segunda-feira, 15 de julho de 2019

Bernard Appy: nova lei fará sistema tributário melhor


Autor da proposta de reforma tributária esteve na Fiesc 

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Bernard Appy: nova lei fará sistema tributário melhor


A reforma tributária, que agora deve avançar no Congresso, pode transformar o sistema de tributação brasileiro em referência mundial, caso aprovada. A avaliação é do economista Bernard Appy (foto), do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), que participou de seminário promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) nesta sexta-feira (12), em Florianópolis. Ele é o autor da proposta incluída no texto apresentado pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) – a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019. 

Uma das principais mudanças é a substituição de cinco tributos cobrados atualmente – PIS, Cofins e IPI, de competência federal; ICMS, de competência estadual; e ISS, municipal – por um imposto direto sobre consumo nos moldes do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). “O fundamental é substituir cinco tributos muito ruins que temos hoje no Brasil por um bom imposto sobre bens e serviços que é o IBS”, sugeriu Appy. Essa mudança traz uma série de consequências, de acordo com o economista. “A principal delas é um aumento enorme da produtividade, ou seja, do PIB potencial do Brasil e do poder de compra dos brasileiros. 

Estamos falando aqui de um aumento do PIB potencial de pelo menos 10 pontos percentuais num horizonte de 15 anos”, estimou. O presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar, lembrou que a reforma tributária é uma das mais aguardadas pelo setor produtivo do país. “Precisamos achar uma equalização que no mínimo faça a simplificação do sistema. Essa reforma fiscal poderá reduzir gradativamente a carga tributária nacional. Hoje o custo das empresas para lidar com a complexidade das legislações da área tributária no país é altíssimo”, frisou Aguiar.

Appy destacou que o principal efeito da reforma tributária é a criação de condições para o Brasil crescer mais por meio da eliminação de distorções e de ineficiências que têm no sistema tributário atual. “O ponto mais complicado nesse processo é como passar para o novo sistema tributário, porque isso tem impacto sobre os setores da economia e tem impacto sobre os estados e municípios”, recordou. Para resolver a questão, o economista sugere duas transições: uma em 10 anos, do sistema tributário atual para o novo sistema, garantindo segurança jurídica para os empresários que já fizeram investimentos com base no sistema atual; e uma transição mais longa, de 50 anos, na distribuição da receita entre estados e municípios, para que o impacto da mudança sobre as finanças estaduais e municipais seja extremamente suave ao longo do tempo. “Com essas duas transições, a gente acha que reduz muito a resistência à mudança e, quem sabe, a gente consegue migrar do pior sistema tributário do mundo que é o brasileiro para talvez o melhor sistema de tributos e serviços que é o que sairia da PEC 45”, avaliou Appy.

Pesquisa divulgada pela CNI em março mostra que quase 80% dos empresários das indústrias extrativa e de transformação reprovam o atual sistema tributário brasileiro. Eles avaliam mal todos os seis aspectos apresentados: número de tributos; simplicidade; estabilidade de regras; transparência; direitos e garantias do contribuinte; e segurança jurídica. O levantamento também mostra que o ICMS é o que mais afeta negativamente a competitividade da indústria. Em uma lista de sete tributos, o ICMS foi o mais citado pelas empresas como prejudicial, com 42% das assinalações. Depois dele, o PIS/Cofins e as contribuições previdenciárias (INSS) figuram em segundo lugar como os tributos mais prejudiciais às empresas, empatados com 16% das respostas.

http://www.amanha.com.br/posts/view/7805

Cade condena 11 empresas por cartel de trens e metrôs


Cade condena 11 empresas por cartel de trens e metrôs

Depois de seis anos de investigação, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou 11 empresas e 42 pessoas por formação de cartel em licitações públicas de trens e metrôs em São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. No total, as multas somam R$ 535,11 milhões – uma das maiores já aplicadas pelo órgão. 

No caso das pessoas físicas, o montante atinge R$ 19,52 milhões. Segundo a apuração, o cartel foi organizado por empresas ou consórcios que tinham interesse em determinada licitação. Juntos, eles ajustavam condições e fixavam preços e vantagens para elevar o valor das obras. O tribunal decidiu ainda que a Alstom Brasil Energia — acusada de ser a líder do cartel — seja proibida de participar de licitações durante cinco anos. As companhias condenadas negam as irregularidades.


 https://www.istoedinheiro.com.br/cade-condena-11-empresas-por-cartel-de-trens-e-metros/

Ministro diz que há 3 ou 4 aéreas low cost interessadas em entrar no País


Ministro diz que há 3 ou 4 aéreas low cost interessadas em entrar no País

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que a chegada de novas aeronaves para empresas aéreas que já atuam no País e a entrada de companhias low cost devem reduzir as passagens a partir de setembro. Segundo ele, o aumento da oferta de voos “naturalmente terá efeito” sobre o preço dos bilhetes. Esse movimento, de acordo com o ministro, deve ser percebido “a partir de setembro”.

Segundo o ministro, entre três e quatro empresas low cost estão em conversas com o governo, interessados em atuar no País. “Temos empresas se estabelecendo no Brasil, com autorização na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas até serem operacionais há um caminho, que deve levar entre seis e oito meses”, afirmou.

A espanhola Globalia, dona da Air Europa, deve começar a voar no segundo semestre de 2020, disse o ministro. Sobre as outras empresas low cost, ele disse que as companhias devem começar com voos internacionais, para depois oferecerem rotas domésticas no Brasil.

Ele minimizou a recuperação judicial da Avianca. Para ele, com liberdade de preços e rotas, empresas aéreas quebram em todo o mundo, mas são substituídas por outras. Ainda segundo ele, a distribuição de slots da Avianca está sendo tratada pela Anac, que quer rever as regras em vigor. “Nossa ideia é atuar para desconcentrar o mercado e favorecer a competição”, disse.

Com a abertura do mercado internacional para empresas aéreas, aprovado pelo Congresso, o ministro disse que um dos obstáculos foi vencido. Segundo ele, porém, ainda é preciso atuar na desregulamentação do setor e na redução do preço dos combustíveis.
O ministro disse que a redução do ICMS sobre o querosene de aviação estimula o abastecimento nos locais e pode também vir com contrapartidas, como a disponibilização de mais voos e a possibilidade de stop over (parada de alguns dias no local).



 https://www.istoedinheiro.com.br/ministro-diz-que-ha-3-ou-4-aereas-low-cost-interessadas-em-entrar-no-pais/

Grupo norte-americano HIG Capital compra Nadir Figueiredo por R$836 mi


 Divulgação




O grupo norte-americano de private equity HIG Capital comprou a compra da centenária fabricante de produtos de vidro Nadir Figueiredo por 836,27 milhões de reais, informou a empresa brasileira nesta sexta-feira. 

Em fato relevante, a Nadir Figueiredo afirmou que a venda foi aprovada por acionistas detentores de 97,67% do capital. A compra será feita por meio da Flamengo Participações, controlada pela HIG Capital.

"O objetivo da compradora com a operação é a diversificação do seu portfólio de negócios na América Latina", afirmou a Nadir Figueiredo no documento.

Fundada em 1912 inicialmente como uma oficina de máquinas de escrever, a Nadir Figueiredo criadora dos famosos copos americanos fabrica produtos de vidro desde 1935. 










Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters.
Grupo americano HIG Capital compra Nadir Figueiredo por R$ 836 milhões Divulgação Copos americanos coloridos Nadir Figueiredo Imagem: Divulgação 12/07/2019 19h37Atualizada em 12/07/2019 19h49 SÃO PAULO (Reuters) - O grupo norte-americano de private equity HIG Capital comprou a centenária fabricante de produtos de vidro Nadir Figueiredo por R$ 836,27 milhões, informou a empresa brasileira nesta sexta-feira. Em fato relevante, a Nadir Figueiredo afirmou que a venda foi aprovada por acionistas detentores de 97,67% do capital. A compra será feita por meio da Flamengo Participações, controlada pela HIG Capital. "O objetivo da compradora com a operação é a diversificação do... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2019/07/12/grupo-norte-americano-hig-capital-compra-nadir-figueiredo-por-r836-mi.htm?cmpid=copiaecola
Grupo americano HIG Capital compra Nadir Figueiredo por R$ 836 milhões Divulgação Copos americanos coloridos Nadir Figueiredo Imagem: Divulgação 12/07/2019 19h37Atualizada em 12/07/2019 19h49 SÃO PAULO (Reuters) - O grupo norte-americano de private equity HIG Capital comprou a centenária fabricante de produtos de vidro Nadir Figueiredo por R$ 836,27 milhões, informou a empresa brasileira nesta sexta-feira. Em fato relevante, a Nadir Figueiredo afirmou que a venda foi aprovada por acionistas detentores de 97,67% do capital. A compra será feita por meio da Flamengo Participações, controlada pela HIG Capital. "O objetivo da compradora com a operação é a diversificação do... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2019/07/12/grupo-norte-americano-hig-capital-compra-nadir-figueiredo-por-r836-mi.htm?cmpid=copiaecola

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Este executivo passou 9 dias na China – e voltou apavorado


Chefe de operações da startup Méliuz, Lucas Marques foi até a China e ficou abismado com a evolução tecnológica do país



Lucas Marques, COO da startup Méliuz, em visita à China (Foto: Acervo pessoal)


Lucas Marques foi até a China – e voltou apavorado. O executivo é chefe de operações da startup Méliuz e realizou uma viagem com outros executivos, de startups a empresas grandes, para ver o que o país asiático tem produzido no campo da tecnologia. O choque foi enorme e, assim que voltou, ele escreveu um texto em seu LinkedIn, “para colocar as ideias em ordem”, como explica a Época NEGÓCIOS. O título dá o tom: “Por que 9 dias na China me deixaram apavorado”.

Um declarado fã de Jack Ma e de sua empresa, a Alibaba, Lucas tem estudado a China e seus modelos de negócios e de inovação desde 2014. Mas esta foi sua primeira ida ao país. “Voltei com a impressão de que eles estão 10 ou 15 anos na frente em termos de infraestrutura, além da produção, uso e adoção de tecnologia pela sociedade”, diz. “O governo tem claramente a noção de que esse é o futuro.”

Na viagem, viu um pouco de tudo que tem sido produzido por lá – de veículos elétricos (“todos os veículos públicos já são elétricos em Shenzhen”), até a preparação da infraestrutura para a rede 5G (“o que todos dizem é que a Huawei está 10 anos na frente dos concorrentes”).


Os impactos disso não são apenas para o presente. Ele usa machine learning, uma modalidade de inteligência artificial, como exemplo. “Numa sociedade de 1,4 bilhão de pessoas na qual a privacidade não é uma questão tão discutida como no mundo ocidental, empresas do governo têm acesso a uma quantidade de dados tão grande que provavelmente vai resultar nos melhores modelos de ML”, afirma a Época NEGÓCIOS. “Quando se fala em machine learning, o mais importante é a quantidade de dados – mais do que número de desenvolvedores.”

O desenvolvimento do 5G é outro ponto que deve moldar o futuro do desenvolvimento de tecnologia. “A China, provavelmente, vai ter a melhor conexão 5G, o que vai permitir o desenvolvimento das melhores empresas de IoT [internet das coisas], de carros autônomos, de telemedicina cirúrgica guiada por internet, entre outras coisas.”

A viagem foi organizada pelo ITS Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio), que estuda o impacto e o futuro da tecnologia no Brasil e no mundo. Estavam presentes representantes de fundos de investimentos, executivos, um deputado e advogados. A visita passou por empresas e fundos de venture capital da China.

Lucas ressalta que é crucial que brasileiros saibam o ritmo de desenvolvimento tecnológico e de inovação na China – por mais difícil que seja pela distância física e cultural. “Saber que tudo é gigantesco e que não temos ideia disso assusta. É um desafio gigante pegar informação de lá. Mas, sem saber do que acontece, vamos ficar muito para trás”, diz. “Sem informação, será como saber que um meteoro vai atingir a Terra em um segundo.”

A experiência trouxe lições ao executivo. “Volto com a certeza que temos que investir mais em inteligência artificial do que investimos. É algo que será muito disruptivo em termos de impacto nos negócios e na vida dos usuários.”

 https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2019/07/este-executivo-passou-9-dias-na-china-e-voltou-apavorado.html

Marcas registradas no Brasil passam a ser reconhecidas em 102 países


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O Estadão 
Lorenna Rodrigues
Brasília

A adesão brasileira ao Protocolo de Madri permitirá que marcas registradas no Brasil passem a ser reconhecidas em 102 países, afirmou o secretário de Produtividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa.

O Brasil também passará a aceitar automaticamente registros de marcas dos países signatários do protocolo. Segundo Costa, isso reduzirá o custo para as empresas, já que hoje o registro em outros locais custa, em média, US$ 100 mil por marca para as companhias.

Nesta quarta-feira, 3, o governo também lançou o Plano de Combate ao Backlog do estoque de pedidos de Patentes. Segundo o secretário, a intenção é analisar em dois anos as cerca de 160 mil patentes na fila do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). "Temos patentes não avaliadas que foram depositadas há 11 anos. Para a empresa brasileira, uma espera de 11 anos para registrar patente e inaceitável", afirmou.

A principal mudança do plano é que a análise de patentes já reconhecida em outros países levará em conta o trabalho feito pelos órgãos de registros dessas nações. "Isso vai resolver 80% das analises existentes", afirmou.
Além de acabar com o estoque existente, a meta do governo é que a análise de novos pedidos não dure mais do que dois anos.


 https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2019/07/03/marcas-registradas-no-brasil-passam-a-ser-reconhecidas-em-102-paises.htm

Marcas registradas no Brasil passam a ser reconhecidas em 102 países Lorenna Rodrigues Brasília 03/07/2019 12h44 A adesão brasileira ao Protocolo de Madri permitirá que marcas registradas no Brasil passem a ser reconhecidas em 102 países, afirmou o secretário de Produtividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa. O Brasil também passará a aceitar automaticamente registros de marcas dos países signatários do protocolo. Segundo Costa, isso reduzirá o custo para as empresas, já que hoje o registro em outros locais custa, em média, US$ 100 mil por marca para as companhias. Nesta quarta-feira, 3, o governo também lançou o Plano de Combate ao Backlog do estoque de... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2019/07/03/marcas-registradas-no-brasil-passam-a-ser-reconhecidas-em-102-paises.htm?cmpid=copiaecola

Vinho livre de agrotóxicos conquista cada vez mais consumidores


Linha de orgânicos cresceu 20%, em média, nos últimos cinco anos

 

Por Marcos Graciani

 

graciani@amanha.com.br
Vinho livre de agrotóxicos conquista cada vez mais consumidores

A busca por produtos saudáveis, com o mínimo de intervenção química e elaborados a partir de matéria-prima livre de agrotóxicos também tem atraído os consumidores de vinhos. Segundo dados da empresa de pesquisa Wine Intelligence, o vinho orgânico representa cerca de 2,8% do mercado mundial e a comercialização de rótulos cresceu 20%, em média, nos últimos cinco anos.  Neste ano, o Rio Grande do Sul elaborou 42,9 mil litros de vinhos orgânicos e 628,4 mil litros de suco de uva desta categoria. É o primeiro ano-safra em que é possível diferenciar a produção convencional da orgânica devido à mudança no Sistema do Cadastro Vinícola (Sisdevin), da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR/RS). Estima-se que o Estado responda por cerca de 90% da elaboração de vinhos no Brasil. O Rio Grande do Sul é a única federação brasileira que possui um cadastro com os dados de produção e comercialização.

O crescimento de mercado apontado pela Wine Intelligence é atestado pelo vitivinicultor Acir Boroto. Segundo ele, a procura pelos espumantes elaborados com uva orgânica teve um incremento de mais de 30% até junho em relação ao mesmo período do ano passado. “A participação cada vez maior do público em eventos voltados para os consumidores de produtos naturais, orgânicos e biodinâmicos confirma essa tendência. É um mercado que cresce de forma consistente”, entende Boroto.   

O vitivinicultor Helio Marchioro explica que a elaboração do vinho é sem adição de leveduras, tem fermentação natural e procura ter uma mínima intervenção química. “Hoje temos um grande debate para que este tipo de produção seja aceito e possa ter um ordenamento. Deveríamos ter uma legislação especifica ou um maior respeito a estes nichos produtivos e comerciais, a exemplo do que existe em outros países”, reitera Marchioro.

De olho nesse mercado, Boroto e Marchioro, além de um grupo de produtores de vinhos naturais e orgânicos brasileiros, participará da Wine South America 2019, principal evento do setor na América Latina, que ocorre entre os dias 25 e 27 de setembro, em Bento Gonçalves (RS). Será a primeira vez que os produtores orgânicos terão um estande coletivo na feira, que estreou no ano passado com a participação de mais de 6 mil compradores de todas as regiões do Brasil e de 16 países.


 http://www.amanha.com.br/posts/view/7798