quarta-feira, 14 de agosto de 2013

EUA: debate para ‘afrouxar’ visto avança

Adesão ao Global Entry pode ser oficializada no próximo mês; secretário americano espera chegar ‘um dia’ à isenção do documento

13 de agosto de 2013 | 23h 24

Rafael Moraes Moura e Ricardo Della Coletta - O Estado de S. Paulo

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nessa terça-feira, 13, que as discussões entre Brasil e Estados Unidos sobre o programa Global Entry - o primeiro passo rumo a uma futura isenção de vistos - têm sido satisfatórias e que há a possibilidade de algum resultado ser divulgado ainda neste ano.
Em março, os dois governos acertaram a participação inicial de 1.500 viajantes frequentes no programa Global Entry, que permite a entrada em território americano sem passar pelas filas de imigração. Dessa forma, não seriam beneficiados turistas eventuais, apenas os brasileiros que visitam os EUA com maior frequência, na maioria das vezes em viagens a trabalho. Na época, não havia previsão para o início da experiência, porque ainda havia pontos em negociação entre o Itamaraty e o Departamento de Estado - equivalente ao Ministério de Relações Exteriores americano.
"Uma declaração poderá ser acordada em breve, no mês de setembro, e prepararia o texto a ser divulgado durante visita presidencial (de Dilma Rousseff aos Estados Unidos, em 23 de outubro)", afirmou Patriota, ao lado do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que visita o País. "A questão da eliminação do requerimento do visto é outra questão, mais complexa, que exigirá mais tempo para ser debatida", ressaltou o chanceler brasileiro.
Empenho. De acordo com Kerry, o governo americano está empenhado em "apressar ao máximo" o processo de solicitação do visto por parte dos brasileiros. "Nós nos orgulhamos de ter dinamizado nossas operações. Queremos que mais brasileiros venham aos EUA, em viagens a negócio, turismo, estudo, visitar amigos. Queremos facilitar esse processo", afirmou o secretário. "Vamos abrir consulados em Belo Horizonte e Porto Alegre, e estamos avançando o máximo possível para facilitar a questão do visto", destacou.
O secretário comentou ainda que a Casa Branca quer o maior número possível de turistas brasileiros e espera "chegar um dia" à isenção de visto. No início do ano passado, em discurso na Disney, o presidente Barack Obama defendeu a entrada do Brasil na lista de países isentos do documento.

Clima econômico do Brasil é 3º mais baixo da América Latina






O Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil ficou em 3,8 pontos em julho deste ano, o terceiro mais baixo da América Latina entre 11 países pesquisados. A pontuação do Brasil só foi maior do que a obtida pela Venezuela (1 ponto, a pontuação mínima) e a Argentina (3,6). O índice é calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A queda do indicador, calculado com base na opinião de especialistas sobre a economia local, foi de 32%. Em abril, o ICE brasileiro alcançou 5,6 pontos. O resultado de julho também ficou pouco bem abaixo da média de 6,1 pontos observada nos últimos dez anos.
A média do ICE na América Latina em julho foi 4,4 pontos. Em abril, havia sido 5,2. Os melhores resultados foram obtidos por Paraguai (7,3), Colômbia (6,1), Peru (5,6), Bolívia (5,4), Uruguai (5,3), México (5,3) e Equador (5). O Chile ficou na média (4,4). Apenas dois países tiveram melhora no indicador entre abril e julho: Colômbia e Uruguai. A Bolívia se manteve estável e os demais tiveram queda.
No Brasil, os especialistas estão mais pessimistas tanto em relação ao momento atual quanto ao futuro. O subíndice de Expectativas, que avalia a situação para os próximos meses, caiu de 6,4 pontos em abril para 4,2 em julho. Já o subíndice da Situação Atual caiu de 4,7 para 3,3 pontos no período.
Como os dois subíndices estão abaixo de 5 pontos, o Brasil está em fase de recessão, segundo o estudo. Em abril, o país estava na fase de recuperação (quando o subíndice de Expectativas está acima de 5 e o subíndice da Situação Atual está abaixo desse valor). As outras duas categorias da pesquisa são expansão (quando os dois subíndices estão acima de 5) e piora (quando a Situação Atual está acima de 5 e a Expectativa abaixo desse valor).
A média mundial do ICE caiu de 5,4 em abril para 5,2 em julho. Entre os dez principais países da pesquisa, apenas Estados Unidos e três países europeus tiveram melhora entre abril e julho. Os Estados Unidos passaram de 5,2 para 5,6 pontos. A Alemanha subiu de 6,3 para 6,4; o Reino Unido, de 5,1 para 5,9 e a França, de 3,1 para 3,9.
O Japão caiu de 6,3 para 5,9 pontos. Além do Brasil, os outros quatro Brics tiveram queda no indicador: China (de 5,8 para 4,4), Índia (5,6 para 4,9), Rússia (4,5 para 4,1) e África do Sul (4,3 para 3,9).

A incompetência e má fé petista no setor de energia


Miriam-Leitao
A incompetência e má fé dessa gente é uma arte. Não fosse a operação das termoelétricas – mais custosas ao contribuinte – para compensar a falta de chuvas, que foram construídas ainda no governo FHC, e já teríamos um apagão a caminho. Mas leiam abaixo que uma parte da solução estaria chegando, não fosse a incompetência do governo.

Novo curto-circuito - Miriam Leitão
O erro do Ministério das Minas e Energia nas hidrelétricas do Rio Madeira é apenas um dos exemplos das falhas que rondam o setor de energia. Por não ter sido planejada a compatibilização de equipamentos de segurança, as usinas não poderão transmitir a energia que estarão aptas para gerar até o fim do ano, do contrário, as turbinas podem queimar.

O problema foi detectado, conta o repórter Daniel Rittner, do “Valor Econômico”, em 2010. Desde então, nenhuma autoridade achou que fosse necessário contar o que acontece ao distinto público. As hidrelétricas foram viabilizadas com financiamento subsidiado e participação de estatais para manter em pé os consórcios, mesmo assim, o governo preferiu fazer uma conspiração do silêncio. Ministério das Minas e Energia, empresas, Operador Nacional do Sistema, Agência Nacional de Energia Elétrica, todos omitiram que, por erro de planejamento, não será possível escoar a energia a ser gerada por Santo Antônio e Jirau além de 1.100 Megawatts, porque o risco é de as usinas queimarem. Esconder a informação dessa falha já é um erro em si. Empresários do setor se diziam ontem apanhados de surpresa por mais esse imbróglio. O trio elétrico MME-Aneel-ONS e os consórcios conseguiram esconder do país o que o país tinha direito de saber.
As duas hidrelétricas foram licitadas com a capacidade de gerar, juntas, 6.400 MW. Depois, Jirau fez uma mudança no projeto elevando o número de turbinas e essa potência aumentou. Muito mais aumentou o preço. As duas custariam pouco mais de R$ 20 bilhões, segundo os números do leilão em maio de 2008. Em 2011, o custo das duas já tinha ido para R$ 28 bi e está terminando num valor superior a R$ 30 bi.
Santo Antônio já está iniciando a geração de algumas das 44 turbinas sem que haja como escoar a energia pela falta de linhas de transmissão. E o problema é que quando chegar no fim do ano, data de conclusão das obras, ainda será preciso resolver esse novo problema.
Soube-se dele só agora porque a ata da reunião de junho do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico informa que a Aneel registrou “preocupação” com a carta recebida do ONS no qual o problema é relatado. “Os sistemas de supervisão e controle das usinas e do complexo de transmissão não são compatíveis”, informa o “Valor”.
É um espanto de incúria administrativa e uma deliberada omissão de informação relevante. Procurada pelo jornal, a agência reguladora nada quis dizer. Temos uma agência que pensa que não é sua obrigação pronunciar-se sobre um fato espantoso como esse. O ONS admitiu que o problema existe, mas que “um atraso acabou ajudando o outro”. Como há atraso da entrada de funcionamento das usinas e das linhas de transmissão, vai se tentar resolver o que deveria ter sido pensado desde o início: que os sistemas de segurança sejam compatíveis.
O setor de energia está sempre preparado para culpar as licenças ambientais por qualquer atraso que ocorra. Em relação a essas duas hidrelétricas houve tudo: erro nos projetos e processos, saída de empreendedores do consórcio de Jirau, brigas entre os grupos de Jirau e Santo Antônio, eclosão de protestos de trabalhadores no canteiro de Jirau. A revolta de trabalhadores foi contida com o uso da Força Nacional, o que é uma ironia. No governo de um partido que se chama “dos trabalhadores”, usam-se recursos públicos e a Força Nacional em um conflito entre capital e trabalho.
Quanto vai custar esse atraso? Quem é o responsável pelo erro de planejamento? Por que isso foi escondido? O governo deve ao país muitas informações sobre esse nebuloso caso, do qual só se sabe quem vai pagar a conta: o contribuinte.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Argentina regulamenta lei que permite intervenção em empresas abertas

Por Cesar Felício | Valor
 
BUENOS AIRES  -  A presidente argentina, Cristina Kirchner, regulamentou a lei que muda o mercado de capitais no pais, permitindo que o órgão regulador estatal intervenha em qualquer empresa com ações ou títulos negociados em bolsa.

O decreto, publicado nesta quinta-feira no diário oficial do país, normatizou o artigo 20 da lei. De acordo com o texto, a  Comissão Nacional de Valores (CNV), o equivalente local à brasileira CVM, poderá agir de ofício, sempre que entender que o interesse de um acionista minoritário ou de um proprietário de obrigações negociáveis está ameaçado.

A direção da empresa poderá ser afastada por até 180 dias e a CNV tomará o comando da companhia nomeando um interventor.

O decreto permite também que um acionista minoritário que tenha pelo menos 2% possa pedir a intervenção.

Especialistas no setor apostam que a primeira empresa a sofrer intervenção estatal será o grupo de mídia Clarín , que fatura cerca de US$ 1 bilhão e faz oposição ao governo. A autarquia governamental ANSES, que gerencia o sistema previdenciário no país, é dona de 9% das ações do grupo.

Entre as empresas com controle brasileiro que, em tese, podem ser atingidas pela disposição, estão a Petrobras Argentina, o Itaú, o Banco Patagônia, controlado pelo Banco do Brasil, e a cimenteira Loma Negra, controlada pela Camargo Correia. O Patagônia e a Loma Negra estão em processo de fechamento de capital no país, ainda não concluído.

Dólar volta a disparar e pressiona juros e Bovespa


Por Lucinda Pinto, José de Castro, Aline Cury Zampieri e Gabrielle Moreira | Valor
 
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SÃO PAULO  -  O mercado externo deu a deixa para um forte ajuste do dólar e dos juros nesta terça-feira, após a recente trégua observada nos negócios. A moeda americana disparou para mais de R$ 2,31, pressionada pelo movimento da divisa no exterior e sem que esse movimento acionasse qualquer intervenção do Banco Central (BC) por ora.

Em consequência, os juros futuros também foram a máximas há dias não vistas. Também contribui para essa alta o movimento dos títulos do Tesouro americano, cujos rendimentos avançam firmemente hoje. Além disso, há as declarações de ontem do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, de que a inflação baixa vista em julho “é um ponto fora da curva”.

Depois de subir 6,06% em quatro pregões, o Ibovespa luta para cravar um quinto dia de ganhos, mas há dificuldades. Operadores comentam que há muitas forças em jogo neste pregão. Uma delas é a pressão do dólar, que não para de subir. Outra é o vencimento de opções sobre Ibovespa e índice futuro, que deve dar uma briga boa nos 50 mil pontos, segundo um profissional. Os estrangeiros reduziram drasticamente suas posições vendidas em Ibovespa futuro. 

O economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho, diz que a alta do Ibovespa em julho e neste começo de agosto surpreendeu, já que meses de férias no Hemisfério Norte tendem a trazer menos emoções às mesas de negociação. Mas os números da China melhores, reforça, dão um tom positivo aos mercados que vendem commodities, caso do Brasil. As perspectivas seguem incertas, já que, segundo ele, as divulgações chinesas têm sido erráticas, a exemplo dos números dos Estados Unidos. Se a recuperação se mantiver, significa mais fôlego para a Bovespa.

Perto de 14 horas, o Ibovespa subia 0,05%, para 50.325 pontos. Vale PNA avançava 0,67% e Petrobras PN recuava mais de 1%.

Em alta, o dólar alcançou o maior nível em quase uma semana. De acordo com operadores, em mais um dia sem atuação do BC, as compras hoje são uma continuação do movimento de ontem, quando a autoridade monetária não interveio mesmo com o dólar em alta. Isso funcionou como um “passe livre” para a recomposição de posições a favor da moeda americana, que ganha força nesta sessão pela valorização global do dólar.

As compras de dólares ocorrem em um dia de liquidez um pouco melhor - da ordem de US$ 870 milhões no mercado interbancário -, mas ainda abaixo da média para o horário, de pouco mais de US$ 1 bilhão. Isso acaba potencializando as variações, já que o mercado fica mais sensível a fluxos pontuais.

No mercado primário, operadores afirmam que os fluxos estão fracos, sem presença significante de importadores e exportadores. Do lado financeiro, o fluxo é negativo.

Segundo um especialista em câmbio, o mercado segue demandando dólares por ter entendido que o BC vem adotando uma postura errática em suas intervenções no câmbio.

“Ninguém esperava que ele atuasse na baixa. Ele atuou. Todo mundo espera que ele atue na alta. Mas nem ontem nem hoje ele atuou. Quem ficou com um pé atrás de comprar dólar no fim da semana passada nesta semana está tendo passe livre, já que o BC ainda não deu as caras”, diz o profissional, referindo-se à venda de US$ 1,625 bilhão em swaps cambiais tradicionais no fim da semana passada, mesmo com o dólar em queda.

Segundo ele, essa “imprevisibilidade” pode ser uma nova estratégia, já que assim o BC evitaria espe culação no câmbio. “Mas tem o outro lado da moeda. Quando o BC não atua com o dólar em alta, quem precisa da moeda para fazer hedge também é prejudicado. De qualquer forma, imprevisibilidade nunca é algo bom. Deixa o mercado mais tenso. E qu ando o mercado está tenso ele procura proteção. Ou seja, procura dólar.”

Próximo de 14 horas, o dólar comercial subia 0,83%, para R$ 2,305. Na máxima, a moeda foi a R$ 2,310 (+1,05%). É o maior nível intradia desde a última quarta-feira, quando o dólar chegou a ser cotado em R$ 2,315. No mercado futuro, o dólar para setembro ganhava 0,65%, a R$ 2,3125.
Na BM&F, DI janeiro/2017 projetava taxa de 11,20%, contra 10,95% no ajuste de ontem. O DI janeiro/2015 tinha taxa de 9,84%, ante 9,72% um dia antes.

Governo avalia pedido da Petrobras, mas não garante reajuste


Diretor financeiro da Petrobras afirmou que a estatal busca "intensamente alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos internacionais"

Adam Berry/Getty Images
Tanque de combustível
Tanque de combustível: após valorização do dólar frente ao real, a Petrobras teve anulados os efeitos dos reajustes de combustíveis realizados no ano passado e no início deste ano

Brasília - O governo avalia pedido da Petrobras sobre reajuste de preços de combustíveis, mas isso não significa que a reivindicação da estatal será atendida pelo seu controlador, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a jornalistas em Brasília.

"A Petrobras está permanentemente pedindo aumentos de seus preços, até porque estão defasados há muitos anos. Mas isso não significa que se vá acordar (sobre o assunto)", afirmou Lobão.
Ele disse ainda que o governo está avaliando a situação.

"Vamos examinar pelo Ministério da Fazenda, pelo Conselho e pelo Ministério de Minas e Energia", completou. "Nós não estamos dizendo que se vai atender a reivindicação da Petrobras, estamos examinando." A preocupação do governo é com o impacto de eventuais aumentos de preços de combustíveis para a inflação. "Nenhum aumento de preço é bom", comentou Lobão.

Na segunda-feira, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que a estatal busca "intensamente alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos internacionais".

Após a valorização do dólar frente ao real, a Petrobras teve anulados os efeitos dos reajustes de combustíveis realizados no ano passado e no início deste ano. E a empresa continua vendendo combustíveis no Brasil a preços inferiores aos do mercado externo.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Siemens se preocupa com uso de investigação para “outro interesse”


Por Valor

SÃO PAULO  -  A Siemens, em comunicado publicado no domingo na primeira página do jornal “Folha de S.Paulo”, destacou sua preocupação com o uso para outros fins e interesses das investigações conduzidas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), relativas ao suposto cartel em obras de trem e metrô em São Paulo e no Distrito Federal. 

“Tendo-se em vista que as investigações ainda estão em andamento e a confidencialidade inerente ao caso, a Siemens não pode se manifestar publicamente quanto ao teor das matérias que têm sido publicadas pelos diversos veículos de comunicação. E espera que o assunto seja tratado com a devida seriedade e não como instrumento para qualquer outro uso ou interesse”, diz o comunicado, assinado pelo presidente da Siemens no Brasil, Paulo Stark.

Diante disso, a companhia refuta “quaisquer acusações que não sejam baseadas em provas validadas por órgãos oficiais competentes e que denigram a imagem, seja da empresa, de governos, partidos políticos, pessoas públicas ou privadas, ou qualquer integrante da sociedade”. O Valor apurou que a companhia está especialmente desconfortável com o impacto político da investigação, que tem sido ligada aos governos do PSDB no Estado de São Paulo.

No comunicado, a companhia lembra ainda que instituiu em 2007 um sistema de “compliance”, para detectar, corrigir e prevenir práticas ilícitas que eventualmente tenham sido ou pudessem ser executadas em sua estrutura global. “Infelizmente isso pode ser entendido de forma equivocada. Esse é o preço de um movimento transformador da sociedade. Não se trata de um discurso vazio ou estratégia publicitária. É um compromisso sério, que não admite desvios”, informa no comunicado.

A Siemens destaca ainda que acredita que “somente a concorrência leal e honesta pode assegurar um futuro sustentável para as empresas, governos e a sociedade como um todo”.