Tribunais isentam de IR remessa ao exterior para pagar serviços | |||
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Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Tribunais isentam de IR remessa ao exterior para pagar serviços
Programa alimentar nacional atrai países e Brasil financia exportação de máquina agrícola
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Cartes reuniu-se ontem com Dilma; hoje ele toma posse na presidência do Paraguai
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Governo estuda livre comércio eletrônico para pequeno empresário na exportação
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Maioria dos brasileiros acha que país está no rumo errado
Pesquisa do instituto Ipsos aponta que, pela primeira vez em seis anos, mais brasileiros acham que o país está no rumo errado (58%) do que no rumo certo (42%)
José Roberto de Toledo - Estadão Dados
Pela primeira vez em seis anos, mais brasileiros acham
que o país está no rumo errado (58%) do que no rumo certo (42%). A
inversão da opinião pública aconteceu em junho, após a série de
manifestações de rua, e se manteve em julho, segundo histórico de
pesquisas nacionais do instituto Ipsos.
Foi uma reversão abrupta, sem paralelo nos oito anos de pesquisa: de
um mês para o outro, um em cada cinco brasileiros mudou de opinião. Em
maio, 63% diziam que o Brasil estava no rumo certo, e 37%, que estava
errado. Um mês e 500 protestos depois, as taxas quase se inverteram: 43%
a 57%. Pela primeira vez desde 2007, mais gente passou a achar que o
país marcha para o lado errado.
Em julho, segundo o Ipsos, a tendência se manteve, com pequena
oscilação: 42% acham que o Brasil está na direção correta, e 58%, que o
país precisa mudar de rumo. Não há diferenças significativas entre
classes: na "C", 41% dizem que o rumo do país está correto, contra 43%
da A/B e 46% da D/E.
"Essa inversão mostra uma preocupação: a necessidade de pensar os
problemas com mais profundidade", diz Paulo Cidade, diretor-executivo da
Ipsos Public Affairs. "A partir dos protestos, as pessoas começam a
perceber que é preciso pensar mais no país a longo prazo. E a
expectativa está bem negativa", completa.
A resposta da opinião pública a essa questão não é igual à avaliação
que as pessoas fazem do governo federal. Em junho, quando houve a
inversão e mais pessoas passaram a achar que estamos na contramão, a
avaliação da presidente Dilma Rousseff (PT), embora tivesse despencado,
ainda tinha saldo positivo: 37% de ótimo/bom contra 25% de ruim/péssimo,
segundo o Ipsos.
É mais uma medida do humor, do sentimento geral da população. É um
alerta para os governantes de que algo precisa ser feito. Significa
também que o eleitorado está muito mais propício à mudança e, em tese,
mais permeável a um discurso de oposição. Mas o indicador deve ser
analisado com cuidado pelos opositores.
De abril de 2005 até o final de 2006, mais brasileiros achavam que o
país estava no rumo errado do que no certo. No auge dessa onda de
pessimismo, em outubro de 2005, 71% apostavam que Lula conduzia o Brasil
pela contramão. Essa taxa passou a cair mês a mês e, um ano depois, o
ex-presidente acabou reeleito.
A pesquisa foi feita com mil entrevistas face a face, no domicílio do
entrevistado, em 70 cidades do país. A margem de erro é de 3 pontos
porcentuais, para mais ou para menos. O Ipsos é um dos cinco maiores
institutos de pesquisa do mundo.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Paraguai quer poder fazer acordos fora do Mercosul
Por César Felício | De Assunção
O novo presidente paraguaio, Horacio Cartes, toma posse amanhã com a intenção de defender dentro do Mercosul a negociação comercial com países de fora do bloco de forma bilateral, sem o aval dos demais integrantes do grupo. "Não devemos 'mercosulizar' nosso comércio", disse em entrevista à imprensa paraguaia o novo chanceler, Eladio Loyzaga, Ele mencionou expressamente a intenção de rever uma resolução do Mercosul de 2000 que exige o consenso entre os países para negociações fora do bloco que envolvam preferências tarifárias.
O Paraguai está suspenso do Mercosul desde junho do ano passado, depois da destituição sumária pelo Congresso do então presidente Fernando Lugo. Logo em seguida, Brasil, Argentina e Uruguai promoveram o ingresso da Venezuela, que vinha sendo obstruído havia seis anos pelo Congresso paraguaio. Com a posse de Cartes, a suspensão estará extinta automaticamente. Mas o novo presidente não convidou o líder venezuelano, Nicolás Maduro, para a cerimônia de posse, que contará com a participação da brasileira Dilma Rousseff, da argentina Cristina Kirchner e do uruguaio José Mujica.
Em julho, Cartes reivindicou a presidência "pro tempore" do bloco, mas o pedido foi ignorado na cúpula de Montevidéu e a presidência foi para a Venezuela. O Paraguai não deve participar da cúpula de Caracas, no fim do ano.
A possibilidade de que cada país do Mercosul faça negociações bilaterais com outros países ou blocos é defendida abertamente por entidades empresariais brasileiras, como a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), e grandes empresas, que temem perder mercado na União Europeia. A negociação com a UE está travada pela falta de consenso no Mercosul. A principal resistência é do governo da Argentina, que desde o início de 2012 tem uma política de restrições comerciais para recompor suas reservas internacionais.
A proposta paraguaia pode ampliar a crise entre Assunção e os demais países do bloco. A escolha de Eladio Loyzaga para a chancelaria é interpretada no Paraguai como uma sinalização de que Cartes poderá manter o impasse ao reingresso no bloco durante a presidência pro-tempore venezuelano.
Loyzaga é um diplomata aposentado, advogado especializado em comércio internacional e ex-deputado do Partido Colorado. "O que se espera é que ele continue centrando a política regional no questionamento jurídico da forma como a Venezuela foi incluída no bloco", opinou Fernando Masi, diretor do centro de estudos Cadep.
Cartes faz, porém, uma divisão de forças na política externa ao nomear a ex-chanceler Leila Rachid como assessora internacional. Ela conduziu as primeiras conversas de Cartes com os governos de Brasil, Argentina e Uruguai após a vitória nas eleições de abril.
Clima econômico da América Latina é o pior em um ano, diz FGV/Ifo
SÃO PAULO -
Piorou a avaliação de especialistas sobre as condições da economia da América Latina no trimestre encerrado em julho, de acordo com indicador apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o instituto alemão Ifo.
As previsões de desaceleração do crescimento da China e seus efeitos nos preços de commodities possuem forte impacto em vários países latinos com forte dependência das exportações desses produtos, como é o caso do Chile e do Peru. “As previsões tendem a ser mais pessimistas quanto aos preços dos metais que são os principais produtos de exportação desses países. Logo, não é surpresa que a piora do clima econômico na Ásia e, em especial na China, tenha sido acompanhado por comportamento similar na América Latina”, diz a pesquisa de ambas as entidades.
O indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE) – que tem como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES) – recuou de 5,2 para 4,4 pontos entre abril e julho, o menor nível desde julho de 2012. A piora decorreu de uma deterioração tanto no Indicador Ifo/FGV de Expectativas (IE), como no Indicador Ifo/FGV da Situação Atual (ISA). Ambos ficaram abaixo da média histórica dos últimos dez anos, sinalizando a entrada da região em uma fase desfavorável do ciclo econômico. O indicador é apurado com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países.
Sete dos 11 países latino-americanos analisados registraram clima econômico favorável. No entanto, apenas dois apresentaram melhora no indicador entre as pesquisas de abril e julho — Colômbia e Uruguai — e, um se manteve estável, a Bolívia. Todos os outros tiveram queda do Índice de Clima Econômico (ICE).
Entre os que apresentaram índice desfavorável, ou seja, abaixo de cinco pontos, Argentina e Venezuela já estavam nessa situação em abril. Chama atenção a piora nas condições do Brasil e do Chile que passaram de uma zona favorável para desfavorável. No caso do Chile, o ICE recuou de 6,4 para 4,4 pontos e no Brasil, de 5,6 para 3,8 pontos.
A avaliação da situação atual permaneceu favorável em oito países, mas apenas no Uruguai o indicador subiu. Argentina, Brasil e Venezuela continuaram na zona de avaliação desfavorável. O Indicador Ifo/FGV de Expectativas foi favorável em quatro países — Bolívia, México, Paraguai e Colômbia —, mas só melhorou nesse último. Todos os outros países ficaram ou passaram para a região de expectativas desfavoráveis. Nesse último caso estão Brasil e o Peru. Ademais, mesmo os que já estavam com expectativas desfavoráveis em abril, registraram piora no indicador.
Mundo
O Indicador Ifo de Clima Econômico (ICE) para o Mundo teve pequena queda, de 5,4 para 5,2 pontos, mas continuou na zona de avaliação favorável. Houve, no entanto, considerável heterogeneidade entre os resultados das principais regiões. Nos Estados Unidos e na União Europeia, foi registrado aumento no ICE (ambos em zona favorável), puxado principalmente pela melhora nas expectativas. Já a Ásia apresentou tendência similar à da América Latina, com queda expressiva do ICE, de 6,1 para 5,1 pontos. Embora tanto a avaliação da situação atual e das expectativas tenham piorado na Ásia, a maior queda foi no Indicador Ifo de Expectativas que passou de 7,1 para 5,7 pontos.
O comportamento diferenciado das regiões é ilustrado pelos resultados de países selecionados. Enquanto os países europeus e os Estados Unidos estão melhorando o clima econômico, os países asiáticos pioraram. Em adição, todos os Brics registraram queda no ICE e estão agora na zona desfavorável. Deste grupo, os piores resultados foram os do Brasil e da África do Sul.
(Valor)
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