sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Governo avalia elevar tributos que não dependem de aval do Congresso para fechar contas

 


O Ministério da Fazenda avalia elevar tributos que não exigem aval do Congresso Nacional para que sejam ajustados e permitam entrada em vigor de maneira imediata se constatar necessidade de ampliar a arrecadação para fechar as contas deste ano, disseram à Reuters duas fontes da pasta.

A medida adicional, segundo as fontes, pode ser apresentada junto com o relatório bimestral de receitas e despesas, que apontará no fim deste mês se o governo precisa ampliar a arrecadação para cumprir a meta de déficit primário zero em 2024, que tem banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB.

“Tem que pensar em alguma coisa que tenha impacto direto, que não tenha anualidade, noventena ou (precise de) aprovação do Congresso, alguma coisa extrafiscal”, disse uma das autoridades sob condição de anonimato porque as discussões não são públicas.

São tributos que se enquadram nessa categoria o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Imposto de Importação e Imposto de Exportação.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Brasil vira país com mais usuários no Bluesky após bloqueio do X

 


Logo da empresa Bluesky (Crédito: Reprodução)

 

A rede social Bluesky recebeu na última semana 2,4 milhões de novos usuários na plataforma, dos quais 90% são brasileiros. Em resposta a questionamento feito pelo site IstoÉ Dinheiro, a empresa respondeu que o Brasil virou esta semana o país com maior quantidade de usuários na plataforma, seguido por Japão e Estados Unidos. Ao todo, são 8 milhões de perfis do mundo todo. A rede não informou quantos perfis são de cada país.

O perfil oficial da plataforma passou a postar seus conteúdos simultaneamente em inglês e português. “DOIS MILHÕES de pessoas novas na última semana! uma calorosa recepção a todos! 🤗”, compartilhou o perfil da Bluesky no fim de tarde de segunda-feira, 9.

Criado em 2021, o Bluesky era restrito para pessoas convidadas por membros da plataforma até 6 de fevereiro deste ano, quando foi liberado para que qualquer um criasse uma conta. No dia 22 do mesmo mês, a plataforma celebrou ter alcançado um total de 5 milhões de usuários.

Brasileiros dão trabalho aos programadores

Um dos funcionários da plataforma, o desenvolvedor Paul Frazee virou a primeira celebridade espontânea da rede adotada pelos brasileiros. Ele viralizou ao compartilhar uma foto trabalhando no dia seguinte a determinação de bloqueio do X. “Se eu vou trabalhar em um sábado, as asas da borboleta permanecerão”, disse. A borboleta é o símbolo do Bluesky.

O desenvolvedor do Bluesky Paul Freeze (Crédito:Reprodução)

Em seus posts, ele narra o trabalho da equipe para manter os servidores funcionando com o grande fluxo. Apesar de suas horas extras, falhas seguem reportadas pelos usuários, e os brasileiros são exigentes: acumulam na plataforma pedidos por compartilhamento de vídeos e por “trending topics”, a ferramenta do antigo Twitter que monitorava os tópicos mais discutidos na plataforma.

Meme compartilhado pelo desenvolvedor Paul Frazee. A legenda publicada por ele diz, em tradução livre: “Eu quando Jay (CEO do Bluesky) pede um diagrama do data center”.

Segundo Freeze, uma ferramenta para compartilhamento de vídeos já está em fase final de desenvolvimento. Já os “trending topics” ainda não possuem uma resposta totalmente pronta. “Estou escrevendo uma proposta de como poderíamos implementá -la”, publicou o desenvolvedor estadunidense em português.

Quem é o dono?

A plataforma foi criada em 2019 por Jack Dorsley, o fundador do Twitter. Na época, ele ainda era CEO e dono da rede do passarinho azul. Dorsley selecionou a engenheira de software estadunidense Jay Graber para comandar o Bluesky, que foi desde o início uma companhia independente do Twitter.

O diferencial do Bluesky em relação a outras redes populares no Brasil é sua construção no AT Protocol. Trata-se de uma linguagem de comunicação de código aberto com a qual é possível acessar a rede Atmosphere de diferentes aplicativos. O objetivo é ter uma comunicação fora do controle das big techs, operada pelos próprios usuários.

O AT Protocol possibilita que cada operador crie seu próprio algoritmo e critérios de moderação. No entanto, caso os usuários decidam sair do Bluesky — como os brasileiros foram forçados a fazer com o Twitter — poderão reencontrar seus perfis e suas conexões em outra plataforma, com um outro modo de operar.

Outra diferença está na constituição da empresa não como uma rede social, mas como uma “sociedade de utilidade pública”. A caracterização escolhida busca dar foco a uma missão de “desenvolver e promover a adoção em larga escala de tecnologias para conversas públicas abertas e descentralizadas”.

Em maio deste ano, Dorsley deixou o Conselho do Bluesky. Na época, ele chegou a pedir em seu perfil no já então chamado X que os usuários permanecessem na rede de Elon Musk. Hoje, segundo o site da Bluesky, seus donos são a CEO Jay Grabber e o time da companhia.

Verizon anuncia compra da rival Frontier Communications por US$ 20 bilhões

 


A Verizon Communications anunciou nesta quinta-feira, 5, o fechamento de acordo que prevê a compra da rival Frontier Communications por US$ 20 bilhões. Segundo comunicado, o negócio busca expandir a participação da gigante das telecomunicações americana no mercado de fibra ótica.

A aquisição deve ser concluída em cerca de 18 meses, a depender da aprovação de autoridades regulatórias. A Verizon pagará US$ 38,50 por ação em dinheiro, o que representa um prêmio de 43,7% sobre o preço médio ponderado por volume dos papéis de 90 dias da Frontier.

Com a medida, a Verizon prevê ampliar a base de assinantes de fibra ótica em 2,2 milhões nos Estados Unidos, a um total de 25 milhões distribuídos em 31 Estados norte-americanos e na capital Washington D.C. A companhia também reiterou o guidance para o ano.

Mais cedo, às 8h15 (de Brasília), a ação da Verizon chegou a subir 0,77% no pré-mercado de Nova York, enquanto a da Frontier chegou a cair 9,59%.

Dólar recua e Ibovespa opera na instabilidade com expectativa de corte maior de juros nos EUA

 


Às 9h54, o dólar à vista caía 0,33%, a R$ 5,6211 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,38%, a R$ 5,638 na venda

Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,08%, cotado a R$ 5,6395.

Nesta manhã, os mercados globais digeriam novos dados sobre o mercado de trabalho dos EUA em busca de sinais sobre o estado da maior economia do mundo e o tamanho de um potencial corte de juros a ser realizado pelo Fed em sua reunião deste mês.

Na primeira divulgação do dia, o relatório de emprego da ADP mostrou que 99.000 postos de trabalho foram criados no setor privado em agosto, bem abaixo da expectativa de analistas consultados pela Reuters de 145.000 vagas, de 111.000 revisados para baixo no mês anterior. Anteriormente haviam sido informados 122.000 empregos criados em julho.

Minutos depois, números do Departamento de Trabalho mostraram que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego na semana encerrada em 31 de agosto caíram para 227.000, abaixo da projeção dos analistas de 230.000, de 232.000 revisados ligeiramente para cima na semana anterior.

Apesar do dado mais benigno para os pedidos de auxílio-desemprego, o relatório do setor privado reforçava alguns temores dos agentes financeiros sobre uma desaceleração agressiva da economia norte-americana, com um esfriamento do mercado de trabalho mais forte do que o esperado, o que deve ser considerado pelo Fed em sua próxima decisão.

No mês passado, o chair do Fed, Jerome Powell, afirmou que “chegou a hora” de ajustar a postura do banco central dos EUA, apontando que as autoridades não aceitariam um abrandamento adicional do mercado de trabalho.

Operadores colocavam 45% de chances de um corte de 50 pontos-base nos juros do Fed neste mês, acima dos 43% antes dos dados. Eles ainda projetavam 112 pontos-base de afrouxamento até o fim do ano, de 109 pontos-base mais cedo.

Com isso, o dólar se enfraquecia ante a maioria de seus pares fortes e emergentes, devido a forte queda nos rendimentos dos Treasuries, o que tornava a moeda norte-americana menos interessante para investidores.

O rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– caía 4 pontos-base, a 3,731%.

“Se você tem uma perspectiva de que a economia norte-americana está contraindo, tem a visão de cortes de juros lá e aqui mantém a diferença de juros com os EUA, a tendência é a valorização da nossa moeda frente ao dólar”, disse Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,18%, a 101,080.

Entre os emergentes, a divisa dos EUA recuava ante o peso colombiano, o rand sul-africano e o peso chileno.

As atenções agora se voltam para o relatório de emprego de agosto do Departamento de Trabalho dos EUA, com expectativa de criação de 160.000 postos de trabalho, de 114.000 no mês anterior.

“As informações de segunda linha do mercado de trabalho dos EUA até agora mostram uma inegável condição de afrouxamento, e não há como o dólar não sofrer com isso. Outro número fraco amanhã pode confirmar um corte de maior magnitude do Fed em setembro e consolidar o caminho do dólar para baixo”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

No cenário nacional, o mercado ainda avaliava a perspectiva de uma alta na Selic, agora em 10,50% ao ano, na reunião do Copom deste mês, após um PIB acima do esperado para o segundo trimestre do ano e leituras recentes que mostraram a inflação se afastando do centro da meta de 3%.

Na curva de juros brasileira, a perspectiva de um afrouxamento monetário mais agressivo nos EUA derrubava as taxas de juros futuras, com a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete a política monetária no curtíssimo prazo — em 10,925%, com queda de 2 pontos-base.

Ibovespa

A bolsa paulista não mostrava um viés definido nesta quinta-feira, com agentes repercutindo dados de emprego dos Estados Unidos mais fracos que o esperado, enquanto aguardam um relatório do mercado de trabalho na sexta-feira considerado crucial para as apostas da próxima decisão do Federal Reserve.

Por volta de 10h40, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,22%, a 136.414,42 pontos, tendo marcado 135.959,32 pontos na mínima e 136.529,02 pontos na máxima até o momento. O volume financeiro somava 1,98 bilhão de reais.

Dados divulgados mais cedo pela empresa ADP mostraram que foram abertas 99.000 vagas de emprego no setor privado norte-americano em agosto, o menor número desde janeiro de 2021, contra 111 mil em julho (dado revisado de 122 mil divulgado anteriormente) e expectativa de 145 mil postos.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego também ficaram abaixo das previsões de economistas, recuando em 5 mil na semana encerrada em 31 de agosto, para 227 mil em dado com ajuste sazonal, ante estimativas de 230 mil pedidos.

Após os dados, o rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano marcava 4,0392%, de 4,067% na véspera, enquanto o S&P 500 mostrava acréscimo de 0,06%.

Investidores agora aguardam o amplo relatório do governo sobre o mercado de trabalho, que pode ajudar a definir as apostas sobre a magnitude de um corte de juros tido como certo pelo Federal Reserve neste mês, se de 0,25 ponto percentual ou 0,50 pontos. Atualmente, a taxa está na faixa de 5,25% a 5,50%.

De acordo com o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, com mais um dado fraco do mercado de trabalho mostrado pela ADP, houve um aumento das expectativas de corte de 0,5 ponto na decisão que será conhecida no próximo dia 18. “As atenções agora se voltam ao dado de ‘payroll’…amanhã.”

DESTAQUES

– MRV&CO ON avançava 4,76%, em mais uma sessão de alívio nas taxas futuras de juros, com o índice do setor imobiliário mostrando acréscimo de 0,33%.

– AZUL PN recuava 1,63%. A companhia aérea divulgou no final da quarta-feira que a BlackRock, em nome de alguns de seus clientes, vendeu ações da Azul e agora suas participações representam aproximadamente 4,716% do total das ações preferenciais da empresa.

– BRAVA ENERGIA ON caía 1,26%, após a petroleira, anteriormente conhecida como 3R, divulgar que a produção no campo Papa Terra foi interrompida na quarta-feira por pedido da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de informações sobre sistemas operacionais da plataforma.

– VALE ON tinha variação positiva de 0,72%, mesmo com os futuros do minério de ferro na China recuando pelo quinto pregão seguido. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o dia com queda de 2,58%, a 678,5 iuanes (95,58 dólares) a tonelada.

– PETROBRAS PN subia 0,34%, em dia de alta dos preços do petróleo no mercado internacional. O barril de Brent, usado como referência pela companhia, avançava 1,06%, a 73,47 dólares.

– ITAÚ UNIBANCO PN registrava decréscimo de 0,21%, enquanto BRADESCO PN mostrava estabilidade. BANCO DO BRASIL ON perdia 0,31% e SANTANDER BRASIL UNIT cedia 0,47%.

– ALLOS ON cedia 0,26%, após anunciar na véspera a segunda expansão do Shopping Campo Grande, em investimento de 216 milhões de reais. O projeto, segundo a companhia, irá impactar 23,7 mil m² de Área Bruta Locável (ABL), incluindo 11,5 mil m² de ABL redesenvolvida e 12,2 mil m² de ABL adicional.

– REDE D’OR ON avançava 0,57%, tendo de pano de fundo relatório da agência de classificação de risco S&P Global Ratings elevando a nota do grupo de saúde para “BB+” ante “BB”.

Mercado amplia chances de corte de juros maior pelo Fed, após dados sobre emprego nos EUA

 


Monitoramento mostra aumento do percentual daqueles que projetam um corte de 0,5 ponto percentual e redução no grupo que aposta em queda de 0,25

 

 

Prédio do Federal Reserve em Washington

 

O mercado financeiro ampliou chances de um relaxamento mais agressivo pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em 2024, após rodada de dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos mostrarem quadro divergente e aumentarem dúvidas sobre a situação do emprego na véspera do payroll, que é o relatório do mercado de trabalho dos EUA.

Por volta das 10h20 (de Brasília), a ferramenta de monitoramento do CME Group ainda exibia probabilidade majoritária de uma redução de 25 pontos-base (pb) nos juros pelo BC americano em setembro, mas essa opção perdeu vantagem e caiu para 55% após os dados.

Já a chance de um corte maior, de 50 pb, avançou de 43% antes dos dados para 45% depois das publicações.

Até dezembro, as probabilidades de relaxamento monetário mais agressivo ganharam força. O mercado praticamente igualou as chances de uma redução acumulada de 100 pb – que caiu de 40,2% para 37,6% – e de 125 pb – que avançou de 34,6% para 37,8%.

Assumindo o terceiro lugar, a probabilidade de relaxamento ainda maior, de 150 pb, subiu de 9,8% para 12,4% após os dados. A chance de redução mais modesta, de 75 pb, caiu de 15,4% para 12,1%.

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Governo de SP amplia combate aos focos de queimadas fazendo parceria com iniciativa privada

 

Governo de SP lança nova marca visual com o slogan 'São ...

O governo paulista informou, nesta quarta-feira, 4, que vai ampliar o enfrentamento às queimadas em São Paulo em parceria com a iniciativa privada, sobretudo com entidades do setor sucroalcooleiro, de energia elétrica, de gás, água e concessionárias de rodovias.

Segundo nota da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo divulgada nesta quarta, em reunião emergencial realizada na terça-feira, 3, essas entidades ofereceram suas estruturas de monitoramento e combate ao fogo. “A cooperação será intensificada nos próximos dias com a integração das empresas ao Plano de Contingência montado na operação SP Sem Fogo”, diz a pasta.

As usinas ligadas à União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), por exemplo, contam com 10 mil brigadistas e 2 mil caminhões-pipa disponíveis para combater incêndios nos canaviais. Já a Florestar, especializada no setor de inteligência em segurança patrimonial, ofereceu um trabalho em conjunto com o governo para o monitoramento de Unidades de Conservação afetadas pelas chamas.

As concessionárias de rodovias, por sua vez, colaborarão prestando serviços de informação à população sobre, por exemplo, áreas interditadas por causa da fumaça. Além disso, usarão o sistema de monitoramento via câmeras das rodovias para mapear novos focos de incêndio.

A cooperação ocorre em momento de agravamento das condições climáticas favoráveis ao surgimento de incêndios, com o tempo extremamente seco, situação que deve se prolongar em quase todo o mês de setembro.

O número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano na comparação com 2023. Além disso, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios, ressaltou a secretaria na nota.

Além disso, a seca persiste neste mês de setembro, o que resulta em piora no cenário de risco de incêndios.

Lula homenageia Janja, Xuxa e Luiza Trajano com medalha por atuação na saúde

 

Veja nova foto oficial de Lula como presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu a 22 pessoas e dez associações a medalha do mérito Oswaldo Cruz, na categoria ouro. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, a apresentadora Xuxa Meneghel e a empresária Luiza Trajano estão na lista dos condecorados, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira, 4.

A medalha do mérito Oswaldo Cruz homenageia pessoas e instituições que, de algum modo, contribuíram para a saúde dos brasileiros. No decreto, de toda a lista, apenas os nomes de Janja e Luiza Trajano não são acompanhados de justificativa para a condecoração.

Procurada pelo Estadão para explicar a homenagem concedida à primeira-dama, a Presidência da República disse que as informações deveriam ser fornecidas pelo Ministério da Saúde, responsável pelas indicações. A pasta não enviou um posicionamento até a publicação deste texto. A assessoria de Janja também não se pronunciou sobre o tema.

A apresentadora Xuxa é embaixadora do Movimento Nacional pela Vacinação, do Ministério da Saúde, assim como a ex-ginasta Daiane dos Santos, que também foi condecorada com a medalha. Já a empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, criou a iniciativa “Unidos pela Vacina” durante a pandemia de covid-19, para que empresários ajudassem a comprar imunizantes.

A medalha Oswaldo Cruz foi instituída em 1970 pelo presidente da época, Emílio Garrastazu Médici. Desde então, a medalha já foi concedida a esposas de presidentes. Em 2002, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) homenageou Ruth Cardoso com essa distinção. Já em 2021, a então primeira-dama Michelle Bolsonaro foi agraciada com a mesma medalha por Jair Bolsonaro (PL).

Dividida nos níveis ouro, prata e bronze, a condecoração é feita por decreto da Presidência da República, mediante proposta do Ministério da Saúde. O decreto presidencial que criou a condecoração determina uma justificativa para a homenagem, com “indicação dos serviços prestados, condecorações que lhe tenham sido outorgadas, além de outros julgados necessários”.

Outras condecorações para primeiras-damas

A medalha do mérito Oswaldo Cruz não é a única a ter sido destinada a primeiras-damas. Em novembro do ano passado, Janja recebeu o mais alto grau da Ordem de Rio Branco. A condecoração é concedida pelo governo federal a pessoas físicas ou jurídicas por “serviços meritórios e virtudes cívicas” que contribuem para a honra da nação.

Michelle Bolsonaro também recebeu a honraria em 2021. Outra medalha destinada à esposa de Bolsonaro foi a da Ordem do Mérito da Defesa, proposta pelo Ministério da Defesa, no mesmo ano.

Marisa Letícia, esposa falecida de Lula, também foi homenageada com a Ordem de Rio Branco em 2010, quando era primeira-dama durante o segundo mandato do petista.

Os homenageados pela medalha Oswaldo Cruz

Veja quem recebeu a condecoração, conforme publicação no DOU desta quarta.

Personalidades

1- Aparecida dos Santos Bezerra: enfermeira com atuação na saúde indígena e vacinadora na Baía da Traição (PB);

2 – Atila Iamarino: biólogo, doutor em microbiologia e pesquisador brasileiro;

3 – Cristiana Maria Toscano Soares: médica, vice-chefe do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Goiás (UFG) e membro do Comitê Crise Covid-19 da UFG;

4 – Daiane Garcia dos Santos: ex-ginasta e embaixadora do Movimento Nacional pela Vacinação do Ministério da Saúde;

5 – Dorinaldo Barbosa Malafaia: deputado Federal e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Vacina da Câmara dos Deputados;

6 – Esper Georges Kallás: diretor do Instituto Butantan;

7 – Fabio Baccheretti Vitor: presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário Estadual de Saúde de Minas Gerais;

8 – Francisco de Assis de Oliveira Costa: deputado federal e presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados;

9 – Hisham Mohamad Hamida: presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e secretário Municipal de Saúde de Pirenópolis (GO);

10 – Humberto Costa: senador e presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal;

11 – Ivan Baron: pedagogo, influenciador e ativista anticapacitista potiguar;

12 – Jayme Martins de Oliveira Neto: juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e membro da Comissão de Saúde do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP);

13 – José Cassio de Moraes: médico e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;

14 – Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues: empresária;

15 – Margareth Maria Pretti Dalcolmo: pesquisadora e membro da Academia Nacional de Medicina (ANM);

16 – Maria da Graça Xuxa Meneghel: atriz, apresentadora, cantora, empresária e embaixadora do Movimento Nacional pela Vacinação do Ministério da Saúde;

17 – Mario Santos Moreira: presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);

18 – Meiruze Sousa Freitas: farmacêutica e Diretora da Segunda Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

19 – Renato Kfouri: vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP);

20 – Rosângela Lula da Silva (Janja): primeira-dama do Brasil;

21 – Rosileia Maria de Souza: presidente da Associação do Quilombo Lagoinha, no município de Gentio do Ouro (BA);

22 – Sirlene de Fátima Pereira: enfermeira em atuação no Programa Nacional de Imunizações da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

Entidades

1 – Agência de Notícias das Favelas (ANF);

2 – Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco);

3 – Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn);

4 – Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (Conacs);

5 – Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef);

6 – Instituto Todos pela Saúde (ITpS);

7 – Organização Panamericana da Saúde (Opas);

8 – Rotary Club;

9 – Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP);

10 – Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).