso dar
uma resposta operacional ao mercado, com a manutenção de projetos e o
anúncio de lançamentos.” Marcelo Apovian, sócio da consultoria Signium,
ressalta que o novo quadro tem o perfil ideal para a reestruturação da
empresa e a atração de recursos. “Minha dúvida é saber o quanto esse
capital vai durar, especialmente em um momento em que a economia não dá
sinal de retomada.” Esse cenário parece não assustar Portella. “Nosso
desafio não é de um ou dois anos. É de longo prazo”, afirma. “Mas vamos
convencer o mercado que a Gafisa agora tem um rumo.”
Wise Up: nova injeção de capital,
combinada à geração de caixa do grupo, “dá flexibilidade para investir
em tecnologia associada à educação” (Wise Up/Divulgação)
O Grupo Wiser Educação, que tem os empresários Flávio Augusto da Silva e Carlos Wizard Martins como principais acionistas, usará uma nova injeção de capital de 200 milhões de reais para investir tanto no que lhe trouxe renome quanto em frentes mais tecnológicas.
O grupo das escolas de idiomas Wise Up e NumberOne recebeu o aporte do fundo de private equity Kinea Investimentos, que aporta de 80 a 300 milhões de reais em empresas de médio e grande porte
em troca de participações minoritárias. Em sociedade com o Itaú
Unibanco, o Kinea já havia investido 1,2 bilhão de reais em oito
negócios — incluindo a rede de idiomas Wizard, pertencente ao Grupo
Multi, criado por Martins e vendido para o britânico Pearson Education
em 2014.
Tanto o capital quanto a “propriedade financeira e intelectual”
do Kinea Investimentos serão úteis para o futuro do Wiser Educação, que
pode passar “de aquisições até um IPO” (oferta pública inicial de
ações), de acordo com Silva.
Carlos Wizard Martins entrou para o negócio em 2017, adquirindo
35% da Wise Up por 200 milhões de reais, após sua cláusula de
não-competição com a venda do Grupo Multi expirar. No mesmo ano, eles
adquiriram a rede mineira de escolas de idiomas NumberOne.
Flávio Augusto da Silva, criador da Wise Up
Flávio Augusto da Silva, criador da Wise Up (Flávio Augusto da Silva/Wise Up/Divulgação)
A transação de 200 milhões de reais ainda pode estar sujeita à
aprovação de órgãos reguladores, como o Cade (Conselho Administrativo de
Defesa Econômica).
Se confirmada, a nova injeção de capital, combinada à geração
de caixa do grupo, “dá flexibilidade para investir em tecnologia
associada à educação”. Um exemplo dos aportes laterais do
Wiser Educação é o site MeuSucesso.com, de aulas online sobre
empreendedorismo, que ganhará um escritório nos Estados Unidos. “Esse é
apenas um de nossos investimentos na área de edtechs [startups em educação]. Podemos adquirir operações e integrá-las aos nossos negócios”, afirma Silva.
Mesmo assim, boa parte do capital irá para a principal
atividade do Wiser Educação: suas escolas de idiomas. A Wise Up possui
300 unidades e atende 95 mil alunos, enquanto a mineira NumberOne
concentra 25 mil estudantes em suas 120 escolas. Nos últimos 18 meses, o
grupo abriu 60 dessas unidades.
Para Silva, a proliferação de diversas escolas de idiomas não é
justificativa para desacelerar o ritmo de expansão. “Sempre atuamos em
um mercado com concorrência. Eu e o Carlos [Wizard Martins] somos os
mais relevantes e agora estamos juntos. Muitas redes se reduziram com os
últimos anos de crise econômica, enquanto nosso grupo só cresceu. Isso
já comprova o nosso potencial de crescimento.”
A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a operação entre a B3 e
o Portal de Documentos S.A. O ato pela aprovação está publicado no
Diário Oficial da União desta quarta-feira, 17.
Segundo informações disponíveis no sistema do Cade, a operação
consiste na aquisição pretendida pela B3 de 100% das ações do Portal de
Documentos S.A., ou seja, na compra de controle e abrange todas as
atividades do Portal.
De acordo com a justificativa apresentada para o negócio, a B3, com a
operação, “pretende expandir sua atuação em serviços e soluções
ofertados a instituições financeiras para auxiliá-las no acesso e
registro de informações e documentos referentes a financiamentos de
veículos e financiamentos imobiliários”. “Com a Operação a B3 pretende
aumentar e diversificar a oferta de produtos aos bancos que atuam na
cadeia de crédito de veículos e imóveis.”
O Portal é uma companhia fechada cujos negócios compreendem três
segmentos principais. O primeiro está relacionado às atividades do
Portal como intermediário de instituições financeiras em procedimentos
de cobrança de clientes inadimplentes dessas instituições, assessorando
na emissão de notificações e protestos.
O segundo tem por foco o registro eletrônico de documentos em
cartórios, e o terceiro está relacionado a questões imobiliárias,
incluindo registro de escrituras e assessoria nos procedimentos de
cobrança e execução de dívidas.