segunda-feira, 13 de maio de 2013

Brasileiros começam a apostar no exterior


Taxa de juros abaixo da inflação, perspectiva de desvalorização cambial para incentivar a atividade industrial e risco de desarticulação política em ano eleitoral parecem ser os temperos que faltavam para estimular os gestores de recursos a oferecer aplicações financeiras no exterior para brasileiros.

E, ao que parece, existe demanda. De janeiro de 2012 a março de 2013, a conta “investimento brasileiro em carteira” – contabilizada no balanço de pagamentos do país – indica saída acumulada de US$ 10,5 bilhões, conforme o gráfico abaixo.


Mesmo com um cenário internacional conturbado, aplicações em ativos no exterior podem ajudar a diminuir os riscos da carteira. Em alguns casos, inclusive, com ganhos.

Nos últimos 12 meses encerrados em abril, por exemplo, o BDRX subiu 20%. O índice é calculado pela BM&FBovespa e mede a rentabilidade média de uma carteira hipotética composta por recibos de ações de companhias estrangeiras negociados no Brasil.

Atualmente, alguns fundos de investimento brasileiros adotam o BDRX como parâmetro de referência. Se o índice continuar mostrando bom desempenho, outros gestores de recursos locais podem lançar carteiras para competir com os estrangeiros.

É uma classe de ativos que passará a ser mais detalhadamente monitorada.

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