quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Frimesa inaugura o maior frigorífico de suínos da América Latina


Foram investidos R$ 1,3 bilhão no empreendimento 
 
 
A operação na nova unidade está programada para iniciar em março de 2023

 

O Paraná ganhou na terça-feira (13) uma nova unidade frigorífica da Frimesa em Assis Chateaubriand, na região Oeste. É a maior indústria de suínos da América Latina. O Governo do Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), entregou a Licença de Operação da unidade aos investidores, o que permite o início das operações do frigorífico. Só neste projeto, o maior da história da cooperativa, foram investidos R$ 1,3 bilhão. Com a nova unidade, serão gerados 8.500 empregos diretos e indiretos e cerca de R$ 600 milhões em impostos. O faturamento estimado é de R$ 5,7 bilhões.

A operação na nova unidade está programada para iniciar em março de 2023. A industrialização de carnes triplicará a produção de suínos da cooperativa, já que a nova estrutura diminuirá as distâncias e os custos no transporte dos animais. A capacidade de abate será de 7.880 suínos por dia, uma média de 550 por hora, totalizando 1,8 mil toneladas por dia, mas o objetivo é que, em 2032, o número suba para 15 mil suínos processados por dia. Isso ocorrerá em três etapas. Após o início da operação, entre 2023 e 2025, a estimativa de produção é de 3,7 mil cabeças por dia. Entre 2026 e 2028, o número deve subir para as 7,8 mil cabeças. Na terceira etapa, entre 2029 e 2031, a meta é atingir mais de 11 mil cabeças por dia.

O projeto é peça-chave para o futuro da cadeia produtiva de suínos desde a base primária. A escolha da localização da nova unidade, a 150 quilômetros de distância da sede, em Medianeira, também no Oeste, se deu por conta da concentração de produtores na região e, por isso, deve promover ainda mais desenvolvimento no Oeste. "Seguimos o exemplo já adotado em Cafelândia, Medianeira e Palotina. Na medida em que trazemos mais gente para o lugar, uma coisa puxa a outra. Daqui uns anos teremos uma mudança radical porque criamos oportunidade para as pessoas trabalharem e produzirem riqueza em Assis Chateaubriand", destacou o diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella.

A Frimesa completou 45 anos em 2022 e ainda tem o foco no mercado interno, mas as exportações da cooperativa cresceram de 5% para 25% do total produzido nos últimos anos. "A nossa cadeia produtiva é organizada, conta com um sistema de rastreabilidade, e temos planejamento para crescer. Essa nova agroindústria contou com a colaboração de 200 empresas. A obra durou três anos e agora conseguimos um desfecho animador para todos", acrescentou.

A Frimesa é a 59ª empresa da região e a 23ª maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil.

 

Arezzo&Co inaugura loja número 1000  

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  A Arezzo&Co, grupo que reúne marcas como Arezzo, Schutz e Anacapri, inaugura, nesta semana, sua loja de número 1000. Trata-se de uma flagship de 400m² da grife Carol Bassi, em Belo Horizonte, representando a estreia na marca em Minas Gerais.
 
 Em 2022, a Arezzo&Co abriu cerca de 23 lojas franqueadas e 16 unidades próprias, com crescimento de 7,5% na inauguração de lojas físicas quando comparado ao último ano. Para 2023, o grupo projeta abrir, em média, 70 lojas. Serão 30 novas franquias, com foco nas marcas Anacapri, Vans e Reserva. 

 

Governo Lula: analistas desenham 3 cenários econômicos e apontam investimentos


Crédito: Lula/Ricardo Stuckert/ Divulgação sobre imagem Pixabay/Montagem Isto É Dinheiro

Lula e os 100 primeiros dias de governo: desafio de credibilidade (Crédito: Lula/Ricardo Stuckert/ Divulgação sobre imagem Pixabay/Montagem Isto É Dinheiro)

 

A partir de 1 de janeiro de 2023, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assume a República e, com ele, novos nomes e possibilidades para a economia brasileira. Gastos da nova gestão, recursos adicionais da PEC da Transição e regras de controle fiscal vão agitar o mercado financeiro. Os três primeiros meses do novo governo serão desafiadores. 

Embora existam expectativas sobre os rumos da gestão para o próximo ano, especialistas acreditam que os cenários, instáveis ou positivos, são focados em investimentos de baixo risco. “O cenário mais provável para 2023 é o cenário de manutenção da taxa de juros próximo ao patamar atual (13,75%). Essa projeção é, inclusive, demonstrada no boletim Focus do Banco Central. A mediana do Focus, publicada nesta segunda-feira (12), projeta uma Selic ao final de 2023 em 11,75%”, explica Tiago Feitos,  professor e consultor de Valores Mobiliários da T2 Educação.

Levando em consideração nosso cenário de alta de juros e inflação subindo, o ideal, segundo Leo Dutra, analista chefe da Invius Research, seria evitar investir em empresas voltadas ao consumo, com juros altos. Ainda que em cenário instável, acreditam especialistas, há quem possa arriscar. “Esse é um mercado que nunca teve tanta liquidez, é uma forma de gerar renda usando a volatilidade do mercado a favor do investidor e ainda proteger sua carteira”, defende Dutra.

Veja abaixo 3 possibilidades:

Cenário 1

Bolsa de Valores no ‘zero a zero’ 

Segundo Gilberto Braga, economista e professor do IBMEC, o mercado ainda se ressente de melhores definições sobre o Ministério da Fazenda, que vai ser liderado por Fernando Haddad, e isso deve determinar um maior ou menor movimento de investidores para 2023.

A mudança na Lei das Estatais, por exemplo, tira a tranquilidade do mercado financeiro de forma geral. “Na Bolsa, por exemplo, estatais vem perdendo valor na medida em que essa visão mais ‘puro sangue’ do PT mostram uma condução contrária ao que o mercado esperava, mais liberal ou de centro”. 

Isso faz, por exemplo, com que os investimentos na Bolsa fiquem indefinidos: com os últimos movimentos, ela devolveu o ganho que teve ao longo de 2022. É o momento em que a Bolsa está no ‘zero a zero’ para quem investiu. O retorno, segundo Braga, vai depender de um sucesso rápido da gestão de Lula, mas que não se espera que aconteça dentro dos primeiros 6 meses de mandato. 

Onde investir? 

Não se espera nas projeções do mercado grandes expansões do PIB, além de os juros permanecerem altos. Assim, o momento de 2023 é favorável para investimentos de renda fixa, e não de renda variável. “A própria caderneta de poupança, que é um ativo combatido por especialistas, vai fechar 2022 acima da inflação e vem em 2023 com expectativa de rendimento baixo, mas acima da inflação”, avalia Braga. O Tesouro Direto e fundos em bons papéis podem ser a escolha de pequenos e médios investidores para um cenário de pouco risco e rentabilidade garantida. 

O que evitar?

Para quem procura baixo risco e não quer comprometer reserva de emergência, o mercado de ações e ativos variáveis deve ser evitado. “Ativos de renda variável ficam para quem gosta de grandes emoções e tem recursos sobrando”, finaliza Braga.

Cenário 2

Controle fiscal a partir de 2023

Cenário mais positivo, segundo analistas, foca no que pode ocorrer a respeito da gestão de Lula em relação ao controle fiscal. Diante de uma racionalidade no controle fiscal, o governo pode conseguir sinalizar estabilização da dívida pública num médio prazo com um novo regime fiscal, a ser negociado em 2023. 

“O aperto monetário feito até aqui já é suficiente, então o Banco Central não precisa subir mais a taxa Selic, básica da economia, e a mantém em 13,75% até setembro de 2023. Ao longo de 2023, pode cair a 12%, podendo chegar a 7%”, avalia Gabriel Fongaro, economista da Julius Baer Family Office. A taxa de inflação, vale lembrar, não cai tão depressa: pode chegar a 5,6% em 2023, caindo para 3,5% em 2024, sugere o especialista.

Esse regime fiscal, avalia, não deve ser rápido. “Dado o que vai passar na PEC de Transição, permanece a dúvida sobre solvência fiscal por um bom tempo, até que se coloque um regime fiscal com credibilidade no próximo ano”, explica Fongaro. Ao longo dos próximos 6 meses, a probabilidade pode ser melhor avaliada, com a PEC da Transição votada e as próximas medidas da gestão Lula. 

Onde investir?

Diante do cenário positivo, Felipe Dexheimer, da área de Investimentos da Julius Baer Family Office, aposta em investimentos de ativos de risco em geral, diante da queda do mercado interno, mas com ações reverberando de forma positiva no mercado fora do Brasil. Assim, ele recomenda ativos de renda variável e renda fixa, como Tesouro Direto e prefixados, para quem quer investir em 2023. 

Cenário 3 

Controle fiscal e programa social

Segundo Moacir Milhomem, sócio da +MAIS e Agente Autônomo de Investimentos  vinculado ao BTG Pactual, o regime fiscal que começou a ser alterado ainda em 2021 com a PEC dos Precatórios e a troca do cálculo do reajuste do Teto dos Gastos, voltou a ser desafiado este ano com a expansão fiscal e alteração do Auxílio Brasil mesmo após a reabertura econômica. 

Em contrapartida, a eleição trouxe a necessidade de perpetuar o novo programa social no patamar atual, criando um problema a ser resolvido que se resume em equilibrar o novo orçamento atual com a regra fiscal. 

Nesse ambiente, um dos principais desafios para o governo que irá impactar no cenário econômico desdobra-se em três pontos:

  1. Responsabilidade fiscal
  2. Aumento de gastos
  3. Manutenção da carga tributária.

Estes pontos ligam um sinal amarelo para lapidar a discussão em cima do teto de gastos, o que irá contribuir para a incerteza e o prêmio de risco elevado por mais tempo no ano de 2023.

O que investir?

“Diante do cenário de incerteza, é importante ter cautela nos investimentos. Em cenários como este, a nossa bússola aponta em busca da preservação do patrimônio assim como a melhor relação de risco x retorno, afinal, oportunidades irão surgir seja na renda fixa, na renda variável ou em ativos alternativos e ter liquidez pode fazer a diferença”, recomenda Milhomem. 

E prossegue: “Quando se trata de recursos que o investidor poderá utilizar no curto prazo, para aproveitar a taxa de juros no patamar atual (13,75%), a subclasse renda fixa pode ser a melhor opção.”

Para os investidores conservadores, aplicações em ativos de renda fixa pós-fixados como CDBs, LCAs, LCIs, Tesouro SELIC e Fundos de Renda fixa DI são interessantes, visto que a discussão de retomada de ciclo de alta na taxa juros continua e neste caso em um cenário altista seria a opção mais segura.

 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Telecom Italia sonda investidores sobre ativos, TIM tem interessados, dizem fontes


Telecom Italia sonda investidores sobre ativos, TIM tem interessados, dizem fontes

Telecom Italia

 

Por Elvira Pollina e Giuseppe Fonte

 

MILÃO (Reuters) – A Telecom Italia está explorando o interesse dos investidores em comprar seus ativos e recebeu manifestações também para a subsidiária brasileira TIM, disseram fontes familiarizadas com o assunto nesta sexta-feira.

De acordo com as fontes, pelo menos dois interessados manifestaram interesse na subsidiária brasileira da Telecom Italia, a TIM.

No entanto, na visão do presidente-executivo da Telecom Italia, Pietro Labriola, a venda da unidade responsável por cerca de 30% do Ebitda do grupo pode ser perigosa para a classificação de crédito da Telecom Italia, a menos que possua um prêmio de avaliação, de acordo com as fontes.

O governo da Itália disse no mês passado que buscaria identificar “as melhores opções favoráveis ao mercado” até o final do ano para a Telecom Italia, suspendendo uma oferta planejada para a rede do grupo pelo banco estatal CDP.

O plano de vários bilhões de euros, parte de um projeto mais amplo para criar uma empresa de infraestrutura de comunicações italiana unificada, foi um ponto focal da estratégia de Labriola ao prever a divisão da Telecom Italia em várias unidades para reduzir a dívida de 25 bilhões de euros do grupo.

Labriola tem conversado em particular com o fundo norte-americano KKR recentemente, disseram três fontes com conhecimento do assunto à Reuters.

A KKR, que já possui participação na rede da Telecom Italia e tentou comprar toda a empresa em uma proposta que foi rejeitada este ano, recenemtente renovou o interesse em ampliar sua participação na rede fixa da companhia, disseram as fontes.

A Telecom Italia também teve contatos com outros potenciais investidores interessados em comprar suas operações de serviços na Itália, incluindo o grupo francês de telecomunicações Iliad e a Poste Italiane, disseram as fontes.

Qualquer negócio envolvendo investidores estrangeiros e ativos da Telecom Italia estará sujeito ao aval do governo italiano, que tem o poder de bloquear uma transação.

Telecom Italia, KKR, Poste e Iliad se recusaram a comentar.



Regulação tem de crescer com os bancos digitais, diz o CEO do Itaú


Crédito: Itaú/Divulgação

"Vários neobancos não são mais pequenos, eles são grandinhos e começam a trazer risco sistêmico", disse Maluhy (Crédito: Itaú/Divulgação)

 

 

O presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, disse nesta quinta, 8, que, com o crescimento nos últimos anos, os neobancos e as fintechs precisam ter regulação de capital proporcional a seu tamanho. Segundo ele, as mudanças feitas pelo Banco Central (BC) vão na direção certa.

“Vários neobancos não são mais pequenos, eles são grandinhos e começam a trazer risco sistêmico”, disse ele em painel do Macrovision, promovido pelo Itaú BBA em São Paulo ontem. Segundo Maluhy, sob as normas antigas os neobancos precisavam de um terço do capital dos bancos tradicionais para conceder o mesmo montante de crédito.

O executivo avaliou que o arcabouço estabelecido pelo BC na última década, que facilitou a entrada de novos participantes no segmento, foi correto para estimular a competição. Ele disse ainda que o Itaú, o maior banco privado do País, tem o tamanho que tem por ter tido forte concorrência.

Maluhy disse também que o encarecimento do capital no mundo diante da alta dos juros tem feito com que neobancos mudem os modelos de negócio. “Vários pagavam 100% do CDI e, agora, só pagam se o recurso não girar em 30 dias”, disse.

Maluhy disse que vários neobancos sobreviverão no longo prazo e que estão fazendo um excelente trabalho. Entretanto, terão de lidar com a menor satisfação dos clientes ante a complexidade de gerir o negócio e o aumento de taxas e tarifas.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real

 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Juiz nega pedido de bancos para postergar fim da recuperação judicial da Oi

Oi Logo – PNG e Vetor – Download de Logo

O juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da Oi, Fernando Viana, indeferiu os pleitos de Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Itaú Unibanco contra a operadora. Os bancos pediam a prorrogação do processo de recuperação da companhia e o bloqueio do dinheiro proveniente da venda de ativos para garantir o pagamento de dívidas, que totalizam R$ 6,9 bilhões, conforme mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em novembro.

Os bancos contestavam a falta de visibilidade sobre o valor apurado pela Oi com o conjunto de vendas de ativos, entre elas a sua rede móvel e o braço de fibra ótica.

O plano de recuperação da tele prevê o pagamento antecipado das dívidas aos bancos, até o fim do ano, caso o volume de dinheiro em caixa oriundo das vendas superasse a patamar de R$ 6,5 bilhões – o que não aconteceu, segundo a companhia. Esse mecanismo é conhecido como cash sweep e consta na cláusula 5.4 do plano de recuperação.

Segundo o juízo, as vendas de ativos da Oi estão sendo realizadas em conformidade com os ditames do plano e não há qualquer previsão de obrigação de reserva pleiteada pelos credores.

Outro ponto levantado pelos bancos dizia respeito à existência de um possível esvaziamento patrimonial por parte da Oi após as vendas de ativos, mas essa tese também foi refutada.

“A alegação é infundada, visto que as vendas de ativos realizadas pelas recuperandas têm previsão constituída no plano e no aditivo homologados e vêm sendo realizadas como solução de mercado e parte estratégica do seu plano de reestruturação”, afirmou Viana. “Ante o exposto, nada a prover, nestes autos de recuperação judicial, em relação ao pleito dos credores financeiros”, descreveu o juiz, em despacho com data de 7 de dezembro.

O juiz também acompanhou as posições já juntados nos autos pelo Ministério Público e pelo administrador judicial do processo (o escritório Wald Advogados) de que não cabe às autoridades discutir a viabilidade econômica da Oi, nem a sua capacidade para honrar obrigações futuras.

“Não compete a este juízo perquirir sobre a viabilidade econômica das recuperandas e sua capacidade financeira para honrar obrigações futuras, visto que tais condições estão intrinsecamente ligadas à soberana vontade da assembleia de credores, que aprovou deliberadamente o plano de recuperação e o seu aditivo”, descreveu ele.


Gerdau espera demanda forte por aço nos EUA em 2023 e estabilidade no Brasil


Gerdau espera demanda forte por aço nos EUA em 2023 e estabilidade no Brasil

Logotipo da Gerdau

SÃO PAULO (Reuters) – A Gerdau espera demanda por aço nos Estados Unidos ainda em patamares elevados em 2023, apesar dos receios dos mercados financeiros sobre a possibilidade de uma recessão naquele país em razão da alta de juros, disseram executivos da companhia nesta quinta-feira.

“Alguns fundamentos da economia norte-americana continuam muito fortes”, disse o presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, durante conferência com analistas e investidores. Ele se referiu, por exemplo, ao mercado de trabalho, que segue aquecido, com a empresa tendo dificuldades para conseguir preencher vagas em aberto.

O presidente da unidade norte-americana da Gerdau, Chia Yuan Wang, afirmou que a desaceleração da atividade nos EUA esperada com o aumento dos juros pelo Federal Reserve pode ser “atenuada” pelos pacotes de investimentos anunciados pelo governo de Joe Biden. Entre eles, o plano de infraestrutura de 1,2 trilhão de dólares e o fenômeno do “reshoring”, marcado pela volta ao país da produção de setores que antes era feita na Ásia,

“Mesma que haja um ‘slowdown’ (desaceleração), teremos uma média maior de utilização de nossos equipamentos em relação ao nosso histórico”, disse Wang. “Já começamos a observar entrada de pedidos que estão trazendo capacidade da Ásia para a América do Norte”, afirmou Werneck, citando como exemplo pneus e semicondutores.

No Brasil, o presidente da Gerdau afirmou que a companhia espera uma demanda por aço com “ligeiro crescimento” em 2023. O presidente da unidade brasileira, Fernando Pessanha, afirmou que há incertezas para o próximo ano que dependem dos planos do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Pessanha, 40% das entregas de aço da Gerdau são voltadas ao setor de construção civil. Ele afirmou que a companhia está com “carteira de pedidos cheia”. Os potenciais alavancadores de demanda no país no próximo ano, segundo ele, serão eventuais planos para infraestrutura e programas como o Minha Casa Minha Vida, que já passaram por diversas alterações ao longo do governo de Jair Bolsonaro mas que seguem produzindo poucos efeitos para o setor de construção civil.

Também para o ano que vem, a Gerdau está avaliando planos para uma reforma de equipamentos de sua usina integrada em Ouro Branco (MG), algo que Werneck afirmou que deve levar 10 anos de investimentos. Segundo ele, até fevereiro a Gerdau deverá ter definido o plano de reforma do alto forno 1 da usina.

(Por Alberto Alerigi Jr.)


Mastercard avalia que WhatsApp será competitivo com Pix em pagamentos no Brasil


Mastercard avalia que WhatsApp será competitivo com Pix em pagamentos no Brasil

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SÃO PAULO (Reuters) – O presidente da Mastercard no Brasil, Marcelo Tangioni, mostrou nesta quinta-feira confiança de que os pagamentos via WhatsApp serão competitivos com o Pix em operações comerciais.

“Acredito que será uma solução mais completa para compras em lojas”, disse Tangioni a jornalistas em durante evento anual de fim de ano da empresa de pagamentos, citando ferramentas como parcelamento de compras, programas de recompensa a clientes, reversão de transações e maior proteção contra fraudes.

As declarações acontecem três dias após a Mastercard ter recebido do Banco Central (BC) aval preliminar para operar pagamentos via WhatsApp. Semanas antes, o BC deu à rival Visa a mesma licença. Mas a operação efetiva de pagamentos por este canal só deve acontecer ao longo de 2023.

A iniciativa mostra como empresas de pagamentos estão se apressando para criar opções ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos lançado em 2020 e que rapidamente se tornou um dos principais canais de transações financeiras no país, superando um trilhão de reais em setembro, segundo dados do BC, tomando espaço de cartões e de operações como DOC e TED.

Inicialmente gratuito e permitido apenas para transações entre pessoas, o Pix tem um cronograma em desenvolvimento que gradativamente vai agregando pagamentos comerciais, porém com uma estrutura de custos distinta.

Para Tangioni, que assumiu o comando da Mastercard no país em setembro passado, é nessa transição que a companhia enxerga maiores possibilidades de ofertar seus serviços, como de prevenção a fraudes, a exemplo do que faz em mercados como Reino Unido e em países nórdicos, onde opera o pagamento instantâneo.

Empresas de pagamentos como a Mastercard, e o WhatsApp, serviços de mensagens da Meta, tentaram lançar o serviço de pagamentos no Brasil há pouco mais de dois anos, mas a tentativa foi então barrada pelo BC, que priorizou seu sistema próprio, o Pix, que estreou em novembro de 2020.

“Perdemos o timing quando o BC implementou o Pix primeiro”, disse Tangioni.

Com a evolução da agenda regulatória, a Mastercard agora vê oportunidades de vender mais produtos para bancos, lojistas e outras entidades envolvidas na indústria de pagamentos e diversificar suas fontes de receita no Brasil, segundo maior mercado mundial da empresa, por meio da parceria com o WhatsApp.

Segundo dados da indústria de cartões Abecs, os pagamentos eletrônicos devem movimentar cerca de 3 trilhões de reais no Brasil em 2022, crescendo mais de 20% sobre o ano passado.

 

(Por Aluísio Alves)


Governo Biden diz à Suprema Corte que lei que protege empresas de mídia social tem limites


Governo Biden diz à Suprema Corte que lei que protege empresas de mídia social tem limites

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Por Dan Whitcomb

 

(Reuters) – O governo Biden argumentou na Suprema Corte dos Estados Unidos na quarta-feira que gigantes da mídia social como o Google poderiam, em alguns casos, ter responsabilidade pelo conteúdo do usuário, adotando uma postura que pode enfraquecer uma lei federal que isenta as empresas de responsabilidade.

Os advogados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) apresentaram seus argumentos no processo movido pela família de Nohemi Gonzalez, uma cidadã norte-americana de 23 anos morta em 2015 quando terroristas abriram fogo contra o bistrô de Paris onde ela estava comendo.

A família argumentou que o Google era parcialmente responsável pela morte de Gonzalez porque o YouTube, de propriedade da gigante da tecnologia, basicamente recomendou vídeos do grupo Estado Islâmico a alguns usuários por meio de seus algoritmos. Google e YouTube fazem parte da Alphabet.

O caso chegou à Suprema Corte depois que a Corte de Apelações do 5º Circuito dos Estados Unidos, baseada em San Francisco, ficou do lado do Google, dizendo que eles estavam protegidos de tais reivindicações por causa da Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações de 1996.

A Seção 230 sustenta que as empresas de mídia social não podem ser tratadas como criadoras ou porta-vozes de qualquer informação fornecida por outros usuários.

A lei foi duramente criticada em todo o espectro político. Os democratas afirmam que isso dá às empresas de mídia social um passe para espalhar discurso de ódio e desinformação, enquanto os republicanos dizem que permite a censura de vozes de direita e outras opiniões politicamente impopulares, apontando para decisões do Facebook e do Twitter de proibir a divulgação de um artigo do New York Post sobre o filho do então candidato democrata Joe Biden, Hunter, em outubro de 2020.

A administração Biden, em seu processo perante a Suprema Corte, não argumentou que o Google deveria ser responsabilizado no caso Gonzalez e expressou forte apoio à maioria das proteções da Seção 230 para empresas de mídia social.

Mas os advogados do DOJ disseram que os algoritmos usados pelo YouTube e outros provedores deveriam estar sujeitos a um tipo diferente de escrutínio. Eles pediram que a Suprema Corte devolvesse o caso ao 9º Circuito para revisão posterior.

Os advogados do Google não foram encontrados para comentar o assunto na noite de quarta-feira.

 

Na contramão da equidade de gênero, Barclays promove principalmente homens

Barclays Logo: valor, história, PNG

Por Stefania Spezzati e Lawrence White e Iain Withers

 

LONDRES (Reuters) – O Barclays promoveu 85 pessoas ao cargo de diretor-gerente (MD na sigla em inglês) em seu banco de investimentos, informou nesta quinta-feira, com a grande maioria dos cobiçados títulos este ano sendo conquistada por homens.

Os bancos estão sob pressão devido a um histórico ruim em igualdade de gênero, especialmente em seus altos cargos, e o setor financeiro do Reino Unido tem uma das maiores disparidades salariais entre homens e mulheres.

Com base em contas de mídia social profissional analisadas pela Reuters, cerca de 85% dos funcionários promovidos na unidade de banco de investimento do Barclays na lista deste ano são do sexo masculino.

“Estamos comprometidos com um plano de longo prazo que inclui o desenvolvimento de um forte pipeline para MD mulheres por meio de programas de desenvolvimento acelerado e garantindo que haja responsabilidade do líder sênior por fazer progressos significativos contra nossas ambições de gênero”, disse um porta-voz do banco.

O Barclays não deu guidance sobre quantos dos promovidos eram mulheres, o que tem sido uma fonte de críticas nos últimos anos. Também não detalhou em que parte do banco de investimentos os promovidos trabalhavam, como em anos anteriores.

Com as mulheres representando apenas 15% das promoções, os números mostram que o Barclays está dando um passo para trás nisso.

Em 2018, quando o Barclays iniciou a divisão de gênero de suas promoções, 27% eram mulheres, contra 23% no ano anterior.

Enquanto isso, o Barclays Bank, que abriga o banco de investimentos, teve uma diferença salarial média de 43% em favor dos homens em 2021, afirma o relatório de disparidade salarial do banco.

O Barclays disse que pretende que 33% dos diretores administrativos e diretores sejam mulheres até 2025. O número ficou em 28% globalmente no final do ano passado, de acordo com o relatório de diversidade e inclusão de 2021 do banco.

As promoções acontecem um dia depois que o Barclays anunciou uma reorganização da alta administração, promovendo o chefe de seu negócio de banco de varejo, Alistair Currie, a diretor de operações.


 

Embraer vende 63 aeronaves Ipanema 203 no acumulado do ano

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SÃO PAULO (Reuters) – A Embraer vendeu 63 aeronaves Ipanema 203 até agora este ano ante o recorde de 62 no mesmo período de 2021, disse a fabricante de aviões brasileira em comunicado nesta quarta-feira.O Ipanema 203 é uma aeronave agrícola utilizada para pulverização de plantações.

(Por Gabriel Araujo)

 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Engie avaliará grande lote de transmissão em 2023, busca negócios em renováveis

Logo ENGIE Brasil – Logos PNG


Por Letícia Fucuchima

 

SÃO PAULO (Reuters) – Buscando crescer nos setores de geração e transmissão de energia, a Engie Brasil pretende estudar grandes linhas de transmissão que devem ir a leilão em 2023 –inclusive um projeto de 18 bilhões de reais em investimentos–, ao mesmo tempo em que busca novos negócios em energias renováveis, tanto via aquisições quanto empreendimentos próprios.

Em reunião com investidores nesta quarta-feira, executivos da Engie destacaram que, mesmo atenta a oportunidades de crescimento, a empresa também monitora riscos ligados a fornecedores, principalmente no mercado eólico, já que alguns fabricantes de aerogeradores vêm enfrentando dificuldades na entrega de equipamentos.

Em transmissão de energia, a Engie planeja estudar os lotes que irão a leilão em 2023, até mesmo um empreendimento que exigirá 18 bilhões de reais em investimentos, indicou Guilherme Ferrari, diretor de Novos Negócios.

“Acho que nenhum player consegue encampar sozinho esse tipo de investimento… Você vai ter que montar tanto parcerias técnicas, quanto de capacidade de investimento. A ideia inicial é olhar esse lote… Certamente vai ser um lote de atenção não só da Engie, como de outros players do setor”.Os leilões de transmissão do ano que vem devem oferecer ao mercado grandes projetos, principalmente para escoamento da energia gerada no Nordeste para os centros de carga do Sudeste. A expectativa é de que, combinados, os lotes somem mais de 50 bilhões de reais em investimentos.

Apesar das perspectivas positivas para o setor de transmissão nos próximos anos, os executivos da Engie Brasil disseram ver com preocupação o elevado volume de projetos que devem ser leiloados de uma vez, já que essa concentração tende a aumentar riscos associados à implantação, como a qualidade da mão de obra e a entrega de equipamentos.

Já no setor de geração, a Engie Brasil continua monitorando oportunidades em energias renováveis, como potenciais aquisições e o desenvolvimento de novos projetos “greenfield” (do zero).

Ferrari disse que, apesar do cenário de sobreoferta do mercado de energia no médio prazo, a companhia detém uma carteira de projetos “robusta” para desenvolvimento.

 

DIVIDENDOS


Mesmo com o maior nível de investimentos previsto para os próximos anos, a companhia pretende manter a distribuição de dividendos em 100% do “payout”, disse o CEO, Eduardo Sattamini.

“Cabe dentro do nosso balanço, estamos com 2 vezes dívida líquida sobre Ebitda, bastante confortável”, afirmou o executivo, acrescentando pode haver uma redução temporária nos dividendos em momentos de maior execução de Capex, mas nada permanente.

 

ABERTURA DE MERCADO

 

A Engie Brasil também se vê preparada para capturar novos clientes que devem migrar para o mercado livre de energia a partir de 2024, após ter lançado uma plataforma digital e produtos específicos para atender consumidores de pequeno porte, conhecidos como “varejistas” no setor elétrico.

Diretores afirmaram que têm trabalhado para valorar adequadamente os preços de venda de energia no “varejo elétrico”, já que esse segmento opera sob uma lógica diferente dos grandes clientes que as elétricas estão acostumadas a atender.

Gabriel Mann, diretor de Comercialização, disse que o lançamento de uma plataforma digital para facilitar a migração dos pequenos clientes ao mercado livre foi crucial, uma vez que ela reduziu os custos de transação envolvendo esses clientes.

Ele destacou ainda que a companhia tem um programa de parceiros que ajuda na captura desses pequenos clientes, que estão espalhados por todo o país. “Isso me ajuda a manter adequado custo de transação e me dá a capilaridade no Brasil inteiro”, explicou.

Os esforços realizados para acessar o mercado de varejo elétrico elevam os custos da companhia, o que acaba sendo embutido nos preços de venda, a fim de garantir uma margem adequada nessas operações, acrescentou Mann.

Em relação a riscos de inadimplência, Sattamini disse que o índice tem sido “muito baixo, quase zero”. Segundo ele, em alguns casos ocorre atraso no pagamento das contas, mas os consumidores acabam quitando as pendências antes de cair em inadimplência.

 

NOVOS INVESTIMENTOS DA TAG

 

Durante a reunião da Engie Brasil, a transportadora de gás TAG anunciou que pretende investir 3,3 bilhões de reais entre 2023 e 2027, sendo metade desse valor para projetos de expansão do mercado, como novos gasodutos.

(Por Letícia Fucuchima)

 

Equinor confirma usina solar Mendubim de 531 MW e aportes de US$430 mi com parceiros


Equinor confirma usina solar Mendubim de 531 MW e aportes de US$430 mi com parceiros

Usina solar em Manaus, no Brasil

 

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Equinor anunciou a decisão final de investimento no projeto de energia solar Mendubim, de 531 megawatts (MW), juntamente com parceiros, com investimentos totais de 430 milhões de dólares, no que será o segundo projeto de larga escala desse tipo da companhia no Brasil.

Localizado no Rio Grande do Norte, o projeto Mendubim é uma joint venture entre Scatec, Hydro Rein e Equinor.

Os três parceiros têm participações econômicas iguais de 33,3% no projeto e irão, em conjunto, realizar os serviços de Engenharia, Gestão de compras e Construção (EPC – engineering, procurement and construction), explicou a companhia.

Os serviços de operação e manutenção, além do gerenciamento do ativo, serão fornecidos em conjunto por Equinor e Scatec.

“O projeto sustenta a ambição da companhia de acelerar o crescimento em renováveis e se desenvolver como produtor de energia com foco em áreas selecionadas”, disse a Equinor em nota.

 

A Equinor destacou que iniciou as atividades em renováveis no Brasil com a planta solar de 162 MW de Apodi, em operação desde 2018, em parceria com a Scatec.

“Com o projeto Mendubim, expandimos consideravelmente nossos investimentos em renováveis no Brasil e damos um importante passo para seguir construindo um portfólio significativo de energia solar no país”, disse em nota Olav Kolbeinstveit, vice-presidente sênior de energia e mercados em renováveis da Equinor.

O investimento de 430 milhões de dólares contará com uma combinação de financiamento de longo prazo e contribuição de capital dos parceiros.

Segundo a Equinor, Mendubim entregará retornos reais, ao nível de projeto, dentro da faixa estimada pela Equinor para projetos renováveis globalmente, de 4-8%.

Cerca de 60% da energia produzida será comercializada por meio de um contrato de compra e venda de energia, em dólar, de duração de 20 anos com a Alunorte, empresa líder mundial no fornecimento de alumina para a indústria de alumínio.

Os 40% restantes da produção serão comercializados no mercado de energia brasileiro.

Os serviços de comercialização de energia devem ser realizados pela Hydro Energia e pela Danske Commodities, empresa de comercialização de energia da Equinor. A Danske Commodities estabeleceu recentemente um escritório em São Paulo para dar suporte às atividades da Equinor no país.

(Por Marta Nogueira)

 

Transição de governo diz ser fundamental reformar TLP para viabilizar financiamentos


Transição de governo diz ser fundamental reformar TLP para viabilizar financiamentos

Ex-ministro Mauro Borges


BRASÍLIA (Reuters) – Uma reforma da Taxa de Longo Prazo (TLP) é fundamental para viabilizar os investimentos no país, disse o ex-ministro Mauro Borges, membro do grupo técnico de Indústria e Comércio da transição de governo.Borges disse que a TLP é ineficiente, alta e pouco flexível, ressaltando que sugestões de mudanças na regra serão feitas ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo ele, uma das ideias é criar um “cardápio de TLPs”, com a taxa podendo variar a depender do prazo do investimento. Em outra hipótese, poderia ser aplicado um redutor da TLP para áreas específicas, como projetos de investimentos relacionados a clima e transição energética.

(Por Bernardo Caram; Edição de Alexandre Caverni)

 

Grupo J.Safra compra Saurus para complementar Safrapay


Crédito:  Reprodução/ Site Safrapay

Safrapay espera agregar valor aos produtos e serviços, tornando os atuais clientes mais fiéis e também buscar novos clientes (Crédito: Reprodução/ Site Safrapay)

 

 

O Grupo J.Safra comprou a Saurus, empresa de automação comercial e gestão, e vai utilizá-la para complementar a oferta da Safrapay, empresa de adquirência. A Saurus foi criada há mais de dez anos, tem mais de 10 mil clientes ativos e uma rede de mais de 300 software houses parceiras. O valor da operação não foi revelado.

A Saurus oferece soluções prontas para pequenos e grandes clientes. Com ela, a Safrapay espera agregar valor aos produtos e serviços, tornando os atuais clientes mais fiéis e também buscar novos clientes. A expectativa é de uma atuação que conjugue os mundos físico e digital.

“Estamos muito otimistas com a chegada da Saurus. A aquisição demonstra mais um movimento na direção de consolidar a Safrapay não só como uma empresa de adquirência, mas como uma empresa de tecnologia com a oferta de um ecossistema completo, multicanal com soluções para o varejo”, afirma em nota Pedro Coutinho, executivo à frente da Safrapay.

De acordo com ele, a compra da empresa aproxima os serviços financeiros das operações do varejo, algo que as companhias de adquirência têm buscado fazer diante da maior concorrência na captura de transações. Segundo ele, um dos objetivos é permitir aos clientes uma gestão simplificada dos negócios.

“Com essa aquisição a Safrapay passa a entregar ainda mais serviços de valor agregado, o que proporcionará aos seus clientes o acesso a diversas soluções através de um fornecedor único, consolidando ainda mais nosso”, acrescenta Coutinho.

A Safrapay espera também impulsionar as software houses ligadas à Saurus, aproximando-as das empresas e do mercado.

O J.Safra Investment Banking foi o assessor financeiro do Grupo J.Safra na transação.

 

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Regra fiscal tem que ser compatível com crescimento e emprego, diz Nelson Barbosa


Regra fiscal tem que ser compatível com crescimento e emprego, diz Nelson Barbosa

Ex-ministro Nelson Barbosa


Por Bernardo Caram

 

 

BRASÍLIA (Reuters) – O plano fiscal para o país tem que ser compatível com a geração de empregos e o crescimento econômico, disse nesta terça-feira o ex-ministro Nelson Barbosa, membro da coordenação de Economia da transição de governo, argumentando que o arcabouço precisa passar pela avaliação do mercado, mas também pela aprovação da população.

“Para que essa estratégia de reequilíbrio orçamentário seja eficaz, tem que ser compatível com geração de emprego, com crescimento. Só equilíbrio fiscal com uma economia estagnada e alto desemprego não atende às demandas da população”, disse. “Balancear essas duas facetas é a parte mais difícil, mas não é uma coisa nova.”

Em evento dos jornais O Globo e Valor Econômico, Barbosa afirmou existir um consenso de que estabilidade fiscal significa ter uma dívida pública estável em proporção do PIB.

O ex-ministro argumentou que experiências internacionais que dão certo mostram que o foco principal deve ser o gasto público, que é o caminho para levar a uma sustentabilidade do endividamento.

Barbosa ainda fez uma associação da questão fiscal com o regime de metas de inflação do Banco Central.

“O que acontece no sistema de metas de inflação quando eventualmente a meta não é cumprida? O Banco Central explica por que isso aconteceu e quais as ações adotadas para trazer a inflação de volta à meta, sem criminalização da política monetária, sem crise institucional”, afirmou.

“Esse princípio que nós brasileiros já aplicamos bem na política monetária deve ser o princípio norteador dessa nova regra fiscal. Uma regra que dê flexibilidade para você administrar choques de curto prazo, mantendo previsibilidade de onde você quer chegar, quais são as ações e em que prazo você vai trazer a situação de volta ao controle.”

Ele também defendeu que as regras fiscais não sejam constitucionalizadas, se posicionando a favor de que as ações do Tesouro sejam guiadas por uma lei complementar –instrumento hierarquicamente abaixo da Constituição. Essa previsão foi incluída no parecer da PEC de Transição apresentado nesta terça-feira.

Para Barbosa, na situação orçamentária que o país está, será necessária uma flexibilização fiscal de curto prazo, além de um programa fiscal de médio e longo prazos que, segundo ele, será objeto de sugestões da equipe de transição na segunda-feira.

 

POSTO IPIRANGA

 

O ex-ministro afirmou ainda que o PT não tem um “posto Ipiranga”, ressaltando que o partido “discute tudo” e não tem uma referência individual para suas políticas.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo cobrado a apresentar o nome que comandará seu Ministério da Economia, mas já afirmou que fará as indicações apenas após sua diplomação na próxima semana.

O apelido de posto Ipiranga foi dado a Paulo Guedes ao assumir o Ministério da Economia de Jair Bolsonaro em 2019, por ter uma suposta autonomia para conduzir todas as áreas da política econômica do governo.

 

Adama adquire empresa neozelandesa AgriNova Estadão Conteúdo 06/12/22 - 15h07 AddThis Sharing Buttons Share to Facebook Share to WhatsAppShare to TwitterShare

A evolução do nosso logo: A união que nos faz maiores ...

A empresa de agroquímicos Adama, controlada pela holding Syngenta Group, adquiriu a neozelandesa AgriNova, também conhecida como Grochem, informaram as companhias em comunicado à imprensa. Segundo a nota, a Grochem é responsável pelo desenvolvimento e fabricação de produtos voltados para a proteção de culturas, reguladores de crescimento vegetal, biosoluções e nutrientes vegetais principalmente no segmento de horticultura.

“Esta aquisição permitirá que a Adama aumente seu portfólio de produtos no mercado da Nova Zelândia e abra caminho para sua expansão nos segmentos complementares de produtos biológicos, nutrição vegetal e reguladores de crescimento vegetal”, disse a empresa em nota.

 

Com parceria com GPA, Dia e Oba, Shopee avança em venda em supermercados

Logo Shopee – Logos PNG

Com novas parcerias, a Shopee passa a oferecer nesta semana produtos de supermercados com ofertas e cupons de descontos voltados para essa categoria de produtos. Dentre as grandes marcas que agora vendem pela plataforma estão Pão de Açúcar, Dia Supermercado e Oba Hortifrúti.

A cada dia da semana, uma categoria diferente estará em destaque: itens de lavanderia às segundas; mercearia às quartas e produtos para happy hour às sextas.

Outras lojas da Shopee Oficial que fazem parte da seção são: Ambev, Heineken, Nestlé, Cacau Show, Unilever.

A seção de Mercado da Shopee permitirá que os consumidores combinem diferentes cupons (de descontos do marketplace e de loja, além de frete grátis) para ampliar a economia nas compras. A iniciativa acontece quando a concorrência tem buscado modelos de rentabilidade mais racional no e-commerce, elevando a taxa cobrada dos lojistas e sendo mais criteriosas na concessão de cupons.

A Shopee tem buscado nacionalizar seus vendedores e ganhar capilaridade logística no País. Após ter reduzido sua operação em outros países da América Latina, a empresa parece ainda mais focada na operação brasileira, o que é sempre citado como risco para as varejistas brasileiras de comércio eletrônico

 

Nubank anuncia capitalização de US$330 milhões no México


Nubank anuncia capitalização de US$330 milhões no México

Logotipo do Nubank

Por Cassandra Garrison

 

SÃO PAULO (Reuters) – O Nubank, maior banco digital da América Latina, anunciou nesta terça-feira uma capitalização de 330 milhões de dólares no México para expandir as operações no país.

O investimento se soma ao 1 bilhão de dólares que a empresa já investiu no México este ano, informou o Nubank em comunicado.

O Nubank também disse que o regulador bancário mexicano CNBV aprovou a expansão de seu portfólio de produtos, permitindo que a empresa inicie o lançamento de conta de poupança digital e cartão de débito anunciados em novembro.

Ivan Canales, gerente geral do Nu México, o braço mexicano do banco digital, disse no comunicado que o investimento e a aprovação regulatória representam uma oportunidade de crescimento para a Nu, levando a novos produtos como empréstimos pessoais.

 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Goldman Sachs eleva recomendação de Multiplan para “compra”; ação sobe


Goldman Sachs eleva recomendação de Multiplan para “compra”; ação sobe

Logotipo da empresa Multiplan é exibido em uma tela no pregão da B3 Bolsa de Valores do Brasil em São Paulo

(Reuters) – As ações da Multiplan avançavam cerca de 2% nesta sexta-feira, entre os melhores desempenhos do Ibovespa, favorecidas por relatório de analistas do Goldman Sachs elevando a recomendação dos papéis a “compra”, mas mantendo o preço-alvo de 28 reais.

Às 10:48, os papéis subiam 2%, a 22,46 reais, enquanto o Ibovespa caía 0,62%. No setor, as units de Iguatemi valorizavam-se 2,38% e brMalls avançava 0,59%.

Na visão dos analistas do banco norte-americano, o portfólio da Multiplan continua a impulsionar uma expansão real nos aluguéis, fundamental para elevar os múltiplos. Eles também escreveram que o preço atual da ação da companhia representa uma oportunidade atraente para investidores.

(Por Paula Arend Laier)


 

Colapso de empresas de criptomoedas gera bonança para advogados de recuperação e falências


Colapso de empresas de criptomoedas gera bonança para advogados de recuperação e falências

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(Reuters) – A turbulência no setor de criptomoedas abalou as principais bolsas e derrubou o valor dos ativos digitais, mas pelo menos um grupo tem ganhado com a situação: os advogados de recuperação judicial e falências.

Os pedidos de proteção contra falência envolvendo a plataforma FTX, o fundo Three Arrows Capital, e os bancos de criptomoedas BlockFi, Celsius Network e Voyager Digital estão gerando novas oportunidades – e altos honorários – para escritórios de advocacia que assessoram empresas com problemas.

Grandes escritórios de advocacia podem arrecadar mais de 100 milhões de dólares em honorários durante um processo de proteção contra falência de longa duração, disseram especialistas.

O bitcoin caiu 65% até agora em 2022, arrastando para baixo outros criptoativos e deixando os investidores cambaleando. A espetacular implosão da FTX no mês passado enviou novas ondas de choque ao setor.

O escritório norte-americano de advocacia Kirkland & Ellis está representando a BlockFi em seu processo judicial de proteção contra falência aberto na segunda-feira e também é a principal firma por trás da Celsius Network e da Voyager Digital, que entraram com pedidos semelhantes no início deste ano.

A Kirkland possui algumas das taxas de cobrança mais altas do setor, de até 1.995 dólares por hora pelo trabalho de seus sócios nos casos Celsius e Voyager, de acordo com documentos judiciais. A empresa, que não respondeu a um pedido de comentário, faturou, em média, cerca de 3,3 milhões de dólares por mês em cada um desses casos até agora.

Os honorários dos escritórios de advocacia normalmente não são públicos, mas em casos de insolvência, os advogados da empresa devedora devem detalhar suas cobranças e solicitar a aprovação de um juiz para os valores.

Os advogados são pagos com os bens da massa falida, e especialistas dizem que os juízes raramente exigem reduções significativas nos honorários.

Entre seus maiores casos recentes, a Kirkland ganhou 83 milhões de dólares em honorários e reembolsos por seu trabalho no longo processo do provedor de serviços de satélite Intelsat, com mais de 87 mil horas, segundo os documentos judiciais.

Joshua Sussberg, sócio da Kirkland, é o advogado principal em todos os três processos relacionados a criptoativos da firma. Ele esteve envolvido em muitas insolvências corporativas importantes nos últimos anos, incluindo a da cadeia de cinemas Cineworld Group.

PERGUNTAS COMPLEXAS

A Sullivan & Cromwell atende a FTX no processo de proteção contra falência. A firma ainda não revelou seus honorários, mas em um caso de 2021 envolvendo a Kumtor Gold Company, os sócios faturaram até 1.825 dólares por hora.

A Sullivan & Cromwell também representa a trading Alameda Research, fundada pelo fundador da FTX, Sam Bankman-Fried. O escritório de advocacia não respondeu a um pedido de comentário.

À medida que os colapsos de criptomoedas aumentam, o escritório de advocacia com a maior taxa máxima de honorários divulgada até agora é o Latham & Watkins, que está assessorando a Celsius em questões regulatórias e é consultora da Three Arrows Capital. O máximo cobrado é de 2.075 dólares por hora, de acordo com os documentos judiciais. A firma também não respondeu a um pedido de comentário.

Os casos envolvendo empresas de criptomoedas são particularmente significativos para os escritórios de advocacia que atuam com falências, já que os pedidos de proteção judicial desencadeados pela pandemia da Covid-19 e os problemas de grandes varejistas começaram a diminuir, disseram especialistas jurídicos. Crises em certos setores, como criptomoedas, podem manter o fluxo de negócios e fornecer anos de receita estável.

Os advogados nos casos de criptoativos devem lidar com uma série de questões novas na lei de falências, incluindo se os ativos digitais depositados em uma plataforma são de propriedade do cliente ou da própria empresa, de acordo com especialistas. Essa determinação pode ajudar a decidir quanto um cliente provavelmente recuperará de uma companhia falida.

Levitin, ex-membro do departamento de reestruturação do escritório de advocacia Weil, Gotshal, & Manges, disse que essas questões complexas exigem advogados de primeira linha.

“Caso contrário, torna-se apenas uma corrida para os maiores e mais sofisticados credores pegarem tudo para si mesmos”, disse ele.

(Por Andrew Goudsward)




MULHERES QUE FAZEM A DIFERENÇA


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Nesse último ano e meio, recebemos comitivas de mais de 100 prefeituras de todo o Brasil no Parque Tecnológico São José dos Campos.

Cidades grandes, médias e pequenas. Prefeitas, vice-prefeitos, secretários e diretoras, todos preocupados em como melhorar seu município.

Ao final das visitas, sempre a pergunta: "Diretor, como montamos um ambiente de inovação como esse no nosso município? Por onde devemos começar?"

Na mente (e na empolgação do ❤️ também...) a ideia de que vou responder algo como "monta um prédio bem legal, com carinha de escritório do Google, e coloca umas startups de tecnologia de software lá", mas...

...quando escutam minha real resposta: "Você conhece sinhá Moreira? Siga o exemplo dela", eu vejo na expressão facial a dissonância cognitiva de quem não esperava nem entendeu a resposta.

Sigo com a explicação, "a sinhá foi a primeira pessoa a fundar uma escola técnica na América Latina no final da década de 50. Graças a isso, a cidade atraiu anos depois a formação do Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel, cujo amigo Carlos Nazareth Marins, foi empossado ontem para liderar por mais 4 anos, e hoje, em pleno 2022, Santa Rita do Sapucaí com pouco mais de 40 mil habitantes, além de produzir café (como na época da sinhá), abriga mais de 200 empresas de eletrônica e é conhecida como o vale do silício brasileiro."

Não se inova sem conhecimento.

Por isso, criar as condições para atrair e reter bons cérebros, dando formação acadêmica de qualidade e afiando as mentes com oportunidades de pesquisa e aguçando a iniciativa com formação empreendedora, bom, essa é a fórmula!

Pode não ser atrativa, pode não dar postagens imediatas, pode não gerar notícia no curto prazo, mas é o que muda o ponteiro social e econômico do município no longo.

Por isso, aos céticos e aos que acham que só em uma cidade maior, "privilegiada" com mais recursos, isso é possível, eu repito: "faça como sinhá Moreira".

Meus parabéns ao Nazareth e toda a nova diretoria do INATEL.

Contem conosco, da cidade irmã de São José dos Campos, para 4 anos de muita Ciência, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo.

Boa sorte com o desafio de seguir o legado da querida e, porque não, inovadora, sinhá!

Jeferson Cheriegate



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