Com raízes sólidas no Rio Grande do Sul, a gigante do aço
emplaca a nona vitória consecutiva entre as grandes empresas mais
lembradas pelos gaúchos em um ano em que a RBS ultrapassa a Tramontina e
retoma a vice-liderança
Por Raphaela FloresA Gerdau é a Grande Empresa/Marca do RS mais lembrada pelos gaúchos.
Ao todo, o conglomerado siderúrgico foi citado por 10,3% dos
entrevistados. É quase o dobro do índice verificado pela RBS (5,3%) e
pela GM e Tramontina (ambas com 5,1%), como atesta a edição deste ano da
pesquisa Top of Mind RS, realizada por AMANHÃ em parceria com a
Segmento Pesquisas.
Neste ano, a grande novidade da categoria Grande Empresa/Marca do RS apareceu no pelotão de frente. Mesmo com um recuo de cinco décimos no seu índice de lembranças, o Grupo RBS conseguiu ultrapassar a Tramontina e a General Motors e retomou o posto de vice-campeã, que havia perdido no ano passado. Além disso, venceu praticamente todas as categorias do Top of Mind na seção Comunicação, que aponta quais são as marcas mais lembradas em itens como Jornal, Locutor Esportivo de Rádio, Programa Local de TV, entre outros. Entre as Grandes Empresas figuram ainda o Banrisul, em quarto lugar; Petrobras, em quinto; Marcopolo, em sexto; Coca-Cola e Randon empatadas em sétimo; Renner em oitavo; Big, em nono; e Polo Petroquímico e Comil empatados na décima colocação. LANÇAMENTO Os vencedores do Top of Mind | As Marcas do Rio Grande foram anunciados na manhã desta segunda-feira (13) em coletiva de imprensa realizada no Restaurante Épico, do Grêmio Náutico União. A apresentação e análise dos resultados foi conduzida por Nádia Freire, diretora da Segmento Pesquisas, e Eugênio Esber, diretor de redação da Revista AMANHÃ. Os dados completos da pesquisa, com gráficos, reportagens especiais e entrevistas integram a edição de maio da Revista AMANHÃ, que estará disponível nas lojas Cameron a partir desta segunda (13), e nas demais livrarias e bancas do Estado a partir do dia (17). Clique aqui para conferir mais fotos do evento. CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO Na noite desta segunda-feira (13/5) será realizada a festa de premiação do Top of Mind, em jantar no Grêmio Náutico União. Na ocasião, os construtores e gestores das marcas mais lembradas serão homenageados em evento que reunirá, também, líderes empresariais e profissionais de marketing, branding e comunicação. O tradicional evento, que já ocorre há 23 anos em Porto Alegre, terá uma novidade este ano: a participação do consultor em marketing e comunicação Eloi Zanetti. Durante a cerimônia, Zanetti, que associou seu nome a iniciativas marcantes para a consolidação da marca O Boticário, fará inserções em que irá apresentar conceitos e ideias sobre a importância da propaganda na construção de marcas corporativas. Ainda serão apresentados os resultados de um levantamento inédito: o Top Diversidade – que traz os resultados de um levantamento exclusivo sobre as marcas mais lembradas pelo público homossexual. A pesquisa mostra quais são as marcas que estão na cabeça de consumidores gays e lésbicas residentes em Porto Alegre. O objetivo é levantar informações que ajudem as marcas a se posicionar em relação a esse segmento qualificado e atraente de consumo. SOBRE O TOP OF MIND | AS MARCAS DO RIO GRANDE Criada em 1991, e pioneira no país, a pesquisa Top of Mind da Revista AMANHÃ e da Segmento Pesquisas capta a lembrança espontânea de marcas no Rio Grande do Sul. Por meio de um questionário contendo somente questões abertas, os consumidores respondem, de maneira espontânea, à pergunta que segue sempre a mesma estrutura: “Quando falo em... qual é a primeira marca que você lembra?”. A cada categoria de produto, serviço ou comunicação mencionado pelo pesquisador, o entrevistado deve citar o primeiro nome que lhe vem à mente. Foram realizadas 1,2 mil entrevistas entre os dias 28 de janeiro a 16 de fevereiro de 2013. Referência para profissionais de marketing e comunicação no Rio Grande do Sul, a pesquisa é realizada há 23 anos e é a única a ouvir todos os perfis de gaúchos, ao se basear em entrevistas que ocorrem em municípios de sete mesoregiões do Estado do Rio Grande do Sul, conforme distribuição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A amostra abrange pessoas de ambos os sexos, com idades entre 16 e 65 anos, de todas as classes sociais (A/B, C e D/E). O peso de cada classe na amostra é proporcional ao verificado na população. OUTROS DESTAQUES GRENAL MENOS PARELHO: Líder na categoria Time de Futebol do Top of Mind há 18 anos, o Grêmio via sua hegemonia fora das quatro linhas ameaçada cada vez mais. Via: neste ano, a vantagem sobre o Inter no Top triplicou – de 5 pontos percentuais em 2012 para mais de 15 neste ano. COMPANHIA AÉREA: A TAM reconquistou a posição de liderança do Top of Mind. No ano passado, ela havia perdido a liderança para a Gol, sua principal concorrente. Agora, com uma vantagem de confortáveis 19,2 pontos percentuais, a TAM recupera o posto de Companhia Aérea mais lembrada pelos gaúchos. UNIVERSIDADE: A categoria Universidade do Top of Mind costuma apresentar pouca diferença entre os principais centros de ensino superior do Rio Grande do Sul. Uma prova dessa competitividade é o salto da PUCRS, que saiu da quarta posição registrada em 2012 diretamente para o primeiro lugar em 2013. VANTAGENS NADA DESPREZÍVEIS: A Coca-Cola e a Nike ilustram apenas dois entre os muitos casos de produtos com índices de lembrança de marca que superam em três vezes os dos rivais no Top of Mind. Na categoria Refrigerante, por exemplo, a Coca-Cola abre vantagem de 47,5 pontos percentuais sobre sua tradicional rival, a Pepsi. Já em Tênis, a Nike desponta com 33,6 pontos acima da Adidas. Outra marca que bate com folga a maior concorrente é a Nokia, que abre vantagem de 56,5 pontos percentuais sobre a LG em Aparelho Celular. RACHA SAUDÁVEL: Depois de amargar a segunda posição da pesquisa em 2012, desbancado justamente pela Fiat, o Gol voltou ao topo. E em mais um ano em que o modelo foi o mais vendido no país, com 280 mil unidades comercializadas. Além de recuperar o posto perdido para a rival na edição passada do Top of Mind, o Gol conseguiu abrir uma boa vantagem sobre a concorrente: 7,3 pontos percentuais. CONFORTÁVEL POSIÇÃO: Pela primeira vez em 23 edições, o Top of Mind traz em sua pesquisa a categoria Colchão. Mas não sem um motivo consistente: cada vez mais, os profissionais de saúde têm destacado a importância do sono para uma vida mais equilibrada e saudável. Diante de um mercado em alta, quem mais chama atenção dos consumidores gaúchos é a Ortobom, com uma ampla vantagem sobre a Castor: nada menos do que 25 pontos percentuais. CONFIRA ABAIXO OS VENCEDORES DO TOP OF MIND | AS MARCAS DO RIO GRANDE
SEGMENTO CORPORATIVO: Empresa que investe em cultura RBS Empresa preocupada com o meio ambiente Natura Empresa pública eficiente Correios SERVIÇOS Time de futebol Grêmio Agência de viagem CVC Banda larga Oi Montadora Chevrolet/GM Loja de eletrodomésticos Colombo Companhia aérea TAM Transportadora Mercúrio Farmácia Panvel Operadora de telefone celular Vivo Operadora de telefonia fixa Oi Seguradora Bradesco Universidade PUC Rede de posto de gasolina Ipiranga Refeição convênio Refeisul Loja de calçados Paquetá Supermercado Big Construtora Rossi Plano de saúde Unimed Previdência privada Bradesco Cartão de crédito Visa Cooperativa de crédito Sicredi Rede de pagamento eletrônico Banrisul Consórcio Colombo Caderneta de poupança Caixa Econ. Federal Banco Banrisul Loja de roupas Renner PRODUTOS Água mineral Sarandi Leite Elegê Frango Sadia Biscoito Isabela Massas Isabela Automóvel Gol Caminhão Mercedes-Benz Erva-Mate Vier Ferramentas Tramontina Perfume O Boticário Máquina agrícola Massey Ferguson Computador Dell Garrafa térmica Termolar Móveis Todeschini Pisos e azulejos Eliane Vinho Jota Pe Cerveja Skol Refrigerante Coca-Cola Queijo Santa Clara Chocolate Nestlé Colchão Ortobom Ar condicionado Consul Arroz Tio João Tintas Renner Tubos e conexões Tigre Calçados Nike Tênis Nike Aparelho celular Nokia Cimento Votoran Talheres Tramontina COMUNICAÇÃO: Locutor esportivo de rádio Pedro Ernesto Denardin Comunicador de rádio Sérgio Zambiasi Comunicador local de TV Lasier Martins Emissora de rádio AM Gaúcha Emissora de rádio FM Atlântida TV por assinatura Canais da Sky Jornal Zero Hora Colunista de jornal Paulo Sant’ana Emissora de TV/Rede TV RBS/Globo Programa local de TV Jornal Do Almoço Blog Pretinho Básico Portal de internet Google TOP EXECUTIVO: Categoria Marca Aviação executiva TAM Carro de luxo Mercedes-Benz Consultoria de gestão PricewaterHouseCoopers Corretora de ações XP Empresa de logística ALL Ensino técnico SENAI Entidade empresarial FIERGS Espumante Möet Chandon Líder empresarial Jorge Gerdau Locadora de automóveis Localiza Loja de roupa Renner MBA FGV Móveis de escritório Marelli Notebook Dell Private banking Itaú Rede de hotéis executivos Sheraton Smartphone iPhone Software de gestão SAP Tablet iPad TOP DIVERSIDADE Categoria Marca Cosméticos Natura Agência de viagem CVC Calça jeans Levi’s Joalheria/Relojoaria Safira Livraria Saraiva Bar Venezianos Cantora Madona Bebida Cerveja Emissora de rádio FM Jovem Pan Escritor (a) Martha Medeiros Série de TV Friends Salão de Beleza Hugo Beauty Banco Banco do Brasil Programa de TV Fantástico Cidade para viajar Rio de Janeiro Rede social Facebook |
Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Quem supera a Gerdau?
Quem supera a Gerdau?
Suprema Corte dos EUA dá vitória à Monsanto em discussão sobre patente
Por Dow Jones Newswires
WASHINGTON - A
Suprema Corte dos Estados Unidos concluiu que a Monsanto pode usar suas
patentes para impedir que fazendeiros reproduzam sementes transgênicas
para replantio sem o pagamento de royalties à multinacional.
A disputa envolveu o uso das sementes Roundup Ready (RR), que tornam
as plantas resistentes ao herbicida glifosato e cobrem praticamente toda
a área plantada com grãos nos Estados Unidos.
Diferentemente de outras
invenções, essa biotecnologia é autorreplicante, de modo que fazendeiros
podem ‘salvar’ parte de sua colheita para o plantio na safra seguinte.
De acordo com a Corte, o sojicultor Vermon Bowman fez cópias não
autorizadas da tecnologia ao replantar grãos com o gene RR adquiridos de
um operador graneleiro. O produtor de Indiana terá de pagar uma
indenização de US$ 84 mil.
Bowman argumentou que os direitos da Monsanto sobre a tecnologia
haviam se esgotado na venda inicial da semente e que a múlti não poderia
usar sua patente para controlar a forma como o produto colhido é
utilizado posteriormente.
(Dow Jones Newswires)
Pré-sal vai surpreender positivamente, diz Edison Lobão
Por Rodrigo Polito e Marta Nogueira
O
ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, nesta terça-feira que a
produção de petróleo na camada pré-sal, no Brasil e no exterior, vai
surpreender positivamente.
“O pré-sal, com os novos estudos que estamos fazendo aqui, no Brasil,
e fora do Brasil, vai nos surpreender positivamente”, disse o ministro,
durante a abertura da 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do
Petróleo (ANP).
Segundo Lobão, por muito tempo, o governo havia desistido de fazer
mais licitações por razões de interesse nacional. “Hoje temos duas leis.
A que está em vigor há bastante tempo e a lei de partilhas”.
Ele acrescentou que além da 11ª Rodada, o governo vai realizar um
leilão voltado para área de gás natural e outro para o modelo de
partilha do pré-sal.
O ministro também destacou que na Bacia do Parnaíba está sendo
produzido gás natural em larga escala. E acrescentou que o Piauí, assim
como o Maranhão, tem potencial para produzir gás natural em larga escala
e com preços baixos.
A Bacia do Parnaíba, localizada nos Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, terá 20 blocos ofertados na rodada de hoje.
(Rodrigo Polito e Marta Nogueira)
Não há tempo a perder, diz Azevêdo na OMC
Por Assis Moreira | Valor
SÃO PAULO - A
Organização Mundial do Comércio (OMC) passa por um momento crítico e
não há tempo a perder. Foi o que afirmou Roberto Azevêdo nesta manhã
diante dos países membros da OMC, ao ser aprovado oficialmente como
próximo diretor-geral da organização, a partir de setembro.
Sob fortes aplausos, Azevêdo agradeceu pela confiança, mas não entrou
nas questões essenciais do comércio, deixando isso para setembro,
quando assume.
Ele enfatizou a importância de não perder tempo na preparação de um
pacote de liberalização para a conferência ministerial de Bali, na
Indonésia, em dezembro.
O principal acordo, de facilitação de comércio, tem 650 colchetes, significando divergências entre os países.
“Azevêdo precisará ser um destruidor de colchetes”, comentou um
negociador, em referência à necessidade de reduzir as diferenças entre
os países.
O atual diretor-geral, Pascal Lamy, lembrou em seu discurso os
valores da OMC em torno de abertura do comércio para o benefício de
todos, a não discriminação, a equidade e a transparência.
Na reunião da OMC, hoje, pelo menos 40 delegações pediram para se pronunciar, elogiando o futuro diretor-geral.
Azevêdo viajará amanhã ao Brasil e na sexta-feira estará em Brasília.
Petrobras vende subsidiária argentina, diz “La Nación”
Por Renato Rostás | Valor
SÃO PAULO - A
Petrobras vendeu 51% do capital de sua subsidiária argentina, a
Petrobras Argentina, para a Oil Combustibles, do empresário Cristóbal
López, informou hoje o jornal argentino “La Nación”.
De acordo com a publicação, algumas operações ficaram fora do
negócio. Entre elas, estaria a Lubrax, distribuidora de lubrificantes da
estatal brasileira. Já a rede de postos de gasolina da Petrobras
estaria incluída e passaria a funcionar sob a bandeira Oil, do
empresário.
O “La Nación” lembra que López tem ligação com Cristina Kirchner,
presidente da Argentina. Quando iniciou sua carreira, na Patagônia, o
empresário era um grande contratante da YPF, petrolífera argentina. Foi
quando os vínculos com o kirchnerismo se intensificaram.
Em 2010, o empresário já havia feito negócios com a Petrobras. Ele
adquiriu uma refinaria da estatal em San Lorenzo e levou junto mais 360
postos relacionados a essa usina.
Em audiência no Senado, a presidente da Petrobras, Maria das Graças
Foster, afirmou que a diretoria ainda não tomou nenhuma decisão sobre a
subsidiária. “A Pesa [Petrobras Argentina S.A.] está na carteira de
desinvestimento, mas não temos pressa de vender”, disse Graça.
Burocracia é o maior obstáculo para empreender no Brasil, diz estudo
05/14/13 11:49 AM
Por Daniela Moreira | PEGN
Abrir um negócio no Brasil não é uma tarefa fácil. Diversos são os obstáculos na jornada para empreender.
A burocracia é o principal deles, segundo 93% dos empresários
brasileiros entrevistados em uma pesquisa da Regus, empresa que oferece
espaços alternativos de trabalho.
O estudo foi feito com 26 mil executivos de 90 países. A falta de apoio do governo foi citada como segundo grande obstáculo (76%) pelos brasileiros e a dificuldade para conseguir crédito aparece em seguida na lista (75%).
A concorrência com grandes concorrentes do mercado também é vista
como empecilho por 49% dos brasileiros, assim como a situação econômica
do país, apontada por 43% dos executivos. Apesar dos obstáculos, o
levantamento mostra que 77% dos empreendedores fariam tudo de novo para ter o seu próprio negócio.
Fonte: http://revistapegn.globo.com/
Brasil só ganha com abertura de mercado a empresas de fora, diz secretária dos EUA
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PATRÍCIA CAMPOS MELLO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
As regras de conteúdo local em licitações do governo brasileiro são
"muito problemáticas, não são livre comércio e equivalem a 'roubar na
balança' [putting your fingers on the scale]".
Foi com essa crítica dura que Rebecca Blank, secretária interina de
Comércio dos Estados Unidos, descreveu a principal reclamação dos
empresários americanos que querem investir no Brasil.
Rebecca está no país com representantes de 16 empresas americanas
interessadas em exportar produtos e serviços de infraestrutura ou
investir em grandes obras.
*
Folha - Tem havido atrasos nas licitações para grandes obras de
infraestrutura e concessões no Brasil, muitas vezes devido à falta de
interesse de investidores por causa da baixa taxa de retorno. Isso
preocupa os potenciais investidores ou exportadores dos EUA?
Rebecca Blank - Não é incomum que licitações de projetos muito grandes atrasem. As empresas de infraestrutura sabem que o setor é assim. Já em relação à taxa de retorno, não tenho como comentar.
O que incentivaria investimentos em infraestrutura no Brasil hoje?
O mais importante é o anúncio do governo de que haverá um total de US$ 500 bilhões em investimentos em infraestrutura no país nos próximos anos. Isso interessa muito às empresas americanas. Mas há uma preocupação porque o Brasil é um mercado mais fechado para investimentos e exportações do que muitas empresas americanas desejariam.
Nós já tivemos várias conversas com autoridades brasileiras sobre a alta
nas tarifas de importação e as exigências de conteúdo local. Acho que,
no longo prazo, o Brasil só tem a ganhar trazendo empresas de países de
todo o mundo, que têm expertise e vão ajudar a criar conhecimento local e
produção. Ao trazer investimento de fora é que o Brasil cresce e se
torna parte da economia global.
Muitas dessas medidas desaceleram o país no longo prazo. Isso nos
preocupa muito, e nós estamos trabalhando com autoridades brasileiras
para abrir o mercado.
Moacyr Lopes Junior/Folhapress | |||
Rebecca Blank, secretária interina de Comércio dos Estados Unidos, em hotel em SP |
Sim. [Essa regra] é muito problemática. Isso não é livre comércio, na verdade isso é roubar na balança ["putting your finger on the scales"]. Significa que vai ser muito difícil para empresas internacionais ganharem licitações em algumas áreas.
Em algumas áreas de serviços avançados, como design e questões ambientais, os EUA têm muita experiência. Com essas regras, fica mais difícil para empresas americanas participarem, o que vai tornar mais difícil realizar esses projetos.
A senhora discutiu isso com autoridades brasileiras?
Não nesta viagem. Mas tivemos muitas conversas sobre esse tema quando estive em Brasília dois meses atrás.
Mesmo com a preferência de até 25%, as empresas americanas ainda são competitivas aqui?
Depende da licitação. Em algumas áreas não. Mas. em licitações que não se baseiam somente em preço, em áreas em que o Brasil tem menos expertise, empresas de fora terão alguma chance.
Essas regras de conteúdo local prejudicam a economia brasileira?
Se você quer fazer esses projetos direito, você quer contratar a companhia de maior qualidade, que pode ser nacional ou estrangeira. Se você está modernizando um aeroporto e quer que o projeto dê certo, você quer o fornecedor de maior qualidade, deveria deixar todos competirem em pé de igualdade.
Em comparação com outros países, como é o ambiente para fazer negócios no Brasil?
O Brasil retrocedeu um pouco por causa das regras de conteúdo local e o aumento de tarifas. Outros países têm se engajado muito mais no comércio global e estão tentando reduzir barreiras.
As negociações da Parceria Transpacífico [PTP] mostram que há países que crescem muito rapidamente e estão mais famintos por investimentos e exportações, embora talvez não estejam no mesmo estágio de desenvolvimento que o Brasil.
O Brasil tem muitas vantagens, mas, para funcionar de forma global e eficiente, precisa tornar mais transparente e fácil o processo de atuar no país e ter regras similares para todos os países que atuam no Brasil. Países que participam da negociação da PTP como Peru e Chile têm acordos de livre comércio com os EUA e vários outros países, o que, da nossa perspectiva, oferece menos barreiras para fazer negócios lá.
RAIO-X REBECCA BLANK
CARGO
vice-secretária de Comércio dos Estados Unidos desde março de 2012; atualmente é secretária interina de Comércio
FORMAÇÃO
formada em economia pela Universidade de Minnesota; tem um doutorado em economia pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology)
NATURALIDADE
Nascida em Missouri, EUA
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