sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

CVM inicia processo que acusa KPMG no caso de fraude contábil da Americanas

 


Imagem destaque: CVM inicia processo que acusa KPMG no caso de fraude contábil da Americanas
Crédito: Divulgação / Americanas


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou o processo administrativo sancionador que acusa a auditoria KPMG e uma de suas sócias, Carla Bellangero, no caso de fraude contábil da Americanas. A auditoria era responsável pela análise do balanço da varejista durante parte do período. A abertura do processo ocorreu em 26 de novembro de 2024 e já conta com acusação formulada e vai a julgamento. Mas como a peça acusatória não é pública, ainda não há detalhes sobre o texto da acusação. 

A fase atual, iniciada na última quinta-feira (13), é de citação dos acusados com comunicação externa. Agora, o processo está na Gerência de Controle de Processos Sancionadores. Esse novo processo se soma a outros dois que já estavam em curso no órgão regulador envolvendo ex-diretores da companhia.


Fonte: Valor Econômico



Grupo St Marche tenta realizar reestruturação extrajudicial

 


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Crédito: Reprodução / Marcas Mais


  O St Marche está trabalhando com assessores para tentar reestruturar a sua dívida com credores, que chega a cerca de R$ 314 milhões, de acordo com suas demonstrações financeiras de 2023, as últimas disponíveis. Atualmente, segundo pessoas familiarizadas no assunto, a rede de supermercados premium tenta realizar uma reestruturação extrajudicial. O BTG Pactual é um dos principais credores da empresa.

 A rede varejista é controlada pela L Catterton, empresa de private equity, que tenta vender a sua participação no negócio. O St Marche registrou um prejuízo de R$ 62 milhões em 2023, após perder mais de R$ 66 milhões em 2022. Uma explicação para o cenário do grupo pode estar nas altas taxas de juros e inflação persistente, que têm afetado todas as empresas de varejo. O Banco Central prevê que a inflação anual permanecerá acima da meta de 3% nos próximos meses, o que exige uma política monetária mais apertada.  


Fonte: Bloomberg

Guerra tarifária é prejudicial, mas pode afetar Brasil em menor intensidade, diz Galípolo

 

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que as taxas impostas por Donald Trump em seu segundo mandato presidencial são prejudiciais, porém terão impacto maior em parceiros comerciais mais próximos dos Estados Unidos, como o México.

“Perceba que há uma sutileza aqui. Eu não estou dizendo que com as tarifas é melhor para o Brasil. Não, com certeza não há dúvida de que em qualquer condição do comércio é melhor sem a gente ter uma guerra tarifária. O que eu estou colocando aqui simplesmente é que no relativo, ou seja, comparativamente, talvez para o Brasil seja menos prejudicial do que, por exemplo, para o México”, disse.

O motivo do cenário relativamente melhor para o Brasil seria o fato de o país ser menos dependente do que o México do comércio com os Estados Unidos. A fala ocorreu durante encontro com empresários organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na manhã desta sexta-feira, 14.

Galípolo chegou a se escusar por falar “como cidadão” e não como presidente da autarquia ao criticar, sem citar nomes, a política realizada por Donald Trump.

“Quanto indivíduo, não sinto qualquer tipo de satisfação em pensar no desenvolvimento do meu país em detrimento do desenvolvimento de algum outro”, disse Galípolo. “Eu acho que é importante que a gente tente ser um canalizador e agente para discutir quais são os patamares possíveis de uma nova globalização que busque essas outras dimensões, como a dimensão da sustentabilidade ambiental, social e esfera de governança.”

Galípolo defende atuação ‘técnica’ do BC

Segundo o presidente do Banco Central, as tarifas adicionam ainda um cenário de “incerteza” nas decisões de política monetária. “Essa incerteza, em função de ocorrer ou não ocorrer, tem influenciado o preço dos ativos”, disse.

O presidente do Banco Central falou pouco sobre as decisões de política monetária da autarquia, e destacou que buscaria se limitar ao que já foi dito nas comunicações oficiais. “Quem está na mesa ou na plateia acompanhando tenta fazer alguma pergunta para extrair alguma informação adicional da comunicação oficial e o banqueiro central tenta murmurar com grande incoerência para não dar nenhum formação adicional da comunicação oficial. Essa é mais ou menos mais ou menos a coreografia que é esperada aqui”, brincou.

Galípolo repetiu assim fala já feita em outras ocasiões sobre como o Banco Central deve ter “agressividade” nos momentos de aumentar os juros, e “parcimônia” nos momentos de desaceleração. “Do ponto de vista na função de reação do Banco Central, a gente foi bastante assertivo e claro”, disse.

A taxa básica de juros está atualmente em 13,25% após o Comitê de Política Monetária (Copom) promover um aumento de um ponto percentual em sua primeira reunião do ano. O órgão já sinalizou que fará  outra alta da mesma magnitude em seu próximo encontro, a ser realizado nos dias 18 e 19 de março.

“O mandato do Banco Central é colocar a taxa de juros em um patamar restritivo suficiente, pelo tempo que for necessário, para que possa convergir a inflação para o centro da meta”, defendeu. “O remédio vai funcionar. O Banco Central tem as ferramentas para conduzir a política monetária, para perseguir a meta, e não vai se esquivar.”

Galípolo respondia uma pergunta sobre se há um problema de dominância fiscal no país, conceito atribuído aos momentos em que o descontrole dos gastos do governo passa a restringir o efeito da política monetária.

“O papel do Banco Central sempre é entender como que a leitura que existe sobre a política fiscal por parte dos agentes influencia os preços dos ativos”, disse. “Há uma posição majoritária por parte dos agentes que entende que sim, que a política monetária vai dar conta de produzir uma desaceleração da economia, por isso que a gente vê inclusive nas projeções econômicas um crescimento menor.”

O crescimento incompatível com a capacidade produtiva do país foi apontado por analistas do mercado financeiro como uma das possíveis causas para a inflação acima da meta em 2024. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em 4,83%. A meta era de 3%, com 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo.

Lula diz que Brasil vai reagir comercialmente e pode ir à OMC contra tarifas de Trump

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 14, que o Brasil pode recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e garantiu que, se os EUA tomarem medidas contra o Brasil, seu governo reagirá com reciprocidade.

“Eu ouvi dizer que (os EUA) vão taxar o aço brasileiro. Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente. Ou vamos denunciar na Organização do Comércio ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, disse Lula em entrevista à Rádio Clube do Pará.

Trump anunciou nesta semana a imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio dos EUA “sem exceções ou isenções”, a partir do mês que vem. O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, ficando atrás apenas do Canadá.

Além do aço e do alumínio, a Casa Branca apontou o etanol brasileiro como exemplo de alvo para tarifas recíprocas que os EUA podem impor contra todos os países que sobretaxam produtos norte-americanos, conforme anunciado por Trump na quinta-feira.

“Se tiver alguma atitude contra o Brasil, haverá reciprocidade, não tenha dúvida. Haverá reciprocidade em qualquer atitude que tiver contra o Brasil”, insistiu.

Em contraste com o tom adotado por Lula sobre as tarifas de Trump, ministros do governo brasileiro têm preferido uma abordagem mais cautelosa em relação ao assunto, defendendo a necessidade de um diálogo e possíveis negociações sobre o assunto com as autoridades norte-americanas.

Na entrevista à rádio paraense, Lula disse ainda que Trump defende o protecionismo e adota um discurso que “não tem nada a ver” com a postura adotada pelos EUA no mundo após a Segunda Guerra Mundial, acrescentando que se preocupa com esta mudança.

“O que eu estou preocupado é que os Estados Unidos, depois da Segunda Guerra Mundial, viraram uma espécie de patrono da democracia do mundo, viraram uma espécie de xerife do planeta Terra. Eles se colocaram nessa posição, defensor da democracia. Agora os discursos não são mais esses”, disse.

“Eles que foram os autores do Consenso de Washington, que defendiam o mercado livre, agora estão defendendo o protecionismo… É um discurso que não tem nada a ver com aquilo que os Estados Unidos fizeram depois da Segunda Guerra Mundial.”

Lula foi perguntado sobre como está seu relacionamento com Trump e afirmou que, no momento, não existe uma relação com o presidente norte-americano.

“Primeiro que não tem relacionamento. Eu ainda não conversei com ele, ele ainda não conversou comigo. O relacionamento é entre Estado brasileiro e Estado americano. Nós temos 200 anos de relação diplomática. O Brasil considera os Estados Unidos um país extremamente importante para a relação com o Brasil e eu espero que os Estados Unidos reconheçam o Brasil como um país muito importante”, disse.

“Se o Donald Trump cuidar dos Estados Unidos e eu cuidar do Brasil, se ele melhorar a vida do povo americano e eu melhorar a vida do Brasil, tudo estará maravilhosamente bem.”

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Assaí reforça experiência de compra com 111 lojas ofertando novos serviços

 


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Crédito: Divulgação / Assaí Atacadista


Em 2024, o Assaí Atacadista atingiu um marco importante em sua estratégia de atendimento aos clientes com a implementação de mais serviços em suas lojas. No total, 111 unidades em todas as regiões do Brasil passaram a oferecer Açougue, Empório de Frios, Cafeteria e/ou Padaria. No estado de São Paulo, 48 lojas ganharam mais serviços no último ano. Atualmente, das 302 unidades em todo o Brasil, 254 contam com essas opções que visam aprimorar a experiência de compra. No final de 2021, os serviços estavam presentes em 73 lojas.

  “Implantar esses serviços no parque existente de lojas é uma forma de demonstrar que estamos atentos ao que as famílias e comerciantes buscam. Desde 2022, todas as lojas inauguradas já trazem algum tipo de serviço. Com essa expansão, queremos proporcionar uma experiência de compra mais completa, com qualidade e conforto, sem abrir mão da nossa proposta de valor, que é garantir preços acessíveis e a melhor eficiência operacional possível”, comenta José Adelson, Diretor de Novos Negócios do Assaí.

 

https://gironews.com/atacado-cash-carry/assai-reforca-experiencia-de-compra-com-111-lojas-ofertando-novos-servicos/


 


Dólar ganha força com commodities fracas e realização após 3 quedas ante real

 

O dólar à vista ganhou força até R$ 5,78 na manhã desta quinta-feira, 13, após hesitar nos primeiros negócios. O ajuste positivo da divisa americana pode estar refletindo a queda do petróleo e do minério de ferro e possível realização de lucros, após cair nas últimas três sessões. No mês, as perdas ante o real se acumulam em 1,20%. O mercado de câmbio chegou a ceder de forma pontual, em meio ao recuo dos juros futuros em linha com as taxas dos Treasuries e após os dados de vendas no varejo em dezembro.

As vendas do comércio varejista caíram 0,1% em dezembro de 2024 em relação a novembro, de acordo com o IBGE, alinhando-se à mediana das estimativas dos analistas. Na comparação com dezembro de 2023, as vendas tiveram alta de 2%. No acumulado de 2024, o crescimento foi de 4,7% no varejo restrito.

No varejo ampliado (que inclui material de construção, veículos e atacado alimentício), as vendas caíram 1,1% em dezembro em relação a novembro, contrariando as expectativas de alta. Comparado a dezembro de 2023, as vendas do varejo ampliado subiram 1,4%, e no ano, o crescimento foi de 4,1%.

De forma pontual, o dólar à vista cedeu a R$ 5,7589 (-0,07%), pressionado por um apetite por risco externo, que pressiona a divisa americana para baixo ante pares principais e algumas moedas emergentes. Alguns analistas avaliam que o foco principal das tarifas americanas deve ser a China. Euro e libra também ganham frente o dólar com a surpresa positiva do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, a desaceleração da inflação na Alemanha e uma inesperada alta na produção industrial britânica.

A chance de um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está no radar. O enviado especial de Trump para a Rússia e a Ucrânia, Keith Kellogg, viajará para a Alemanha, Bélgica e Ucrânia de 13 a 22 de fevereiro para promover a meta de paz na região e defender os interesses de segurança nacional dos EUA.

Os contratos futuros do petróleo aceleraram perdas para mais de 1%, após o Hamas anunciar que irá libertar o próximo grupo de reféns israelenses, como planejado, aparentemente resolvendo um impasse que ameaçava o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Além disso, o enviado especial de Trump para a Rússia e a Ucrânia, Keith Kellogg, viajará para a Alemanha, Bélgica e Ucrânia de 13 a 22 de fevereiro para promover a meta de paz na região e defender os interesses de segurança nacional dos EUA.

O preço do minério de ferro caiu 1,52%, cotado a 808 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 110,54, em Dalian, na China.

Às 9h58, o dólar à vista subia 0,15%, a R$ 5,7724, ante máxima intradia a R$ 5,7834 (+0,35%). O dólar futuro para março ganhava 0,03%, a R$ 5,7865.

Governo estima que PIB cresceu 3,5% em 2024 e piora projeção para 2025

 

O Ministério da Fazenda divulgou nesta quinta-feira, 13, que calcula o PIB (Produto Interno Bruto) de 2024 com alta de 3,5%. Em documento, a pasta diz que o “ritmo de crescimento surpreendeu mais uma vez em 2024″ e que as surpresas positivas “refletiram o bom desempenho de setores cíclicos, motivados por impulsos positivos vindos do mercado de trabalho e crédito”. O PIB oficial de 2024 será divulgado em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o 2025, o ministério espera um crescimento mais modesto, de 2,3%. Segundo a parta, a expectativa até novembro era de 2,5% para a expansão da economia neste ano, contudo, “o aumento na taxa de juros básica e o
cenário conjuntural externo levaram à expectativa de menor ritmo de expansão da atividade em 2025”, aponta o documento.

O percentual está em linha com a última projeção feita pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) no documento World Economic Outlook (WEO), de 2,2% para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025, e de 3,7% em 2024.

Com isso, a projeção do PIB do Brasil pela instituição fica abaixo da projeção de crescimento econômico global. A projeção para o crescimento econômico global é de 3,3% em 2025 e 2026, abaixo da média histórica (2000–19) de 3,7% – cenário que o FMI considera ‘divergente e incerto’.

Inflação

A Fazenda vê que a inflação medida pelo IPCA fechará este ano em 4,8%. A projeção anterior, divulgada em novembro, era de 3,6%.

Membros da Secretaria de Política Econômica (SPE) concedem entrevista coletiva à imprensa para detalhar o relatório de retrospectiva da economia em 2024 e projeções para 2025.

(em atualização)