segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Conselheiro do CNJ diz por que falou com lobista investigado por negociar sentenças

 


Bandeira de Mello afirma que não tem relação pessoal ou profissional com pivô do escândalo, salvo em posses ou lançamentos de livros 

 

 

Como o PlatôBR mostrou, entre as centenas de mensagens recuperadas no telefone celular de um advogado assassinado em dezembro do ano passado em Cuiabá e agora sob análise da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República há menção, além de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e funcionários da corte, a nomes de outras figuras relevantes ligadas ao Judiciário.

Uma delas é Luiz Fernando Bandeira de Mello, ex-secretário-geral da Mesa Diretora do Senado Federal que, em desde 2021 ocupa uma das vagas de conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por indicação do Congresso Nacional. Bandeira de Mello aparece em contato com um dos intermediários do suposto esquema de venda de sentenças no STJ, o lobista Andreson Gonçalves.

Em nota enviada ao PlatôBR, o CNJ afirma que Bandeira de Mello “informa que não tem relação pessoal ou profissional com Andreson Gonçalves, salvo encontros eventuais em posses ou lançamentos de livros”.

A assessoria do CNJ afirmou ainda que em abril de 2022 “o senhor Andreson enviou por mensagem uma reportagem, perguntando se o conselheiro tinha conhecimento de processo tramitando no CNJ sobre um magistrado citado na reportagem” e que, em resposta, Bandeira de Mello “simplesmente informou que não havia procedimento”.

“Essa informação não é sigilosa e qualquer pessoa pode obtê-la oficialmente. Não houve outras perguntas ou pedidos formulados ao conselheiro”, prossegue o texto.

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