Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
O
líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que
os líderes da Casa fecharam acordo para votação nesta terça-feira, 26,
do projeto que altera a Lei das Falências. Segundo Guimarães, a
relatora, Dani Cunha (União Brasil-RJ), concordou em fazer alterações no
texto para viabilizar a votação.
O acordo foi fechado em reunião dos líderes da Câmara dos Deputados com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Além
disso, Guimarães também disse que o governo vai retirar a urgência do
projeto de lei do “devedor contumaz”, dado que a proposta ainda não tem
acordo na Câmara dos Deputados.
Em relação à proposta de
emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária de templos
religiosos, Guimarães disse que algumas igrejas manifestaram dúvidas
sobre alguns trechos.
Com isso, o tema não será votado nesta semana e só voltará a ser debatido após a Páscoa.
O
secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta
terça-feira, 26, que os Estados sem ou com menos dívidas, do Norte e
Nordeste, também serão beneficiados pelo programa Juros Por Educação.
Nas contas do secretário, a ajuda a estes Estados está estimada em R$ 3
bilhões para que atinjam um nível de no mínimo 37% de jovens
matriculados no ensino profissionalizante.
“Estamos
avaliando a possibilidade de linhas de financiamento. A ideia é que
seja uma linha com custo competitivo. Estamos em diálogo com o BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento],
que não só tem disposição para oferecer uma linha de crédito para essas
operações. Poderíamos pensar um mecanismo semelhante ao que fizemos no
Fundo Clima, no qual repassa a taxa nominal para os entes”, citou Ceron.
O
secretário reforçou que R$ 3 bilhões são um montante expressivo, mas
não inviável, e que o governo avalia outros instrumentos, incluindo
subsídios. “Não queria dar detalhe ou cravar porque está em definição
esse montante. Estamos vendo a melhor forma de equalizar esse montante
para os Estados”, disse.
Ele também ressaltou que qualquer
mudança envolvendo equalização de juros terá impacto primário. Já as
linhas financeiras não terão. Ceron ainda exemplificou que a operação do
Fundo Clima repassa taxa nominal e governo assume o risco cambial.
O
presidente da França, Emmanuel Macron, ouvirá, durante sua passagem de
três dias pelo Brasil, apelos de empresários da indústria pela conclusão
do acordo entre Mercosul e União Europeia. Opositor da versão atual do
acordo, o presidente francês chega ao Brasil dois meses após pedir à
Comissão Europeia a desistência do tratado com o bloco sul-americano.
A
agenda ambiental e as parcerias bilaterais, incluindo a assinatura de
15 atos entre os países, estão no foco da visita que Macron inicia nesta
terça, ao desembarcar em Belém, no Pará, a sede da conferência do clima
da ONU, a COP30, no ano que vem.
O acordo comercial será, contudo, colocado em pauta nos encontros que Macron terá com empresários do setor produtivo.
Em
paralelo ao fórum bilateral a ser realizado na tarde da quarta-feira
pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que terá a
participação, entre outros, do vice-presidente da República, Geraldo
Alckmin, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o líder francês terá
também na sede da entidade patronal paulista reuniões reservadas com
empresários.
Em um dos encontros marcados, o presidente da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, pretende
defender diante de Macron que o acordo com o Mercosul trará benefícios a
ambos os lados, com a diversificação das exportações e a ampliação da
rede de parceiros comerciais dos países dos blocos.
A
entidade entende que o acordo representa uma oportunidade para a
indústria brasileira voltar a ter relevância na pauta comercial com a
União Europeia, que no ano passado comprou US$ 46,3 bilhões em produtos
do Brasil.
A retirada do imposto de importação na Europa, conforme
estimativa da CNI com base em dados de 2022, beneficiaria
aproximadamente R$ 13 bilhões em produtos da indústria de transformação.
A
pauta ganhou peso na agenda da CNI após uma consulta divulgada em
outubro mostrar que, para três em cada quatro empresas e associações
industriais, o acordo com o bloco europeu deve ser tratado como
prioritário.
Conforme a CNI, com base em dados de 2022, a cada R$ 1
bilhão exportado para a União Europeia são gerados 21,4 mil vagas de
trabalho no Brasil, número superior à contribuição aos empregos dos
embarques para a China, de 15,7 mil postos.
A
Louis Dreyfus Company (LDC) e a Companhia Cacique de Café Solúvel
(Cacique) anunciaram nesta terça-feira, 26, que as empresas assinaram um
acordo vinculativo para a aquisição de 100% das ações da Cacique pela
LDC. O valor do negócio não foi informado pelas empresas no comunicado.
A
Cacique é considerada uma das maiores produtoras, processadoras e
exportadoras independentes de café solúvel do mundo em termos de volume,
com atividades em mais de 70 países.
A
companhia tem dois ativos de processamento no Brasil (Londrina – PR e
em Linhares – ES) e um total de cerca de 1.000 funcionários.
O CEO
da LDC, Michael Gelchie, disse na nota: “Este desenvolvimento está
alinhado com a estratégia da LDC de diversificar os fluxos de receita
por meio de linhas de produtos de valor agregado – neste caso,
acelerando a expansão dos negócios de café solúvel da LDC, iniciada
recentemente no Vietnã com a operação de café solúvel liofilizado da
joint venture iLD Coffee Vietnam, para posicionar a LDC entre os maiores
produtores de café solúvel do mundo.”
“Esta aquisição expandirá
ainda mais os negócios da LDC no Brasil, onde o Grupo atua há mais de 80
anos, complementando nossas operações de comercialização de café verde
existentes no País”, acrescentou o Head Global de Café da LDC, Ben
Clarkson.
O acordo está sujeito a aprovações regulatórias e às condições habituais de fechamento.
Governo central registra pior resultado primário para meses de
fevereiro, com rombo de R$ 58,4 bi (Crédito: Marcello Casal Jr./Agência
Brasil)
Reutersi
O
governo central registrou déficit primário de R$ 58,444 bilhões em
fevereiro, pior saldo para o mês da série histórica iniciada em 1997,
informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira, 26.
O
rombo do mês, composto pelos resultados de Tesouro Nacional, Banco
Central e Previdência Social, é 37,7% maior que o saldo negativo de
40,614 bilhões de reais observado no mesmo mês do ano passado.
De
acordo com o Tesouro, o déficit de fevereiro é fruto de uma alta real
de 27,4% na despesa total, que atingiu 190,938 bilhões de reais,
enquanto a receita líquida — que exclui transferências para governos
regionais — teve crescimento real de 23,4%, a R$ 132,494 bilhões.
“O
aumento real nas despesas totais pode ser explicado principalmente pelo
pagamento de precatórios no montante de 30,1 bilhões de reais”, disse o
Tesouro em nota.
Com o dado do mês, o resultado primário do
governo central acumulado em 12 meses foi de déficit de R$ 252,9 bilhões
em valor corrigido pela inflação, equivalente a 2,26% do Produto
Interno Bruto (PIB).
No
primeiro bimestre, o governo central acumula superávit de R$ 20,941
bilhões, ante saldo positivo de R$ 38,292 bilhões no mesmo período de
2023.
Nesta terça-feira, 26, o Banco Central divulgou a última ata do Copom (Comitê de Política Monetária) na qual sinaliza um novo corte de 0,50 ponto na taxa Selic para a próxima reunião, marcada para os dias 7 e 8 de maio.
No
documento divulgado, o Copom reiterou que a diretoria antevê a redução
na Selic apenas “na próxima reunião”, não mais “nas próximas reuniões”,
como vinha afirmando anteriormente.
O Comitê avalia que o cenário-base não se alterou substancialmente, mas considera maior flexibilidade em suas decisões.
“Em
função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior
flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê,
unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o
cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião. O
Comitê avalia que essa é a condução apropriada para manter a política
monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”,
diz o documento.
A
redução antecipada da taxa na mesma magnitude para a próxima reunião se
dá por “uma mudança na incerteza e não no cenário-base”, diz.
“Tal
alteração reflete tão somente uma análise de custo-benefício da
utilização desse instrumento adicional de política monetária. Por fim,
reforçou-se que seria um equívoco interpretar a mudança na sinalização
futura como uma indicação de alteração do ciclo de política monetária
compatível com o cenário-base”.
Na última quarta-feira, 20, o Copom realizou a sexta redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 10,75% ao ano.
Para onde vai a Selic?
Alguns
componentes do Copom avaliam que pode ser necessária uma redução no
ritmo de cortes dos juros básicos caso as incertezas se mantenham
elevadas à frente, mostrou a ata da última reunião do colegiado.
“Alguns
membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer
elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária pode
revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseje
atingir”, informou o BC no documento.
“Avaliou-se
a conveniência de alguma indicação para a decisão de junho, para a qual
o Comitê ainda não havia feito qualquer comunicação”, explicou o
colegiado na ata.
O mercado debate agora a chamada taxa terminal
da Selic. Ou seja, quando o BC irá encerrar o ciclo de
cortes. “Avaliamos que o BC irá cortar o juro em apenas mais 75bps,
deixando a Selic em 10%, com cortes de 50bps e mais um de 25bps”, diz
Étore Sanchez, da Ativa.
O mercado manteve em 9% ao ano a mediana
das projeções do Relatório de Mercado Focus para a Selic no encerramento
de 2024 pela 13ª semana consecutiva. Considerando apenas as 77
respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024
também seguiu em 9% ao ano.
Volkswagen
começa produção no segundo semestre em Resende (RJ) e as primeiras
entregas ocorrerão no início de 2025. Cidades como Brasília, São Paulo e
Rio já demonstraram interesse
O e-Volksbus: por enquanto, a ideia é ser um veículo urbano, não para viagens interestaduais (Crédito:Divulgação)
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A Volkswagen Caminhões e Ônibus apresentou oficialmente seu primeiro ônibus elétrico, batizado de e-Volksbus,
que começará a ser produzido no centro mundial de engenharia da
companhia em Resende (RJ), a partir do segundo semestre deste ano, com
as primeiras entregas para o início de 2025.
Projetado para o uso urbano, o chassi Volkswagen terá uma capacidade de suportar 22 toneladas e uma autonomia de até 250 quilômetros.
O
veículo virá com sistemas de carregamento que podem entregar 100% de
carga em três horas ou ainda ser otimizado em até 1 hora e meia, a
depender da estrutura disponível.
Segundo a empresa, há estudos
internos em andamento para troca de componentes da bateria que
permitiria a carga em 40 minutos. Além disso, o sistema de frenagem
regenerativa ajuda a maximizar a autonomia da bateria e a reduzir o
desgaste dos freios, além do sistema Eco-Drive Mode, que ajusta o
consumo de energia do veículo.
A Volkswagen Caminhões e Ônibus vai fabricar os chassis utilizando uma solução de arquitetura modular, que permite a produção em sua fábrica desde um micro-ônibus de nove metros até um superarticulado de 23 metros.
A
VWCO vai produzir o chassi, mas sua fábrica, em Resende, comporta
operações de empresas parceiras para a montagem das carrocerias.
O e-Volksbus não será o primeiro veículo elétrico da empresa, que lançou o caminhão urbano e-Delivery em 2021,
utilizado para operações last mile e outras entregas dentro das
cidades, já em operação por grandes distribuidoras de bebidas como Ambev e Coca-Cola.
O presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes,
afirmou à DINHEIRO que, apesar de ainda não haver uma carteira de
pedidos firmes, já existe o interesse manifestado por diversas cidades
brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, São
José dos Campos e Brasília.
“Advogamos por incentivos do governo para ajudar municípios a comprar ônibus elétricos, uma espécie de Finame Verde.” Roberto Cortes, CEO da VWCO
Segundo o executivo, o projeto já é pensado há 12 anos. “Em
2012 começou a se estudar o caminhão elétrico, que foi desenvolvido a
partir de 2017 e lançado em 2021. A partir daí, começou a se projetar o
e-Volksbus, em teste desde maio do ano passado”, disse.
Segundo
a empresa, houve muita sinergia com o caminhão e-Delivery, além do
know-how acumulado. Os dois veículos, inclusive, são dotados de
tecnologias e componentes compartilhados para fazer frente às severas
condições de operação no País. Outro diferencial do veículo é a proteção contra inundação, adequando o produto às realidades brasileiras.
Também
estará equipado com sistema de ajoelhamento para maior acessibilidade
dos passageiros e a suspensão pneumática integral. “Nosso compromisso é
com a mobilidade e a redução das emissões nos centros urbanos,
projetamos o ônibus para as condições do uso na cidade, queremos ajudar a
diminuir a emissão de gases estufa”, disse. “Estamos no meio de um
ciclo de investimentos de R$ 2 bilhões, de 2021 a 2025, que visa buscar
energia limpa e maior eficiência dos veículos.”
PREÇO ALTO
O
valor de um ônibus elétrico pode chocar o leitor, como disse o próprio
Roberto Cortes. Um coletivo movido a diesel da Volkswagen custa em média
de R$ 850 mil já pronto (dependendo da configuração). Já as primeiras
unidades do elétrico custarão por volta de R$ 2,35 milhões cada.
O
valor, afirmou Cortes, apesar de assustar inicialmente, é compensado
por seu custo de produção 70% mais barato, que “paga a diferença” em até
três anos de uso, diante das economias com o diesel e a manutenção mais
simples e mais barata.
A tendência, no entanto, com a produção em escala, é de baratear o produto, disse o executivo, que defende que o governo federal, por meio do BNDES, crie algum programa de incentivo ou financiamento.
Outro desafio para a expansão dos ônibus emissão zero é a infraestrutura para o carregamento.
Para o executivo da VW, é uma questão solucionável e, com a troca da
frota paulatina, as empresas vão criar as condições ao longo do tempo.
Sobre projetar esses grandes veículos com maior autonomia, para
viagens interestaduais, afirmou que por enquanto a montadora vai focar
no uso urbano. “Para longas distâncias nós vemos maiores dificuldades na
oferta de pontos de recarga, vai necessitar muito investimento ainda.”