segunda-feira, 13 de maio de 2013

Lobistas defendem etanol, aviões e algodão brasileiros nos EUA




Com escritório em Washington, na Rua K (foto), via conhecida como a meca dos lobistas, o escritório King & Spalding LLP declara gastos de US$ 80 mil por trimestre para representar os interesses da Embraer junto ao Congresso americano, ao Departamento de Defesa, e a órgãos americanos do setor de transporte.


Por R$ 30 mil trimestrais, a associação do setor sucroalcooleiro, Unica, faz lobby, através de outro grupo, também com sede na Rua K, para manter as cotas destinadas ao etanol avançado - categoria em que se encontra o biocombustível brasileiro - no mercado americano.

"Como estrangeiros, não temos o peso do eleitorado nem podemos contribuir com campanhas políticas: precisamos que um congressista americano acredite na nossa causa", resumiu a representante da Unica Letícia Phillips.

Apesar de contrariar grandes interesses nos setores do milho (matéria-prima do etanol americano) e petroleiro, a organização conseguiu uma vitória ao derrubar em 2011 uma tarifa aplicada ao etanol importado do Brasil. 

Outro setor em que os interesses brasileiros se chocam com os grandes lobbies americanos é o do algodão.

Desde 2009, o Brasil está autorizado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) a retaliar os EUA por subsídios ao setor algodoeiro que só podem ser removidos com uma mudança na lei agrícola que está parada no Congresso americano.

Um acordo entre os países permite evitar as medidas mediante pagamento anual de US$ 148 milhões dos EUA ao Brasil - mas o entendimento é temporário.

Segundo dados do Senado americano, só no ano passado as entidades americanas do setor algodoeiro destinaram US$ 914 mil para defender, entre outros subsídios, os seguros de colheita questionados pelo Brasil.
 



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