sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Prates volta a defender que ANP regule produção de hidrogênio para uso energético no País

Jean Paul Prates | Partido dos Trabalhadores

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, voltou a defender na manhã desta sexta-feira, 13, que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) seja a reguladora das atividades de produção de hidrogênio para uso energético no País.

“A @ANPgovbr é, a nosso ver, a agência reguladora mais apropriada para as atividades de produção, armazenamento e transporte de hidrogênio em escala industrial/comercial e para uso energético”, escreveu Prates, em uma rede social. “Claro que, como em outros segmentos, terá que interagir com outros órgãos. Mas é evidente que a similaridade logística e operacional com as atividades de gás natural, e a desejada/gradual substituição de um pelo outro, tornam inevitável ter a mesma agência reguladora para os dois.”

O executivo se posicionou ainda contra o uso de uma “aquarela de denominações” para o hidrogênio em lei, porque acabaria por “limitar, indevida e interessadamente, as rotas tecnológicas para obtenção” do combustível.

“O principal erro consiste, por exemplo, em limitar a definição de ‘hidrogênio verde’ à rota da eletrólise, quando já existem outros métodos, igualmente neutros e renováveis de produzi-lo. O importante é o conceito de advir de fonte energética renovável, e não limitar rotas tecnológicas que aproveitam patentes de alguns e bloqueiam o caminho de novas pesquisas e tecnologias”, explicou Prates, na postagem no X, antigo Twitter.

 

Situação do Amazonas é ‘bastante perigosa’, diz Marina

Marina Silva: 'Tentativa de desmontar ministérios é desserviço'

SÃO PAULO, 13 OUT (ANSA) – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, admitiu nesta sexta-feira (13) que o Amazonas, na Floresta Amazônica, vive uma situação “bastante perigosa” por conta dos incêndios que cobriram a capital Manaus com uma nuvem de fumaça na última quinta (12).   

Em coletiva de imprensa, Marina afirmou que o estado contabilizava ontem 1.664 focos de calor, com destaque para os municípios de Autazes (141) e Careiro (110).   

“O que nós temos hoje é uma situação bastante perigosa. Temos uma estiagem bastante prolongada e muita matéria orgânica acumulada completamente ressecada”, disse a ministra, acrescentando que a crise é fruto de uma conjunção entre “mudança do clima e El Niño, provocando secas nos rios e uma série de consequências de natureza econômica, social e ambiental”.   

De acordo com Marina, o governo já tem cerca de 200 brigadistas no Amazonas para enfrentar os incêndios, e outros 100 estão a caminho. “Estamos com todo o nosso efetivo a todo vapor”, garantiu. 

A ministra ainda disse que há focos de chamas gerados por ateamento de fogo em propriedades particulares, mas também, “de forma criminosa”, em áreas públicas. Segundo ela, o desmatamento na Amazônia diminuiu quase 50% entre janeiro e setembro, e se a tendência anterior se mantivesse, a floresta “estaria vivendo um verdadeiro apocalipse”.   

Já ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse que as políticas de prevenção no Brasil foram “praticamente abandonadas” nos governos de Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2022). “Houve esvaziamento de recursos financeiros, orçamentários e de pessoas”, ressaltou. (ANSA).  

 

Pedido de clemência por crianças em Gaza e Israel feito por Lula repercute no mundo


Líder brasileiro estampa noticiário em todo o planeta e é retratado como figura central para o fim do morticínio. Brasil recupera sua importância global após anos ridicularizado

Pedido de clemência por crianças em Gaza e Israel feito por Lula repercute no mundo 
 
Ricardo Stuckert

Os jornais do mundo inteiro estampam seus noticiários nas últimas 24 horas com o fortíssimo pedido de clemência feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que crianças sejam poupadas do morticínio levado a cabo no conflito entre o grupo radical palestino Hamas e Israel.

Iniciada nas primeiras horas do último sábado (7), a nova escalada do enfrentamento, a mais violenta em décadas, colocou as crianças no centro de um drama. Dezenas foram assassinadas pelo Hamas nos ataques promovidos em kibutz e vilas do território Israelense, que ainda levou muitas delas como reféns para Gaza. Em contrapartida, os bombardeios indiscriminados realizados pelas IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) já deixaram mais de 400 crianças mortas no território palestino, devastado o tempo todo por mísseis disparados pelos caças supersônicos do Estado judeu.

“Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio. Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra. É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas. O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo”, escreveu Lula em seu perfil oficial na rede ‘X’, o antigo Twitter. É válido lembrar que o Brasil ocupa temporariamente, neste mês de outubro, a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Um dos mais importantes veículos de imprensa do Estado judeu, o Times of Israel destacou a exortação feita pelo brasileiro e retratou ainda os esforços feitos pela diplomacia praticada pelo Ministério de Relações Exteriores, chefiado pelo chancelar Mauro Vieira, na busca para uma solução para o conflito. Quem também destacou a ações de Lula para tentar poupar as crianças na tragédia ocorrida no Oriente Médio foi a agência Reuters.

Outro jornal histórico e relevante de Israel, o Jesuralem Post, trouxe entre suas manchetes a proposta do líder brasileiro por um cessar-fogo por razões humanitárias, o que preservaria a vida dos pequenos inocentes que vivem em Gaza e no território israelense.

O maior jornal da Índia, o The Times of India, foi outro veículo de relevo internacional a dar destaque ao apelo feito pelo ex-sindicalista que se tornou a mais importante liderança política do Brasil de todos os tempos, frisando que Lula pretende uma paralisação nos ataques a Gaza para que um corredor humanitário seja estabelecido na fronteira com o Egito.

Já o espanhol El País traz em sua página na internet a repercussão de um telefonema do chanceler chinês Wang Yi para o assessor especial de assuntos internacionais de Lula, o ex-ministro e ex-chefe do Itamaraty Celso Amorim, destacando a importância do Brasil nesse âmbito. O país passou os últimos quatro anos, durante o governo do radical de extrema direita Jair Bolsonaro (PL), sendo ridicularizado na comunidade internacional pelas posições bizarras e conspiracionistas dos diplomatas insanos alinhados ao líder radical reacionário que controlaram a política externa brasileira.

Quem ainda repercutiu a proposta humanitária de Lula foi o britânico The Guardian, que em sua manchete sublinhou a fala do chefe de Estado do Brasil sobre “o fim da insanidade da guerra”. 

 

 https://revistaforum.com.br/global/2023/10/12/pedido-de-clemncia-por-crianas-em-gaza-israel-feito-por-lula-repercute-no-mundo-145748.html


FMI e BM são criticados por lentidão no combate à mudança climática


Ativistas seguram cartazes durante uma manifestação contra a mudança climática durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), em Marrakech, em 13 de outubro de 2023 - AFP

Várias ONGs criticaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), que se reuniram esta semana em Marrakech, acusando-os de não agirem com a rapidez necessária para enfrentar desafios como a mudança climática, apesar de suas promessas.

Durante a reunião anual do FMI e do BM no Marrocos, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, defendeu a necessidade de uma instituição maior e mais eficaz para “erradicar a pobreza em um planeta habitável”.

Entre as medidas apresentadas, Ajay Banga citou o Uruguai como exemplo: “se tornou o primeiro país a se beneficiar de uma taxa de juros reduzida como resultado direto do cumprimento das metas de desempenho climático”.

Banga afirmou, também, que espera obter “cerca de US$ 150 bilhões (R$ 757,3 bilhões, na cotação atual) em capacidade de financiamento adicional, nesta década”.

Há quem acredite, entretanto, que a agenda avança muito lentamente, diante da evolução da mudança climática.

“Estamos ainda na etapa de observação”, lamentou o diretor de campanha da ONG Avaaz, Óscar Soria, em Marrakech.

 

Brasil vai obter empréstimo de US$ 1 bilhão com ‘banco dos Brics’


A solenidade acontecerá em Marrakesh, no Marrocos, às margens das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial

A solenidade acontecerá em Marrakesh, no Marrocos, às margens das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Crédito: Arquivo / Agência Brasil)

O Brasil vai obter um empréstimo de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) com o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como “banco dos Brics”. O contrato deve ser assinado nesta quinta-feira, 12, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ex-presidente da República Dilma Rousseff, que lidera o NBD.

A solenidade acontecerá em Marrakesh, no Marrocos, às margens das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

O encontro acontece às 14 horas locais, 10 horas no Brasil.

Além do empréstimo para o Brasil, também estava previsto um financiamento para Aracaju.

No entanto, ainda não estaria certo de o contrato será assinado nesta quinta.

 

Em discurso de evento do G20, Haddad diz que mundo enfrenta uma ‘policrise’

Fernando Haddad – Wikipédia, a enciclopédia livre

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 13, que o mundo atravessa um momento crítico e está enfrentando crise atrás de crise, o que chamou de “policrise”, ao discursar sobre a presidência do Brasil no G20 a contrapartes e presidentes de Bancos Centrais, em Marrakesh, no Marrocos. Ele defendeu a necessidade de uma nova e bem coordenada estratégia econômica global, o “multilateralismo do século XXI”.

“A economia mundial está num momento crítico. Em vez do triunfo da globalização e de uma ordem mundial liberal centrada no livre comércio, o que vemos hoje é uma crescente fragmentação geoeconômica e um multilateralismo ineficaz, para não falar de uma nova crise da dívida no Sul Global e uma catástrofe ambiental iminente”, disse Haddad.

Ao comentar a situação das regiões, disse que na África e na América Latina, taxas de crescimento moderadas tornam mais difícil resolver desigualdades sociais duradouras. Por sua vez, no Norte Global, os juros poderão permanecer mais elevados durante mais tempo e as perspectivas econômicas continuam ameaçadas por riscos geopolíticos e medidas econômicas unilaterais.

“Além de desafios globais abrangentes como esses, crises locais agudas exigem

respostas urgentes e decididas de vários governos e da comunidade internacional

como um todo”, disse Haddad.

Segundo ele, à medida que o mundo tropeça de crise em crise, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, propostos em 2015, ficam mais distantes.

“O mundo está enfrentando uma ‘policrise’, para usar um conceito que está se

tornando cada vez mais popular”, destacou Haddad, citando a crise financeira de 2008, a pandemia e a guerra na Ucrânia.

Na sua visão, para fazer face aos efeitos econômicos desta “policrise”, o mundo precisa de uma nova e bem coordenada estratégia econômica global. O mundo precisa do que Haddad chamou de “multilateralismo do século XXI”.

 

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Bolsas de NY fecham em alta, com contínuo alívio de Treasuries em dia de PPI e ata do Fed

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As bolsas de Nova York tiveram nesta quarta-feira, 11, o quarto dia consecutivo de ganhos, com aceleração na reta final do pregão, à medida que o alívio nos juros longos dos Treasuries se manteve após ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e dado de inflação ao produtor (PPI) um pouco acima do esperado.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,19%, a 33.804,87 o S&P 500 avançou 0,43%, a 4.376,95 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,71%, com 13.659,68 pontos.

Pela manhã, o PPI não mudou as perspectivas dos investidores para a próxima reunião de política monetária do BC norte-americano.

A ata do Fed também veio sem grande novidades, mas segundo a Pantheon, aponta para uma possível pausa nos juros, que segue incerta diante de tantas mudanças no quadro. O quadro manteve a pressão sobre os rendimentos dos Treasuries na ponta longa, o que ajudou a desenhar o ambiente mais benigno.

“Por enquanto, o Fed encerrou a escalada e, se 2024 tiver uma recessão moderada, isso deverá permitir adiar os cortes nas taxas”, afirma o analista da Oanda Edward Moya. Nesta quarta, também, o CME consolidou probabilidade de pausa na alta de juros.

Ao longo do dia, também, os preços do barril de petróleo caíram, com sinais de que o conflito em Israel não se espalhou pela região.

A notícia derrubou as ações das petroleiras, com ações da Chevron caindo 3,26% e ConocoPhillips recuando 0,29%. Os papéis da ExxonMobil recuaram 3,60%, também influenciados pela notícia de que a empresa comprou a exploradora de óleo de xisto Pioneer Natural Resources.