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Paulo Kliass é Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal e doutor em Economia pela Universidade de Paris 10. |
Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
domingo, 12 de maio de 2013
Brasil colhe resultados na conquista de espaços em organizações multilaterais
Azevêdo colocará a China, pela 1ª vez, em uma das 4 vice-diretorias da OMC
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Acordo Sul-Sul, pronto no Palácio do Planalto, reúne 10 países emergentes
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Brasil deve seguir a China, que investe pesado para manter economia aquecida | |||
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Top model brasileira amplia grife própria de moda de praia no mercado mundial
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Nordeste usa tecnologia de Israel, vence calor de 40°C e produz vinho
A Serra Gaúcha é referência quando se fala em produção de vinho
nacional. A milhares de quilômetros de distância dali, no entanto,
usando até tecnologia importada de Israel, outra região tem se destacado
no setor: o Vale do São Francisco, no sertão nordestino, cenário
marcado pelas altas temperaturas (27ºC em média, mas com picos de até
40°C) e pela pouca chuva.
Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), 48,6 milhões
de litros de vinhos finos foram produzidos, em 2012, no Rio Grande do
Sul, o único Estado que tem estatísticas oficiais sobre o assunto.
Estima-se que o Estado seja responsável por cerca de 90% da produção
nacional de vinhos finos, que seria, assim, de cerca de 54 milhões de
litros.
Não existem estatísticas oficiais sobre a produção do Nordeste. Mas o
consultor do Instituto do Vinho do Vale do São Francisco e professor de
enologia do Instituto Federal do Sertão Pernambucano, Francisco Macedo
de Amorim, estima que a produção da região já chegue a 10 milhões de
litros. Há cerca de dois anos, eram cerca de 8 milhões.
"A região produz uma bebida adocicada, fresca e jovem que caiu no gosto do consumidor", diz Amorim.
Em vez de uma, duas safras por ano
As empresas que atuam na região conseguiram transformar o solo pobre do
sertão e o clima semiárido em aliados e conseguem obter suas safras
anuais. Em outros polos produtores, no Brasil e no exterior, o comum é
apenas uma safra anual.
"As uvas brancas se adaptaram muito bem à região. Além disso, o consumo
de espumantes tem crescido muito no Brasil, o que ajudou a dar destaque
à região", diz Afrânio Moraes Filho, diretor de operações da Miolo.
A Miolo mantém na cidade de Casa Nova, na Bahia, a Vinícola Ouro Verde,
que já é responsável por um terço de sua produção (o restante está do
Rio Grande do Sul).
Na Ouro Verde, a cada ano são produzidos cerca de 2 milhões de litros
de vinhos e espumantes em 200 hectares. Até 2018, a estimativa é
produzir 5 milhões de litros de vinhos e ampliar os vinhedos para 400
hectares.
Sistemas de irrigação suprem falta de chuva
"O maior desafio foi adequar as condições locais à parreira, uma vez
que não faz frio, que é um aliado da produção no Sul. Isso fez com que
tivéssemos de imitar a natureza por meio da tecnologia de sistemas de
irrigação", diz Moraes Filho.
A maior parte da produção na empresa na região está focada em
espumantes, especialmente aqueles elaborados com uvas moscatel. Ela é
mais adocicada e usada tanto na produção de espumantes como na de vinho
branco.
Vinhos tintos também são produzidos lá, como o Testardi Syrah 2010,
vencedor da categoria tinto nacional em um concurso realizado na feira
Expovinis, em São Paulo, em 2012.
Desde 2008, a fazenda faz parte do roteiro turístico Vapor do Vinho,
criado em parceria com a Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa). Os
visitantes fazem uma viagem pelas águas do São Francisco e são
convidados a visitar a sede da Ouro Verde, que tem cantina, loja,
destilaria e sala de degustação.
Grupo português Dão usa tecnologia de Israel
Há pouco mais de dez anos, a região atraiu também o grupo português Dão
Sul, que instalou em Lagoa Grande, Pernambuco, a Vinícola Santa Maria.
Numa área de 200 hectares, todos os pés de uva têm irrigação
individualizada, feita com uma tecnologia israelense.
"O fato de a região ser seca ajuda a evitar a proliferação de pragas e o
solo é propício para o cultivo. O Sul tem um inverno definido e
rigoroso, o que faz com que as uvas parem de se desenvolver nessa época
do ano. No Vale do São Francisco, a produção pode ser feita no ano
todo", diz André Goldberg, consultor comercial da vinícola.
Goldberg diz que a grande variação de temperatura da região, que pode
ser de 40ºC durante o dia e 20ºC durante a noite, é benéfica à produção.
Um dos destaques da empresa é o Paralelo 8, feito com uvas cabernet
sauvignon e syrah, que foi eleito por um concurso do Ibravin o terceiro
melhor vinho brasileiro em 2011.
Uva moscatel se adaptou ao clima semiárido
Para o diretor da Associação Brasileira de Sommeliers em São Paulo
(ABS-SP) Arthur de Azevedo, a uva moscatel foi a que mais se adaptou ao
clima semiárido do Vale do São Francisco. "Os espumantes moscatéis da
região são extraordinários."
Ele diz que as duas safras registradas por ano na região, apesar de
serem interessantes comercialmente para as empresas, fazem com que as
parreiras não tenham tempo para acumular nutrientes suficientes, o que é
um problema para outros tipos de uva.
"Para outros tipos de vinho, a melhor região produtora brasileira ainda é a Serra Gaúcha", afirma Azevedo.
Ataque de lagarta pode ser bioterrorismo, diz secretário
Ataque de lagarta pode ser bioterrorismo, diz secretário
O ataque da lagarta Helicoverpa Armigera que atinge plantações de
algodão e soja em nove municípios do Oeste baiano e outros quatro estado
pode ser resultado de bioterrorismo, de acordo com o secretário
estadual da Agricultura (Seagri), o engenheiro agrônomo Eduardo Salles.
Ele disse, por meio de nota, que a Polícia Federal (PF) e a Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) investigam a suspeita.
A praga já causou prejuízo de mais de R$ 1 bilhão e compromete 228 mil
hectares de algodão apenas na Bahia. Também há registro do problema no
Paraná, Goiás, Piauí e Mato Grosso. O secretário diz que há risco do
problema atingir outras regiões do Brasil. A praga quarentenária A1 não
existia no país.
O secretário se reuniu nesta sexta, 10, com promotores do Ministérios
Públicos do Estado (MPE) e do Trabalho (MPT), com o diretor geral e do
diretor de Defesa Vegetal da Adab, Paulo Emílio Torres e Armando Sá;
produtores e secretários de Agricultura, de Saúde e do Meio Ambiente dos
municípios de Barreiras, São Desidério, Luís Eduardo Magalhães,
Baianópolis, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Correntina,
Jaborandi e Cocos. Eles discutiram as regras para aplicação do produto
agroquímico Benzoato de Amamectina, que já foi usado em outros países no
combate à lagarta Helicoverpa.
A previsão é que o produto chegue ao município de Luís Eduardo
Magalhães, onde vai ficar armazenado, nesta quarta, 15. Inicialmente,
será utilizado em 10 propriedades em fase de teste. Após análise do
efeito, o material será usado todos as lavouras atingidas pela praga.
A Tarde
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