Taxa
de juros abaixo da inflação, perspectiva de desvalorização cambial para
incentivar a atividade industrial e risco de desarticulação política em
ano eleitoral parecem ser os temperos que faltavam para estimular os
gestores de recursos a oferecer aplicações financeiras no exterior para
brasileiros.
E, ao que parece, existe demanda. De janeiro de 2012 a março de 2013,
a conta “investimento brasileiro em carteira” – contabilizada no
balanço de pagamentos do país – indica saída acumulada de US$ 10,5
bilhões, conforme o gráfico abaixo.
Mesmo com um cenário internacional conturbado, aplicações em ativos
no exterior podem ajudar a diminuir os riscos da carteira. Em alguns
casos, inclusive, com ganhos.
Nos últimos 12 meses encerrados em abril, por exemplo, o BDRX subiu
20%. O índice é calculado pela BM&FBovespa e mede a rentabilidade
média de uma carteira hipotética composta por recibos de ações de
companhias estrangeiras negociados no Brasil.
Atualmente, alguns fundos de investimento brasileiros adotam o BDRX
como parâmetro de referência. Se o índice continuar mostrando bom
desempenho, outros gestores de recursos locais podem lançar carteiras
para competir com os estrangeiros.
É uma classe de ativos que passará a ser mais detalhadamente monitorada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário