segunda-feira, 6 de novembro de 2023

BNDES: Dino assina acordo de R$ 1 bi para segurança da Amazônia na 6ª


Ministro da Justiça articula desde maio com Mercadante o uso do Fundo Amazônia para investimentos em segurança pública na Amazônia Legal


NASA/CALTECH
Desmatamento na Amazônia

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assina, na próxima sexta-feira (10/11), um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investir cerca de R$ 1,2 bilhão na segurança pública de estados que compõem a Amazônia Legal.

Esse recurso será do Fundo Amazônia, que é administrado pelo BNDES e reúne recursos doados por nações estrangeiras com o objetivo de promover projetos para a prevenção, combate ao desmatamento e conservação das florestas na Amazônia Legal.

Ainda em maio, Dino se reuniu com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, com a proposta de utilizar o Fundo Amazônia no fortalecimento da segurança pública nos nove estados da Amazônia Legal.

Em tese, além de combater os crimes ambientais, esse investimento também vai fortalecer o controle das fronteiras e combater outros crimes, como o tráfico de drogas e os homicídios, garantindo a presença do estado nas regiões mais remotas da floresta.

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Sem detalhes

Ainda não há um plano detalhado de como o recurso vai ser usado. Além dos R$ 1,2 bilhões do BNDES, é previsto um investimento de cerca de R$ 800 mil do Governo Federal, o que totalizaria mais de R$ 2 bilhões de recursos para o batizado Programa Amazônia Segurança e Soberania (Amas).

Em resposta a um pedido de informação do Metrópoles, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, informou em 24 de outubro que o programa ainda está em estágio inicial de implementação e diversas de suas características ainda estão sendo delineadas.

“No tocante ao orçamento, informamos que os valores exatos referentes às ações e itens de aparelhamento estão sendo avaliados, considerando as particularidades das atividades a serem desenvolvidas. Neste ato, ainda não é possível encaminhar orçamento detalhado, vez que este poderia induzir uma percepção equivocada”, escreveu Cappelli na resposta.

Entre os planos que já foram divulgados está a construção de 34 novas bases integradas de segurança pública, nos modelos terrestres e fluviais. Também é previsto o uso do recurso para o projeto Ouro Alvo, que visa mapear a origem de minérios e combater o comércio ilícito de ouro.

Uma das metas do programa é ajudar no desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, conforme compromisso do governo brasileiro na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27).

 

 https://www.metropoles.com/brasil/bndes-dino-assina-acordo-de-r-1-bi-para-seguranca-da-amazonia-na-6a

 

Lula recebe CEO da Nissan e reforça investimentos no Brasil


Makoto Uchida, CEO da Nissan, disse que o Brasil é uma das “regiões estratégicas” para a montadora de carros


Divulgação/Ricardo Stuckert
Foto colorida do presidente Lula, vice-presidente Geraldo Alckmin e CEO Global da Nissan Corporation, Makoto Uchida - Metrópoles

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, nesta segunda-feira (6/11), o CEO Global da Nissan Corporation, Makoto Uchida. A reunião no Palácio do Planalto contou também com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Lula reforçou o país como um bom local de investimentos por ter um mercado “crescente de possibilidades” e desejar aumentar sua renda. Uchida, CEO da Nissan, concordou: “O Brasil é uma das regiões estratégicas para nosso crescimento global”.

Dessa forma, a Nissan lançará dois novos modelos de carros esportivos tipo SUV no Brasil e expressou querer exportar veículos para a América Latina a partir do Brasil, que tem um complexo industrial em Resende, no Rio de Janeiro.

Uchida, na reunião, também apresentou a Lula o plano estratégico da empresa para os próximos dois anos. Os próximos passos da Nissan serão anunciados nesta terça-feira (7/11).

 

https://www.metropoles.com/brasil/lula-recebe-ceo-da-nissan-e-reforca-investimentos-no-brasil

Previsão do Focus de alta do IPCA 2023 segue em 4,63%; 2024 sobe de 3,90% para 3,91%


Um mês antes, a mediana era de 4,86%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção piorou de 3,90% para 3,91%. Há um mês, era de 3,88%. (Crédito: José Cruz/ Agência Brasil)

 

A expectativa para o IPCA deste ano foi mantida no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 6. A projeção para a inflação oficial em 2023 seguiu em 4,63%. Um mês antes, a mediana era de 4,86%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção piorou de 3,90% para 3,91%. Há um mês, era de 3,88%.

Considerando as 100 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 se manteve em 4,61%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta passou de 3,92% para 3,93%, considerando 100 atualizações no período.

Para 2025, que tem peso minoritário nas decisões do Copom, a projeção continuou em 3,50% pela 15ª semana consecutiva – o que evidencia a reancoragem parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa seguiu em 3,50% pela 18ª semana seguida.

As estimativas do Boletim Focus continuam acima do centro das metas para a inflação. Para 2023, a mediana está abaixo do teto da meta (4,75%), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo e também superam o alvo central de 3,0%.

No Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, o BC divulgou projeção de 3,6% para o IPCA de 2024, acima dos 3,5% da reunião anterior. Para 2025, subiu de 3,1% para 3,2% no modelo. Para 2023, a projeção foi atualizada de 5,0% para 4,7%. O colegiado reduziu a Selic pela terceira vez consecutiva em 0,50 pp, para 12,25% ao ano.

Curto prazo

Os economistas mantiveram a expectativa de inflação de curto prazo no Boletim Focus desta segunda. A mediana para outubro seguiu em 0,28%. Há um mês, a expectativa era de 0,38%.

Para o IPCA de novembro, a estimativa seguiu em 0,30%, de 0,32% um mês antes. Já para dezembro, a previsão para o indicador seguiu em 0,50%, ante 0,52% de quatro semanas atrás.

Projeção suavizada da inflação

Os economistas do mercado financeiro revisaram no Boletim Focus desta semana a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses que passou de 3,92% para 3,94%, de 4,00% há um mês.

No fim de junho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.

No dia 20 de outubro, Haddad confirmou que não há previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. “Até aqui, não (há previsão de publicar o decreto). Consultas estão sendo feitas pela Secretaria de Política Econômica da Fazenda. Mas nós temos tempo, e provavelmente até o final do ano nós vamos ter notícias”, disse o ministro, em São Paulo.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, já disse ao Estadão/Broadcast que a SPE já terminou a pesquisa sobre as experiências internacionais, mas que ainda não houve apresentação para o restante da equipe econômica nem para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável por editar o decreto.

Na avaliação do diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, uma maior autonomia requer maior prestação de contas, mas que a autoridade monetária não antecipa nenhuma mudança na política monetária em função da introdução da meta contínua.

 

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Petrobras investirá R$ 10 bi em projetos em MG e gerar mais de 200 mil empregos, reitera Prates

Jean Paul Prates | Partido dos Trabalhadores

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reafirmou nesta terça-feira, 31, em uma rede social, que a estatal vai investir R$ 10 bilhões em Minas Gerais. O anúncio ocorreu durante evento no Estado, em que foi convocado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Eles participaram na segunda-feira, 30, do 1º Encontro de óleo, gás e biocombustíveis para fortalecer a cadeia de produção industrial e comercial, em Belo Horizonte.

“O evento foi realizado em parceria com o Ministério de Minas e Energia e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)”, informou Prates, que na ocasião divulgou que a Refinaria Gabriel Passos (Regap) receberia US$ 2,6 bilhões até 2030.

Mais tarde, a Petrobras, via Relações com os Investidores, informou em comunicado ao mercado que os investimentos seriam de R$ 2 bilhões até 2027.

Ainda segundo a companhia, estudos preliminares apontam para o aumento da capacidade de processamento da refinaria para até 40 mil m3 por dia, ante os atuais 26 mil m3 por dia, o que demandaria mais R$ 8 bilhões.

Na rede social, Prates destacou a importância de Minas Gerais para os planos futuros da estatal, com Minas Gerais sendo um dos principais polos geradores de fornecimento, suprimento e serviços para a indústria do petróleo.

“A Petrobras investirá cerca de R$ 10 bilhões em projetos no Estado, como a ampliação da capacidade de processamento da Regap. A expectativa é de que possam ser gerados mais de 200 mil empregos diretos e indiretos”, afirmou.

 

Haddad diz que conversou sobre JCP com Febraban e justifica veto no Marco de Garantias

Haddad evita falar em deficit zero e diz ter meta fiscal pessoal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 31, que teve reunião para discussão dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no período da manhã. A Fazenda encaminhou uma proposta que extingue o mecanismo, o que é criticado pelos bancos, que defendem uma contrapartida para evitar o aumento de carga tributária.

“Estamos discutindo, vendo os modelos de vários países”, disse o ministro ao deixar a sede da pasta, reforçando que esse projeto já está no combo de medidas saneadoras de receita enviado neste ano.

Haddad também comentou a sanção com vetos do Marco Legal das Garantias. Um dos vetos diz respeito ao trecho que autorizava a tomada de veículos sem autorização da Justiça para a recuperação de dívidas.

Ele explicou que o veto foi recomendado por outro ministério e reflete uma insegurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quis coibir eventuais abusos com a medida.

O ministro reforçou que a nova lei vai facilitar a execução de garantias no Brasil, com as cautelas devidas em relação ao consumidor, e que o veto não traz prejuízos, porque permite fazer todas as etapas até a emissão da posse por processo administrativo.

“Tanto do ponto de vista do imóvel quanto imóvel alienado, com alienação fiduciária, toda transferência de propriedade do imóvel hoje vai poder fazer com veículo também. A emissão na posse vai depender de uma autorização judicial, mas só na última etapa. O presidente ficou inseguro sobre abuso, mas concorda que precisamos por ordem no sistema de crédito para que a taxa de inadimplência possa cair e spread possa cair”, defendeu o ministro.

Haddad deixou a Fazenda e seguiu para o Palácio do Planalto no período da manhã para se reunir com Lula e líderes de partidos da base do Congresso para discutir a meta fiscal. Questionado se almoçaria com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Haddad negou o compromisso.

 

“Não podemos permitir a desindustrialização no Brasil”, diz novo presidente da CNI


Ricardo Alban diz que há pelo menos cinco pontos essenciais para o futuro da indústria brasileira: estrutura tributária, custo do crédito, infraestrutura e logística, transição energética, capacitação de mão de obra

Ricardo Alban será o novo presidente da CNI
Ricardo Alban será o novo presidente da CNI Divulgação/CNI

Daniel Rittnerda CNN

em Brasília

O empresário baiano Ricardo Alban assumirá a presidência da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na próxima terça-feira (31), com um discurso de que o setor é peça-chave no desenvolvimento do país.

“Não podemos permitir a desindustrialização”, disse Alban, em conversa com a CNN dias antes de sua posse. Ele sucede o mineiro Robson Andrade, que deixa o comando de uma das maiores entidades empresariais do Brasil depois de três mandatos e 13 anos no cargo.

“Qual é a nação do mundo que se desenvolveu sem uma indústria forte e competitiva?”, questiona Alban, argumentando que países ricos ampliaram seus subsídios ao setor em 40% no primeiro semestre, na comparação com igual período do ano passado.

Para ele, há pelo menos cinco pontos essenciais para o futuro da indústria brasileira: estrutura tributária, custo do crédito, infraestrutura e logística, transição energética, capacitação de mão de obra.

Quando fala sobre a reforma tributária, Alban elogia a simplificação da estrutura de impostos, mas vê com preocupação a lista de setores contemplados com descontos no futuro IVA “cheio” e com regimes diferenciados.

Uma de suas maiores expectativas com a reforma é que ela possa diminuir a cumulatividade de impostos e viabilizar o adensamento industrial. “No Brasil, a cada passo na cadeia produtiva, acumula-se mais custo do que rentabilidade”, afirma.

Sobre a taxa de juros, Alban avalia que o Banco Central “exagerou” ao elevar a Selic para 13,75% e deixá-la por um ano nesse patamar. Além dos juros básicos, no entanto, ele chama a atenção para o peso do spread bancário nos custos de financiamento das empresas.

No caso da transição energética, o novo presidente da CNI faz uma ressalva sobre a chegada da tecnologia de hidrogênio verde.

Para ele, o Brasil não pode converter-se simplesmente em “exportador de energia” e deve aproveitar o hidrogênio verde na descarbonização da indústria nacional, ajudando na abertura de mercados externos.

“O mundo está disponibilizando muito funding para a transição energética. Temos que aproveitar isso, mas não só exportando energia [por meio do hidrogênio verde]. Se não, nos limitaremos a descarbonizar a indústria lá fora. Precisamos ter polos de indústrias verdes aqui no Brasil, fazendo uso da energia limpa para exportar produtos manufaturados”.

Nova diretoria

A posse de Alban, marcada para terça-feira à noite em um centro de convenções de Brasília, deve reunir grande quantidade de empresários e autoridades.
Graduado em engenharia mecânica e administração de empresas, Alban é sócio-diretor da fábrica de biscoitos Tupy e ocupou cargos no Citibank. Ele preside atualmente a Federação das Indústrias da Bahia (Fieb).

Alban fará algumas trocas na cúpula da CNI. Uma delas é a ida do ex-senador Roberto Muniz (BA) para a diretoria de relações institucionais, que coordena a atuação da entidade junto ao governo e ao Congresso.

Rafael Lucchesi, que é diretor-geral do Senai, deverá assumir a área de economia e desenvolvimento industrial da CNI, responsável pelos principais indicadores e estudos econômicos da entidade.

A dias da posse, Alban garante: “Toda e qualquer indústria, de qualquer tamanho e de qualquer setor, será a nossa prioridade na CNI”.

 

Haddad anuncia novos indicados para diretorias do Banco Central; veja quem são


Ministro se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na última semana para apresentar os nomes; indicações ao BC passam por sabatina e devem ser aprovadas pela Casa Alta 

 

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 13/03/2023REUTERS/Adriano Machado

Cristiane NorbertoElis Barretoda CNN

em São Paulo e em Brasília


Haddad indicou Paulo Picchetti, professor da FGV, para a diretoria de Assuntos Internacionais e Rodrigo Alves Teixeira, servidor de carreira, para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.

Segundo Haddad, os nomes serão entregues ao Senado ainda nesta segunda e não darão entrevistas a pedido de Haddad. O petista se reuniu com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na última semana para apresentar os nomes. As indicações ao BC passam por sabatina e devem ser aprovadas pela Casa Alta.

“Utilizei a semana passada para conversar com [Rodrigo] Pacheco e Roberto Campos Neto, por uma questão de liturgia, para que eles fizessem suas considerações sobre as pessoas indicadas pelo presidente por meu intermédio. Estou extremamente gratificado de ter sido o mediador desses nomes, que vão dar muita contribuição para a população. São nomes que contam com o apoio do presidente e vão ser acolhidos pela instituição. Penso que continuaremos em momento de muita troca de informações pelo bem do país”.

Os dois assumem com o fim dos mandatos da diretora de Assuntos Internacionais, Fernanda Guardado, e de Relacionamento, Mauricio Moura, que serão encerrados em 31 de dezembro. Paulo substitui Fernanda e Rodrigo substitui Maurício.

Os dois diretores que deixarão seus cargos no final do ano fazem parte do grupo que defendeu uma postura mais rígida do Banco Central quanto aos juros, votando por uma redução menor da taxa Selic na reunião de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom), quando foram iniciados os cortes.

As mudanças devem levar ao BC o olhar do governo para o Comitê. Os dois primeiros indicados, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, votaram pelo corte robusto na Selic e permitiram a queda de 0,5 ponto percentual.

Nos primeiros meses do Lula 3, o Executivo e sua base aliada bombardearam o BC por sua política monetária restritiva.

Após a indicação, os nomes devem ser chancelados tanto pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado quanto pelo Plenário da Casa. A expectativa é de que sejam aprovados ainda este ano para já estarem presentes na primeira reunião do Copom em 30 e 31 de 2024.