segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Portugal Telecom inaugura data center e investe na nuvem


Data center marca, nas palavras de Zeinal Bava, CEO da PT e da Oi, o fim de um ciclo de inovação da companhia iniciado em 2007

Samuel Possebon, do
Computação em nuvem
Nuvem: entre os novos serviços anunciados está uma plataforma de computação para executar aplicações dos usuários nos servidores do data center da Oi, com foco na análise de dados

Covilhã - A Portugal Telecom, acionista controladora da Oi, inaugurou nesta segunda, dia 23, seu data center de Covilhã, em Portugal, considerado um dos seis maiores do mundo.

O data center marca, nas palavras de Zeinal Bava, CEO da PT e da Oi, o fim de um ciclo de inovação da companhia iniciado em 2007 para a construção de uma infraestrutura que hoje permite à empresa ter cerca de 90% da população de Portugal coberta com redes 4G, 60% dos lares com disponibilidade de fibra ótica, serviços quádruplo play oferecidos de forma completamente integrada desde o começo do ano e, agora, serviços em nuvem tanto a clientes corporativos quanto a clientes residenciais.

O data center também marca o início de uma integração maior com a Oi na oferta de serviços corporativos.
O data center inaugurado é superlativo em todas as dimensões. O investimento nessa fase inicial do projeto é de 90 milhões de euros (mas deve superar os 300 milhões quando todos os prédios estiverem completos).

A capacidade é de 3 mil metros quadrados já construídos para armazenamento, o que acomoda cerca de 12,5 mil servidores, uma estrutura de energia capaz de abastecer uma cidade de 100 mil habitantes (20 MW de capacidade), tecnologia de refrigeração desenvolvida para operar em 99% do tempo com uso apenas do ar ambiente, 100% de fontes renováveis de energia, certificação Tier 3 e Gold Leed, eficiência energética de 1,25 PUE (Power Use Effectiveness, contra uma média de 1,8), 100 Gbps de conectividade por quatro rotas independentes, custo de operação cerca de 34% abaixo da média da Europa, 36 horas de combustível para os 12 geradores, 15 minutos de funcionamento em no-break, 1.400 postos de trabalho gerados, dos quais 400 diretos entre outros atributos.

A maior parte dos números pode ser multiplicada por quatro quando o data center atingir sua capacidade máxima. Hoje, apenas um dos quatro prédios de 33 metros de altura foi construído.

O anúncio do data center veio acompanhado do anúncio da expansão do data center da Oi em Brasília, quer terá sua capacidade expandida de 2,5 mil servidores para 12 mil servidores até o começo de 2016, compensando o desligamento do data center de Belo Horizonte (com 1,5 mil servidores, que será desativado).

Segundo Zeinal Bava, a Oi é parte importante da estratégia de oferta de serviços em cloud da PT. A operadora brasileira ficará focada na oferta e comercialização de conectividade enquanto a Portugal Telecom atuará no desenvolvimento dos produtos e planejamento da migração para cloud dos clientes da operadora brasileira. 

"Nesse momento a Portugal Telecom fica focada em cloud e a Oi na venda de conectividade", disse Bava. Ao todo, Oi e Portugal Telecom chegam hoje, com o novo data center, a 26 mil metros quadrados em área de data center e 41 Pbytes de capacidade de armazenamento.

EXPORTAÇÃO POR 'TRADING COMPANIES' ESTÁ NA PAUTA DO 'STF'


O Supremo Tribunal Federal (STF) tem até quinta-feira, dia 19, para decidir se a discussão sobre a imunidade tributária das exportações indiretas, intermediadas por Trading Companies, tem repercussão geral.

O placar, até o momento, é favorável ao julgamento do tema pela Corte – quatro dos 11 ministros já votaram.

Essa foi a primeira proposta de repercussão geral do novo ministro Roberto Barroso. Além dele, já se manifestaram a favor da análise da questão os ministros Teori Zavascki, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Advogados também defendem o julgamento porque diversos exportadores contratam tradings para vender seus produtos no exterior. Para a Receita Federal, porém, apenas as vendas diretas estão dispensadas do pagamento do PIS, da Cofins e contribuição previdenciária.

“Há muita divergência entre os tribunais. Mas o fato é que as empresas que utilizam tradings estão recolhendo as contribuições, enquanto aqueles que fazem operações diretas têm imunidade tributária”, afirma o tributarista José Arnaldo da Fonseca Filho, do escritório Levy & Salomão Advogados.

No processo analisado, a Bioenergia do Brasil, produtora de açúcar e álcool, questiona uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul), favorável à cobrança. A empresa alega que a tributação viola o artigo 149, parágrafo 2º, da Constituição Federal. O dispositivo estabelece que as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico “não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação”.

A fiscalização passou a exigir a contribuição por meio da Instrução Normativa nº 3, de 2005, editada pela da antiga Secretaria da Receita Previdenciária. De acordo com a empresa, a cobrança retroagiu a 2001. Revogada, a norma foi substituída pela Instrução Normativa nº 971, de 2009, da Receita Federal.

“A limitação instituída pela norma infralegal também pode ser discutida diretamente à luz dos princípios da legalidade e da isonomia, tendo em vista a distinção entre exportadores diretos e indiretos”, afirma o ministro Roberto Barroso. Ele acrescenta ainda que a discussão tem impacto sobre a maior parte dos exportadores brasileiros “que não têm acesso direto ao mercado internacional”.

Fonte: Portos e Navios

Dilma se encontra em NY com Bill Clinton e Cristina Kirchner

A presidente Dilma Rousseff chegou hoje às 6h55 a Nova York. Amanhã, ela fará o discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas

Danilo Macedo, da
REUTERS/Ueslei Marcelino
A presidente Dilma Rousseff
Dilma Rousseff: Clinton e a presidente devem discutir a possibilidade de parceria entre o Brasil e a Clinton Global Initiative (CGI), fundada em 2005 pelo ex-presidente


Brasília – A presidente Dilma Rousseff se reunirá hoje (23), no hotel em que está hospedada em Nova York, com o ex-presidente norte-americano Bill Clinton e com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

O encontro com Cristina será às 19h. Com Clinton, Dilma se encontra às 18h (horário de Brasília). A presidente Dilma Rousseff chegou hoje às 6h55 a Nova York. Amanhã, ela fará o discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

Clinton e Dilma devem discutir a possibilidade de parceria entre o Brasil e a Clinton Global Initiative (CGI), fundada em 2005 pelo ex-presidente. Como parte da Fundação Clinton, a CGI reúne líderes globais com o objetivo de criar e implementar soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento. A reunião anual da CGI é realizada a cada setembro em Nova York.

Em dezembro, o Rio de Janeiro sediará o primeiro encontro da CGI América Latina. A reunião deve reunir líderes regionais e globais de diversos setores da sociedade na busca de alianças para o combate aos desafios socioambientais na região

Blackberry tem oferta de compra a US$ 9 por ação


A oferta foi feita por um consórcio liderado pela Fairfax Financial, que detém cerca de 10% das ações da Blackberry

Jin Lee/Bloomberg
Código da BlackBerry em um telão na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE)
Código da BlackBerry em telão na Bolsa de Valores de Nova York: antes do anúncio do acordo, negócios com ações da Blackberry foram suspensos em Nova York


Nova York - A BlackBerry anunciou nesta segunda-feira, 23, que assinou uma carta de intenção para ser comprada por US$ 9 por ação, numa operação que avalia a empresa em US$ 4,7 bilhões.

A oferta foi feita por um consórcio liderado pela Fairfax Financial, que detém cerca de 10% das ações da Blackberry. 

O grupo pretende comprar todas os papéis que a Fairfax ainda não possui na Blackberry.
Antes do anúncio do acordo, os negócios com as ações da Blackberry foram suspensos em Nova York. No momento da interrupção, ainda em vigor, o papel do fabricante de smartphones caía 5,6%, para US$ 8,23.

Fonte: Dow Jones Newswires.

Especialistas em clima fazem novo diagnóstico alarmante


Anos após relatório sobre mudanças climáticas, especialistas em clima da ONU apresentarão na sexta novo e alarmante balanço sobre a situação global

David Mcnew/AFP
Estação de geração de energia na Califórnia
Estação de geração de energia na Califórnia: relatório estuda quatro cenários possíveis para as mudanças climáticas até 2100

Paris - Temperaturas e nível do mar em alta, geleiras derretidas: seis anos depois de seu último relatório sobre as mudanças climáticas, especialistas em clima da ONU apresentarão na sexta-feira um novo e alarmante balanço sobre a situação global, antes do acordo climático aguardado para 2015.

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) apresentará em quatro etapas (entre o fim deste mês e outubro de 2014) aquele que já é considerado o diagnóstico mais completo feito até agora sobre o problema.

O relatório estuda quatro cenários possíveis para as mudanças climáticas até 2100, assim como seus impactos para o planeta e as formas de enfrentá-los.

O primeiro volume, que será publicado em 27 de setembro, em Estocolmo, após quatro dias de deliberações na capital sueca, confirmará a responsabilidade do ser humano no aquecimento do planeta, a intensificação de certos fenômenos climáticos e a revisão para cima do nível do mar, segundo uma versão provisória do resumo, à qual a AFP teve acesso.

Trata-se do quinto relatório do painel desde a sua criação, em 1988.
O documento, escrito por 250 cientistas, reforçará o apelo por medidas para limitar a 2 graus Celsius a elevação das temperaturas desde a época pré-industrial, uma meta adotada pelos 195 países que negociam sob a égide da ONU, mas que parece cada vez mais difícil de alcançar.

 O IPCC é a pedra na qual se assentam as mudanças climáticas e toda a política climática. Será o novo guia estratégico, como foi o quarto relatório", publicado em 2007, avalia Tim Nuthall, da Fundação Europeia para o Clima.

Em 2007, o IPCC gerou uma mobilização sem precedentes em torno da questão climática, o que lhe rendeu a atribuição do Prêmio Nobel da Paz, em conjunto com o ex-vice-presidente americano, Al Gore, ele próprio um ativista ambiental mundialmente conhecido com o filme "Uma Verdade Inconveniente" (2006).

No final de 2009, os líderes mais importantes do planeta, a começar pelo presidente americano, Barack Obama, se reuniram em Copenhague, na Dinamarca, para tentar costurar um acordo.

Mas o fracasso daquela cúpula continua assombrando as negociações sobre as mudanças climáticas, agora orientadas para a meta de fechar em 2015 um novo acordo global durante uma conferência internacional que será celebrada em Paris.

Na verdade, o IPCC não faz mais do que sintetizar os conhecimentos científicos já publicados e se limitará a confirmar a realidade das mudanças climáticas, como o aumento da temperatura global, que já alcançou 0,8ºC desde o começo do século XX.

"Sempre repetimos o mesmo... É a força da nossa comunidade, mas também a razão pela qual se cansam de nós", ironiza o glaciologista Jean Jouzel, membro do IPCC.

Em seu relatório, o IPCC apresenta quatro cenários possíveis para o final do século XXI, mais ou menos "quentes" em função da quantidade de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera.

Embora não se pronuncie sobre a probabilidade de que estes cenários se cumpram, só um deles permitiria alcançar a meta de limitar o aquecimento a 2ºC. Os outros três não atingem este objetivo e o pior de todos contempla um aquecimento entre 2,6°C e 4,8°C.

A "pausa" na elevação das temperaturas observada há quinze anos, que poderia ser explicada por uma captação de calor dos oceanos, não muda as projeções de longo prazo, destacou recentemente o serviço britânico de meteorologia.

Mais ainda porque os demais indicadores de aquecimento não mudaram, como a elevação do nível do mar, o derretimento das geleiras o Ártico ou a frequência das ondas de calor.

Desde 2007, "a crise se agravou", afirma Al Gore em entrevista ao jornal francês Le Monde, porque "os eventos meteorológicos extremos vinculados à crise do clima se tornaram muito maciços e frequentes para serem ignorados".

A partir desta segunda-feira, o resumo desta primeira parte do relatório será submetido à aprovação, linha por linha, dos representantes dos 195 países do IPCC, que poderão modificar a forma do informe, mas não suas conclusões.

As duas partes seguintes - sobre o impacto das mudanças climáticas e a forma de mitigá-lo - serão publicadas no começo de 2014, antes de uma síntese global prevista para outubro de 2014.

Desta vez, o IPCC quer ser irrepreensível. Em 2007, houve alguns erros no relatório que os céticos do aquecimento global aproveitaram para questionar a credibilidade do painel. Desde então, o IPCC implantou mecanismos para que este "erro estúpido" não se repita, afirma Jean Jouzel.

Luxo é um setor sem crise


O mercado de luxo quase triplicou no Brasil nos últimos três anos, puxado principalmente por cidades do interior


Design: Juliana Pimenta
Fonte: Haliwell Bank, MCF Consultoria e GfK Brasil

Custo Brasil: Zara considera o Brasil o pior ambiente de negócios do mundo!


 




Admirada e citada no mundo todo como um modelo de eficiência na gestão de estoques e na logística, nem a Zara escapou do “custo Brasil”.

A empresa teve que adaptar aqui seus processos que, no resto do planeta, atropelam a concorrência, renovando as prateleiras de 1.770 lojas duas vezes por semana.

Dentre os 86 países em que o grupo espanhol Inditex -o maior varejista têxtil do mundo- atua com a bandeira Zara, o Brasil é considerado o mais difícil. Pior até que a Argentina, conhecida por barreiras aos importados.

O desabafo foi feito por Mauro Friedrich, diretor de logística da Zara no Brasil, em uma reunião com cerca de 30 investidores qualificados num banco, em São Paulo, no início de junho.
[...]
No Brasil, a Zara se tornou uma marca voltada para a classe A, o que reduz o número de clientes e de lojas. É o contrário do que acontece na Europa, onde atinge até as classes mais baixas.

Os impostos e a infraestrutura ruim elevam os custos no Brasil, onde a renda média é menor. Uma comparação entre os preços praticados aqui e na Espanha em peças básicas encontrou diferenças de 11% a 76%.

“O saldo da Zara no Brasil é positivo. A empresa roubou mercado das marcas premium, mas não se transformou numa marca de massa”, diz Alberto Serrentino, sócio da consultoria GS&MD.

Nada como uma multinacional para dar seu parecer da loucura que é fazer negócios no Brasil. A espanhola Zara conhece cada canto do mundo, pois atua em dezenas de países. Quando diz que o Brasil é o pior deles, a crítica deve ser levada em conta, com muito carinho.

Quem costura viajar, sabe que a Zara é, de fato, loja voltada para o público de mais baixa renda. Menos por aqui. No Brasil virou grife de luxo! Como, aliás, outros casos, tais como GAP e Banana Republic. Até mesmo a Ralph Lauren, que nos Estados Unidos é de classe média, no Brasil vira marca de rico. Custo Brasil.

O jornal GLOBO fez uma grande matéria hoje sobre o assunto, mostrando como somos a sétima economia do mundo, mas muito distante das demais em indicadores per capita. Tudo por culpa do Custo Brasil, dessa enorme dificuldade de se fazer negócios por aqui. Diz a reportagem:

Pelo ranking do Fórum Econômico Mundial em parceria no Brasil com a Fundação Dom Cabral, o país recuou oito posições, para o 56º lugar, entre 148 países. Entre 2012 e 2013, o Brasil perdeu posições em diversos subíndices, como fatores básicos de competitividade, ambiente macroeconômico, educação superior e capacitação, eficiência no mercado de trabalho, prontidão tecnológica e inovação. Economistas apontam que os indicadores do Brasil nos rankings de competitividade, IDH e “Doing Business” refletem a posição relativa do país no grupo das nações de renda intermediária. Áreas como educação, ambiente institucional e carga tributária são algumas das mais problemáticas no caso brasileiro.

Marcelo Moura, do Insper, coloca o dedo na ferida: “O alerta que os indicadores trazem é que o Brasil não tem uma estratégia clara de crescimento. A sensação é que a estratégia vai sendo definida a cada dia, ao sabor do vento”. Governos populistas só querem saber de estimular o consumo no curto prazo, de olho nas próximas eleições. E, dessa forma, continuamos sem atacar as raízes dos problemas econômicos, o nosso Custo Brasil.

Resultado: baixo crescimento e roupas da Zara consideradas inacessíveis para a maioria dos brasileiros.