O
presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), Luciano Coutinho (na foto com o senador Lindberg Faria), disse
nesta quarta-feira (8/5) no Senador que os investimentos estrangeiros de
longo prazo, a partir de debêntures, serão a principal via de
participação do setor privado nos projetos e obras prioritárias para o
país.
Segundo ele, o banco está estudando ações para tornar o cenário mais seguro e atrativo para os investidores internacionais.
“Estamos empenhados em fortalecer e
criar condições mais seguras para os investidores estrangeiros,
principalmente para os tradicionais que não são propensos a correr
muitos riscos”, garantiu.
Segundo ele, o BNDES já patrocinou mais de 400 projetos de infraestrutura no Brasil sem dificuldades.
“Estamos analisando cláusulas que
protejam o investidor estrangeiro e temos feito interlocução ativa no
exterior com investidores interessados. Acho que esse mercado vai ser a
grande via de participação do setor. Antes do crédito bancário serão as
debêntures”, apostou Coutinho.
As debêntures funcionam como títulos
que o setor privado emite. Os papéis representam dívidas de empresas que
se comprometem a quitar com juros e prazo definidos, e, com o dinheiro
da venda, conseguem financiar obras e projetos.
O governo criou uma série de estímulos para atrair o interesse do setor privado.
Uma delas foi a isenção do Imposto de Renda para as empresas que aderirem, mas a iniciativa não decolou.
Durante uma audiência pública na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal, Coutinho
garantiu que o BNDES está preparado para oferecer as taxas e condições
que foram anunciadas para alavancar o programa de investimentos em
logística no país.
Segundo ele, a participação do setor privado é
fundamental para que os projetos ganhem as proporções e os resultados
esperados.
“Nossa expectativa é que os leilões de
rodovias, portos e aeroportos sejam muito disputados, [que] os leilões
dos trechos ferroviários atraiam muitos investidores.
De
nossa parte, ofereceremos financiamento de longo prazo e vamos
fortalecer a estrutura de capital dos investidores privados”,
acrescentou, destacando que o banco tem mantido essa dupla agenda
voltada para o setor.
Coutinho explicou que o BNDES internacional, instalado em Londres, tem essa função entre seus objetivos.
Segundo ele, a expectativa é que essa
unidade seja usada para captar recursos estrangeiros com taxas mais
baixas, gerir ativos de interesse do país e funcionar como fonte de
interlocução para atrair investimento principalmente para a área de
logística no país.
“Esses objetivos mais do que justificam que o banco tenha janela de operação internacional”, avaliou.
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