terça-feira, 11 de novembro de 2025

Como se proteger do golpe da falsa venda, que lidera ranking de ocorrências mais comuns

 

O chamado golpe da falsa venda foi a abordagem mais relatada entre clientes de instituições associadas à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no primeiro semestre, segundo levantamento compilado pela entidade. Foram 174 mil ocorrências do tipo no período, um salto de 314% frente a igual intervalo do ano passado.

Nessa modalidade, os criminosos criam páginas falsas que simulam lojas online, enviam promoções inexistentes por mensagem e investem na criação de perfis adulterados de estabelecimentos nas redes sociais.

“O produto ofertado está com o preço muito abaixo do que é vendido no comércio em geral? O vendedor está te pressionando para fechar logo uma compra dizendo que ela pode ficar indisponível? O e-commerce é recém-criado em rede social. A chance de ser um golpe é grande”, alerta Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços e Segurança da Febraban. “É importante ter muito cuidado com este golpe nesta época do ano, já que se aproximam datas importantes para o comércio como a Black Friday e o Natal”, completa.

Como evitar: Sempre fique muito atento. Tome muito cuidado com links recebidos em e-mails e mensagens e dê preferência aos sites conhecidos para as compras. Outros pontos que vale suspeitar são: poucas opções de pagamento na loja, e-commerce recém-criado e preços muito abaixo da concorrência.

Ranking dos golpes mais comuns

Em segundo lugar no ranking ficou o golpe da falsa central ou do falso funcionário apresentou alta de 195,7% na mesma base comparativa, a 139 mil.

Em seguida, o golpe do Whatsapp teve 73 mil registros, uma queda de 9,9%.

Completam o ranking de golpes do primeiro semestre de 2025: golpe do falso investimento, phishing, falso boleto, troca de cartão, devolução de empréstimo, golpe da mão fantasma e golpe do delivery.

O diretor-adjunto de Serviços e Segurança da Febraban, Walter Faria, afirmou nesta terça-feira, 11, que o setor bancário investe anualmente cerca de R$ 5 bilhões em sistemas de tecnologia da informação voltadas para o reforço da proteção. “Entretanto, é essencial criar uma forte cultura de proteção de dados no Brasil e ações de conscientização são fundamentais para fomentar a educação digital em nosso País”, disse.

Dulca aposta em expansão com novo formato de franquias

 Imagem destaque: Dulca aposta em expansão com novo formato de franquias

 

  A tradicional confeitaria paulistana Dulca, prestes a completar 75 anos de história, inicia uma nova fase de crescimento ao lançar o Dulca Caffè, modelo que marca sua entrada no mercado de franquias. Após quase encerrar as atividades na pandemia, a confeitaria se reinventou e agora o objetivo é transformar sua tradição em um negócio com potencial de escala, mirando faturar R$ 300 milhões nos próximos anos. Com investimento que ultrapassa R$ 3 milhões, a Dulca apostará em um rebranding, reforma de lojas, novo cardápio e estrturação do modelo de franquias. O plano contempla abrir cinco unidades ainda em 2025, 20 em 2026 e chegar a 150 lojas até 2030, todas na região metropolitana de São Paulo, podendo alcançar cidades como Santos e Jundiaí. As informações são do portal Exame


Novo Conceito de Loja

  As novas lojas terão formato enxuto, voltado para cafés especiais, doces artesanais e refeições rápidas, mantendo o DNA da confeitaria tradicional, mas com cardápio ampliado para atender diferentes momentos do dia — do café da manhã ao jantar leve. Além disso, os franqueados contarão com treinamento e suporte contínuo, garantindo padronização e qualidade em todas as unidades. O modelo foi desenhado para ser imune a sazonalidades, apostando em produtos consagrados e vendas recorrentes. 

Sem consenso, Motta retira PL Antifacção da pauta desta terça

 


Presidente da Câmara se reunirá com Lewandowski para costurar um acordo sobre o texto; governo e PF critica relatório de Derrite

 


Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

 

Sem consenso em torno do texto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), retirou o PL Antifacção da pauta de votações nesta terça-feira, 11. A votação deve acontecer apenas na quarta-feira, 12, e novas mudanças no mérito podem acontecer.

O relator do texto, o deputado federal Guilherme Derrite (Progressistas-SP), chegou a fazer alterações no texto após uma conversa com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. No novo relatório, Derrite deixou aberta a possibilidade da participação da PF no combate ao crime organizado, mas ainda mediante um aval das autoridades estaduais. Nos corredores, o projeto ainda desagrada o governo, a PF e parte do Centrão.

*Em atualização

Governo vai prorrogar até 2026 prazo para pedido de ressarcimento do INSS

 

O governo federal irá prorrogar por 90 dias o prazo para que aposentados e pensionistas solicitem o ressarcimento de valores descontados indevidamente de seus benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão será oficializada nesta terça-feira, 11, pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz.

O prazo original se encerraria na próxima sexta-feira, 14, mas será reajustado para 14 de fevereiro.

O anúncio foi feito na segunda-feira, 10, pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.

Pimenta afirmou que a medida tem o objetivo de garantir que todos os afetados possam registrar seus pedidos e sejam ressarcidos de forma simplificada, sem necessidade de ação judicial. “Temos que fazer um esforço de esclarecimento, porque muitos aposentados não perceberam que foram roubados”, afirmou.

Mais de seis milhões de beneficiários contestaram cobranças, de acordo com dados atualizados pelo INSS nesta segunda-feira. Ao todo, mais de 4,8 milhões de brasileiros estão aptos a receber o ressarcimento.

O número de pessoas que já recebeu o dinheiro de volta após aceitar o acordo chegou a 3,7 milhões, em valores que somam R$ 2,5 bilhões.

*Com informações da Agência Brasil

Ibovespa supera 158 mil pontos e bate novo recorde; dólar cai para R$ 5,27

 

Uma combinação de fatores nesta terça-feira, 11, está gerando um clima de otimismo no mercado financeiro, fazendo com que o Ibovespa alcançasse um novo recorde intradia e o dólar caísse abaixo de R$ 5,30.

Por volta das 13h05, o principal indicador da bolsa era negociado a 157.459,08 pontos com valorização de 1,42%. Horas antes, o Ibovespa bateu os 158.467 pontos e renovou a máxima intraday alcançada ontem, 10.

Uma conjunção de fatores explica o movimento de hoje. O mercado avaliou que a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgada hoje pela manhã trouxe um tom menos conservador e uma expectativa maior de que o início dos cortes dos juros acontecerá em breve, ainda que a Selic tenha sido mantida em 15% na última reunião.

“Na medida em que o cenário tem se delineado conforme o esperado, o Comitê dá prosseguimento ao estágio em opta por manter a taxa inalterada por período bastante prolongado, mas com maior convicção de que a taxa corrente é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, diz a ata.

Aliado a isso, os dados de inflação também deram um novo impulso para a bolsa. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro desacelerou para 0,09%, o resultado mais baixo para um mês de outubro desde 1998. O desempenho ocorre após o índice ter registrado alta de 0,48% em setembro.

No ano, o IPCA acumula alta de 3,73% e, nos últimos 12 meses, o índice recuou para 4,68%, acima dos 5,17% dos 12 meses imediatamente anteriores.

Sinais do exterior também têm contribuído para a alta do Ibovespa nesta terça-feira. A expectativa de término do shutdown nos Estados Unidos também contribui para o clima de otimismo aqui no Brasil. Ontem, o projeto de reabertura do governo americano passou no Senado e a expectativa é que seja votado na Câmara nos próximos dias.

Apesar da alta no Ibovespa, algumas ações registram fortes perdas após a divulgação de seus balanços. É o caso da Natura (NATU3), que lidera as perdas desta terça-feira, em queda superior a 15%. A empresa registrou um prejuízo decorrente de R$ 119 milhões no terceiro trimestre, revertendo um lucro de R$ 301 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

Dólar abaixo de R$ 5,30

A melhora do cenário nos Estados Unidos também se reflete sobre o dólar. Há pouco, o dólar futuro para dezembro – contrato com maior liquidez da B3 – estava cotado a R$ 5,293. Contudo, a moeda americana chegou na mínima de R$ 5,286 por volta das 12h de hoje. Já o mercado à vista, a moeda americana estava cotada a R$ 5,27 para compra e R$ 2,271 para a venda.

Petrobras: P-79 vai elevar produção do campo de Búzios para cerca de 1,3 milhões boed

O início da produção do navio-plataforma P-79, que deixou nesta terça-feira, 11, o estaleiro da Hanwha Ocean, na Coreia do Sul, está previsto para agosto de 2026, informou a Petrobras em nota nesta terça, depois que a presidente da companhia anunciou a partida da unidade em direção ao Brasil em uma rede social.

Com isso, a produção do campo de Búzios será elevada em 15,6%, para cerca de 1,3 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed), disse a estatal, considerando também a entrada em operação da P-78 a partir de dezembro deste ano.

Assim como a P-78, a P-79 partiu tripulada do estaleiro coreano, segundo a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi.

A plataforma será rebocada até a locação com a tripulação a bordo, o que contribui para agilizar o início da produção. A chegada está prevista para fevereiro do ano que vem.“A vinda da plataforma tripulada, a exemplo do que foi feito com a P-78, mostrou-se uma estratégia bem-sucedida para reduzir o tempo de início da produção. Essa é a oitava unidade das 12 previstas para o campo. Nossa expectativa é que consigamos antecipar o 1º óleo em dois meses em relação ao que está previsto no nosso Planejamento Estratégico”, avaliou a executiva.

Relator recua e aceita ação da PF contra facção sem aval de governador

 

Após críticas, o relator do projeto de lei (PL) Antifacção, o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) voltou atrás e modificou o artigo 11 do texto para permitir que a Polícia Federal (PF) faça operações conjuntas com as policias estaduais sem a necessidade de aval do governador.

Especialistas, o governo federal e a própria Polícia Federal (PF) tinham criticado a medida por considerarem que ela limitava a atuação da PF no combate ao crime organizado. 


O projeto está pautado para ser votado nesta terça-feira (11) na Câmara

A PF informou, em nota, que a medida seria um retrocesso e que inviabilizaria operações como a que investigou o uso de postos de combustíveis pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para lavagem de dinheiro.

O deputado Derrite, que se licenciou do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo para relatar o projeto, disse que decidiu mudar o texto após sugestões de parlamentares, magistrados, membros do Ministério Público, advogados e agentes de segurança.

“Em nome da relevância da pauta, suprapartidária, e do processo democrático que sempre defendi, incorporo ao substitutivo as alterações”, disse o parlamentar. 

Enviado pelo Executivo federal para endurecer as regras e as investigações contra as facções criminosas, o parecer substitutivo do Derrite ao PL 5.582 de 2025 foi duramente criticado pelo governo, que não foi procurado pelo relator para opinar sobre as alterações.

O relator manteve a definição de ações das facções ou milícias na Lei Antiterrorismo, definição criticada por especialistas e pelo governo como passível de ser usada por países estrangeiros para promover intervenções no Brasil

Criação de figura típica autônoma

O relator Derrite incluiu ainda alterações no parecer para permitir a punição de pessoas que cometem atos típicos de organização criminosa, previstos no projeto, mas que não integram nenhuma facção ou milícia.

Segundo o relator, a medida é necessária porque “muitas vezes, é demasiadamente complexa a prova de que o infrator integra uma organização criminosa”. 

Com as mudanças, pessoas sem ligação comprovada com facções podem pegar de 20 a 30 anos de prisão caso cometam algum ato previsto no art. 2-A do projeto. Entre eles:

  • III – restringir, limitar, obstaculizar ou dificultar, ainda que de modo temporário, a livre circulação de pessoas, bens e serviços, públicos ou privados, sem motivação legítima reconhecida pelo ordenamento jurídico
  • IV – impedir, dificultar, obstruir ou criar embaraços à atuação das forças de segurança pública, à perseguição policial ou às operações de manutenção da ordem, mediante a colocação de barricadas, bloqueios, obstáculos físicos, incêndios, destruição de vias, uso de artefatos ou qualquer outro meio destinado a restringir o deslocamento, a visibilidade ou a ação policial

Patrimônio do crime

Outra crítica do governo federal em relação ao substitutivo de Derrite foi a exclusão do dispositivo do texto original, que previa que o bem ou patrimônio apreendido em uma operação seria absolvido pelo Estado, ainda que a operação fosse anulada, desde de que o suspeito não conseguisse provar a origem lícita do bem.

O mecanismo, chamado de perdimento civil de bens, foi incluído para asfixiar financeiramente as organizações criminosas, segundo explicou o secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Mario Sarrubbo. 

Após as críticas, Derrite incluiu no texto o capítulo chamado Do Perdimento de Bens, para disciplinar o procedimento na Lei contra Organizações Criminosas (Lei 12.850 de 2013). Segundo o relator, a nova seção seria “mais uma medida que tem por fim asfixiar financeiramente esses grupos desviantes”.

Banco de dados de criminosos

O relator ainda fez modificações no artigo que trata da criação do Banco de Dados de membros de facção ou milícia, que já estava previsto no texto original do Executivo.

Derrite incluiu a previsão de bancos estaduais com a mesma finalidade e a automática inelegibilidade para cargos políticos das pessoas incluídas nesses bancos de dados.