O
apetite do mercado consumidor brasileiro ajudou a criar um déficit
recorde, de mais de US$ 6 bilhões no comércio exterior, no primeiro
quadrimestre do ano, mas a secretária de Comércio Exterior, Tatiana
Prazeres (foto), afirmou que a balança comercial deve registrar, em
maio, um superávit, mostrando uma reversão ante o quadro de abril.
"Nossa
expectativa é de ter superávit na balança comercial em maio e seguimos
com a expectativa de ter um ano com saldo positivo na balança", afirmou
Tatiana ao comentar os dados de abril.
A
queda nas exportações e o crescimento das importações de petróleo,
principalmente devido ao aumento do consumo interno, foram decisivos
para o mau desempenho da balança comercial, como explicou Tatiana.
À
exceção dos automóveis, cujas importações caíram 22%, houve forte
aumento das compras de bens de consumo, especialmente não duráveis, que
aumentaram 23% em abril, comparadas a abril de 2012. A importação de produtos de toucador, como cosméticos, cresceu 55%, a de vestuário, 35%, e de produtos farmacêuticos, 24%.
As
exportações somaram US$ 20,632 bilhões e as importações, US$ 21,626
bilhões - os dois resultados são recordes para o mês de abril.
Tatiana
destacou que, embora haja déficit superior a US$ 6 bilhões até abril,
no acumulado em 12 meses, a balança registra um superávit de quase US$
10 bilhões.
Na quarta semana
de abril, cujos dados só foram divulgados nesta quinta-feira, houve um
superávit de US$ 322 milhões, com vendas externas de US$ 4,794 bilhões e
importações de US$ 4,472 bilhões.
Na
quinta semana do mês, o superávit foi de apenas US$ 23 milhões,
resultado de exportações de US$ 1,698 bilhão e compras de US$ 1,675
bilhão.
Em janeiro deste ano, o déficit comercial foi de US$ 4,039 bilhões. Em fevereiro, o saldo foi negativo em US$ 1,278 bilhão. Em março, apresentou um resultado positivo de apenas US$ 161 milhões.
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