quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Cacau Show, Boticário, McDonald’s: veja ranking das 50 maiores redes de franquias no Brasil

 Veja as franquias que mais abriram e fecharam unidades em ...


O mercado de franquias teve crescimento nominal de 13,5% em 2024 ao chegar a marca de R$ 273,083 bilhões, aponta o relatório anual da Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgado nesta quarta-feira, 5. O número superou a projeção de 10% feita pela organização em janeiro do ano passado.

“Este resultado está fortemente associado à recuperação do consumo, alavancado pela baixa histórica dos níveis de desemprego, pelo aumento da massa salarial e do poder de compra das famílias”, afirma o estudo da ABF, que reúne dados do setor de franquias referentes ao ano de 2024.

“Um mercado de trabalho forte e mais dinheiro circulando na economia, mesmo com seus impactos inflacionários, impulsionaram o faturamento do franchising brasileiro que, assim como outros setores, superou as expectativas iniciais”, complementa o  presidente da ABF, Tom Moreira Leite.

Houve crescimento em todos os segmentos listados, com destaque para entretenimento e lazer (16,6%); saúde e beleza e bem-estar (16,5%) e alimentação – food service (16,1%).

A associação divulga ainda um ranking das 50 franquias com mais unidades em funcionamento no período. Pela primeira vez, todos os listados tinham mais de 400 unidades. A Cacau Show ficou no topo pelo terceiro ano consecutivo.

“Destaque para a força das chocolaterias, docerias e sorveterias que apresentaram um elevado nível de crescimento; o fôlego renovado de algumas redes de Moda, a força de negócios de conveniência e a disseminação de lavanderias”, afirma Leite.

Veja as 50 franquias com mais unidades ativas em 2024

POSIÇÃO 2024POSIÇÃO 2023MARCASOPERAÇÕES 2024
CACAU SHOW4661
O BOTICÁRIO3746
MCDONALD´S2704
COLCHÕES ORTOBOM2387
LUBRAX +1685
ODONTOCOMPANY1577
AM/PM1450
ÓTICAS CAROL1408
11ºBR MANIA1310
10º13ºSHELL SELECT1264
11º10ºBURGER KING BRASIL1238
12º15ºCHILLI BEANS1236
13º16ºCVC BRASIL1196
14º12ºÓTICAS DINIZ1179
15º14ºJET OIL1145
16º18ºOGGI SORVETES1109
17º19ºBOB´S1018
18º17ºWIZARD BY PEARSON1015
19ºNATURA984
20º20ºCORREIOS944
21º23ºCHIQUINHO SORVETES921
22º22ºHELP! LOJA DE CRÉDITO826
23º35ºLUPO806
24º21ºESPAÇOLASER801
25º25ºKOPENHAGEN793
26º24ºCNA768
27º27ºCASA DO CONSTRUTOR737
28º25ºFISK CENTRO DE ENSINO730
29º26ºHERING STORE667
30º28ºMERCADÃO DOS ÓCULOS662
31º29ºCCAA640
32º30ºREMAX623
33º31ºLOCALIZA605
34º42ºDECOR COLORS601
35º34º5ÀSEC578
36º33ºHAVAIANAS574
37ºTHE BEST AÇAI573
38º37ºSPLASH564
39º41ºCRESCI E PERDI559
40º36ºEMPÓRIO MINEIRO CHEIRIN BÃO553
41º39ºCASA DE BOLOS537
42ºMILKY MOO MILKSHAKES518
43º40ºMAIS1502
44º46ºCHOCOLATES BRASIL CACAU469
45º43ºKNN IDIOMAS456
46ºLAVATERIA452
47º45ºAREZZO430
48º47ºCLUBE MELISSA422
49º38ºORAL SIN IMPLANTES420
50ºFINI400

Veja as franquias com mais unidades novas em 2024

A Cacau Show liderou também em crescimento, com 445 novas lojas abertas no ano passado. Veja as 20 linhas com mais lojas novas no ano:

#MarcasNovas unidades
1CACAU SHOW445
2LAVATERIA395
3LUPO254
4THE BEST AÇAI251
5FINI221
6MILKY MOO MILKSHAKES181
7DECOR COLORS160
8CVC BRASIL158
9CHIQUINHO SORVETES149
10KOPENHAGEN121
11CHILLI BEANS120
12OGGI SORVETES104
13CRESCI E PERDI93
14CASA DO CONSTRUTOR78
15SHELL SELECT67
16CNA60
17FISK CENTRO DE ENSINO58
18O BOTICÁRIO57
19CASA DE BOLOS56
20CHOCOLATES BRASIL CACAU51

Franquias com mais unidades fechadas

Na outra ponta, 10 redes de franquias entre as 50 maiores listadas fecharam unidades em 2024. As duas redes de serviços odontológicos listadas fecharam portas no ano.

Uma das maiores redes do país e segunda maior no segmento de fast-food, o Burger King também encerrou o funcionamento de um elevado número de lojas e não está mais entre as 10 maiores franqueadoras do Brasil.

Veja quais foram as franquias com maior redução:

#MarcasNovas unidades
1ODONTOCOMPANY-322
2BURGER KING BRASIL-93
3AM/PM-90
4ORAL SIN IMPLANTES-89
5LUBRAX +-56
6CORREIOS-50
7ÓTICAS DINIZ-28
8BR MANIA-13
9REMAX-6
10LOCALIZA-3

Faturamento do setor mineral em 2024 é de R$ 270,8 bi, avanço de 9% ante 2023, aponta Ibram

 Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) lança nova ...


O faturamento do setor mineral brasileiro em 2024 alcançou R$ 270,8 bilhões, avanço de 9% ante 2023, informou nesta quarta-feira, 5, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

O minério de ferro concentrou 59,4% do faturamento anual, com R$ 160,7 bilhões, valor 8,6% maior que o registrado em 2023. “Continuamos tendo uma exportação para a Ásia acima de 80%, liderado pela China”, comentou o presidente do Ibram, Raul Jungmann.

Os Estados de Minas Gerais, Pará e São Paulo lideraram o faturamento no ano, com participações de 40%, 36,1% e 3,8%, respectivamente. “São Paulo teve contribuição de agregados – usados na construção civil em 2024”, disse Jungmann.

A previsão dos investimentos do setor em projetos é de US$ 68,4 bilhões para o período de 2025-2029, aumento de 6,6% em relação às estimativas para o período anterior.

O saldo da balança comercial mineral foi de US$ 34,9 bilhões em 2024, equivalente a 47% do saldo da balança comercial brasileira.

As exportações alcançaram 400 milhões de toneladas de produtos, aumento de 2,6% em relação ao ano de 2023, totalizando cerca de US$ 43,4 bilhões, aumento de 0,9%.

As importações minerais caíram 23% em dólares, totalizando US$ 8,5 bilhões, e 1,6% em volume, totalizando 41,2 milhões de toneladas. “A queda surpreendeu. Se deveu à alta do dólar, que inibe ou adia importações. O outro fator foi a guerra Ucrânia-Russia. Quando o conflito foi deflagrado, houve antecipação de compras em 2023”, disse Jungmann, citando carvão e fosfato.

Já a arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) totalizou R$ 7,5 bilhões, avanço de 8,6%.

A nova geração de supermercados do Grupo Muffato

 


Imagem destaque: A nova geração de supermercados do Grupo Muffato
Crédito: Grupo Muffato


28/01/2025

  Uma nova geração de lojas chega ao Grupo Muffato com a inauguração do Super Muffato Alphaville, em Londrina, no Paraná. O formato une tecnologia, experiências e gastronomia. Segundo a companhia, a nova geração acompanha tendências internacionais de varejo. Com foco em tecnologia, o supermercado oferece painéis de led e expositores interativos, incluindo telas com recursos de inteligência artificial. O grupo já vinha trabalhando alguns retrofits alinhados ao novo formato, mas o Muffato Alphaville é a primeira loja completa com este conceito, que também será aplicado às novas unidades. Saiba mais detalhes sobre o novo formato nas entrevistas com os diretores Everton Muffato e Ederson Muffato!

 

 https://gironews.com/supermercado/a-nova-geracao-de-supermercados-do-grupo-muffato/


Santander Brasil registra lucro de R$ 3,85 bi no 4º trimestre, salto de 75%

 


O Santander Brasil reportou nesta quarta-feira, 5, lucro líquido gerencial de 3,85 bilhões de reais para o quarto trimestre de 2024, um salto de 74,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, em resultado marcado por expansão de margem financeira e melhora na rentabilidade.

Previsões compiladas pela Lseg apontavam lucro de 3,72 bilhões de reais para a unidade brasileira do banco espanhol Santander. Na base trimestral, o lucro aumentou 5,2%.

A margem financeira bruta cresceu 16% ano a ano e 4,9% em relação ao trimestre anterior, com aumento de 13,7% e 5,9% respectivamente na margem com clientes, que atingiu 15,78 bilhões de reais. A margem com o mercado somou 198 milhões de reais, de resultado negativo de 102 milhões um ano antes, mas abaixo dos 325 milhões de reais do terceiro trimestre.

De acordo com o Santander Brasil, a melhora na margem com clientes no trimestre se beneficiou do avanço na margem de produtos, de 6,4%, em razão tanto da margem de crédito, reflexo de maiores spreads, como da margem de captações, beneficiada pelo aumento da Selic e melhor mix.

No caso da margem com mercado, a performance na base trimestral foi afetada por um menor resultado em tesouraria e pelas elevações da Selic.

O retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) do banco ficou em 17,6% no quarto trimestre do ano passado, de 12,3% no mesmo período de 2023 e 17% no terceiro trimestre de 2024. A presidente do conselho de administração do Santander, Ana Botín, afirmou em conferência com analistas na Espanha que o banco prevê índice de rentabilidade estável no Brasil este ano.

A carteira de crédito ampliada, que inclui operações estruturadas no mercado de capitais, alcançou 682,693 bilhões de reais no final de dezembro de 2024, alta de 6,2% ano a ano e de 2,9% na comparação trimestral, com o banco afirmando ter priorizado a atuação em linhas de maior rentabilidade de boa qualidade de ativos.

As provisões de crédito do banco no quarto trimestre totalizaram 6,682 bilhões de reais, queda de 12,7% em relação ao mesmo período de 2023 e de 1,7% frente ao trimestre anterior, enquanto a recuperação de crédito recuou 8,5% ano a ano e 17,8% no trimestre, para 750 milhões de reais.

Inadimplência

Em relação à recuperação de crédito, o Santander Brasil disse que tem sido mais rigoroso nos processos de renegociação, o que afetou o volume recuperado e de operações renegociadas.

A inadimplência total acima de 90 dias do banco ficou em 3,2% em dezembro, de 3,1% um ano antes e estável em relação a setembro. Em pessoa física, ficou estável em 4,3% ante dezembro de 2023 e ligeiramente acima dos 4,2% de setembro. Na pessoa jurídica, ficou em 1,6%, de 1,4% um ano antes e 1,7% em setembro.

A NPL formation somou 5,744 bilhões de reais, de 6,839 bilhões de reais no quarto trimestre de 2023 e de 5,902 bilhões no terceiro trimestre. A relação NPL formation e a carteira de crédito atingiu 1,07% no trimestre, queda de 0,29 e 0,02 ponto no ano e no trimestre, respectivamente.

‘Hiperpersonalização’ do relacionamento

De acordo com presidente-executivo do Santander Brasil, Mario Leão, um dos principais focos do banco em 2025 será a “hiperpersonalização” do relacionamento com os clientes, processo que passa pela simplificação do modelo de segmentação do varejo pessoa física, que em janeiro deste ano passou a se dividir entre clientes Santander e clientes Select.

“Além de ser o banco principal de nossos clientes, queremos que cada um deles sinta que é o nosso principal cliente”, afirmou.

Em 2024, o lucro somou 13,872 bilhões de reais, resultado que representa alta de 47,8% em relação ao ano anterior.

No final do quarto trimestre, o índice de Basileia do banco ficou em 14,3%, de 14,5% em dezembro de 2023 e 15,2 em setembro, com o índice de capital nível 1 passando a 12,1%, de 12,4% um ano antes e 13% em setembro.

Provisão para perdas

O Santander Brasil também divulgou estimativas referentes à implementação da resolução CVM nº 4.966/2021, que entrou em vigor no começo deste ano e trata dos conceitos e os critérios contábeis aplicáveis a instrumentos financeiros, bem como para a designação e o reconhecimento das relações de proteção (contabilidade de hedge) pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.

Em relação aos efeitos esperados na adoção do modelo para perdas esperadas associadas ao risco de crédito, o banco estima um incremento da provisão de aproximadamente 4,4 bilhões de reais, ou 11%, sobre o saldo da provisão em 31 de dezembro de 2024.

Isso, explicou, representaria uma redução de 2,5 bilhões de reais no patrimônio líquido e de 0,14 ponto nos índices de capital considerando o que o banco chamou de “phase in”.

No final de 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o BC publicaram resolução para adotar um cronograma de transição para incorporar os impactos no capital regulatório relacionados ao novo modelo de provisionamento de instituições financeiras.

De acordo com a resolução 5.199, o ajuste negativo que se espera aplicar o capital regulatório das instituições financeiras será gradualmente implementado, reduzindo em 75%/50%/25% em 2025/26/27, respectivamente, atingindo o nível máximo apenas em 2028.

Quanto aos efeitos da alteração de categorias “de disponíveis para venda” para “custo amortizado”, o Santander calcula uma redução de 216 milhões de reais no valor dos ativos em contrapartida do patrimônio líquido oriundo da reversão dos ajustes de marcações a mercados sobre os títulos reclassificados.

Argentina anuncia saída da OMS após decisão semelhante dos EUA

 Organização Mundial de Saúde (OMS) - princípios, atividades ...


A Argentina anunciou nesta quarta-feira, 5, a saída da Organização Mundial da Saúde (OMS), seguindo os passos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A decisão do governo de Javier Milei já era prevista, assim como a possível retirada do Acordo de Paris e a remoção do feminicídio do Código Penal do país.

De acordo com a Casa Rosada, a saída da OMS é motivada por “profundas diferenças sobre a gestão sanitária durante a pandemia, que resultou no confinamento mais amplo da história da humanidade”. O porta-voz do governo também declarou que a Argentina não permitirá “que um organismo internacional interfira em nossa soberania”.

Comissão Europeia investiga aquisição da ZT Systems por US$ 5 bi pela AMD

 Comissão Europeia – Wikipédia, a enciclopédia livre


A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), começou a analisar a aquisição da ZT Systems por US$ 5 bilhões pela Advanced Micro Devices (AMD), definindo um prazo de 12 de março para decidir se deve ou não aprovar o acordo ou iniciar uma investigação aprofundada.

A AMD notificou a comissão sobre sua oferta pela construtora de servidores sediada em Nova Jersey, EUA, na terça-feira, de acordo com o site do regulador.

A fabricante de chips concordou em comprar a ZT Systems, que projeta equipamentos de data center para computação em nuvem e inteligência artificial (IA), em agosto passado, em um movimento para assumir o domínio da Nvidia no setor em rápido crescimento.

A AMD e a ZT Systems não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. Fonte: Dow Jones Newswires.

Líder na transição energética ou nova chance perdida para o Brasil?

 


Estudo diz que Brasil tem vantagens estratégicas na transição tecnológica global para combater o aquecimento global. Mas devido à falta de vontade política, o potencial pode, mais uma vez, não ser aproveitado.A Universidade Johns Hopkins, dos EUA, acaba de publicar um estudo segundo o qual o Brasil poderá ser um dos quatro países do mundo que, em 2050, estarão na liderança da transição tecnológica global necessária para combater o aquecimento global. O primeiro a publicar uma matéria sobre o estudo no Brasil foi o jornal Valor Econômico.

De acordo com o estudo, são sete os setores nos quais o Brasil tem vantagens estratégicas globais que serão decisivas para a transição energética: minerais estratégicos, produção de baterias, veículos elétricos híbridos (que também usam biocombustíveis), combustíveis sustentáveis de aviação (conhecidos pela sigla SAF), fabricação de turbinas eólicas e produção de produtos verdes, como aço de baixo carbono e fertilizantes de baixo carbono.

As grandes diferenças entre o Brasil e os muitos outros países em condições semelhantes no Oriente Médio, África ou Ásia são o grande mercado interno e a base industrial já existente – por exemplo na comparação com outras grandes economias, como a Índia.

A questão é se o Brasil vai aproveitar essa chance.

Porque, em primeiro lugar, o vento global está soprando contra qualquer iniciativa de adaptação à mudança climática. O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, considera a mudança climática uma besteira, e retirou a maior economia do mundo de todos os compromissos voluntários de proteção climática.

Partes da economia americana, como alguns bancos e empresas, já seguiram o exemplo e abandonaram as regras da governança ambiental, social e corporativa (ESG), como são chamados os padrões, regras e práticas que obrigam uma empresa a operar de forma socialmente responsável e sustentável.

No Brasil, é improvável que as coisas sejam diferentes se houver um governo conservador de direita a partir de 2027.

E também o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não segue um conceito claro de sustentabilidade: em vez de se concentrar totalmente na expansão da cadeia de valor de baterias, desde a mineração das terras raras até a produção de cátodos para baterias, por exemplo, Lula quer agora permitir que a Petrobras produza petróleo no litoral norte do Brasil. Em tempos do “Drill, baby, drill!” de Trump, é provável que as críticas internacionais sejam bem menores.

Provavelmente vai acontecer o que sempre acontece no caso do Brasil: o país não usará suas vantagens e vai desperdiçar mais uma chance. Vai produzir um pouco de energia verde, integrar um pouco de energia sustentável em sua cadeia de valor, mas, ao mesmo tempo, produzir petróleo, operar usinas térmicas e investir numa refinaria para produtos petroquímicos – tudo, claro, a elevados custos, devido à má administração, corrupção e interesses políticos.

“Desenvolvemos nossa indústria tardiamente, perdemos em grande parte a revolução da TI – todas as vezes, o cavalo encilhado passou por nós a galope”, comentou comigo, anos atrás, o bioquímico e gestor de fundos Fernando Reinach. Estávamos falando então sobre a posição de liderança global do Brasil em energias renováveis. Embora o Brasil não tenha perdido essa posição de liderança, ele ainda não alcançou de fato todo o seu potencial.

Essa história pode se repetir na transição energética para a mudança climática.

__________________________________

Há mais de 30 anos o jornalista Alexander Busch é correspondente de América do Sul. Ele trabalha para o Handelsblatt e o jornal Neue Zürcher Zeitung. Nascido em 1963, cresceu na Venezuela e estudou economia e política em Colônia e em Buenos Aires. Busch vive e trabalha em Salvador. É autor de vários livros sobre o Brasil.

O texto reflete a opinião pessoal do autor, não necessariamente da DW.

Embraer vende quatro aeronaves A-29 Super Tucano para novo cliente na África

 

A-29 Super Tucano - Série Aeronaves da Força Aérea Brasileira

A Embraer comunicou a venda de quatro aeronaves de ataque leve e treinamento avançado A-29 Super Tucano para um cliente não revelado na África. O contrato de venda foi assinado nesta terça-feira, 31.

Segundo a Embraer, essas aeronaves realizarão uma ampla gama de missões, como vigilância de fronteiras, inteligência, vigilância e reconhecimento, apoio aéreo tático, contrainsurgência e treinamento de voo avançado.

“O A-29 Super Tucano é uma aeronave extremamente versátil, capaz de realizar as missões mais exigentes nas condições mais desafiadoras. O A-29 é líder mundial em sua categoria, pois combina um histórico comprovado de combate com tecnologia avançada”, afirmou o presidente da Embraer Defesa & Segurança, Bosco da Costa Junior, em nota.

A companhia ressaltou ainda que o A-29 Super Tucano é o líder global em sua categoria, com mais de 290 encomendas, ultrapassando 570.000 horas de voo, sendo 60.000 delas em combate.

Em 2024, a Embraer anunciou novas vendas do Super Tucano para as Forças Aéreas de Portugal, Uruguai e a Paraguai.

BNDES aprova R$ 2,1 bi para exportação de 16 aviões da Embraer para a Republic Airways, dos EUA

 Bndes Logo PNG Vectors Free Download


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 2,1 bilhões para a exportação de 16 aeronaves da Embraer à companhia aérea norte-americana Republic Airways, que tem sede em Indianápolis, Indiana, nos Estados Unidos.

O crédito, aprovado no âmbito da linha BNDES Exim Pós-Embarque, cobrirá parte do investimento da companhia aérea na aquisição de jatos do modelo E-175.

O contrato prevê que o pagamento do empréstimo seja efetuado pela Republic Airways ao BNDES em dólares, “gerando divisas nessa moeda para o Brasil”. A Embraer entregará as aeronaves à companhia aérea ao longo de 2025.

O banco de fomento frisa ainda que a Republic Airways atua exclusivamente com aeronaves da Embraer, contando atualmente com uma frota de mais de 200 jatos E-170 e E-175 na operação de 900 voos diários. As rotas abrangem mais de 80 cidades nos Estados Unidos e no Canadá.

“A Republic oferece voos com taxa fixa operados sob a bandeira das grandes marcas parceiras American Eagle, Delta Connection e United Express”, explicou o banco de fomento.

Desde 1997, o BNDES já financiou cerca de US$ 26 bilhões em exportações de mais de 1.300 aeronaves da Embraer.

“O histórico apoio do BNDES à Embraer contribuiu para transformar a empresa em uma das líderes globais da indústria aeroespacial. A Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil e mantém mais de 87% de seus cerca de 21 mil empregos em território nacional”, declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota distribuída à imprensa.

O banco de fomento ressalta que a operação reforça a presença da indústria nacional no mercado externo e contribui para o desempenho da balança comercial brasileira, incentivando um aumento nas exportações de produtos manufaturados nacionais.

“A atuação do BNDES é essencial para manter a competitividade da indústria brasileira, servindo como ferramenta para impulsionar o país no mercado internacional. Esse apoio estratégico fortalece nossa posição no cenário global, diversificando as alternativas de financiamento e possibilitando à Embraer concorrer no mercado externo em igualdade de condições com nossos concorrentes”, afirmou o presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, na nota divulgada pelo BNDES.

O banco de fomento aponta que a Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil, com unidades industriais, escritórios, centros de serviços e de distribuição de peças nas Américas, África, Ásia e Europa.

“Historicamente, países com indústrias aeronáuticas de ponta financiam suas respectivas fabricantes nacionais de forma perene, por meio de bancos de desenvolvimento e agências de crédito à exportação (Export Credit Agencies) dos seus respectivos países. No Brasil, esse papel é desempenhado pelo BNDES”, acrescentou o banco de fomento brasileiro.

Embraer recebe de empresa americana encomenda recorde de jatos executivos

 


Praetor 600 (Crédito: REUTERS/Roosevelt Cassio)

A Embraer recebeu da norte-americana Flexjet o maior pedido de jatos executivos da história da fabricante brasileira de aeronaves, avaliado em até 7 bilhões de dólares e envolvendo cerca de 200 aviões.

A companhia brasileira anunciou nesta quarta-feira que a encomenda envolve 182 jatos executivos e 30 opções, incluindo os modelos Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E, além de pacote de serviços e suporte.


“Este é o maior pedido feito pela norte-americana Flexjet em seus 30 anos de história, e também é o maior pedido firme para jatos executivos da Embraer”, afirmou a fabricante de aviões em comunicado à imprensa.

O modelo de negócio da Flexjet envolve o compartilhamento de uso de aviões, a chamada propriedade fracionária. A companhia é cliente de longa data da Embraer, tendo recebido mais de 150 aviões da fabricante brasileira.

A Embraer não mencionou no anúncio do pedido quando a encomenda será incorporada à carteira e ou cronograma das entregas, embora tenha mencionado que “com essa encomenda…a frota da Flexjet quase dobrará de tamanho nos próximos cinco anos”.

 

 https://istoedinheiro.com.br/embraer-recebe-de-empresa-americana-encomenda-recorde-de-jatos-executivos/

BRAZIL JOURNAL: Por que virou? As (muitas) razões para a queda do dólar

 


Notas de real e dólar

 

Em meio ao pânico na virada de ano, parecia que havia um sentido único para o dólar no Brasil – mas nas duas últimas semanas, a moeda americana inverteu a mão. A cotação fechou nesta terça-feira, 4, a R$ 5,77 – o 12° dia consecutivo de queda, recuo de 6% no ano e o menor preço desde novembro.

O que aconteceu? Segundo gestores e tesoureiros ouvidos pelo Brazil Journal, as teses de investimento que vinham mobilizando apostas na continuidade da valorização das ações americanas e no fortalecimento global do dólar – o Trump trade – passaram a ser questionadas nos últimos dias. Parte do movimento do câmbio no Brasil, portanto, deriva do cenário externo.

Mais houve também razões internas. “O Governo ‘panicou’ com a alta do dólar, e o Banco Central está agindo para conter uma maior desancoragem das expectativas,” disse um banqueiro. O problema é que essa pequena trégua no mercado local pode esmorecer o senso de urgência em Brasília em relação a mais medidas fiscais.

As principais razões apontadas por banqueiros e gestores para a queda recente do dólar são: ‘Trump trade’ enfraquecido, o ‘carrego’ ficou fraco, o Brasil estava muito barato e um “2026 é logo ali”.

Leia a reportagem completa no Brazil Journal.

Petrobras deve pagar até US$ 3,3 bi em dividendos após resultado, projetam analistas

 


Sede da Petrobras no Rio de Janeiro

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro

 

Após a Petrobras ter divulgado seus dados operacionais do 4º trimestre – com queda na produção e nas vendas –, analistas discutem qual será o patamar dos dividendos a ser distribuído após a divulgação dos resultados da companhia, que será anunciado no dia 26 de fevereiro.

As expectativas são de que a Petrobras anuncie de US$ 2,6 bilhões a US$ 3,3 bilhões em proventos, o que pode representar um aumento em relação ao resultado anterior. No terceiro trimestre de 2024, a Petrobras anunciou distribuição de cerca de US$ 3 bilhões aos seus acionistas.

A petroleira reportou uma queda de 1,8% na sua produção de petróleo, para 2,1 milhões de barris diários (boed) no quarto trimestre de 2024 (4T24), enquanto as vendas registraram queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior, mas aumentaram 1,4% em relação a igual etapa do ano anterior.

As ações da Petrobras fecharam o pregão desta terça-feira, 4, cotados a R$ 37, caindo 1,3%, com o mercado digerindo a prévia operacional do 4T24. No acumulado de 12 meses, as ações recuam 10,1%.

BTG Pactual estima US$ 3,3 bilhões em dividentos

Com base nesses dados, analistas do BTG Pactual esperam que a estatal anuncie uma cifra de US$ 3,3 bilhões em dividendos, implicando em US$ 14,2 bilhões de proventos no acumulado referente ao ano de 2024.

Para este ano de 2025, os analistas do BTG projetam um rendimento em dividendos – ou dividend yield (DY) – ‘conservador’. Em partes, isso deriva do fato de a empresa ter se mostrado determinada a encurtar a distância entre os preços praticados no mercado doméstico e a paridade internacional.

“Sim, é o começo do ano, mas já estamos vendo assimetrias positivas em nossas estimativas, alimentadas por melhores preços do petróleo e câmbio. Além disso, o recente aumento nos preços do diesel pela empresa sugere que os preços do combustível não se afastarão muito da paridade internacional, endossando nossa estimativa conservadora de 12% de dividend yield para este ano (ou 14%, considerando dividendos extraordinários).”

Com isso, o BTG mantém as ações da Petrobras como a principal escolha (top pick) para o segmento de petróleo. O preço-alvo da casa é de US$ 20 para os papéis da companhia listados em Nova York (ADRs), com recomendação de compra.

A expectativa dos analistas é de que o 4T24 da Petrobras seja de US$ 22,3 bilhões de receita líquida, US$ 10,8 bilhões de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, e U$ 2,02 bilhões de lucro líquido.

Impacto da política de preços da Petrobras

O analista João Daronco, da Suno Research, comenta que a expectativa da casa de análise é de que a Petrobras fique com um DY entre 12% e 14%, considerando patamar de preço do petróleo Brent – negociado a US$ 76 atualmente – e do câmbio, a R$ 5,90.

Sobre o reajuste no diesel, comenta que ‘está alinhado com a política de preços’ da companhia.

“Houve uma mudança na política de preço da Petrobras, com o objetivo de tornar o preço menos volátil e aí com isso se tem menos alterações do preço. Outro ponto é que nesse período em questão a gente não viu o Brent variar tanto, não houve uma mudança substancial no preço do petróleo.”

A visão do especialista é de que a gestão atual, liderada pela CEO, Magda Chambriard, tem tranquilizado o mercado acerca da política de preços.

Sobre o patamar de preços atual, Daronco avalia que, nos preços atuais, a Petrobras tem condições de se manter rentável. “A companhia segue bastante rentável. Vemos que é uma das empresas que tem um lifting cost bastante baixo, por conta do pré-sal, e acima de US$ 65 a companhia consegue ser bem rentável”, explica.

BBA vê dividendos em US$ 2,6 bilhões

Em relatório, o Itáu BBA diz esperar ‘resultados moderados’, principalmente por conta dos preços mais fracos do petróleo e volumes menores no 4T24.

“Esperamos que os investidores se concentrem na execução de Capex e dividendos da Petrobras; nesse sentido, estimamos um Capex de US$ 3,3 bilhões e um EBITDA de US$ 10 bilhões, levando a um dividendo ordinário de US$ 2,6 bilhões, representando um yield de 3,2%”, diz a casa.

A expectativa dos analistas do BBA é de que o lucro da Petrobras no 4T24 seja de US$ 2,4 bilhões, com receita líquida de US$ 20,3 bilhões e Ebitda de US$ 9,9 bilhões.

A recomendação é ‘outperform’, equivalente à compra, com preço-alvo de R$ 49 para os papéis PETR4.

XP mira US$ 3 bilhões em proventos

Com os dados operacionais da petroleira em mãos, a XP projetou dividendos ordinários de cerca de US$ 3 bilhões, representando um yield de 3,4% no trimestre.

A expectativa da casa é de um EBITDA ajustado de US$ 10,5 bilhões, representando queda de 10% ante o trimestre anterior, impulsionada por menor produção, redução dos preços do Brent e preços de derivativos ligeiramente mais baixos em termos de câmbio, por conta da depreciação do Real.

“Espera-se que esse declínio no EBITDA seja transferido para o lucro líquido, que estimamos em US$ 0,8 bilhão, também impactado por perdas cambiais”.

Sobre os dados de produção e vendas, a XP aponta que era ‘uma tendência era esperada com base nos dados da ANP’.