quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Tesouro Selic, IPCA+ ou prefixado: onde investir enquanto a Selic não cai

 

Em um contexto de juros altos, com a Selic no maior patamar em quase duas décadas, o mercado de renda fixa se mantém atrativo, com rendimentos expressivos aliados à segurança. Dentro da cesta de ativos disponíveis de títulos do Tesouro Direto o investidor deve dosar a alocação de acordo com perfil de risco e com os objetivos traçados – e ficar de olho na atual janela de oportunidades.

Como exemplo, o Tesouro IPCA+ tem ostentado retornos historicamente altos, remunerando os investimentos com a variação da inflação somado a um rendimento de 8%. O cenário é considerado ‘raríssimo’ por especialistas ouvidos pela IstoÉ Dinheiro, representando uma janela que pode ser fechar em breve.

Vale destacar que são títulos que sofrem com marcação a mercado e que chacoalham mais a depender de fatores econômicos. Todavia, são investimentos com uma rentabilidade previsível – ou seja, foram desenhados para serem carregados até o vencimento, e comprá-los e vendê-los no mercado podem gerar prejuízos.

“O Tesouro IPCA+ está oferecendo taxas reais, acima da inflação, muito atrativas, algo que não se via com tanta frequência nos últimos anos. Acredito que é uma opção robusta para o médio e longo prazo, desde que você tenha o horizonte de investimento compatível com o vencimento do título e aguente a volatilidade de curto prazo”, aponta Robson Casagrande, especialista em investimentos e sócio da GT Capital.

Ele pontua, porém, que esse tipo esse tipo de investimento não é o mais indicado para objetivos de curto prazo.

Rendimento dos títulos Tesouro IPCA+
Rendimento dos títulos Tesouro IPCA+

Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos, avalia que o Tesouro IPCA+ é uma boa oportunidade para investidores que tem um horizonte longo, aceitam o risco de manter o título até o vencimento e aceita o risco de manter o título até o vencimento.

“Se o investidor tem horizonte mais curto, ou quer flexibilidade, se preocupa muito com risco de os juros mudarem, outras alternativas podem ter mais ganhos ajustados ao risco, por exemplo, títulos pós-fixados como o Tesouro Selic têm menos risco de marcação a mercado, são mais líquidos e mais seguros se os juros caírem (por acompanharem a Selic) ou se as expectativas mudarem.”

‘Porto seguro da renda fixa’

O Tesouro Selic costuma ser mais indicado para investidores mais iniciantes ou que tenham uma menor tolerância ao risco. Mas em tempos de Selic a 15% ao ano, se mantém como uma excelente e segura opção, uma vez que a rentabilidade acompanha a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.

“O Tesouro Selic (LFT) segue como o porto seguro da renda fixa. Ele é imune à marcação a mercado e garante que você acompanhe a taxa básica de juros dia a dia, sem surpresas. Mas para não ficar 100% exposto a um ativo que perde rentabilidade quando os cortes começarem, acredito que uma estratégia inteligente é iniciar uma diversificação gradual, alocando uma parcela em IPCA+ e prefixados, para travar taxas atrativas antes que o ciclo de baixa da Selic se consolide”, explica Casagrande, da GT Capital.

O título é pós-fixado, dado que sua rentabilidade depende de uma taxa que pode mudar ao longo do tempo, e sua dinâmica é inclusive comparável ao de investimentos como CDBs (Certificados de Depósito Bancário) de liquidez diária atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Isso faz com que, inclusive, a classe de ativo possa ser cogitada como opção para reserva de emergência.

 

Rendimento dos títulos Tesouro Selic
Rendimento dos títulos Tesouro Selic

Pré ou Pós-fixado?

A diferença entre as duas opções, é que, nos pré-fixados a taxa de juros é conhecida no momento da compra, com o investidor já sabendo exatamente quanto vai receber no vencimento, independentemente de como a economia se comportar. Geralmente são títulos vantajosos quando se espera que os juros caiam, porque o investidor garante uma taxa mais alta antes dessa redução.

Já os pós-fixados têm o rendimento atrelado a algum indicador que varia ao longo do tempo, e esse caso o retorno muda conforme esses indicadores se alteram. Eles são mais indicados quando há incerteza sobre o futuro dos juros ou da inflação, pois acompanham as oscilações da economia.

Patzlaff avalia que o momento atual é ‘uma boa hora para começar a investir em prefixados’.

“A taxa de juros está muito alta, com os prefixados você trava essa taxa hoje, capturando um prêmio elevado, e se no futuro a taxa cair, você já fechou um bom rendimento. No cenário de hoje com a perspectiva de que os juros possam cair o prefixado entrega um ganho potencial maior, mas é importante ter em mente que há o risco de marcação a mercado, então se você tem um horizonte alinhado com o vencimento do título e não irá resgatar antes, pode valer apena aplicar hoje.”

Casagrande, da GT Capital, diz que investir nos prefixados agora é uma aposta na trajetória futura dos juros. “Eles se valorizam quando a Selic cai mais rápido que o esperado pelo mercado. Na dúvida, a estratégia mais prudente é a ‘escada de vencimentos’. Aplicar pequenas quantias em títulos com vencimentos mais curtos (2 a 4 anos), que são menos sensíveis a mudanças de juros. Isso, sem dúvidas, reduz o risco e mantém capital disponível para aumentar a posição se as taxas subirem ainda mais ou quando o cenário de cortes estiver mais claro.”

Segundo o especialista, cada título pode cumprir uma função específica na formação de uma carteira.

“O Tesouro Selic atua como âncora de segurança, oferecendo liquidez imediata e proteção contra volatilidade, ideal para reservas de emergência e capital de oportunidade. O Tesouro IPCA+ garante a proteção do poder de compra no longo prazo, servindo como base para aposentadoria e metas inflacionárias enquanto o Tesouro Prefixado representa uma aposta tática na trajetória da taxa de juros, com potencial de ganho maior, porém acompanhado pelo risco de marcação a mercado”, analisa.

“Uma alocação conservadora exemplar em um momento de transição poderia distribuir 50% em Selic, 30% em IPCA+ e 20% em Prefixados, embora esses percentuais devam sempre ser ajustados ao horizonte de tempo e à tolerância ao risco de cada investidor”, acrescenta.

Mais de 3,2 milhões de investidores ativos

Com retornos atrativos, os investimentos no Tesouro Direto tem somado bilhões e mostrado uma entrada massiva de novos investidores.

A fundadora da SHS Investimentos, Adriana Ricci, comenta que esse cenário pode ser explica pela Selic alta e também pela segurança oferecida pela classe de investimentos.

“Na prática, o investidor encontra no Tesouro Direto uma alternativa segura, acessível e que rende mais do que a poupança, tradicional porta de entrada no mundo dos investimentos. O brasileiro está aprendendo que guardar dinheiro não significa deixar parado na conta. Investir no Tesouro Direto é uma forma de proteger o patrimônio e, ao mesmo tempo, conquistar objetivos de médio e longo prazo.”

Conforme o balanço mais recente do Tesouro Nacional, ao fim de setembro deste ano o total de investidores ativos – aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações – atingiu a marca de 3,2 milhões de pessoas, um aumento de mais de 60 mil investidores no mês. Em 12 meses, o aumento no número de investidores ativos foi de 20,4%.

No mês de setembro em questão foram realizadas 927 mil operações, totalizando R$ 6,86 bilhões.

O grupo de títulos mais demandado pelos investidores foi o indexado à taxa Selic (Tesouro Selic), que somou R$ 3,6 bilhões (51,8% das vendas).

Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+) totalizaram R$ 2,6 bilhões (38,1% do total), enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 689,7 milhões (10,1% do total).

No mês o estoque do Programa fechou em R$ 195,3 bilhões, um aumento de 2,7% em relação ao mês anterior (R$ 190,2 bilhões) e de 36,5% sobre setembro de 2024 (R$ 143,1 bilhões).

Entenda o que é marcação a mercado

A marcação a mercado é um mecanismo que atualiza diariamente o valor dos títulos públicos, de acordo com as condições do mercado – ou seja, mostra o preço e a variação de um título que o investidor já tem. Com isso, alguns títulos podem ter variações tão intensas quanto (ou até mais) do que investimentos em renda variável, a exemplo do Tesouro IPCA+, gerando eventuais preocupações em investidores menos tolerantes à risco e oscilações.

Vale destacar que essa variação ocorre no preço do título, caso o investidor queira vendê-lo antes do vencimento,

Essa volatilidade nos preços no mercado secundário é o principal motivo pelo qual a marcação a mercado pode assustar quem tem baixa tolerância ao risco. Em momentos de alta dos juros, por exemplo, os títulos prefixados e atrelados à inflação tendem a perder valor. Muitos investidores, ao verem o saldo negativo momentâneo na tela, acreditam que tiveram prejuízo real – quando, na verdade, a perda só se concretiza se o título for vendido antes do vencimento.

Como exemplo, nesta semana as taxas do Tesouro Direto tiveram ampla queda por conta da aproximação entre Brasil e Estados Unidos após a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente americano Donald Trump. O encontro reduziu incertezas sobre as relações comerciais e derrubou as taxas dos títulos atrelados à inflação em toda a curva.

Antes da implantação da marcação a mercado, os títulos públicos eram registrados pelo chamado valor na curva, com o valor sendo calculado de forma previsível, sem refletir as oscilações diárias das taxas de juros – mecanismo que dava uma sensação de estabilidade, mas mascarava o verdadeiro risco dos papéis.

O investidor não via a variação real de preço e só descobria o impacto das mudanças de juros se precisasse vender o título antecipadamente.

A marcação a mercado para títulos do Tesouro passou a valer no Brasil em meados de 2023 após decisão da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA).

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Nvidia anuncia parceria com Nokia para plataforma pronta para 6G e assume fatia na empresa

 Jensen: 2,7 mil imagens, fotos e ilustrações stock livres de direitos |  Shutterstock

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, anunciou uma parceria com a Nokia para a construção de uma plataforma de computação de telecomunicações pronta para 6G, o Nvidia Arc Aerial RAN Computer.

“Teremos uma plataforma nativa de inteligência artificial (IA), o Nvidia ARC – Aerial Ran Computing”, disse o executivo em um discurso de abertura da conferência GTC, em Washington. “Agradeço pela parceria com a Nokia”, afirmou.

A Nvidia e a finlandesa Nokia, uma das líderes em infraestrutura de telecomunicações, anunciaram nesta terça uma parceria estratégica para adicionar produtos AI-RAN de nível comercial com tecnologia Nvidia ao portfólio de RAN da Nokia, permitindo que provedores de serviços de comunicação lancem redes 5G-Advanced e 6G nativas de IA em plataformas Nvidia.

Pelo acordo, a Nvidia investirá US$ 1 bilhão na Nokia a um preço de subscrição de US$ 6,01 por ação, assumindo uma fatia de 2,9% na companhia finlandesa, segundo anúncio feito pelas empresas. O investimento está sujeito às condições habituais para conclusão do acordo.

A parceria marca um ponto de virada para o setor, abrindo caminho para o 6G nativo de IA ao levar a IA-RAN à inovação e comercialização em escala global, informou a Nvidia em comunicado divulgado paralelamente ao anúncio do CEO.

“Além disso, a parceria aborda o mercado de IA-RAN em rápido crescimento, representando uma oportunidade significativa dentro do mercado de RAN que deve ultrapassar US$ 200 bilhões acumulados até 2030, de acordo com a empresa de análise Omdia”, citou o comunicado da Nvidia.

No discurso, Huang falou ainda que a unidade de processamento gráfico (GPU) foi inventada para solucionar problemas que computadores normais não conseguem.

Huang também enalteceu a importância de bibliotecas CUDA-X. “Aceleração da computação começa com bibliotecas CUDA-X”, disse o executivo. CUDA-X é um conjunto de bibliotecas e ferramentas para computação acelerada GPUs.



Haddad diz que eventual perda de arrecadação com isenção do IR é ‘facilmente ajustável’

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 28, que, se necessário, o governo pode enviar ao Congresso Nacional uma proposta complementar ao projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais para evitar perda de arrecadação e garantir a neutralidade fiscal da medida.

“Em caso de confirmação de um déficit um pouco maior do que a Fazenda estima, em R$ 1 bilhão, R$ 2 bilhões, o Senado pode dar a sua contribuição aprovando um projeto complementar, para não colocar em risco a neutralidade fiscal do projeto que pode ser apreciado essa semana”, disse Haddad em entrevista a jornalistas na Fazenda, após reunião com o relator do projeto no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL).

Haddad afirmou que a pasta está analisando projeções da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, que estimam perda de arrecadação de R$ 1 bilhão, valor que ele disse ser “facilmente ajustável”, em comparação com cálculos da Fazenda, que preveem queda de receita em torno de R$ 4 bilhões.

“Na pior das hipóteses, estamos muito próximos do equilíbrio. Vamos julgar a conveniência de, eventualmente, um projeto complementar”, afirmou. “A depender desse batimento de número, nós levaremos à consideração dele (Calheiros) uma possibilidade de um complemento até o final do ano para regular a matéria e deixar o projeto 100% neutro.”

O projeto da isenção do IR foi aprovado na Câmara no início deste mês.

Cronograma e cenários

Calheiros afirmou que discutirá com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e líderes partidários a possibilidade de apresentar seu relatório ainda nesta semana.

“Vou avaliar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e com os líderes partidários se é melhor apresentarmos o relatório nesta semana, porque aí discutiremos na comissão, votaremos na comissão e mandaremos para o plenário, podendo votar no mesmo dia, ou se deixamos para votar na próxima semana”, disse.

Ele disse também que analisa cinco cenários diferentes de tramitação, afirmando desejar que o projeto vá do Senado direto para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre esses possíveis cenários, ele destacou a elaboração de emendas de redação, a supressão de matérias, desmembramento da proposta e a votação do texto como está, com o envio de projeto apreciado no Senado imediatamente para a Câmara dos Deputados após alterações.


Amazon deve demitir cerca de 30 mil funcionários

 


Imagem destaque: Amazon deve demitir cerca de 30 mil funcionários




 A partir desta terça-feira (28), a Amazon deve demitir 30 mil funcionários corporativos. Segundo a Reuters, os cortes ocorreriam em meio ao trabalho da empresa para reduzir despesas e compensar contratações ocorridas no pico de demanda gerada pela pandemia. O número representa uma pequena porcentagem do total de 1,55 milhão de trabalhadores da Amazon, mas quase 10% dos cerca de 350 mil funcionários corporativos da empresa. Se confirmadas, serão as maiores demissões da varejista desde o final de 2022, quando 27 mil pessoas foram dispensadas. As demissões desta semana devem atingir setores como recursos humanos, dispositivos, serviços e operações. 

Governo dos EUA anuncia acordo bilionário para gerar energia nuclear para a IA

 

O governo dos Estados Unidos assinou um acordo de “associação estratégica” de US$ 80 bilhões (R$ 429 bilhões, na cotação atual) para aumentar a geração de energia nuclear destinada a abastecer o setor da inteligência artificial, anunciou a companhia Westinghouse nesta terça-feira (28).

A associação entre o governo de Donald Trump e a Brookfield Asset Management e Cameco, proprietárias da Westinghouse, “vai acelerar a ativação da energia nuclear e da inteligência artificial nos Estados Unidos”, informou a empresa em um comunicado.

A Westinghouse não especifica quando os reatores nucleares vão entrar em operação. Um porta-voz da empresa assegurou que o acordo está relacionado com a ordem executiva emitida em maio por Trump para ter dez “novos grandes reatores com design completo em construção até 2030”.

O governo americano vai financiar o projeto, segundo o porta-voz.

Este é o maior investimento de Washington em energia nuclear desde que Trump voltou para a Casa Branca, em janeiro.

“Esta associação encarna a visão do presidente Trump de recuperar nossa soberania energética, criar empregos bem remunerados e posicionar os Estados Unidos na vanguarda do renascimento da energia nuclear”, disse, no comunicado, o ministro do Comércio, Howard Lutnick.

Os Estados Unidos não constroem uma usina nuclear nova desde 2009. Além disso, por mais de uma década haviam abandonado esta fonte de energia, sobretudo devido à sua imagem negativa frente à opinião pública.

Essa impopularidade se devia, em grande parte, a uma série de acidentes: Three Mile Island (Estados Unidos, 1979), Chernobyl (antiga União Soviética, 1986) e Fukushima (Japão, 2011).

Os dois últimos reatores postos em funcionamento nos Estados Unidos custaram mais de US$ 30 bilhões (R$ 161 bilhões, em valores atuais), mais que o dobro dos US$ 14 bilhões (R$ 75 bilhões) previstos inicialmente. Mas a invasão da Ucrânia por parte da Rússia provocou um desequilíbrio no mercado de energia, o que levou os países a diversificarem seus abastecimentos.

A isto se somou o aumento do consumo de energia elétrica nos Estados Unidos, impulsionado pelo auge dos centros de dados e a revolução da computação na nuvem e da inteligência artificial.

Gigantes tecnológicas como Google e Microsoft também revelaram importantes investimentos nucleares para atender à alta demanda de energia da IA.

“Renascimento”

A iniciativa “ajudará a liberar a grande visão do presidente Trump para energizar completamente os Estados Unidos e vencer a corrida global da inteligência artificial”, disse o secretário de Energia, Chris Wright.

“O presidente Trump prometeu um renascimento da energia nuclear e agora está cumprindo”, afirmou.

A Westinghouse Electric Company é uma filial da história empresa de energia Westinghouse Electric Corporation, fundada em 1886 em Pittsburgh (nordeste).

A empresa se declarou em falência em 2017 antes de ser adquirida em 2018 pela companhia de investimentos Brookfield Corporation, acionista majoritária. A gigante canadense do urânio Cameco possui participação minoritária.

O acordo entre o governo americano e a Westinghouse inclui um mecanismo de distribuição dos lucros entre os setores privados e o Estado.

Segundo um porta-voz da Brookfield, uma vez que as usinas sejam construídas, não serão propriedade do Estado, mas de particulares.

A Westinghouse dispõe de dois modelos de reatores de água pressurizada, o AP1000 e o AP300, com potências de pouco mais de um gigawatt (GW) e 300 megawatts (MW), respectivamente.

Embora o AP1000 já tenha sido validado pela NRC, organismo regulador do tema nuclear nos Estados Unidos, o mesmo não ocorre com o AP300, que ainda está em processo de certificação.


METRO QUADRADO: Incorporadora cria FIDC para financiar projetos do MCMV

 

O crédito dos bancos para financiar obras está tão escasso que até as incorporadoras que atuam no Minha Casa Minha Vida estão tendo que buscar outras soluções.

A paulistana Lumy está colocando de pé um FIDC que pretende captar R$ 100 milhões para financiar projetos para o MCMV – o primeiro desse tipo no mercado.

Para atrair investidores, a empresa se vale da tese de que o MCMV tem se mostrado um segmento de baixo risco, por ter alta demanda e boas condições de financiamento ao comprador pessoa física na ponta.“Hoje, o MCMV é a menina dos olhos do mercado imobiliário pelo tamanho do déficit, pelo volume de demanda e pelas taxas subsidiadas, que tornam esse segmento mais protegido dos ciclos de alta de juros,” Vitor Del Santo, o fundador da Lumy, disse ao Metro Quadrado.

 

Leia a reportagem completa no Metro Quadrado. 

‘Poderosas do Cerrado’ revela universo de luxo, poder e influência

 


Doc-reality do GNT e Globoplay faz um mergulho no protagonismo feminino de Goiânia


Maurício Fidalgo/Divulgação GNT
“Poderosas do Cerrado” é um doc-reality do Globoplay e GNT
Foto: Maurício Fidalgo/Divulgação GNT

É em meio ao luxo dos eventos mais exclusivos da alta sociedade de Goiânia e da vida no campo, que o público vai mergulhar no universo das “Poderosas do Cerrado”. Ao longo de dez episódios, a atração inédita mostra o cotidiano de seis mulheres que se destacam na elite de Goiânia e apresenta a cidade como protagonista, muito além dos estereótipos. O doc-reality estreia dia 29 de outubro no Globoplay, para assinantes do plano premium, e no dia seguinte, às 21h45, no GNT.

A pecuarista Roseli Tavares, as empresárias Andréa Mota, Cristal Lobo, Tana Lobo e Thaily Semensato e a influenciadora Layla Monteiro são as “Poderosas do Cerrado” e revelam uma rotina de riqueza e influência feminina que boa parte do Brasil desconhece. “Não é barato ser goiano”, afirmam as irmãs Tana e Cristal Lobo. “O bom é ser feliz no simples, tem vida melhor? Tem vida mais barata, mas não presta, não”, declara Roseli, proprietária de cinco fazendas.

De saltos, grifes internacionais e joias reluzentes, essas poderosas do centro-oeste compartilham suas vidas de trabalho, lazer e família, enquanto comandam impérios. Em uma narrativa que mistura humor, drama e muito luxo, o público vai conhecer os dilemas, desafios e conquistas dessas seis mulheres donas de si.

“Em ‘Poderosas do Cerrado’, convidamos o público a mergulhar em um universo surpreendente, que mostra a força feminina sob uma perspectiva inédita. A produção acompanha mulheres que são protagonistas de suas próprias histórias e conciliam luxo e negócios com tradição e família”, comenta Patrícia Koslinski, Head de Conteúdo de Variedades em Produtos Digitais da Globo.

“Elas representam um Cerrado poderoso, moderno e conectado com o mundo, mas sem perder suas raízes. Mais do que acompanhar um cotidiano de riqueza e ostentação, a série traz emoção, humor e dramas reais”, complementa.

“Poderosas do Cerrado” tem produção da BOXFISH, direção de Rico Perez e roteiro de Ed Cruz. O programa será disponibilizado no Globoplay em três levas, com três episódios em 29 de outubro, mais quatro episódios em 5 de novembro e os três episódios finais em 12 de novembro. No GNT, vai ao ar às segundas e quintas, sempre às 21h45.

Quem são as Poderosas do Cerrado?

Andréa Mota é empresária, dona de fazenda, de imóveis e de uma empresa de envasamento. Está casada há 30 anos com Fernando e é mãe de cinco filhos, os três mais novos com o atual marido, e os dois mais velhos são do casamento que teve com o cantor Leandro, que faleceu em 1998. Ela conta que é avessa aos excessos e que seu maior prazer é receber os familiares e amigos em casa, mas é apaixonada por joias e bolsas, principalmente, das grifes Louis Vuitton e Chanel.

Roseli Tavares é pecuarista, dona de cinco fazendas de criação de bois. Nasceu rica e aprendeu o ofício da terra com a família. Apesar do jeito simples, que gosta de ressaltar, não dispensa o luxo de hotéis cinco estrelas, restaurantes com estrelas Michelin e bolsas Hermès. Casada, mãe de dois filhos e avó, ela vive no campo, onde gosta de colocar os pés, as mãos e as botas caríssimas na terra. Mesmo com o jeito extrovertido, se diz reservada e cautelosa com o que expõe sobre sua vida.

As irmãs Tana e Cristal Lobo estão entre os nomes mais requisitados do país. Há fila de espera para conseguir uma festa ou evento produzido pela empresa delas, a Vero. Se conhecem e se completam profundamente, mas brigam sem filtros. Mães, empresárias e companheiras, as irmãs vêem o dinheiro como consequência do trabalho suado. As duas, assumidamente, gostam de marcas, ou como dizem, “coisas de qualidade”. Além disso, são adeptas de viagens de lazer e bons restaurantes.

Thaily Semensato é empresária e dona, ao lado do marido, da Casa da Bebida, a maior distribuidora online de destilados do Brasil. Natural do Paraná, viu a vida mudar ao ir morar em Goiânia, e então, a empresária do interior que usava Carmen Steffens pôde comprar sua primeira Dolce & Gabbana. Tem uma vida agitada e divide sua rotina entre a criação dos filhos, trabalho, academia e eventos. Se considera poderosa, que, na sua visão, é mais importante do que ser apenas rica.

Layla Monteiro é influenciadora com mais de 1 milhão de seguidores e queridinha das marcas voltadas para o público A+. Nas redes sociais, mostra seu dia a dia e fala sobre como é viver com o diagnóstico de esclerose múltipla. Afirma que tem uma legião de fãs que a defendem e torcem por ela e conta que nunca levou hate ou foi cancelada. Sua fortuna foi construída com o trabalho na internet. Mesmo quando expõe seu closet repleto de Chanel, sua grife do coração, ou a coleção de bolsas Birkin, garante que não beira à ostentação.

Poderosas do Cerrado

Estreia: 29 de outubro no Globoplay e 30 de outubro no GNT
Horário: segundas e quintas, às 21h45, no GNT, e quartas no Globoplay
Onde: GNT e Globoplay (Plano Premium)