Com
escritório em Washington, na Rua K (foto), via conhecida como a meca dos
lobistas, o escritório King & Spalding LLP declara gastos de US$
80 mil por trimestre para representar os interesses da Embraer junto
ao Congresso americano, ao Departamento de Defesa, e a órgãos americanos
do setor de transporte.
Por
R$ 30 mil trimestrais, a associação do setor sucroalcooleiro, Unica, faz
lobby, através de outro grupo, também com sede na Rua K, para manter
as cotas destinadas ao etanol avançado - categoria em que se encontra
o biocombustível brasileiro - no mercado americano.
"Como
estrangeiros, não temos o peso do eleitorado nem podemos contribuir com campanhas
políticas: precisamos que um congressista americano acredite na nossa
causa", resumiu a representante da Unica Letícia Phillips.
Apesar de contrariar grandes interesses nos
setores do milho (matéria-prima do etanol americano) e petroleiro, a
organização conseguiu uma vitória ao derrubar em 2011 uma tarifa
aplicada ao etanol importado do Brasil.
Outro setor em que os interesses brasileiros
se chocam com os grandes lobbies americanos é o do algodão.
Desde 2009, o Brasil está autorizado pela
Organização Mundial do Comércio (OMC) a retaliar os EUA por subsídios ao
setor algodoeiro que só podem ser removidos com uma mudança na lei
agrícola que está parada no Congresso americano.
Um acordo entre os países permite evitar as
medidas mediante pagamento anual de US$ 148 milhões dos EUA ao Brasil - mas
o entendimento é temporário.
Segundo dados do Senado americano, só no ano
passado as entidades americanas do setor algodoeiro destinaram US$ 914 mil
para defender, entre outros subsídios, os seguros de colheita questionados
pelo Brasil.
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