sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Novo Nordisk frustra expectativas com nova vacina experimental contra obesidade

 

Um tratamento experimental antiobesidade da Novo Nordisk ajudou pacientes a perder menos de um quarto do peso corporal em um novo estudo, não atingindo as expectativas da empresa e fazendo suas ações despencarem.

O estudo altamente antecipado mostrou que uma combinação de dois medicamentos chamada CagriSema ajudou as pessoas a perder 22,7% do peso, em média, após tomar a injeção semanal por mais de um ano, enquanto aqueles que tomaram um placebo perderam 2,3%.

O resultado fica aquém da perda de peso de 25% que a Novo Nordisk esperava e prejudica as chances da vacina experimental de se tornar o próximo medicamento de sucesso da empresa depois do Ozempic e do Wegovy.

 

 Fonte: Dow Jones Newswires.


Dólar cai abaixo de R$ 6,10 com novos leilões do BC e pacote fiscal em foco

 


Nota de 100 dólares

 

O dólar à vista recuava nesta sexta-feira, 20, mas estava a caminho de fechar a semana em alta, com os investidores de olho em novas intervenções no câmbio pelo Banco Central, que já vendeu 3 bilhões de dólares à vista em leilão realizado nesta manhã, enquanto digerem o avanço do pacote fiscal no Congresso.

Às 10h04, o dólar à vista caía 0,84%, a 6,0726 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 1,63%, a 6,062 reais na venda.

Na quinta-feira, após cinco pregões consecutivos de alta, em que acumulou valorização de 5,2%, o dólar à vista encerrou o dia em baixa de 2,29%, cotado a 6,1243 reais, ainda o segundo maior valor nominal de fechamento da história.

Intervenções do BC

O Banco Central vendeu um total de 3 bilhões de dólares à vista em um novo leilão realizado na manhã desta quinta-feira, no que foi a sétima operação do tipo desde a semana passada e um dia após injetar 8 bilhões de dólares à vista no mercado, informou a autarquia em comunicado.

A autarquia ainda fará dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) nesta manhã, podendo vender até 2 bilhões de dólares em cada uma das operações.

Assim como ocorreu na sessão anterior, o real era beneficiado pela nova intervenção do BC, recuperando parte das fortes perdas recentes diante do dólar.

A moeda norte-americana, no entanto, caminha para um ganho semanal de cerca de 0,7%, após atingir a cotação recorde de 6,2679 reais na quarta-feira.

Com o novo leilão à vista, o BC agora já vendeu 23,77 bilhões de dólares desde a quinta da semana passada, incluindo vendas à vista (16,77 bilhões) e leilões de linha (7 bilhões), em meio à forte desvalorização da moeda brasileira em decorrência dos receios fiscais dos investidores.

Pacote fiscal

O dólar tem obtido fortes ganhos no mercado brasileiro desde o duplo anúncio pelo governo no fim de novembro de um pacote fiscal e de um projeto de reforma do Imposto de Renda.

Mais recentemente, agentes financeiros também vinham temendo a possibilidade de o pacote fiscal não ser aprovado pelo Congresso até o fim do ano. O avanço das medidas do Congresso nos últimos dias, portanto, era outro fator de otimismo para os investidores neste pregão, ainda que vários pontos dos textos tenham sofrido desidratação ao longo da tramitação, o que reduzirá a economia potencial para o governo.

A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira o projeto de lei que limita o aumento real do salário mínimo, além de alterar regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), concluindo a votação de todos os três textos que compõem o pacote fiscal.

O Senado, por sua vez, aprovou, em dois turnos, a proposta de emenda à Constituição (PEC) do pacote, com medidas para diminuir gradativamente o grupo que pode receber o abono do PIS/Pasep e limitações aos supersalários.

Mais cedo na quinta-feira, o Senado havia aprovado o projeto que impõe travas para o crescimento de despesas com pessoal e incentivos tributários em caso de déficit primário. Agora resta a votação do projeto que limita o aumento real do salário mínimo.

“A moeda brasileira deve encontrar algum alivio com a aprovação dos textos no Senado e com a forte participação do Banco Central. O tema (fiscal) pode esfriar até fevereiro e a ausência de notícias pode ser positiva para o câmbio”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

No cenário externo, investidores aguardam dados do índice PCE — o indicador de inflação preferido do Federal Reserve –, às 10h30 (horário de Brasília), em busca de sinais sobre a trajetória da taxa de juros dos Estados Unidos no próximo ano.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,25%, a 108,160.

10 dos Panetones Mais Caros Deste Natal

 

A Forbes selecionou alguns dos pães natalinos mais luxuosos de 2024, exagerados em tamanho ou assinados por grifes e chefs renomados
 

Giovanna Simonetti


Panetone da Dolce&Gabbana com a marca Fiasconaro

 
Acessibilidade

Um dos símbolos mais tradicionais das festas de fim de ano, o panetone está longe de ser representado apenas pela versão popular de mercado.

De receitas que exaltam a tradição italiana a criações extravagantes assinadas por chefs e grifes renomadas, esses pães natalinos podem ganhar toques de opulência e chegar aos milhares de reais.

Nesta lista, selecionada a partir das opções mais exclusivas do mercado, a Forbes destaca 10 dos panetones mais caros de 2024. Confira:
 

1. Pasticceria Marchesi 1824 – Panetone Milanês Clássico

 

 

 

Preço: € 772 (R$ 4.980) – Peso: 1,5kg


Uma das mais antigas e renomadas confeitarias de Milão, a Marchesi comemorou seu 200º aniversário este ano. Para o Natal, a loja lançou seu icônico panetone embalado em uma luxuosa caixa de veludo, um símbolo de tradição que remonta a 1824.

2. Isabella Suplicy – Panetone de Chocolate com Creme de Avelãs

 

Isabella Suplicy



Preço: R$ 2.400 – Peso: 6,8kg
Uma das maiores confeiteiras do Brasil, figurinha carimbada entre os famosos e influentes, Isabella Suplicy deu seu toque de esplendor aos panetones este ano. O mais caro do seu catálogo de Natal leva um generoso recheio de creme de avelãs, com quase 7 quilos para deslumbrar qualquer mesa natalina.
 

3. Flakes – Pistacchiotone
 

 

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Flakes

Preço: R$ 1.800 – Peso: 7kg
O confeiteiro Leonardo Borges, conhecido por usar e abusar do pistache, leva a extravagância da oleaginosa para outro patamar com esse panetone de 7 quilos, mega recheado.
4. Mariana Junqueira – Panetone na Caixa Musical
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Mariana Junqueira

 

Preço: R$ 1.080 – Peso: 1,5kg
 

A cake designer paulistana oferece para este Natal um presente delicado: o panetone vem embalado em uma caixa musical, que traz luzes cintilantes e uma melodia natalina ao ser aberta
 

 5. Pati Piva – Panetone Gotas Gigante

Pati Piva

Preço: R$ 820 – Peso: 4kg
Ideal para grandes celebrações, o panetone gigante da Pati Piva é generosamente recheado com gotas de chocolate, cobertura de chocolate ao leite e nibs de cacau
6. Gucci Osteria de Massimo Bottura – Panetone Tradicional
 

 

 

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Gucci Osteria

 

 

Preço: US$ 140 (R$ 800) – Peso: 1kg
 

Assinado pelo famoso chef Massimo Bottura, dono de três estrelas Michelin na Itália, este panetone combina a tradição italiana com a sofisticação da Gucci Osteria. É vendido em Florença, Beverly Hills, Tóquio e Seul.
 

7. Charlô – Panettone de Chocolate Belga
 

 

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Charlô

Preço: R$ 629 – Peso: 1,8kg
Célebre banqueteiro paulista, Charlô traz entre suas opções de sobremesas natalinas um panetone generosamente recheado com chocolate belga de alta qualidade.
8. Dolce & Gabbana – Panetone Mandorle D’ Sicilia
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Panetone da Dolce&Gabbana com a marca Fiasconaro


Preço: R$ 612 – Peso: 1kg
 

Com amêndoas sicilianas e uma lata ilustrada com a cara da grife italiana, o panetone da Dolce & Gabbana reflete o glamour e a elegância característicos da marca.
 

9. Stefan Behar – Panetone de Nutella

 

 
Preço: R$ 368 – Peso: 1,4kg


Recheado com uma camada generosa de Nutella, o panetone do badalado confeiteiro paulistano é uma opção indulgente.
 

 10. Rosewood São Paulo – Panetone de Saiko Izawa

 

Preço: R$ 350 – Peso: 500g
 

Para este Natal, a premiada chef pâtissière Saiko Izawa criou duas opções de panetones de fermentação natural: um de frutas, com goiaba seca e zest de limão caipira, rosa e cravo; e outro chocolatudo, com gotas de chocolate 45% cacau e chocolate branco caramelizado – que ficou em 1º lugar na categoria de chocotones na degustação da Forbes. O preço reflete seu esmero artesanal, considerando o tamanho reduzido (metade das outras opções desta lista).


Leia mais em: https://forbes.com.br/forbeslife/2024/12/10-dos-panetones-mais-caros-deste-natal/?utm_source=NewsDaily&utm_medium=Social


quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Dólar cai 2,3% e fecha a R$ 6,12, com leilões do BC e avanço do pacote fiscal no Congresso

 


O dólar à vista recuou mais de 2% nesta quinta-feira, 19, caindo abaixo dos 6,13 reais, com o mercado reagindo positivamente a dois novos leilões de dólares à vista do Banco Central nesta manhã, a comentários do futuro presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, e ao avanço do pacote fiscal no Congresso.

O dólar à vista encerrou o dia em baixa de 2,29%, cotado a 6,1243 reais. Veja cotações.

Na B3, às 17h03, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 2,07%, a 6,125 reais na venda.

Galípolo rejeita hipótese de ataque especulativo em alta do dólar

 


Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central (Crédito: Jose Cruz/Agência Brasil)

 

Em entrevista coletiva em Brasília nesta quinta-feira, 19, o diretor de Política Monetária e futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que o cenário de um ataque especulativo não representa o que está atualmente acontecendo no mercado financeiro brasileiro.

“Não é correto tratar o mercado como se fosse um bloco monolítico, como se fosse uma coisa só e coordenada… Eu acho que a ideia de ataque especulativo como algo coordenado não representa bem o movimento que está acontecendo no mercado hoje”, afirmou.

Galípolo, que assumirá o comando do BC em janeiro com o término do mandato de Campos Neto à frente da autoridade monetária, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe econômica concordam com essa avaliação.

Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o BC e o Tesouro Nacional atuam para coibir movimentos especulativos de mercado, defendendo que o trabalho do governo na política econômica é consistente.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que as atuações da autarquia no câmbio visam mitigar disfuncionalidades do mercado, e não fazer frente a pioras em prêmios de risco, gerir a dívida pública ou fazer política monetária, ressaltando que a autarquia não busca um determinado nível para o dólar.

De acordo com Campos Neto, o movimento recente de desvalorização do real pode ser explicado por uma saída atípica de recursos do país neste fim de ano, fruto de uma maior remessa ao exterior de lucros de empresas, que vêm apresentando resultados melhores, além de uma ampliação do envio de moeda por pessoas físicas.

O presidente do BC explicou que as intervenções da autarquia buscam contrabalancear esse fluxo de saída para mitigar disfuncionalidades nas negociações de câmbio.

Segundo Campos Neto, o BC não busca “mudar o rumo” do câmbio ou defender um patamar para o dólar ante o real com suas intervenções, mas “organizar o processo”.

“Não tem nenhum desejo do BC de proteger um nível de câmbio. O Banco Central tem muita reserva e vai atuar se necessário e a gente entende que este fim de ano tem um fluxo atípico muito grande”, disse.

Campos Neto argumentou que a intervenção no câmbio não pode ser pequena demais para que disfunções permaneçam e nem grande demais para que pessoas sintam que houve perda de capacidade de proteção.

O presidente do BC ainda pontuou que as intervenções não buscam combater uma percepção de mercado de que o prêmio de risco aumentou no país, justificando que em outros momentos de elevação da avaliação sobre risco pelo mercado a autarquia não atuou no câmbio e foi criticada por isso.

Ele também afirmou que o segundo leilão de câmbio realizado pela autoridade monetária na sessão desta quinta-feira ocorreu devido à demanda bem maior do que a esperada no primeiro leilão do dia realizado pela autarquia.

Mais cedo, o BC vendeu 3 bilhões de dólares à vista em leilão anunciado na véspera e, uma hora depois, fez novo certame vendendo 5 bilhões de dólares à vista no mercado.

Após os leilões desta quinta, que elevaram o total vendido desde a semana passada pelo BC para mais de 20,75 bilhões de dólares, incluindo vendas à vista e leilões de linha, finalmente houve um alívio para o real diante de sua recente desvalorização.

Milhares de funcionários da Amazon entram em greve nos EUA

 


A Amazon não mostra nenhuma indicação de que está disposta a fechar um acordo com os Teamsters ou mesmo reconhece que o sindicato fala por qualquer um de seus trabalhadores 

 

By Chris Isidore, CNN , Nova Iorque

 
 

Membros do sindicato Teamsters entraram em greve na Amazon na manhã de quinta-feira (19), em uma ação trabalhista que deve se espalhar para seis instalações em quatro estados de costa a costa nos Estados Unidos.

A Amazon disse que suas operações não serão afetadas por nenhuma das ações do sindicato. Embora os Teamsters afirmem representar 7.000 trabalhadores da Amazon em todo o país, isso representa menos de 1% da força de trabalho da empresa nos EUA.

“Se seu pacote atrasar durante os feriados, você pode culpar a ganância insaciável da Amazon. Demos à Amazon um prazo claro para vir à mesa e fazer o certo pelos nossos membros. Eles ignoraram”, disse o presidente geral do Teamsters, Sean O’Brien, em uma declaração publicada no X.

O primeiro local a ser atingido às 6h ET de quinta-feira foi uma instalação no Queens. Então, uma hora depois, eles foram acompanhados por trabalhadores em Skokie, Illinois, um subúrbio de Chicago.

“Estamos lutando e batalhando por benefícios e necessidades básicas que, de outra forma, seriam um padrão da indústria”, disse o motorista Luke Cianciotto falando com repórteres do lado de fora das instalações de Skokie, pouco antes do início da greve lá.

“Muitos de nós não temos presentes de Natal debaixo da árvore este ano. Os salários e horas que ganhamos trabalhando para a Amazon simplesmente não são suficientes para sobreviver na economia de hoje.”

O sindicato destacou os lucros da Amazon, que dispararam, especialmente nos últimos anos.

A Amazon relatou um lucro líquido de US$ 39,2 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, mais que o dobro do mesmo período de 2023, com receita de US$ 450,2 bilhões até agora neste ano, tornando-se a segunda maior empresa privada do mundo, atrás apenas do Walmart em termos de receita.

“Não serão mais pacotes em vez de pessoas, lucro em vez de pessoas. São pessoas em vez de pacotes, pessoas em vez de lucros”, disse Ash’shura Brooks, outro motorista em Skokie falando do lado de fora da instalação.

Nos locais em greve e programados para greve na quinta-feira, o sindicato alega representar motoristas que trabalham para um contratado da Amazon.

O sindicato alega que, sob uma regra anunciada pelo NLRB, eles podem ser considerados como empregadores conjuntos — tanto o serviço de entrega quanto a Amazon. Mas a Amazon e outros grupos empresariais estão desafiando essa regra.

“Há muitas nuances aqui, mas quero deixar claro, os Teamsters não representam nenhum funcionário da Amazon, apesar de suas alegações em contrário”, disse Kelly Nantel, porta-voz da Amazon, em uma declaração. “Toda essa narrativa é uma jogada de RP e a conduta dos Teamsters no ano passado e nesta semana é ilegal.”

Brooks e Cianciotto zombaram da ideia de que não são funcionários da Amazon, embora seu empregador imediato seja um contratado terceirizado.

Brooks chamou a alegação da empresa de “de partir o coração…para a Amazon nos dizer que não somos motoristas da Amazon, quando usamos coletes da Amazon e fazemos entregas em vans da Amazon”.

Cianciotto disse que o uso de terceiros contratados é simplesmente uma maneira da Amazon se livrar da responsabilidade de negociar com os motoristas.

“Esses contratados terceirizados não existiriam sem a Amazon”, disse ele.

Mas a regra do empregador conjunto, da qual o sindicato depende para tentar obter um acordo melhor para os motoristas, corre o risco de desaparecer quando o presidente eleito Trump nomear um conselheiro geral e membros do conselho do NLRB mais favoráveis ​​aos negócios no início do próximo ano.

Mas não são apenas motoristas trabalhando para contratados independentes que a Amazon se recusa a reconhecer como membros do Teamsters.

A Amazon não mostra nenhuma indicação de que está disposta a fechar um acordo com os Teamsters ou mesmo reconhece que o sindicato fala por qualquer um de seus trabalhadores, apesar do sindicato declarar que funcionários em várias instalações da Amazon assinaram cartões pedindo para se filiar.

Os sindicatos geralmente ganham representação dos trabalhadores ao registrarem-se para realizar eleições supervisionadas pelo NLRB.

Embora o reconhecimento voluntário de um sindicato por um empregador seja permitido pela lei trabalhista, é relativamente raro e parece virtualmente impossível neste caso, dadas as posições declaradas da Amazon.

Mas, em vez de buscar votos para ganhar representação reconhecida pelo NLRB, o sindicato está exigindo que a Amazon reconheça os trabalhadores que assinaram cartões pedindo para se filiar ao sindicato.

Um sindicato iniciante, o Amazon Labor Union venceu tal votação na unidade da Amazon em Staten Island em abril de 2022. E essa votação foi certificada pelo NLRB. Mas, apesar dos repetidos reveses no tribunal, a Amazon continua a lutar contra os resultados dessa eleição em mais recursos judiciais.

Outras votações de representação sindical falharam em outras instalações da Amazon antes e depois. Os membros da ALU votaram em junho para se filiar aos Teamsters , que é um dos maiores e mais poderosos sindicatos do país, com 1,3 milhão de membros.

O sindicato não anunciou uma greve no armazém de Staten Island, embora o sindicato tivesse anunciado anteriormente que uma greve havia sido autorizada por membros de base lá. O sindicato não disse imediatamente por que esses membros não estavam prontos para se juntar à greve.

Os outros locais que serão atingidos na manhã de quinta-feira incluem Atlanta, São Francisco, Victorville e a Cidade da Indústria, na Califórnia.

Mercado espera mais de US$ 4 tri em fusões e aquisições em 2025 com impulso de Trump

 


A expectativa é que os recentes cortes nas taxas de juros dos EUA, a melhoria do ambiente de financiamento e a retomada das ofertas públicas iniciais de ações elevem a sorte das empresas de private equity

Reuters


Executivos de bancos de investimento esperam que os volumes de negócios globais envolvendo fusões e aquisições ultrapassem US$ 4 trilhões no próximo ano, o maior valor em quatro anos, impulsionados pela promessa do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de menos regulamentação, impostos menores e uma postura amplamente favorável a negócios.

O valor total de transações envolvendo fusões e aquisições (M&A) aumentou 15% em relação ao ano passado, totalizando US$ 3,45 trilhões em 19 de dezembro deste ano, de acordo com dados da Dealogic, recuperando-se de um mínimo de uma década de cerca de 3 trilhões durante o mesmo período do ano passado.

O mercado espera que, no próximo ano, a aplicação da lei antitruste nos EUA seja mais favorável aos negócios, liberando transações que foram suspensas durante o governo Biden.

Trump recentemente nomeou Andrew Ferguson para substituir Lina Khan como presidente da Comissão Federal de Comércio (FTC), nomeando um atual membro republicano da agência que deverá facilitar o policiamento sobre grandes fusões corporativas.

“Deixando de lado 2021, o próximo ano pode ser um dos melhores dos últimos 10 anos porque não houve muita volatilidade no volume na última década. Se os volumes globais de fusões e aquisições aumentarem 15% ou 20% no próximo ano, não será nenhuma surpresa para nós”, disse Jay Hofmann, codiretor de fusões e aquisições para a América do Norte do JPMorgan Chase.

Os volumes de fusões e aquisições nos Estados Unidos aumentaram 10%, chegando a US$ 1,55 trilhão até o momento neste ano, enquanto a Europa e a Ásia-Pacífico tiveram um salto de 22% e 11%, respectivamente, com volumes oscilando em torno da marca de 800 bilhões.

A expectativa é que os recentes cortes nas taxas de juros dos EUA, a melhoria do ambiente de financiamento e a retomada das ofertas públicas iniciais de ações elevem a sorte das empresas de private equity, que não conseguiram vender ou listar empresas de sua carteira no valor de vários bilhões de dólares durante os últimos dois anos, quando compradores e vendedores não conseguiram chegar a um acordo sobre o preço dos ativos e os mercados de capital acionário ficaram praticamente fechados para grandes IPOs.

 “O mercado de IPOs está melhorando e isso realmente ajuda alguns dos ativos maiores que estão nas carteiras dos patrocinadores, para os quais essa pode ser a única saída de monetização”, disse John Collins, codiretor global de fusões e aquisições do Morgan Stanley.

Os volumes de aquisições alavancadas aumentaram 35%, chegando a US$ 600,8 bilhões este ano. A aquisição da operadora australiana de data center AirTrunk pela Blackstone por US$ 16 bilhões e o fechamento de capital do conglomerado de entretenimento Endeavor Group pela Silver Lake foram classificadas como as principais operações do ano.

Alguns executivos de bancos de investimento advertem que as tarifas de importação prometidas por Trump podem ser um obstáculo para a economia dos EUA, pois isso pode aumentar a inflação. Na quarta-feira, o banco central dos EUA disse que mais reduções nos custos de empréstimos dependem de mais progressos na redução da inflação.

“Há muitas opiniões de que o governo Trump abrirá as comportas para acordos. Mas estamos um pouco mais cautelosos com relação às mudanças”, disse Stephen Pick, chefe de fusões e aquisições para a região EMEA do Barclays.

 A aquisição da Kellanova , fabricante de Cheez-It, pela Mars, por US$ 36 bilhões; o acordo de 35 bilhões da Capital One com a Discover Financial; e a compra da Ansys, produtora de software de design, pela Synopsys por 35 bilhões foram as maiores transações de fusões e aquisições do ano.

“As discussões em torno de negócios maiores estão acontecendo e continuarão a acontecer porque o ambiente será mais previsível (em 2025) do que foi na administração recente”, disse Krishna Veeraraghavan, codiretor global do grupo de fusões e aquisições da Paul, Weiss, Rifkind, Wharton & Garrison.

Grandes negócios

Embora o número de transações no valor de mais de US$ 10 bilhões tenha crescido a um ritmo robusto em 2024, o número total de negócios caiu em relação ao ano passado, pois um ambiente regulatório difícil e a incerteza do ano eleitoral forçaram as empresas a adiar a busca de operações transformadoras.

Apesar desses ventos contrários, foram anunciados 37 negócios avaliados em mais de US$ 10 bilhões, em comparação com 32 no ano passado.

 A economia norte-americana em expansão, a demanda reprimida e os trilhões de dólares de capital não gasto nos balanços das empresas devem resultar em mais atividades de negócios no curto prazo, disseram representantes de bancos de investimento.

Os principais bancos do setor estão começando a aumentar as contratações para garantir que as equipes de negociações estejam totalmente equipadas para lidar com o aumento esperado nos volumes de transações.

“Com Trump reduzindo impostos e promovendo desregulamentação, as empresas podem estar mais dispostas a investir dinheiro em fusões e aquisições, em vez de distribuí-lo aos acionistas”, disse Nestor Paz-Galindo, codiretor global de fusões e aquisições do UBS.

Com as perspectivas para os resultados de empresas dos EUA parecendo mais animadoras, espera-se que a atividade de fusões e aquisições internacionais também melhore, uma vez que os compradores estrangeiros com dinheiro disponível estão cada vez mais de olho em alvos atraentes nos EUA.

As economias de rápido crescimento na Ásia também estão sendo cada vez mais vistas como atraentes para empresas oportunistas de private equity.

“Dadas suas dinâmicas e ventos favoráveis exclusivos, o Japão e a Índia viram um foco crescente dos patrocinadores, o que se traduziu em um forte impulso no volume de negócios, e esperamos que isso continue em ambos os mercados em 2025, à medida que as fusões e aquisições de patrocinadores retornam globalmente e na região”, disse Raghav Maliah, vice-presidente global de banco de investimentos do Goldman Sachs.

Consultores observam que a taxa de negociações rumo a 2025 está começando a retornar aos níveis observados nos anos pré-pandêmicos de 2018 e 2019, quando os volumes de negócios atingiram cerca de US$ 4 trilhões por ano, em média.

Uma enxurrada de grandes negócios foi anunciada nas últimas semanas, incluindo a fusão de US$ 13 bilhões da Omnicom com a gigante da publicidade rival Interpublic Group, e a aquisição da corretora de seguros AssuredPartners pela Arthur J Gallagher por 13,4 bilhões.

 “As pessoas que estão prevendo que tudo estará funcionando a partir de janeiro provavelmente estão um pouco otimistas demais. Tudo está caminhando na direção certa. Não estou convencido de que veremos outro ano (recorde) como 2021, mas tenho esperança de que seja um pouco mais parecido com 2019 ou 2020, logo antes da Covid”, disse Daniel Wolf, sócio de fusões e aquisições da Kirkland & Ellis.

O setor de tecnologia foi responsável pela maior parte da atividade de fusões e aquisições este ano, com um aumento de mais de 20% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 534 bilhões globalmente.

“Os tipos de negócios que estamos vendo em andamento são do tipo que vimos menos nos últimos dois anos e parece que há muita empolgação para fazer negócios grandes e transformadores”, disse Mark Bekheit, vice-presidente global da prática de fusões e aquisições da Latham & Watkins.

 

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