quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Ações da Uber derretem após número de viagens ficar abaixo das projeções

 


Nas redes sociais, consumidores relatam que foram surpreendidos com os preços mais altos para as viagens ao tentar solicitar o transporte

As viagens de passageiros registradas no serviço da Uber Technologies cresceram no ritmo mais lento em mais de um ano, em um sinal de que os usuários da plataforma estão optando por transporte público mais barato em vez de carros particulares, o que fazia as ações da empresa norte-americana caírem mais de 7% no pré-mercado.

A Uber também previu que as viagens de passageiros no atual trimestre, ficarão ligeiramente abaixo das estimativas. A previsão de Ebitda ajustado para o período, no entanto, ficou aproximadamente em linha com as expectativas.

As viagens, apuradas no conceito “reservas brutas”, do terceiro trimestre aumentaram 16,1%, para US$ 40,97 bilhões, mas não atingiram a estimativa média de US$ 41,24 bilhões do mercado, de acordo com dados compilados pela Lseg.

O crescimento da Uber desacelerou nos últimos trimestres em relação ao pico da pandemia.

A gama diversificada de serviços da empresa em todo o mundo, que inclui frete, entrega e transporte de passageiros, ajudou a compensar os riscos em cada um dos três setores verticais

Principal negócio de mobilidade da Uber cresceu 26%

O principal negócio de mobilidade da Uber cresceu 26,4%. A receita total do terceiro trimestre foi de 11,19 bilhões de dólares, ficando perto da estimativa média dos analistas de 10,98 bilhões.

“O crescimento da receita superou o crescimento das reservas brutas, principalmente devido à redução dos incentivos…juntamente com o crescimento da receita de publicidade”, disse o diretor financeiro, Prashanth Mahendra-Rajah.

O lucro líquido somou 2,61 bilhões de dólares no terceiro trimestre e o lucro operacional foi recorde a 1,06 bilhão.

O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização ficou em 1,69 bilhão de dólares, em comparação com a estimativa média dos analistas de 1,64 bilhão.

A Uber previu que o Ebitda ajustado do quarto trimestre ficará entre 1,78 bilhão e 1,88 bilhão de dólares, em comparação com a expectativa dos analistas de 1,84 bilhão de dólares.

Eve seleciona Embraer-CAE Training Services como parceira de treinamento

 

Eve e aérea sul-coreana anunciam “1º passo“ para operações ...

 

A Eve Air Mobility informou nesta quinta-feira, 31, que a Embraer-CAE Training Services (ECTS) foi escolhida como a provedora de treinamento para os pilotos, técnicos de manutenção e equipe de solo da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL) da Eve. Os serviços integrarão o recém-lançado Eve TechCare, o portfólio integrado de serviços e suporte da empresa para operadores de seus eVTOLs.

Em nota, o vice-presidente de Serviços ao Cliente na Eve, Luiz Mauad, destaca que a parceria garantirá que pilotos, técnicos de manutenção e equipe de solo recebam treinamento de alta qualidade, assegurando operações seguras e eficientes.

A ECTS é uma joint venture entre a Embraer e a CAE Inc., iniciada em 2007. Atualmente, essa parceria opera nove simuladores de voo avançados espalhados pelo mundo, com planos de ampliar ainda mais sua presença até 2025.

PlatôBR: Tensão financeira faz governo acelerar medidas de ajuste fiscal

 


Entenda o que tem feito a equipe econômica do governo correr para melhorar o equilíbrio entre receitas e despesas. O presidente Lula está diretamente envolvido no debate

 

 

Ministro Fernando Haddad 

 

A virada de humor dos investidores diante da chance de vitória de Donald Trump na corrida pela presidência dos Estados Unidos antecipou um cenário que só era esperado para o primeiro semestre do ano que vem e obrigou a equipe econômica a acelerar a definição das medidas para garantir o compromisso com o equilíbrio das contas públicas. A tensão financeira joga luz no debate mundial sobre o tamanho da dívida pública, em especial dos países emergentes, como o Brasil, e derruba a estratégia que prevalecia dentro do governo brasileiro de convergência gradual do endividamento público para um nível considerado “tolerável”.

O patamar atual da dívida do Brasil, que beira os 80% de tudo o que é produzido no país, em si, não é nenhuma novidade. O elemento novo no tabuleiro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é a expectativa de piora no cenário global. Nesta semana, as projeções sobre as eleições americanas ganharam força e aumentaram a aversão a risco dos investidores, o que faz com que cada detalhe ganhe mais relevância na hora de definir onde deixar o dinheiro investido.

O tamanho da dívida é um ponto avaliado para ditar se vale ou não correr o risco de investir no Brasil. Até agora, o governo contava com “certa tolerância”, já que a economia está crescendo mais do que esperado (e isso ajuda no crescimento receita do governo). Além disso, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, acredita-se, pela forte aproximação e credibilidade que conta com o presidente Lula, fará coro ao compromisso fiscal e já mostrou disposição a subir juros para manter inflação sob controle.

No entanto, o que era até aceitável num mundo dentro da normalidade muda com a previsão de que um novo governo nos EUA poderá manter a pressão nos mercados. A leitura é de que a política de Trump, se eleito, passará por mais gastos públicos, aumento da renda (fruto da visão contrária ao uso de mão-de-obra estrangeira no país) e do consumo, com pressão na inflação. O candidato republicano também defende proteção da indústria local. Com isso, dificilmente as importações, que poderiam aliviar a pressão os preços em território americano, poderão ser um instrumento com esse efeito. E, para completar, há a previsão maior tensão com a China, um motor do crescimento mundial. Tudo isso azeda a análise sobre investimento.

E investidor de mau humor reage ao mínimo sinal. A declaração de Haddad na última terça-feira, 29, de que não havia data para a divulgação das medidas de ajuste fiscal passaria perfeitamente apenas como uma tentativa do ministro de desconversar sobre o tema há duas semanas. Mas ela acentuou o estresse no mercado financeiro e obrigou Haddad e sua colega no Ministério do Planejamento, Simone Tebet, a virem a público, nesta quarta, dizer que já há consenso sobre as propostas de controle das despesas, que devem ser anunciadas em novembro. Na véspera, o presidente Lula recebeu Haddad e Galípolo para tratar do assunto.

O governo quer tempo para avaliar melhor os desdobramentos da eleição nos Estados Unidos e medir o tamanho do estrago que pode resvalar no Brasil. Na prancheta da equipe econômica estavam medidas que já provocaram a ira do presidente Lula, mas que podem ter que voltar para avaliação, a depender do cenário, segundo interlocutores oficiais.

Técnicos do governo dizem que são quase nulas as chances, por exemplo, de conseguir mexer na vinculação das despesas com saúde e educação (atreladas, pela Constituição, à variação das receitas do governo). Também já ouviram um não para a desindexação dos programas sociais, como Bolsa Família e abono salarial, que acompanham o salário mínimo.

No Planejamento, Tebet e sua equipe não estão conseguindo emplacar a tese de redução “do gasto tributário”, o montante de arrecadação que o governo deixa de receber ao manter subsídios a vários setores e que, hoje, somam uma renúncia fiscal em torno de R$ 600 bilhões.

Mas uma coisa o mercado já sacou. O ministro da Fazenda tem se mostrado habilidoso em pautar o debate econômico e conduzi-lo para o lado que melhor lhe convém. O problema é que, agora, o cenário mudou, defendem seus próprios colegas de equipe, e a tensão financeira deve ditar o rumo das discussões.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Leilão dos Correios tem itens para casa, roupas e bijuterias; veja como participar

 


Estarão em disputa itens de refugo, ou seja aqueles que os correios não conseguiram encontrar o destinatário e não foram reclamados. Valores iniciais de lotes vão de R$ 978 a R$ 129 mil

 

 

Encomendas (Foto - Divulgação - Correios)

 

Os Correios realizarão nos próximos dias 4 e 5 de novembro um leilão digital para a venda de objetos que tiveram  tentativas de entrega frustradas e não foram reclamados. Os itens, que vão desde utensílios domésticos a bijuterias e livros, foram divididos em 27 lotes com valores iniciais de R$ 978,17 a R$ 129.378,48.

A disputa dos lotes foi separada em duas etapas. Os 20 primeiros serão liberados no dia 4 de novembro às 14h e os sete restantes deverão receber propostas no dia 5 a partir das 9h.

Para conferir o edital completo com as informações necessárias, os interessados devem acessar a plataforma dos correios (Licitações-e), após entrar inserir o número 1052752, na caixa de texto localizada na coluna à direita, e para ver mais detalhes sobre o leilão, devem ir até “Opções” e clicar em “Consultar lotes“.

Veja a demonstração de como consultar os lotes

Como participar?

Quem desejar participar do leilão deve se cadastrar na plataforma dos correios disponibilizada para licitações neste link, na mesma página do edital.

Para enviar a proposta interessados devem seguir os seguintes passos:

  1.  Acessar o site Licitações-e
  2.  Clicar em “Pesquisa avançada
  3. Ir para “Pesquisar por identificador”
  4. Preencher o campo “nº da licitação com o número 1052752
  5. Consultar os itens disponíveis no pregão desejado
  6. Ir para “Sala de Disputa” no topo da página
  7. Acompanhar o pregão e enviar sua proposta.

Interessados podem agendar uma visita no endereço (Rua Mergenthaler, 592, 3º andar, bloco 3, São Paulo) e conferir os lotes presencialmente. As visitas são realizadas de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 8h às 11h e das 13h às 16h.

Para agendar basta ligar para o telefone (11) 4313-8087 ou enviar um e-mail para spmclirefugo@correios.com.br.

Quem pode participar?

O leilão está disponível tanto para pessoas físicas como jurídicas, que podem participar da licitação e enviar a proposta de lance para um ou mais lotes.

*Estágiario sob supervisão

Eve recebe financiamento de US$ 50 mi do Citi para desenvolvimento do eVTOL

 


A Eve, fabricante de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), anuncia nesta quarta-feira, 30, um financiamento de US$ 50 milhões do Citibank. O capital fortalecerá o balanço patrimonial e apoiará o programa de pesquisa e desenvolvimento da aeronave, segundo a empresa.

Com este valor, a liquidez projetada da Eve para o segundo trimestre de 2024 irá alcançar aproximadamente US$ 480 milhões. O montante incorpora o recente aporte de US$ 95,6 milhões, de um conjunto de empresas industriais globais e investidores financeiros, anunciado em julho de 2024.

Adicionalmente, a fabricante estabeleceu recentemente um novo acordo de linha de crédito de US$ 88 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) direcionado para o desenvolvimento do complexo de produção da aeronave da empresa em Taubaté, no Estado de São Paulo.

Desenvolvimento do eVTOL

O recente financiamento, aliado ao caixa atual e linhas de crédito, asseguram que a Eve irá manter uma robusta capitalização, com um balanço patrimonial saudável e uma das maiores disponibilidades de caixa no setor, avalia o CFO da companhia, Eduardo Couto. “Seguimos empenhados no desenvolvimento e produção do nosso eVTOL”, reforçou o executivo.

A Eve apresentou seu primeiro protótipo em escala real no último semestre durante o Farnborough Air Show, no Reino Unido. Atualmente, a empresa está se preparando para uma campanha de testes abrangente com a aeronave. Paralelamente, a Eve segue desenvolvendo seu portfólio de serviços e soluções operacionais, incluindo o Vector, um software de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano.

A Eve conta com o maior backlog da indústria, incluindo cartas de intenção para até 2,9 mil eVTOLs.

Haddad: mudança em estatais não tem a ver com arcabouço, mas sim em torná-las menos dependentes

 Brazil's presidential candidate for the Workers' Party , Fernando Haddad, delivers a press conference, after visiting his mentor imprisoned Brazilian...

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 16, que a proposta enviada pelo governo ao Congresso em torno do Orçamento das estatais não busca tirar essas empresas do arcabouço fiscal. Segundo ele, o projeto explora a possibilidade de se reduzir o aporte federal que é feito nessas companhias.

Ainda assim, ele admitiu que, se necessário, pode fazer ajustes na redação para deixar a proposta mais clara.

“Então, nós estamos explorando a possibilidade de reduzir o aporte federal para essas estatais que têm condição de se emancipar, por assim dizer, do orçamento federal. Então, o objetivo da medida é exatamente o contrário. É fazer com que a estatal não dependa mais de recursos orçamentários”, disse Haddad, que falou com a imprensa sobre o projeto porque, segundo ele, o assunto estaria trazendo “muito ruído”.

Reportagem do b>Estadão mostrou nesta quarta-feira que, segundo especialistas, as propostas poderiam dificultar o controle de gastos das estatais.

Questionado sobre os riscos apontados pela Consultoria do Senado, Haddad afirmou que se for preciso ajustar a redação para deixar “mais clara” a intenção do governo, não haveria problema.

“Você não pode transformar essa intenção do governo de fazer com que a estatal não dependa mais de recursos orçamentários no seu contrário. Como se ela fosse exigir mais recursos orçamentários ou como se esses recursos orçamentários fossem estar acima do teto previsto no arcabouço fiscal. O que nem seria possível de acordo com a lei complementar. Uma lei ordinária nem poderia alterar essa regra. Então, é muito importante corrigir essas duas informações. Até porque as pessoas às vezes se movem por boatos e perdem recursos apostando em coisas que não vão acontecer”, acrescentou Haddad, que insistiu que a matéria não tem relação com o arcabouço fiscal.

Segundo ele, a ideia do governo é oferecer para empresas estatais dependentes a possibilidade de apresentar um plano de trabalho para que elas deixem esse condição. Perguntado, Haddad não citou quais empresas poderiam se tornar independentes do orçamento. “Absolutamente não se mexe em nada da regra fiscal”, enfatizou.

Brasil abre 247 mil vagas formais de trabalho em setembro, acima do esperado

 


Em São Paulo, a taxa de desemprego desceu de 7,8% no segundo trimestre para 7,1% no terceiro trimestre. A Brasil abre 247.818 vagas formais de trabalho em setembro, mostra Caged (Crédito: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil)

 

O Brasil abriu 247.818 vagas formais de trabalho em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O resultado do mês passado foi fruto de 2.163.929 admissões e 1.916.111 desligamentos e ficou acima da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 227.600 vagas.

No mesmo mês em 2023 foram criados 211.764 postos de trabalho, segundo dados sem ajustes.

Setembro marcou o melhor resultado para um mês desde fevereiro, quando o Brasil criou quase 306.000 empregos, de acordo com dados ajustados para vagas reportadas fora do prazo inicial.

De janeiro a setembro, foram criados 1.981.557 empregos líquidos, um aumento em relação a 1.597.481 no mesmo período do ano anterior, mostraram dados ajustados do ministério.

Caixa tem cerca de R$ 230 bi para eixos de infra urbana e moradia, diz presidente do banco

 Vieira assume Caixa com promessa de induzir crescimento ...


O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, disse nesta quarta-feira, 30, que o banco tem cerca de R$ 230 bilhões disponíveis para o triênio nos eixos de financiamento de infraestrutura urbana e de construção e incorporação de moradias. Segundo ele, no período da tarde a Caixa assinará um convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para repassar R$ 12 bilhões que atenderão atividades da Nova Indústria Brasil (NIB).

A declaração foi dada durante a cerimônia “Nova Indústria Brasil – Missão 3: Mobilidade Verde e Cidades Sustentáveis”, realizada no Palácio do Planalto.

Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e o das Cidades, Jader Filho, participaram do evento, além de representantes da indústria da construção civil e de entidades representativas do setor.

Especificamente para o setor de infraestrutura urbana, no enquadramento de qualificador verde, são R$ 12 bilhões no ano e R$ 36 bilhões programados para o triênio. Em moradia, no qualificador produtivo, são R$ 64 bilhões no ano e R$ 192 bilhões no triênio. “É só em recursos para as construtoras”, observou Vieira.

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou mais cedo que, com a entrada da Caixa, subiu para R$ 405,7 bilhões o total de recursos disponíveis para linhas de crédito do Plano Mais Produção, que integra a NIB, política industrial do governo Lula 3.

Segundo o Planalto, a Caixa aportou R$ 63 bilhões para o programa, que já contava com crédito do BNDES, Finep, Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa) e Embrapii. O Broadcast mostrou em agosto que mais bancos públicos, como a Caixa, se preparavam para aportar recursos no Plano Mais Produção.

Haddad diz entender ‘inquietação do mercado’ e promete ajuste fiscal

 


O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

 

Da redação com agência Reutersi

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou entender a ‘inquietação do mercado’ por conta do risco fiscal e prometeu um ajuste fiscal no arcabouço.

Haddad deu entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, 30, na saída do Ministério da Fazenda, mas não revelou quais medidas fará cortar gastos.

“Até entendo a inquietação, mas é que tem gente especulando em torno de coisas. De repente, assim o jeito que eu falo, o jeito que eu.. Têm coisas absurdas assim que as pessoas falam no jornal, o Haddad dormiu, muito dormiu pouco. O meu trabalho é esse, tentar entregar a melhor redação possível para que haja a compreensão do Congresso da situação do mundo, e do Brasil”, disse.

O ministro ainda sinalizou que as medidas de ajuste fiscal podem ser apresentadas nas próximas semanas por meio de Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

Haddad também pontuou que houve convergência com a Casa Civil em torno da elaboração de medidas para controle de despesas públicas, ressaltando que o plano passa por análise jurídica.

Ele afirmou que deve ser necessário aprovar uma emenda constitucional para efetivar medidas em análise.

Despesas tem que caber no arcabouço, diz Haddad

Haddad ainda declarou que as partes não devem se comprometer por conta da sustentabilidade da regra vigente, o arcabouço fiscal.

“É o que eu tenho dito há muito tempo já. A dinâmica das despesas obrigatórias têm caber dentro do arcabouço. Então, a ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo que o arcabouço tem a sustentabilidade de médio e longo prazo”, disse.

“É hoje a dúvida que preside as incertezas no mercado. ‘O que que vai acontecer se as despesas obrigatórias continuarem crescendo nesse ritmo?’ É uma é uma fórmula que permite que esse encaixe aconteça”, completou Haddad.

‘O Brasil vai continuar crescendo’

O ministro disse que o Brasil tem tarefas a cumprir e que fará as reformas que forem necessárias para assegurar a estabilidade macroeconômica e o crescimento da economia a taxas expressivas e com justiça social. “O Brasil vai continuar crescendo. O Brasil não tem razão para não crescer. Temos tarefas a performar, a cumprir, como todo país tem”, afirmou em discurso, durante evento da Nova Indústria Brasil, em, Brasília.

“Mas nós estamos atentos aos desafios que estão colocados e temos segurança em dizer que nós vamos endereçar as reformas necessárias para manter a estabilidade macroeconômica do país e o Brasil continuar crescendo a taxas expressivas com justiça social”, garantiu.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Superinteligência artificial existirá até 2035, diz presidente do Softbank

 


Fundador e presidente-executivo do SoftBank Group, Masayoshi Son

 

O presidente-executivo do SoftBank Group, Masayoshi Son, reiterou nesta terça-feira, 29, sua crença na chegada da superinteligência artificial (ASI), afirmando que isso exigirá centenas de bilhões de dólares de investimento para se concretizar.

A superinteligência artificial será 10 mil vezes mais inteligente do que um cérebro humano e existirá até 2035, disse Son a uma plateia de líderes globais de negócios, tecnologia e finanças  durante uma conferência em Riad, na Arábia Saudita.

Son disse que está economizando recursos “para que eu possa dar o próximo grande passo”, mas não forneceu nenhum detalhe sobre seus planos de investimento.

O executivo previu que a IA generativa exigirá 900 trilhões de dólares em investimento acumulado em data centers e chips no futuro e acrescentou que acha que a fabricante de chips Nvidia está subvalorizada com base nisso.

Son há muito tempo vem divulgando a promessa de novas tecnologias e fez seu nome e fortuna com apostas bem-sucedidas na proliferação da Internet móvel e do comércio eletrônico.

Entretanto, seu histórico como investidor é irregular. O lançamento dos gigantescos fundos de investimento Vision Fund em 2017 revolucionou o mundo do capital de risco, mas o valor de muitas das startups de alto crescimento apoiadas por eles despencou.

Os fundos Vision do Softbank tiveram uma queda de 2,4 bilhões de dólares no valor até o final de junho de 2024.

Desancoragem de expectativas ‘preocupa muito’ e BC atua para corrigir, diz Campos Neto Presidente do Banco Central

 


Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 29, que a desancoragem das expectativas de mercado para a inflação à frente preocupa muito a autoridade monetária, que iniciou processo para corrigir esse movimento.

Falando na UK Brazil Conference, promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Londres, Campos Neto ainda afirmou que o Brasil é o único país do mundo no momento que tem precificação de mercado mostrando alta na taxa de juros.

“Aqui a gente vê as expectativas de inflação bastante desancoradas, tanto na parte das pesquisas de inflação quanto na parte do mercado, isso preocupa muito o Banco Central porque o modelo de metas é baseado em expectativas”, disse.

“A gente tem uma economia que está acelerando, uma mão de obra muito apertada, uma expectativa de inflação que tem desancorado, então o Banco Central iniciou um processo de ajuste para corrigir esse movimento.”

Na apresentação, Campos Neto afirmou que a inflação de serviços está muito alta no Brasil e no resto do mundo, apontando que ela precisa cair para que o processo de desinflação se concretize.

Para ele, “não tem como a inflação de bens ficar baixa o suficiente” para fazer com que o processo de convergência ocorra sem ter uma melhora da inflação de serviços.

Ele reafirmou que a inflação no Brasil vinha registrando uma trajetória de convergência para a meta, mas esse movimento parou recentemente.

O BC iniciou em setembro um ciclo de alta nos juros básicos, elevando a Selic em 0,25 ponto percentual, a 10,75% ao ano, em meio a uma atividade resiliente, mercado de trabalho apertado e descrença do mercado de que a inflação voltará à meta de 3%.

O mais recente boletim Focus do BC mostra que o mercado espera uma inflação de 4,55% neste ano, acima do teto de 4,5% da meta, prevendo uma redução do IPCA para 4,0% em 2025, ainda distante do centro do alvo.

BTG vai inaugurar em 1º de dezembro terminal próprio no aeroporto de Guarulhos

 

O BTG Pactual vai inaugurar em 1º de dezembro seu terminal próprio no aeroporto de Guarulhos, o primeiro do tipo na América Latina, mas que já existem em grandes aeroportos do mundo, como Londres, Los Angeles e Zurique. O banco investiu R$ 80 milhões na infraestrutura do projeto e ainda tem um acordo para usar seu nome no local.

Neste primeiro momento, o terminal vai estar aberto só para embarque internacional e o BTG fechou inicialmente parceria com 12 companhias aéreas, que incluem nomes como Air France, Emirates, United e Lufthansa. A partir do começo de 2025 o terminal vai operar também desembarques do exterior, saídas e chegadas domésticas, além de conexões.

As reservas para usar o terminal podem ser feitas a partir desta quarta-feira, 30, para os clientes do banco e custam US$ 590 por pessoa (R$ 3,4 mil pelo câmbio de hoje) – que terão desconto de 20%. Para não clientes, a partir do dia 4 de novembro. O terminal fica ao lado do terminal 3 em Guarulhos. As reservas terão que ser feitas com até 72 horas de antecedência do voo.

O banco também vai oferecer um pacote que inclui saídas de helicóptero da Faria Lima, o centro financeiro de São Paulo, a cada hora mais o direito de usar o terminal, por US$ 950 (R$ 5,4 mil) por pessoa. Para isso, fechou parceria com a operadora Revo.

O terminal, com 2.400 metros quadros, foi desenhado para atender no máximo 14 pessoas por hora, conta o CEO da operação, Fabio Camargo, que foi presidente da companhia aérea Delta no Brasil e entrou no projeto do BTG este ano.

Não tem filas

O espaço promete nunca ter filas, que são bem comuns em aeroportos. Terá tudo no local, como check-in, despacho da bagagem, controle de passaportes pela Polícia Federal, inspeção da Receita Federal, passagem pelo raio-x, embarque e desembarque, feitos em carros de luxo da Volvo, que fechou parceria com o banco.

“Todos os serviços aeroportuários têm também no terminal”, disse Camargo. Segundo ele, os preços praticados em Guarulhos estão entre os mais baratos do mundo para terminais do tipo.

Em um primeiro momento, vai operar das 17h à meia-noite, só para embarques internacionais. Em seguida, começando no início de em 2025, terá outros serviços e operação 24 horas.

Da porta para dentro do avião, já havia uma série de experiências diferenciais para os passageiros, como as classes executiva e primeira, ressalta Camargo. A ideia do projeto é oferecer uma proposta diferente antes do embarque. “Terminais VIPs cresceram ao redor do mundo nos últimos 5 anos”, disse Camargo durante apresentação do terminal a jornalistas nesta terça-feira em São Paulo.

Em Los Angeles, há um com foco em artistas e celebridades que frequentam a cidade. Em Guarulhos, Carmago acredita que 60,70% são de executivos e empresários; 20/30% de turismo de luxo e o restante de celebridades e famosos.

O passageiro que for de carro entra com o veículo dentro do terminal, ou seja, não precisa parar nos estacionamentos do aeroporto e tem segurança própria. É recebido por um concierge e drinque de boas-vindas.

40 anos

A GRU Airport, que opera o aeroporto de Guarulhos fez um processo seletivo em 2022 para a construção do terminal. A canadense AEPM venceu a disputa, mas em março de 2023 vendeu o controle da operação para um fundo do BTG, que em seguida comprou 100% do negócio.

A Aero Empreendimentos, que pertence ao fundo do banco, terá direito de usar o terminal por 40 anos. Já o BTG fez contrato com a GRU Airport para usar seu nome no terminal, que vai ser sinalizado com o nome do banco em placas nas vias de acesso a Guarulhos, como na via Dutra.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Teixeira: Congresso pode permitir revolução dos bioinsumos no País

 Portal Vermelho participa de entrevista com ministro Paulo Teixeira -  Vermelho


São Paulo, 28 – O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou a importância da transição para uma agricultura de base biológica no Brasil durante participação no Fórum Brasil de Investimentos (BIF, na sigla em inglês), Segundo o ministro, apesar do avanço do setor em direção a práticas mais sustentáveis, ainda há barreiras para a adoção dos bioinsumos. “Há no Congresso Nacional uma tentativa de engessar essa mudança, dando aos bioinsumos o mesmo status dos agrotóxicos”, afirmou.

Teixeira apelou para que o Congresso Nacional apoie a expansão do uso de bioinsumos no País. “É importante que o Congresso legisle no sentido de permitir essa revolução dos bioinsumos no Brasil, para que possamos garantir uma alimentação mais saudável para a população”, declarou.

O ministro também mencionou o papel da agricultura familiar no desenvolvimento sustentável, observando que as oportunidades de integração produtiva são fundamentais para a recuperação de áreas degradadas e o fortalecimento da pecuária sustentável. “Empresas nos procuram para trabalhar em assentamentos, em parcerias para que esses locais ajudem na recuperação de áreas e promovam a criação de gado de forma sustentável”, comentou. Ele também destacou a crescente demanda por florestas produtivas, uma iniciativa que produtores de cacau, açaí e café já estão explorando para fortalecer seus negócios e atender ao mercado de bioativos.

Ele reforçou a necessidade de inclusão tecnológica para o agricultor familiar “O agricultor quer ter acesso a tecnologias: internet, drones, estufas, sistemas modernos de irrigação e novas sementes”, explicou o ministro, ressaltando o “desafio brasileiro de integrar o que há de mais avançado com aqueles que ainda lutam pela sobrevivência”.

Mercadante: recurso aprovado para setores-chaves supera o acumulado nos 4 anos anteriores

 Aloizio Mercadante – Wikipédia, a enciclopédia livre


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira, 28, que, em menos de dois anos de sua gestão, o total de recursos aprovados para setores-chave da economia brasileira superou o volume acumulado nos quatro anos do governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Na indústria, na agricultura e na infraestrutura, nós aprovamos mais crédito nesses últimos dois anos do que nos quatro anos anteriores”, declarou Mercadante, no 7º Fórum Brasil de Investimentos (BIF, na sigla em inglês) que a ApexBrasil realiza na capital paulista.

Ele disse que estão previstos “anúncios importantes” de investimentos até o fim do mês. “O Brasil deve crescer 3,1% este ano, segundo as projeções. Quem está liderando esse crescimento é a indústria, e o investimento voltou”, afirmou. “O consumo ocupa a capacidade produtiva das empresas, e o que vem depois é investimento.”

Mercadante lembrou que o mercado de trabalho está aquecido, produzindo a maior massa de salários da história do País.

“Quero parabenizar o Ministério da Fazenda pelo esforço. De vez em quando a gente tem arranca-rabo, mas isso faz parte”, brincou Mercadante.

O presidente do BNDES voltou a mencionar a necessidade de um corte de gastos de governo para endereçar expectativas e “resolver a taxa de juros”. “Acho que temos todas as condições de atingir grau de investimento, o governo tem que cortar gastos e reverter as expectativas”, discursou.

Recado da urna no Brasil foi derrota da extrema direita, avalia Paulo Pimenta

 Paulo Pimenta na Voz do Brasil | Agência Brasil


O ministro da Comunicação, Paulo Pimenta, disse que o principal recado da urna nas eleições municipais encerradas ontem foi a “derrota da extrema direita”. Ele destacou que nenhum dos ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL) – Alexandre Ramagem, Marcelo Queiroga e Gilson Machado – se elegeram. Ele deu as declarações em entrevista à GloboNews na tarde desta segunda-feira, 28.

Ele ressaltou um aumento no número de votos recebidos para prefeito em relação a 2020 – de 6,9 milhões pra 8,9 milhões de votos – e disse o governo “sai fortalecido desse processo eleitoral”. O ministro também avalia que o PT não fez alianças erradas nos municípios onde o candidato apoiado pelo partido perdeu.

“Não tivemos candidatos em Curitiba, em São Paulo, no Rio, Salvador, Recife, Belém. É evidente que, se o PT tivesse lançado candidatos em todas essas cidades, a votação nominal seria muito maior. Mas um partido que é governo não pode só pensar em uma estratégia de votos nominal do partido. Todas as vitórias de nomes que não são petistas, são estratégicas e fundamentais para o governo”, afirmou.

Pimenta acrescentou que “grande parte dos prefeitos eleitos por partidos da base do governo tem compromisso com nosso projeto”, em referência a políticos de partidos como MDB, PSD e Republicanos.

Valdemar Costa Neto: Vou me reunir com Arthur Lira para trabalhar na anistia

O novo inimigo político eleito por Valdemar

O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, afirmou que vai trabalhar pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele possa concorrer ao cargo de Presidência da República em 2026, em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira, 28. “O que eu vou pedir para o Arthur (Lira, presidente da Câmara dos Deputados) hoje? Para ele tocar o processo da anistia que está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania)”, disse.

Segundo o ex-deputado, Bolsonaro é o maior cabo eleitoral da extrema-direita e Lira vai tentar “falar logo” com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

“Se ele não conseguir, eu até tive uma ideia hoje: Arthur, conversa com o Supremo. Vê se não dá para abaixar a pena desse pessoal de 17 anos, que é tudo gente que estava com pedaço de pau, não era assaltante”, continuou o ex-deputado sobre os golpistas de 8 de janeiro. “Pena de 17 anos é muito e tem muita gente presa ainda.”

O presidente também defendeu que é preciso “habilidade” para que o PL se aproxime de outros partidos, para que expanda suas alianças para além da extrema-direita em meio à postura errática de Bolsonaro. “Há gente no PSB que defende nossas pautas. Muita gente do PT no Nordeste defende nossas pautas”, afirmou.

Questionado se Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais na gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e presidente do PSD, que foi o partido que mais elegeu prefeituras, estaria mais feliz que ele, Valdemar da Costa Neto respondeu que o adversário elegeu mais prefeituras, mas vai governar menos pessoas que o PL. “Eles fizeram muitas prefeituras pequenas. … Kassab quis ter o maior número de prefeitos para ter força com Lula (PT) e Tarcísio”, disse.

BNDES aprova R$ 37,6 mi para a Geo bio gas&carbon para expandir a produção de biometano no PR

 

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta segunda-feira, 28, ter aprovado um financiamento de R$ 37,6 milhões para a Geo bio gas&carbon, conforme antecipado pela Coluna do Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Os recursos serão investidos em projeto para a ampliação da produção de biometano e de biogás na unidade fabril de Tamboara, no Paraná.

“O apoio do BNDES foi determinante para essa usina ser implementada, assim como está sendo este novo financiamento, que permite à Geo dar um grande passo na ampliação de sua carteira de projetos para produção de biometano. E, principalmente, contribui na transição energética e na implementação das metas de descarbonização determinadas pela Lei do Combustível do Futuro. O aumento da oferta de biometano também vai permitir interiorizar a oferta de gás, de origem renovável no País”, declarou Alessandro Gardemann, CEO da Geo, em nota do banco de fomento.

O BNDES apoiou a fábrica de Tamboara ainda no início do projeto, em 2010, por meio de uma linha de financiamento à inovação. A unidade foi inaugurada em 2012, tornando-se a primeira fábrica de produção comercial de biogás em larga escala no Brasil a processar resíduos da produção sucroenergética (torta de filtro, vinhaça e palha), informou o BNDES.

O novo crédito aprovado contará com R$ 33,6 milhões do Fundo Clima e R$ 3,9 milhões do Finem Padrão B, linha destinada à aquisição de máquinas e equipamentos importados novos que não tenham similar nacional. O projeto prevê um investimento total de R$ 41 milhões.

Venda de iPhone 16 é proibida na Indonésia devido a problemas de investimento

 Apple apresenta iPhone 16 e iPhone 16 Plus - Apple (BR)


A Indonésia bloqueou as vendas de aparelhos iPhone 16 da Apple devido ao que as autoridades dizem ser o não cumprimento das exigências de investimento local por parte da empresa.

A unidade local da Apple, a PT Apple Indonesia, “não cumpriu seu compromisso de investimento”, conforme exigido para poder vender o novo modelo do iPhone no país do sudeste asiático, disse o Ministério da Indústria em um comunicado na sexta-feira, 25.

Segundo a mídia estatal Antara, o ministro da indústria da Indonésia, Agus Gumiwang Kartasasmita, disse que o investimento da Apple é de 240 bilhões de rupias, menos do que os 1,71 trilhão de rupias (cerca de US$ 108 milhões) necessários para obter a licença de venda do iPhone 16.

Os outros produtos da Apple não estão sujeitos à proibição. A gigante de tecnologia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Setor de construção avisa que imóvel novo vai ficar mais caro; entenda

 


Trabalhador de construção civil (Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 

Quem for comprar um imóvel novo vai se deparar com preços maiores ao longo dos próximos meses, avisou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia. A situação reflete a escalada nos custos das obras, segundo ele.

“A situação vai gerar o repasse de custo maior para o preço dos imóveis. Quem for comprar a casa própria vai encontrar preços maiores. Não tem jeito, as empresas têm que preservar as margens (de lucro)”, disse Correia, em entrevista à imprensa após apresentação de dados do setor.

A economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, apontou uma tendência de alta nos custos de construção. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) já subiu 5,48% nos últimos 12 meses encerrados em setembro, enquanto a inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avançou 4,42% no mesmo período. “Ou seja, o custo de construção está acima da inflação do país”, enfatizou Vasconcelos.

Por que o setor está mais caro

O setor de construção está com uma demanda aquecida por mão de obra, mas tem faltado trabalhadores qualificados, o que gera uma elevação nos salários. Com isso, a componente ‘mão de obra’ dentro do INCC subiu 7,7% nos últimos 12 meses, pressionando os custos setoriais.

Além disso, os custos dos materiais de construção voltaram a subir nos últimos meses, configurando uma tendência de alta, apontou Vasconcelos. Ao longo de 2023, os materiais vinham mostrando deflação, mas essa tendência se reverteu. Os itens passaram a subir rapidamente desde março, chegando a 3,89% nos últimos 12 meses. “O custo com material vem registrando aceleração e volta a preocupar o setor construtor”, disse a economista.

Atualmente, as maiores preocupações para o empresário da construção são, nesta ordem: carga tributária elevada; custo e/ou falta de mão de obra qualificada; e taxa de juros elevadas. A economista comentou que o ciclo de alta da Selic, iniciado recentemente, também passa a pressionar o custo do financiamento para o setor. “Esses fatores formaram uma ‘tempestade perfeita’ para o setor da construção”, enfatizou.

Dificuldade de fazer o repasse

O presidente da CBIC alertou que há incorporadoras com dificuldade de encaminhar o cliente para o financiamento bancário no momento de entrega das chaves do imóvel vendido na planta. A situação, segundo ele, decorre, da elevação dos juros no País e da falta de recursos para abastecer os financiamentos. “Tem muito empreendimento com dificuldade de fazer o repasse”, disse Correia.

Diante dessa situação, o presidente da CBIC reiterou o pleito para que ocorra a liberação dos depósitos compulsórios dos bancos e o seu direcionamento para o crédito imobiliário. Essa medida serviria para amenizar a situação de aperto até um momento mais favorável nos próximos, quando há expectativa de uma possível redução dos juros.

A proposta consiste na redução de 5% no compulsório bancário com o objetivo de direcionar o dinheiro para os financiamentos de imóveis. Essa sugestão foi encaminhada para a autoridade monetária no início de 2023 pelos representantes do setor da construção, entre eles Abrainc, CBIC, Secovi e Sinduscon. Ao longo do ano, os bancos aderiram, sob liderança da Abecip.

O Banco Central (BC), entretanto, não tem indicado apoio. “O BC entende que não é um remédio definitivo”, comentou Correia.

Por trás dessa movimentação está a preocupação com os juros altos do crédito imobiliário, que inibem lançamentos e vendas. Uma das razões para isso é o encarecimento das fontes de recursos que os bancos usam para conceder empréstimos.

Os últimos anos foram marcados por perda de recursos das cadernetas de poupança — fonte de recursos com menor custo para o crédito — e a necessidade de utilização de outras fontes de mercado pelos bancos, geralmente atreladas ao CDI.

Conselheiro do CNJ diz por que falou com lobista investigado por negociar sentenças

 


Bandeira de Mello afirma que não tem relação pessoal ou profissional com pivô do escândalo, salvo em posses ou lançamentos de livros 

 

 

Como o PlatôBR mostrou, entre as centenas de mensagens recuperadas no telefone celular de um advogado assassinado em dezembro do ano passado em Cuiabá e agora sob análise da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República há menção, além de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e funcionários da corte, a nomes de outras figuras relevantes ligadas ao Judiciário.

Uma delas é Luiz Fernando Bandeira de Mello, ex-secretário-geral da Mesa Diretora do Senado Federal que, em desde 2021 ocupa uma das vagas de conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por indicação do Congresso Nacional. Bandeira de Mello aparece em contato com um dos intermediários do suposto esquema de venda de sentenças no STJ, o lobista Andreson Gonçalves.

Em nota enviada ao PlatôBR, o CNJ afirma que Bandeira de Mello “informa que não tem relação pessoal ou profissional com Andreson Gonçalves, salvo encontros eventuais em posses ou lançamentos de livros”.

A assessoria do CNJ afirmou ainda que em abril de 2022 “o senhor Andreson enviou por mensagem uma reportagem, perguntando se o conselheiro tinha conhecimento de processo tramitando no CNJ sobre um magistrado citado na reportagem” e que, em resposta, Bandeira de Mello “simplesmente informou que não havia procedimento”.

“Essa informação não é sigilosa e qualquer pessoa pode obtê-la oficialmente. Não houve outras perguntas ou pedidos formulados ao conselheiro”, prossegue o texto.

Leia mais em PlatôBR 

Conselho de Administração da Hypera rejeita proposta da EMS para combinação de negócios

 

Como é trabalhar na empresa Hypera Pharma | 99jobs.com

A Hypera informou nesta quinta-feira, 24, que seu Conselho de Administração rejeitou a oferta pública de aquisição de ações e combinação de negócios proposta pela EMS. A proposta foi feita na segunda-feira, 21, logo após a Hypera anunciar na sexta-feira anterior que iria descontinuar seu guidance para o ano e otimizar suas estratégias de capital de giro, o que levou a ação da empresa a cair mais 16% durante o pregão.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informou que a decisão foi baseada na análise de que o portfólio de produtos da EMS, focado em medicamentos genéricos, “não se alinha com os segmentos estratégicos da Hypera”.

Além disso, a companhia considera que a avaliação atribuída à companhia na proposta subestima significativamente o valor da empresa.

Segundo a Hypera, há diferenças significativas em cultura organizacional e práticas de governança corporativa entre as duas empresas. “A Hypera, uma companhia aberta com ampla dispersão acionária desde 2008, contrasta com a EMS, uma empresa familiar de capital fechado”, afirma. “A companhia lamenta que a proposta lhe tenha sido enviada ao mesmo tempo em que divulgada pela imprensa e ainda com o pregão em curso”, afirma a Hypera, destacando que a administração da Hypera continua focada na estratégia de otimização de capital de giro anunciada em 18 de outubro de 2024, visando a criação de valor para os acionistas de longo prazo.

Esquerda governará 12% do eleitorado nacional após derrotas para prefeituras; partidos de centro lideram

 


Esquerda governará 12% do eleitorado nacional após derrotas para prefeituras; partidos de centro lideram

O presidente Lula (PT) e o deputado Guilherme Boulos (PSOL), candidato derrotado à prefeitura de São Paulo | Reprodução

Os partidos de esquerda terão um número menor de eleitores governados por seus prefeitos, enquanto partidos de centro e de direita cresceram. Os números foram levantados pela consultoria Nexus a partir de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

De acordo com o balanço, 17.810.360 eleitores serão governados pela esquerda a partir de janeiro de 2025, uma redução de 17,5% em relação aos resultados dos pleitos de 2020. O balanço considerou prefeitos eleitos por PT, PSB, PDT, PCdoB, PV e Rede.

No cenário anterior, mandatários desse campo governavam 15% do eleitorado, e agora terão 12% sob as suas responsabilidades. O único estado com maioria governada pela esquerda será o Ceará, com 65%.

Por outro lado, 81.014.351 eleitores serão governados por prefeitos do centro, um aumento de 6,2% em relação aos mandatos que estão prestes a se encerrar.

O campo lidera nos eleitorados de Pará (81%), Amapá (79%) e Roraima (78%). São considerados de centro pela Nexus os partidos Agir, Avante, MDB, Mobiliza, PMB, Podemos, PP, PSD e Solidariedade.

Já a direita cresceu de 49.365.774 para 55.676.418 no eleitorado sob suas administrações, um aumento de 12%, e será responsável por 36% do eleitorado brasileiro.

Estão no campo os eleitos pelos partidos Cidadania, Democracia Cristã, Novo, PL, PRD, PRTB, PSDB, Republicanos e União Brasil. Os maiores índices dessas legendas estão em Mato Grosso (87%), Goiás (66%) e Tocantins (62%).