sábado, 21 de setembro de 2013

Dilma diz que Ferronorte vai dar competitividade à economia brasileira


Por Bruno Peres | Valor
 
BRASÍLIA  -  O Brasil ficou muito tempo sem investir em ferrovias, ao contrário de outros países, como os Estados Unidos, que apostaram em malha ferroviária como “elemento fundamental” para “ligar e cortar o país a custos menores”, disse a presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira. Esses países, enfatizou, investiram em ferrovias no século XIX. 

Agência Brasil

“O Brasil está fazendo isso no século XXI”, disse Dilma. “Estamos dois séculos atrasados, temos que correr para fazer”, completou a presidente em entrevista a emissoras de rádio em Rondonópolis (MT), onde participa de cerimônia de inauguração do Projeto Expansão Malha Norte, parte da conclusão da Ferronorte, e de início da operação do Complexo Intermodal de Rondonópolis.

Ao comentar a inauguração do trecho da Ferronorte, a presidente destacou que ela vai contribuir para a redução de custos de produção e avaliou que o empreendimento era considerado crucial para elevar a competitividade do país.

Dilma afirmou que esteve envolvida no processo de expansão da ferrovia desde quando era ministra do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Essa ferrovia era uma questão crucial”, disse. “Ela vai dar maior competitividade para nós brasileiros e nossa economia na competição internacional”, acrescentou a presidente, destacando que uma ferrovia “sempre será um transporte de custo mais baixo”.
“Essa ligação da Ferronorte eu tenho especial predileção e interesse nela. É que nem filho, que você vê crescer e andar. Andou”.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Brasil – Mineração: dependência da China é fator de risco!


11-Samarco Mineração

Uma das maiores economias emergentes do mundo e com um setor de mineração significativo, o Brasil alcançou posições consideráveis para a indústria. Em 2012, a produção mineral atingiu US$ 51 bilhões e o País foi o maior produtor de nióbio, o segundo maior de minério de ferro e o terceiro na prospeção de bauxita .


Apesar dos bons números registrados, a mineração brasileira enfrentou, nos últimos meses, inúmeros desafios que causaram uma retração no mercado e fizeram o lucro de algumas das empresas do segmento recuar. A principal causa, e a mais preocupante, é a dependência que a economia mineradora tem do mercado externo e, em particular da China.

Para se ter uma ideia, em 2012, cerca de 80%  da produção nacional de minério de ferro foram exportadas, sendo que, aproximadamente, 45% foram  destinadas à China, de maneira que, qualquer mudança na economia asiática afeta a indústria mineral brasileira de modo significativo. Nesse mesmo ano, o preço do minério de ferro atingiu um dos menores patamares em anos recentes, ao despencar de cerca de US$ 148 para US$ 94 a tonelada, atingindo níveis próximos aos da crise econômica de 2009. 

Felizmente, no 2º semestre de 2013, os preços começaram a apresentar recuperação impulsionados pelas recentes e boas notícias do crescimento industrial chinês e a retomada do crescimento na Europa, bem como, as empresas brasileiras do segmento têm se beneficiado com a desvalorização cambial do real.

O recuo do valor do minério em 2012, principal produto de exportação desse segmento, acendeu a luz amarela, e deixou os investidores apreensivos, criando um ambiente de incertezas. A economia do país asiático mostrou sinais de que estava em desaceleração, o que causou efeitos negativos nas mineradoras brasileiras, atingindo em cheio as de menor porte. 

Os reflexos da redução do apetite chinês puderam ser sentidos e ficaram claros na pauta de exportações brasileiras, em 2012, quando o minério de ferro alcançou US$ 30 bilhões, uma redução de 33% em relação ao US$ 41 bilhões de 2011. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o produto registrou cerca de US$ 14,9 bilhões em exportações somente para a China, uma redução de 24,24% em relação aos US$ 19,79 bilhões  de 2011. 

Diante desse cenário volátil, as mineradoras brasileiras têm sido desafiadas adaptar-se a essa nova realidade para que possam se manter competitivas no mercado. Esse quadro está levando as empresas a considerarem um novo fator de risco em seu planejamento estratégico para médio e longo prazos. A dependência da economia chinesa aparece como um ponto primordial, capaz de garantir ou não o sucesso de uma companhia. A atuação eficiente em um ambiente de grande concorrência e de preços instáveis é crucial para os participantes que visam boas oportunidades, o que vai levar muitas empresas a repensar seus planos de negócios, realocar capital e cortar custos.

O segmento de mineração brasileiro ainda enfrenta outros fatores que acabam interferindo no crescimento do mercado e que têm um peso importante na tomada de decisão dos investidores estrangeiros interessados em adquirir fatias desse mercado e que planejam se instalar no País. 

Entre eles, estão a alteração no marco regulatório da mineração, cuja revisão está sendo retirada da pauta de urgência da Câmara dos Deputados e, portanto corre sérios riscos se não estar concluída este ano e que tem na agenda principal a discussão sobre a melhor e mais justa forma de cobrança de royalties (CFEM) sobre a exploração de minérios, a implementação de um processo de licenciamento mais ágil e eficiente e a criação de uma agência reguladora para o setor.  

A implementação dessas mudanças, desde que concluídas brevemente e sujeita a um apropriado debate da sociedade, pode ser considerada um avanço positivo e terá como foco tornar o processo e a gestão do setor mais eficiente e atraente aos investidores.

A despeito desses desafios, as perspectivas para o setor brasileiro são positivas. Apesar de não ter garantias de que a China vá atingir de fato o crescimento projetado até 2040, as previsões de analistas são otimistas diante dos mais recentes números relativos à economia do país que teve crescimento de 7,5% no PIB, no primeiro trimestre de 2013 e, principalmente, com a tendência de expansão dos centros urbanos da China.

Além disso, a cada ano que passa, uma série de novos investidores tem considerado a possibilidade de atuar na mineração por aqui. Vale lembrar que os investimentos planejados para o segmento mineral brasileiro até 2015 são de R$ 68,5 bilhões, um aumento de 10,5% com relação ao ano passado. Todos esses fatores indicam que a indústria está prestes a dar sinais de recuperação.

Fonte: Brazil Export Magazine

2013 VAI BATER RECORDE EM PEDIDOS DE PERMANÊNCIA

O Ministério da Justiça anunciou nesta terça-feira (17/09) que o número de pedidos de estrangeiros para permanecer no Brasil deve ser recorde no ano de 2013.

Levantamento mostrou que só no primeiro semestre do ano o governo recebeu 28.805 pedidos para concessão de permanência e prorrogações de vistos a estrangeiros. Desses, 24 mil foram concedidos.  Em todo o ano de 2012, que até então registra o maior número de pedidos, o ministério recebeu 40 mil solicitações de permanência.

Segundo o ministério, os pedidos são de permanência definitiva, transformação e prorrogação de vistos, além dos pedidos humanitários para pessoas que se encontram em situações de vulnerabilidade.

Independente da sua situação migratória, o artigo 5º da Constituição e os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil garantem os direitos desses estrangeiros. Hoje, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnur), são estimadas 214 milhões de pessoas vivendo fora dos seus países de origem, por diversas razões e motivações, como oportunidade de trabalho e sobrevivência.

O Brasil recebe, anualmente, milhares de solicitações de migrantes requerendo sua permanência definitiva, permanência temporária ou prorrogação de estada em território nacional. O MJ analisa pedidos de permanência definitiva, transformação e prorrogação de vistos, além dos pedidos humanitários para situações em que se encontram em vulnerabilidade.

São Paulo-SP se torna maior exportador em 2013

 

 

 

 


De janeiro a agosto deste ano, São Paulo foi o município brasileiro que mais exportou, com vendas de US$ 6,130 bilhões, superando Parauapebas-PA (US$ 6 bilhões) que até julho lidera o ranking. Na sequência estão os municípios de Santos-SP (US$ 4,366 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 3,991 bilhões) e Paranaguá-PR (US$ 3,384 bilhões).

Parauapebas-PA registra ainda o maior superávit comercial no acumulado anual, com saldo de US$ 5,834 bilhões. O município foi seguido por Santos-SP (US$ 3,509 bilhões), Nova Lima-MG (US$ 2,394 bilhão), Anchieta-ES (US$ 2,017 bilhões) e Paranaguá-PR (US$ 1,924 bilhão).

Na lista dos municípios que mais importaram nos primeiros oito meses de 2013, aparece Manaus-AM (US$ 9,219 bilhões), na primeira posição, seguido de São Sebastião-SP (US$ 9,128 bilhões), São Paulo-SP (US$ 8,960 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 6,605 bilhões) e Itajaí-SC (US$ 4,198 bilhões).


Acesse os dados da balança comercial dos municípios, no endereço: http://www.mdic.gov.br/sitio/sistema/balanca/

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC

Depois de médicos, Dilma estuda importar engenheiros


Para ministros, medida poderia melhorar andamento de obras, impulsionar crescimento econômico e ajudar nos planos de reeleição da presidente

Débora Bergamasco, do
José Cruz/ABr
A presidente Dilma Rousseff
A presidente Dilma Rousseff


Brasília - A presidente Dilma Rousseff já está estudando um modo de facilitar a vinda de engenheiros estrangeiros para trabalhar no Brasil, assim como fez com profissionais da área da saúde, no Programa Mais Médicos. Alguns ministros do chamado "núcleo duro" do governo estão tentando provar para a petista que a medida ajudaria a solucionar um dos problemas que atravancam o andamento de obras e o repasse de verba federal para municípios.

Hoje, faltam nas prefeituras especialistas dispostos a trabalhar na elaboração de projetos básico e executivo, fundamentais para que a cidade possa receber recursos da União.

As travas no repasse de dinheiro já foram identificadas por Dilma como um dos obstáculos para que o Executivo consiga impulsionar o crescimento econômico e acelerar obras de infraestrutura - dois gargalos que poderão custar caro para a candidatura à reeleição.

O governo já investe hoje no estágio e na especialização de engenheiros brasileiros no exterior com o Ciência Sem Fronteiras, programa comandado pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação. 

Mas a ideia estudada no Palácio do Planalto é ir além, aproveitando os profissionais de fora já prontos, para que tragam expertise e preencham lacunas em regiões hoje desprezadas pelos brasileiros. A proposta inicial é importar especialmente mão de obra de nações que enfrentam crise econômica e têm idiomas afins, como Portugal e Espanha.

O plano ainda está em estágio embrionário e setores técnicos do governo ainda não foram comunicados sobre a ideia. O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, acredita que o Mais Médicos pode até servir como uma experiência piloto. Entretanto, aposta mais na eficiência do Ciência Sem Fronteiras. "O ideal não é ter mais, porém melhores engenheiros dispostos a trabalhar em áreas carentes desses profissionais."

Para se ter uma ideia, o Maranhão é hoje o Estado brasileiro que menos abriga empregados da área de engenharia. De acordo com dados do IBGE de 2010, a média é de 1.265 habitantes por engenheiro em todo Maranhão, seguido pelo Piauí (1.197 habitantes por engenheiro) e Roraima (1.023 habitantes por engenheiro). São Paulo é o que mais concentra esse tipo de profissional (148 habitantes por engenheiro).

‘Presente de grego’. Na gestão anterior, o ex-presidente Lula afirmou ter dinheiro em caixa para investir, fez um chamamento aos prefeitos pedindo para que eles encaminhassem a Brasília projetos executivos assinados por engenheiros para que a União pudesse repassar dinheiro para as prefeituras. Dilma também vem reivindicando a mesma iniciativa. Mas há gestores municipais que consideram os programas de transferência voluntária de renda federal um "presente de grego".

Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a falta de engenheiros é apenas uma das dificuldades para que os municípios recebam investimentos federais. "Além da dificuldade em formar um quadro com engenheiro civil, mecânico e agrônomo, a demora na liberação de licença ambiental e a dificuldade para comprovar a propriedade de um terreno também atrapalham muito", avalia Ziulkoski.

Outro imbróglio que ele aponta é a falta de dinheiro para a "contrapartida". Segundo ele, no caso do Bolsa Família, por exemplo, cabe ao município manter atualizado o cadastro dos beneficiários, checar quem morreu, quem arrumou emprego, as crianças que estão na escola. "Tudo tem um custo, é um presente de grego", afirma. "Eu sou o primeiro a dizer aos prefeitos que nem mandem projetos, porque eles nem conseguem manter os que já têm. Só que os 4.100 novos eleitos ainda estão sonhando, achando que podem fazer muita coisa."

Imigração. A Secretaria de Assuntos Estratégicos está conduzindo um projeto para estimular a entrada de mão de obra estrangeira qualificada em território nacional. Segundo dados de 2010 compilados pela SAE, o número de imigrantes de primeira geração que vive hoje no Brasil representa 0,3% da população (cerca de 600 mil pessoas), diante da média mundial de 3%. A pesquisa cita que "países altamente desenvolvidos como Suíça, Nova Zelândia, Austrália e Canadá possuem mais de 20% da população formada por imigrantes". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

A visão (ruim) da classe C sobre as empresas


94,2 milhões de brasileiros já tiveram problemas com alguma empresa


Enquanto 52% dos jovens usam a internet para expressar sua insatisfação, só 5% do público com mais de 45 anos usam esse canal
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Enquanto 52% dos jovens usam a internet para expressar sua insatisfação, só 5% do público com mais de 45 anos usam esse canal Crédito: SXC
Um estudo do Instituto Data Popular a pedido da revista Consumidor Moderno foi divulgado na tarde desta quarta-feira 18 na 11ª edição do Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente (Conarec) e avaliou como a nova classe média - que movimenta R$ 1 trilhão na economia - analisa a reputação das empresas.

O principal apontamento do estudo é que 94,2 milhões de brasileiros já tiveram algum tipo de problema com empresas e 20,3 milhões de pessoas realizaram, em julho, algum tipo de reclamação contra alguma das companhias.

A partir daí a pesquisa questionou quais os canais mais utilizados por essa população para exprimir sua insatisfação e comprovou que:

● 52% das reclamações são feitas por boca a boca (10,6 milhões);
● 34% são realizadas pelos serviços de atendimento ao consumidor (6,9 milhões);
● 29% através da internet (5,9 milhões);
● E apenas 0,8% em órgãos de defesa do consumidor (162 mil).

Outro recorte do estudo diferencia o uso dos vários canais de reclamação entre jovens (de 18 a 25 anos) e maduros (45 anos ou mais). Enquanto o boca a boca é mais utilizado pela população mais velha (59% contra 45%) a internet é utilizada por 52% dos jovens contra somente 5% do segundo público. Além disso, os jovens também são os que mais lançam mão das vias oficiais para registrar sua queixa: 39% usam o SAC, contra 29% do público maduro e 1,7% vai até o órgão de defesa do consumidor em relação a apenas 0,4% dos mais velhos.

Para 71% dos participantes, o Código de Defesa do Consumidor mudou para melhor o comportamento dos comerciantes e 88% disseram reclamar quando um produto apresenta defeito. Cobrança, má qualidade e garantia são as três principais reclamações, citadas por, respectivamente, 39%, 32% e 22% dos respondentes.

Quase todos (99%) antes de fazer uma reclamação ao Procon afirmaram ter questionado antes o fornecedor do produto ou serviço e, em geral, terem sido mal atendidos. Dos que foram bem atendidos, 75% passaram a recomendar a empresa em questão.

O Data Popular ouviu dois mil consumidores de 100 cidades brasileiras no mês de agosto.

LLX, vendida por Eike, ganha mais 3 anos para pagar dívida com BNDES



A LLX, empresa de logística de Eike Batista, confirmou hoje o alongamento por três anos do prazo para pagar o empréstimo de R$ 518 milhões assinado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em junho do ano passado.

O Valor havia antecipado, no começo desta semana, que o financiamento havia sido rolado para setembro de 2016. A responsável pela contratação dessa dívida é a subsidiária LLX Açu, que controla o porto de mesmo nome do grupo no Rio de Janeiro.

Na terça-feira, a companhia havia informado que ainda aguardava uma resposta do BNDES. Os recursos desse empréstimo-ponte estão sendo utilizados, segundo a empresa, para implementar o projeto do Açu.

Os juros do financiamento serão pagos anualmente até 2016, informou a LLX. A empresa negocia suas dívidas com bancos para efetivar a transferência do controle de Eike Batista para o grupo americano EIG, por R$ 1,3 bilhão.