SÃO PAULO - A
Organização Mundial do Comércio (OMC) passa por um momento crítico e
não há tempo a perder. Foi o que afirmou Roberto Azevêdo nesta manhã
diante dos países membros da OMC, ao ser aprovado oficialmente como
próximo diretor-geral da organização, a partir de setembro.
Sob fortes aplausos, Azevêdo agradeceu pela confiança, mas não entrou
nas questões essenciais do comércio, deixando isso para setembro,
quando assume.
Ele enfatizou a importância de não perder tempo na preparação de um
pacote de liberalização para a conferência ministerial de Bali, na
Indonésia, em dezembro.
O principal acordo, de facilitação de comércio, tem 650 colchetes, significando divergências entre os países.
“Azevêdo precisará ser um destruidor de colchetes”, comentou um
negociador, em referência à necessidade de reduzir as diferenças entre
os países.
O atual diretor-geral, Pascal Lamy, lembrou em seu discurso os
valores da OMC em torno de abertura do comércio para o benefício de
todos, a não discriminação, a equidade e a transparência.
Na reunião da OMC, hoje, pelo menos 40 delegações pediram para se pronunciar, elogiando o futuro diretor-geral.
Azevêdo viajará amanhã ao Brasil e na sexta-feira estará em Brasília.
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