O jornal Folha de S.
Paulo desta segunda-feira (13/5) afirma que a MP dos Portos, elaborada
pelo governo para abrir o setor, colocou em guerra dois grupos do setor
privado: operadores com concessões em portos públicos e grandes empresas
que já têm ou querem entrar no negócio.
De um lado, estão empresas como a
Santos Brasil, do empresário Daniel Dantas (foto), e a Libra Terminais,
operadoras com forte atuação no país.De outro, estão grupos como o do empresário Eike Batista, Odebrecht e MSC, operadora internacional de navios.
O embate ocorre porque a antiga lei,
que pode voltar a vigorar se a MP dos Portos perder a validade na
quinta, fazia restrição entre tipos de terminais.Os privados praticamente só podem transportar cargas próprias. Os públicos podem transportar produtos de terceiros.
Os operadores em portos públicos temem a
concorrência porque têm custos mais altos, por exemplo em mão de obra.
Com a concorrência instituída pela MP, poderão ficar menos competitivos.Hoje, os dois grandes grupos do setor,
com concessões em portos públicos, detêm cerca de 33% da movimentação de
contêineres no país e quase 80% no Porto de Santos.
Reservadamente, o governo diz que os
operadores de portos públicos fazem lobby no Congresso contra a MP,
tendo como representantes deputados peemedebistas.
Fonte: Folha de S. Paulo
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