quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Gleisi: governo é terminantemente contra equiparar facções criminosas com terrorismo

 

Ministra da Secretaria de Relações Institucionais diz que equiparação abriria margem para que outros países atacassem o Brasil

 

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann Foto: José Cruz/Agência Brasil

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nesta quarta-feira, 5, que o governo é “terminantemente contra” equiparar as facções criminosas brasileiras a organizações terroristas, como vem defendendo a oposição à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Gleisi, essa equiparação abriria margem para que outros países atacassem o Brasil.

“O governo é terminantemente contra, nós somos contra esse projeto que equipara as facções criminosas ao terrorismo. Terrorismo tem objetivo político e ideológico, e o terrorismo, pela legislação internacional, dá guarida para que outros países possam fazer intervenção no nosso País”, disse a ministra.

Ainda de acordo com a ministra, o governo não concorda com essa equiparação já que o Brasil conta com uma legislação de combate às organizações criminosas.

“Nós já temos uma legislação sobre facções criminosas, mandamos agora um projeto de lei que traz bastante rigor para o combate às facções. E temos a PEC da Segurança, que está dormitando há quase seis meses e a Câmara não deu encaminhamento. Espero que o relator realmente apure seu relatório para que a gente aprove o mais rápido possível e possamos fazer ações integradas”, declarou.

Governo federal não vê motivação ideológica nas facções

As últimas manifestações do governo federal apontam direção diferente. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, entende que PCC e CV não possuem inclinação ideológica para serem classificadas como terroristas. “Grupos terroristas são aqueles que causam perturbação social, política, têm uma inclinação ideológica etc, o que não acontece com as organizações criminosas”, explicou o ministro na semana passada.

As declarações foram dadas durante divulgação do projeto Antimáfia, documento do Ministério da Justiça e Segurança Pública que muda alguns entendimentos na legislação sobre organização criminosa e endurece as ações de combate contra facções. O texto foi enviado para avaliação da Casa Civil e ainda terá de passar pelo Congresso.

O pacote é uma tentativa do governo federal de protagonizar o tema da segurança pública após entraves colocados à PEC da Segurança Pública, sistema integrado de ação dos governos federal, estadual e municipal para atacar o crime organizado. O projeto Antimáfia também representa uma alternativa ao projeto em discussão na Câmara.

A ideia de classificar facções como o PCC e o CV como terroristas esteve na pauta de uma reunião entre membros do governo Trump com o Ministério da Justiça e Segurança Pública em maio. O governo Lula rechaçou a sondagem feita pelos norte-americanos, que pediram a categorização de PCC e CV como terroristas.

A comitiva liderada por David Gamble alegara, segundo relatos de pessoas envolvidas ao Estadão, que a legislação americana permitiria sanções mais pesadas contra as duas facções se elas fossem enquadradas de tal modo pelo governo do Brasil.

Os americanos mencionaram que o FBI (a Polícia Federal norte-americana) avaliava que o PCC e o CV estavam presentes em 12 estados americanos, como Nova York, Flórida, Nova Jersey, Massachusetts, Connecticut e Tennessee.

As duas facções têm usado o território americano para lavar dinheiro, por meio de brasileiros que viajam ao país, de acordo com membros da comitiva de Trump. Eles citaram que 113 brasileiros tiveram visto negado pela Embaixada dos Estados Unidos após terem sido identificados como ligados às quadrilhas.

‘Classificação como terrorista é grande bobagem’, diz especialista

O enquadramento das facções como grupos terroristas é uma “grande bobagem”, na visão de Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

“Não estamos vendo terrorismo. O que o Comando Vermelho e o PCC fazem é por dinheiro. Eles querem ganhar dinheiro. De novo há uma tentativa de enquadrar o problema de uma forma distorcida porque a política não deixa a gente avançar. Por isso, nós vemos essa situação há tanto tempo no Rio de Janeiro”, afirmou à Rádio Eldorado nesta quarta-feira.

Este é mesmo entendimento de Márcio Christino, promotor do Ministério Público de São Paulo e autor do livro Laços de Sangue – A História Secreta do PCC. Para ilustrar sua argumentação, o especialista cita como exemplo de terrorismo o ataque do grupo Hamas contra Israel em outubro de 2023, estopim dos conflitos na Faixa de Gaza.

“Neste ataque não existiu objetivo de lucro, de ganho patrimonial. Foi um ataque político. PCC e CV adotam o formato de cartéis, união de interesses criminosos pautados pelo tráfico”, explica.

O ex-secretário nacional de Segurança Pública José Vicente Filho também discorda de uma eventual nova classificação. Em sua visão, a resposta adequada já está prevista no Pacote Antimáfia.

“Cada crime terá uma resposta própria. Não é necessário (enquadramento como terrorista). A prioridade é impor penas que desestimulem a ação criminosa, garantindo que os responsáveis passem o maior tempo possível em cumprimento de pena. Isso já está contido na legislação Antimáfia”, diz o especialista.

*Com informações do Estadão Conteúdo e Deutsche Welle

‘Continue sendo esquisito’: Felca faz parceria com Vans em nova campanha da marca; veja

 

O youtuber Felca é a estrela da nova campanha da Vans, marca de vestuário esportivo. Com o mote “Vans. Continue sendo esquisito”, a campanha desenvolvida com a Fbiz explora esportes de ação como skate, surf e bmx, e a música e a arte, enquanto reflete sobre a importância de ‘permanecer fiel à própria essência’.

“A escolha do Felca foi inevitável. Ele traduz com verdade a estranheza que move a criatividade e a coragem de ser quem se é, mesmo quando isso desafia o senso comum. ‘Continue sendo esquisito’ extrapola seu papel como assinatura. É uma verdade da marca e de quem veste Vans.”, comenta Filipe Matiazi, VP de Criação da Fbiz.

Esta é a primeira grande campanha publicitária de Felca, que também é influenciador e apresentador, e, segundo a marca, é o porta-voz ideal por ser um referencial de questionamento de padrões e representação de coragem de ser quem se é e sem filtros. A marca quer explorar conceitos como transformar o “estranho” em arte, o “fora da curva” em inspiração e o “diferente” em expressão cultural.

 Ser autêntico e continuar sendo esquisito a sua própria maneira, em um mundo que insiste em moldar comportamentos, é um ato de resistência”, diz o comunicado da Fbiz. “Mais do que isso, trata-se de um manifesto, convite à autenticidade, autoexpressão criativa e à coragem de assumir o que torna cada pessoa única, mesmo que isso soe ‘esquisito’”, finaliza.

“Com o Felca, seguimos celebrando essa energia criativa e lembrando que ser autêntico é o que sempre vai nos manter vivos como marca e como indivíduos”, afirma Pietro Giovanelli, diretor de marca da Vans Brasil.

Como parte da campanha, os fãs da marca podem postar vídeos utilizando a hashtag oficial: #ContinueSendoEsquisito. Alguns deles serão destacados nos stories do perfil da Vans. A marca ainda reunirá personalidades e influenciadores conectados à marca, que compartilharão suas próprias perspectivas sobre o que significa ser “esquisito”. “A ideia é amplificar a conversa em uma campanha voltada para todas as pessoas refletirem sobre o tema – um convite aberto para que cada um compartilhe seus depoimentos, mostrando que ser “esquisito” é, na verdade, uma forma poderosa de expressar quem se é”.

 

De Huggies a Band-Aid: vejas as marcas que união da Kimberly-Clark com Kenvue reunirá

 

Nesta segunda-feira, 3, uma operação movimentou o mercado e passou a abrir caminho para uma empresa gigante dona de dezenas de marcas mundialmente famosas – pela cifra de US$ 48,7 bilhões, a Kimberly-Clark, que fabrica produtos de higiene, anunciou a aquisição da Kenvue, que era parte da Johnson & Johnson.

Juntas, as companhias são donas de uma série de marcas mundialmente conhecidas – as duas somam 10 marcas de valor superior a US$ 1 bilhão.

A Kenvue nasceu de um spin-off da Johnson & Johnson, mantendo no seu portfólio marcas como Band-Aid e Cotonetes.

Já a Kimberly-Clark, frequentemente abreviada para K-C, é focada principalmente em produtos à base de papel e cuidados pessoais, sendo dona do papel higiênico Scott e lenços umedecidos Huggies, por exemplo.

Veja abaixo todas as marcas que as empresas são donas:

Marcas da Kenvue

Autocuidado

  • Tylenol (Analgésico e antitérmico)
  • Motrin (Anti-inflamatório, à base de ibuprofeno)
  • Zyrtec (Antialérgico)
  • Benadryl (Antialérgico)
  • Sudafed (Descongestionante)
  • Nicorette (Terapia de reposição de nicotina)
  • Zarbee’s (Produtos de saúde “naturais”, xaropes)
  • Imodium (Antidiarreico)
  • Rhinocort (Spray nasal para alergias)
  • Pepcid (Saúde digestiva, antiácido)

Saúde da Pele e Beleza (Skin Health and Beauty)

  • Neutrogena (Cuidados com a pele e rosto)
  • Aveeno (Cuidados com a pele, à base de aveia)
  • OGX (Cuidados com o cabelo)
  • Clean & Clear (Cuidados com a pele, foco em acne)
  • Lubriderm (Hidratantes corporais)
  • Le Petit Marseillais (Sabonetes e cuidados corporais, forte na Europa)
  • Dr. Ci:Labo (Marca de dermocosméticos, forte na Ásia)
  • Rogaine (Tratamento para queda de cabelo)

Saúde Essencial

  • Listerine (Enxaguante bucal)
  • Johnson’s (Cuidados com bebês e pele sensível)
  • Band-Aid (Curativos adesivos)
  • Neosporin (Pomada antibiótica para ferimentos)
  • Desitin (Pomada para assaduras)
  • Carefree (Protetores diários)
  • o.b. (Absorventes internos)
  • Visine (Colírio)

Marcas da Kimberly-Clark

Cuidados Pessoais (Personal Care)

  • Huggies (Fraldas e lenços umedecidos infantis)
  • Kotex (Higiene feminina, absorventes)
  • Depend (Produtos para incontinência adulta)
  • Poise (Produtos para incontinência adulta)
  • Pull-Ups (Fraldas de transição “calça”)
  • GoodNites (ou DryNites fora da América do Norte) (Roupas íntimas noturnas para crianças)
  • Little Swimmers (Fraldas para natação)
  • U by Kotex (Sub-marca de higiene feminina)
  • Plenitud (Marca de cuidados adultos, forte na América Latina)
  • KleenBebé (Fraldas, forte no México)

Cuidados Familiares

  • Kleenex (Lenços de papel)
  • Scott (Papel higiênico, papel toalha e lenços)
  • Cottonelle (Papel higiênico e lenços umedecidos)
  • Viva (Papel toalha)
  • Andrex (Papel higiênico, líder no Reino Unido)
  • Scottex (Papel higiênico e toalha, forte na Europa)
  • Page (Papel higiênico, forte nos Países Baixos)
  • Hakle (Papel higiênico, forte na Alemanha e Suíça)

K-C Professional (B2B)

  • WypAll (Panos de limpeza e wipers industriais)
  • Kimtech (Produtos para laboratórios e salas limpas)
  • KleenGuard (Equipamentos de proteção individual – EPI)
  • Scott (Linha profissional de dispensers e papéis)

Entenda a transação entre as empresas

Em comunicado, a Kimberly-Clark declarou que o intuito da aquisição é formar o maior player de saúde e bem-estar do mundo – segundo o CEO, Mike Hsu, as marcas de ambas as empresas somadas chegam à ‘quase metade da população mundial’.

Além disso a empresa, em comunicado, declarou que o M&A deve ampliar investimentos em marketing, inovação e capacidades de P&D para fortalecer as vantagens exclusivas da nova empresa, que tem sinergias totais projetadas de US$ 2,1 bilhões.

Hsu seguirá como CEO da companhia resultante da aquisição, ao passo que três conselheiros da Kenvue integrarão o colegiado da nova empresa.

Segundo o acordo, os acionistas da Kenvue receberão US$ 3,50 por ação em dinheiro e 0,14625 ação da Kimberly-Clark por cada ação da Kenvue, totalizando US$ 21,01 por ação.

Assim, os atuais acionistas da Kimberly-Clark devem ficar com cerca de 54% da empresa combinada, enquanto os acionistas da Kenvue terão aproximadamente 46%, em base totalmente diluída. A operação recebeu aprovação unânime dos Conselhos de Administração de ambas as empresas.

A transação é baseada em múltiplos financeiros de 14,3 vezes o EBITDA ajustado da Kenvue nos últimos 12 meses – ou 8,8 vezes considerando sinergias esperadas de US$ 2,1 bilhões, líquidas de reinvestimentos.

As sinergias de custo estimadas somam US$ 1,9 bilhão, e as de receita cerca de US$ 500 milhões, com reinvestimento de US$ 300 milhões previsto. A Kimberly-Clark estima que serão necessários US$ 2,5 bilhões em investimentos de caixa nos primeiros dois anos para alcançar essas sinergias.

De acordo com a Kimberly-Clark, a empresa combinada deve gerar receitas líquidas de aproximadamente US$ 32 bilhões em 2025 e EBITDA ajustado de US$ 7 bilhões.

Ranking: Assaí Atacadista se destaca como a marca mais valiosa do canal alimentar

 Imagem destaque: Ranking: Assaí Atacadista se destaca como a marca mais valiosa do canal alimentar



 O ranking das marcas mais valiosas do Brasil em 2025, na categoria varejo alimentar, destacou o Assaí Atacadista como líder do segmento. Com valor estimado em R$ 12,18 bilhões, a rede foi seguida pelo Atacadão, com R$ 11,35 bilhões. A medalha de bronze ficou com o Mix Mateus (R$ 2,81 bilhões), seguido pelos Supermercados BH (R$ 1,90 bilhão) e Pão de Açúcar (R$ 1,73 bilhão), que completam o top 5 do ranking. O levantamento foi conduzido pela consultoria TM20 Branding, em parceria com o InfoMoney, com apoio da Brazil Panels e Elos Ayta.


Confira o top 15:

1º Assaí (R$ 12,18 bilhões)

2º Atacadão (R$ 11,35 bilhões)

3º Mix Mateus (R$ 2,81 bilhões)

4º Supermercados BH (R$ 1,90 bilhão)

5º Pão de Açúcar (R$ 1,73 bilhão)

6º Fort Atacadista (R$ 1,21 bilhão)

7º Super Muffato (R$ 1,15 bilhão)

8º Supermercados Mateus (R$ 1,05 bilhão)

9º Zaffari (R$ 0,93 bilhão)

10º Mart Minas (R$ 0,90 bilhão)

11º Supermercados Condor (R$ 0,83 bilhão)

12º Guanabara (R$ 0,80 bilhão)

13º Max Atacadista (R$ 0,75 bilhão)

14º Atakarejo (R$ 0,57 bilhão)

15º Angeloni (R$ 0,43 bilhão)


Estratégia do atacarejo

 O Assaí Atacadista consolidou o modelo de atacarejo no Brasil, ampliou sua presença nacional e investiu pesado em percepção de marca, reposicionando-se como uma opção moderna, acessível e próxima dos clientes. “Isso ampliou significativamente nossa capilaridade e presença de marca”, diz a CMO do Assaí, Marly Yamamoto. Segundo a executiva, a rede usa inteligência regionalizada, como dados de comportamento do consumidor e insights locais, para direcionar campanhas e ações promocionais. “É fundamental garantir que as ações de marketing sejam relevantes, segmentadas e culturalmente conectadas às regiões.” A pesquisa da TM20 Branding combinou dados financeiros e percepções de marca, entrevistando 500 consumidores de diferentes classes sociais e regiões do país.

 

 https://gironews.com/atacado-cash-carry/ranking-assai-atacadista-se-destaca-como-a-marca-mais-valiosa-do-varejo-alimentar/

 

Flora une inovação e influenciadores para impulsionar marcas capilares

 

Imagem destaque: Flora une inovação e influenciadores para impulsionar marcas capilares


 A Flora vem consolidando sua presença no mercado de haircare com uma estratégia de inovação, segmentação de portfólio e parcerias com influenciadores digitais. Assim, a unidade de cabelos, composta pelas marcas OX, Kolene, Karina e Neutrox, tem apresentado resultados expressivos. “A unidade vem performando muito bem. Ela triplicou de tamanho de 2021 para 2025”, revela, em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News, Daniel Tiraboschi, diretor das unidades de Pele e Cabelo da Flora. Um dos destaques recentes é o lançamento da linha OX Science Gloss Repair. “Essa linha vem para dar mais um salto na jornada de valor de OX”, destaca o executivo. 


Estratégia de canais

  A novidade é voltada para canais de varejo especializado, como farmácias, lojas de departamento e perfumarias. A linha também estará presente no canal alimentar, mas apenas em lojas selecionadas. “OX Science vai entrar no varejo que já está no estágio de ter uma área destinada à uma categoria como essa, um pouco mais premium”, complementa o diretor. O diferencial da linha está em sua fórmula, que inclui um bioativo marinho proveniente do mar da Estônia - ingrediente já utilizado em skincare e agora aplicado ao cuidado capilar. “Esse ativo é um dos que ajuda na restauração profunda. O produto restaura três anos de danos do cabelo a partir do primeiro uso. Essa é uma tecnologia exclusiva da linha Science”, ressalta. 


Recorde de vendas

  Com distribuição nacional, a novidade é composta por shampoo, condicionador, máscara, dose concentrada e sérum duplo. O lançamento oficial ocorreu na Beauty Fair e, de acordo com Daniel, a quantidade de produtos da linha programada para vender em três meses, foi vendida em 48 horas durante a própria feira de beleza. Além disso, em 15 dias de pré-venda, a novidade se consolidou como a segunda linha mais vendida de OX no canal especializado e o faturamento já representou 40% da collab anterior com a influenciadora Mari Maria. Junto a um squad de influenciadores, a Flora investe em projetos customizados no trade para divulgar o lançamento. O planejamento inclui materiais de PDV, ilhas e vitrines em redes de drogarias, além de comunicação nas plataformas digitais dos varejistas.


Estratégia digital

  A Flora tem adotado um modelo diferenciado de colaboração com influenciadores, no qual os embaixadores participam do desenvolvimento dos produtos e são remunerados conforme a performance de vendas. “Realmente, é passar a fazer parte do negócio, conhecer o produto, ser usuário do produto, vivenciar esse negócio no dia a dia, mas, ao longo da parceria, desenvolver uma cabeça também de empreendedora.” Para Daniel, essa abordagem fortalece a conexão entre influenciador e produto, gerando autenticidade e engajamento com o público. Além da Mari Maria em OX, a estratégia se estende a Kolene, com Camilla de Lucas; Karina, com Alan Vivian; e Neutrox, com Vivi Wanderley.


Tendências da categoria

  “É uma categoria que depende muito de inovação. E a indústria brasileira tem uma relevância importante no negócio de cabelos, porque o Brasil é o lugar que tem uma diversidade de tipos de cabelo como nenhum outro lugar no mundo”, analisa o diretor da Flora. Neste mercado, observa-se o aumento da atenção ao cuidado com o couro cabeludo e o crescimento do segmento de finalizadores. “Antes, a categoria olhava muito para shampoo e condicionador. Hoje, é possível ver óleos, ativadores, gelatinas para cachos e cremes. Então, essa parte dos finalizadores está crescendo bastante.” Recentemente, a Flora também lançou a linha Kolene Nutri Bond by Camilla de Lucas, que tem óleos africanos e é focada em cabelos cacheados e crespos. “Essa é uma grande aposta nossa para Kolene”, finaliza Daniel Tiraboschi.

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Créditos: Divulgação / Flora


H&M anuncia data de abertura de loja no Shopping Morumbi

 

A varejista de moda sueca H&M, que chegou ao Brasil neste ano, anunciou nesta terça-feira, 4, a abertura da quarta loja no País, que ficará no Shopping Morumbi, na zona oeste da cidade de São Paulo.

O novo espaço, de 700 metros quadrados, será dedicado exclusivamente a coleções femininas da rede de fast fashion.

O local será inaugurado no dia 19 de novembro.

Segundo a marca, a inauguração da loja no Shopping Morumbi terá a formação de uma fila a partir das 8h, com a distribuição de vale-compras de até R$ 500 e brindes.

“Estamos orgulhos por fechar 2025 com quatro lojas abertas e 450 funcionários e o que começamos neste ano terá continuidade em 2026, já com as quatro novas lojas que anunciamos recentemente no Rio de Janeiro, Sorocaba e duas no Rio Grande do Sul”, afirma Joaquim Pereira, gerente da H&M Brasil.

A estreia da marca no mercado brasileiro ocorreu em agosto deste ano, com lojas no Shopping Iguatemi e no Shopping Anália Franco, na capital paulista, além do lançamento do e-commerce nacional. A rede também já inaugurou uma loja em Campinas, no interior de SP, no Shopping Parque Dom Pedro.

Potencial de crescimento

No relatório trimestral da H&M, divulgado em setembro e relativo ao período de junho a agosto deste ano, a empresa afirma que a primeira loja no Brasil foi “muito bem recebida” pelos clientes.

E afirmou que vê “um bom potencial de crescimento tanto no Brasil como em outros lugares da América Latina”. O documento aponta alta de 40% no lucro operacional global no período, para 4,91 bilhões de coroas suecas.

A H&M visa à expansão na América Latina. A marca, fundada em 1947 e hoje com lojas em 79 países, já atua em 12 nações da região.

Além da chegada ao Brasil, a rede abriu sua primeira loja em El Salvador recentemente, via franquia. Há ainda planos para abrir uma primeira unidade na Venezuela ainda neste ano e uma no Paraguai em 2026.

Por que a bolsa está batendo recordes e até quando vai o bom momento

 

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, a B3, fechou com novo recorde na segunda-feira, 3, após subir 0,61% no dia e registrar 150. 454,24 pontos no encerramento do pregão. Foi a 9ª alta seguida do índice.

A marca da véspera segue a uma sequência de recordes registrados na semana passada e reflete o fluxo de capital estrangeiro no mercado acionário, explica Matheus Amaral, especialista em Renda Variável do Inter. “A bolsa segue, principalmente, à mercê do fluxo do investidor estrangeiro. Mas também bem suscetível a movimentos macro, como juros nos Estados Unidos, ou mesmo daqui”.

Na semana passada, o Federal Reserve, banco central americano, decidiu pela redução nos juros por lá em 0,25 ponto percentual, ficando a taxa entre 3,75% e 4% ao ano. Esse foi o segundo corte neste ano. “Ao longo do último ano, a nossa bolsa ficou mais relacionada a curva de juros americanos, movimentos e expectativas.”.

Na sessão de segunda, mais especificamente, o mercado repercutiu ainda o Boletim Focus, que reduziu a expectativa para a inflação neste ano pela sexta semana seguida, passando a ver o IPCA de 2025 próximo do teto da meta, de 4,5% ao ano, sendo 3% o centro da meta definida pelo BC.

Em relação à expectativa pela decisão de juros no Brasil nesta semana, Amaral aponta mais para o compasso de espera do comunicado que acompanhará a decisão, uma vez que o mercado aguarda a manutenção da Selic nos 15% ao ano mais uma vez ao final da reunião desta quarta-feira. “O mercado está na expectativa sobre quando deve iniciar o ciclo de afrouxamento, uma vez que temos novos dados de emprego e de inflação”, diz.

Até quando vai o bom momento?

O mercado trabalha com expectativas, e no momento, além do comunicado do Comitê de Política Econômica (Copom) do BC, Amaral lembra que há a incerteza fiscal na mesa, com agentes de olho sobre como o governo fechará as contas, e ainda o cenário geopolítico atual.

“O investidor estrangeiro olha isso, temos ainda um ambiente de muita incerteza. Tem mudanças de tarifas, de tributos, tanto no cenário doméstico como externamente”, afirma. Incertezas inclusive dentro próprio Fed. Na segunda-feira, dois membros do Fomc (comitê do Fed para a política monetária), disseram, em entrevistas diferentes, que não há certeza sobre um novo corte na última reunião do banco em dezembro. Vale dizer que mesmo o corte da semana passada, não foi uma decisão unânime entre os membros.

Nas máximas, mas com espaço para avançar mais

Ainda que o Ibovespa venha superando os patamares máximos, Matheus Amaral diz que o índice brasileiro ainda fica atrás dos países emergentes e outros pares. “Ainda é uma bolsa descontada. O principal ponto é que ela mais barata que os pares”.

Com alta acumulada de quase 25% neste ano até outubro, perde para a bolsa do Chile, por exemplo, que registra 41%, Peru (59%), México (28%) e África do Sul (50%) e Coreia do Sul (71%). De acordo com o analista do Inter, todas impactadas pelo fluxo de investimentos estrangeiros. “É o investidor estrangeiro observando tendência de desvalorização do dólar”.

No Brasil, o Ibovespa figura como o terceiro investimento mais rentável em 2025 até 31 de outubro, atrás do ouro (51,86%) e small caps (27,85%), de acordo com levantamento da Elos Ayta consultoria.