terça-feira, 14 de maio de 2013

Energiewende’: entenda o movimento que mais cresce na Alemanha


País germânico caminha para mudança na matriz energética
Colunista Paulo Wrobel -
De acordo com os dados do primeiro encontro nacional de cooperativas de energia da Alemanha, ocorrido em fins de 2012, o número dessas organizações ultrapassou 600 em todo o país, passando a incluir, em seu meio, aquelas baseadas em grandes cidades como Berlim. Parece que a cada dia uma nova cooperativa de energia é criada na Alemanha.

Inicialmente um pequeno movimento local, levado a cabo por cidadãos engajados na produção de energias renováveis, as cooperativas regionais de energia são parte constituinte de um movimento mais amplo para transformar a matriz energética alemã em uma matriz limpa ou verde até 2050. O movimento descentralizado das cooperativas tornou-se mais profissional, passando a incluir a produção de energia eólica offshore, demonstrando a tendência de arregimentar cada vez mais adeptos.
Até mesmo uma expressão germânica foi cunhada para conceituar o movimento de apostar na energia limpa 

- Energiewende – o que significa transformação energética, a transição da produção de energia baseada em combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, em uma produção baseada em recursos renováveis – especialmente eólica e solar.  Com efeito, a indústria verde na Alemanha, nos setores eólico e solar fotovoltaico, é bastante poderosa, empregando quase meio milhão de pessoas - a maioria em pequenas e médias empresas - e produzindo equipamentos necessários para o setor, apesar de enfrentar cada vez mais a forte concorrência chinesa.

A indústria de energia verde teve seu primeiro impulso quando o Partido Verde fez parte da coalizão governamental liderada pelos sociais democratas. O setor foi muito estimulado pelo Ato das Fontes de Energia Renovável, o primeiro do mundo a tomar abertamente a decisão do país em levar a frente uma política de transformação radical na matriz energética. Em fins de 2012, cerca de um quarto da produção teutônica de energia proveio de fontes renováveis. A meta é a de atingir 35% em 2020.

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