segunda-feira, 7 de outubro de 2013

BC prevê câmbio, balança comercial e investimento estrangeiro no Brasil, em 2013



 
 
O Banco Central do Brasil, no relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (7/10) informou que a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2013 ficou estável em R$ 2,30 por dólar. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar permaneceu em R$ 2,40.

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2013 foi mantida em R$ 2 bilhões na semana passada. Para 2014, a previsão de superávit comercial recuou de US$ 10 bilhões para US$ 9,25 bilhões na última semana.

Para 2013, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana.

Os economistas do mercado financeiro elevaram, na semana passada, a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano para 2,47% e mantiveram a estimativa de uma nova alta da taxa de juros, informou o BC. A previsão está em linha com as estimativas tanto o Banco Central quanto o Ministério da Fazenda - que preveem uma expansão da economia da ordem de 2,5% neste ano. Para 2014, a estimativa dos analistas para o crescimento da economia permaneceu em 2,20%.

Atualmente, os juros básicos da economia estão em 9% ao ano após quatro elevações seguidas feitas pelo Banco Central. O mercado financeiro manteve a expectativa de que os juros avançarão para 9,5% ao ano na próxima quarta-feira, quando termina a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês. Para o fechamento de 2013 e de 2014, a estimativa dos analistas para os juros foi mantida em 9,75% ao ano - o que ainda pressupõe uma nova alta neste ano.  

O presidente do BC, Alexandre Tombini (foto), afirmou que a inflação teria queda neste ano frente ao patamar registrado em 2012 (5,84%) e no ano de 2014. Embora continue acreditando na desaceleração da inflação neste ano, o mercado prevê, entretanto, crescimento da inflação em 2014.  Fonte: BC

BRASIL TAMBÉM PRECISA DE TRABALHADORES MENOS QUALIFICADOS

Temer: «O Brasil, que é um país que cresce enormemente na construção civil e em outras áreas, pode receber também uma mão-de-obra menos qualificada».

O vice-presidente do Brasil, Michel Temer, reiterou hoje (07/10/2013) em Lisboa que o seu país precisa de médicos estrangeiros, «especialmente portugueses», e de outros profissionais qualificados, admitindo que haja ainda condições para receber emigrantes menos qualificados.

«Toda e qualquer atividade nacional demanda pessoas qualificadas de Portugal», disse o vice-presidente, em entrevista à agência Lusa.

O responsável, que efetua hoje uma visita a Portugal, sublinhou que a prioridade continua a ser a saúde, nomeadamente o programa «Mais Médicos», que já recebeu 17 médicos portugueses e deverá receber mais quatro este mês.

«Foram para o Brasil ainda um número pequeno de médicos portugueses, que naturalmente são muito bem recebidos», disse, sublinhando que a intenção é atrair clínicos portugueses quando exista excesso em Portugal.

«Eu verifico que os médicos que estão a ir são médicos aposentados, que já encerraram atividade aqui em Portugal», afirmou.

No entanto, o número dois de Dilma Rousseff deixou o apelo a outros profissionais qualificados em Portugal: «Aqueles que puderem dirigir-se ao Brasil, assim como no passado foram bem recebidos, agora serão também muito aplaudidos».

Embora admita que o país precisa sobretudo de mão-de-obra qualificada, Michel Temer não fechou a porta a outras profissões: «O Brasil, que é um país que cresce enormemente na construção civil e em outras áreas, pode receber também uma mão-de-obra menos qualificada».

O programa «Mais Médicos», que provocou a contestação da classe médica brasileira, foi lançado como uma das respostas da Presidente Dilma Rousseff à onda de protestos populares que atingiram o país inteiro em junho.

Numa primeira fase, chegaram ao Brasil 682 médicos estrangeiros, incluindo 17 portugueses, e na segunda etapa deverão chegar outros 149, incluindo quatro portugueses.

Uma sondagem recente demonstra que 73,9% dos brasileiros apoia a decisão do Governo em contratar médicos no exterior para ajudar resolver o problema de falta de condições da saúde pública.

Dados oficiais indicam que o Brasil tem uma taxa de 1,8 médicos por mil habitantes, uma taxa considerada baixa pela Organização Mundial de Saúde.

A emigração de Portugal para o Brasil tem vindo a aumentar nos últimos anos, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações, que no seu último relatório identifica esta rota como um dos grandes corredores migratórios.

Segundo o documento, intitulado «Bem-estar e desenvolvimento dos migrantes» e divulgado no mês passado, um total de 2.247 portugueses receberam um visto de trabalho no Brasil em 2012, contra 708 em 2009.

(Dinheiro Digital – 07/10/2013)

A invasão dos bancos estrangeiros


Árabes, dinamarqueses, suecos, suíços, italianos, coreanos. O Brasil tornou-se a nova meca dos bancos de investimento internacionais

Por Natália FLACH

Confira uma entrevista sobre a reportagem com a repórter de finanças Natália Flach.
 
 
A agenda da executiva paulista Angela Martins está praticamente tomada por reuniões com corretores imobiliários. Nas próximas semanas, ela vai percorrer os principais pontos de São Paulo em busca de uma sede para o banco árabe National Bank of Abu Dhabi, que recebeu, na quarta-feira 2, licença do Banco Central (BC) para atuar como escritório de representação no Brasil. A instituição estatal, que guarda os recursos do petróleo da região, pretende abrir um banco completo no País nos próximos anos. “Viemos para ficar”, afirma Martins, responsável por toda a América Latina. Não é o único caso.

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O dinamarquês Saxo Bank, instituição 100% virtual fundada há 21 anos, inaugurou escritório na avenida Brigadeiro Faria Lima, também na quarta-feira 2, com a intenção de prestar serviços aos fundos de hedge e family offices brasileiros que queiram operar nos mercados internacionais, diz seu co-fundador Lars Seier Christensen. O Saxo não é o único nórdico a chegar. “Nossa intenção é investir no Brasil no longo prazo, não importa se o País vai crescer pouco agora”, diz Carl-Gustav Moberg, presidente regional do sueco Svenska Handelsbanken. O apetite é crescente. Segundo dados do BC, o número de licenças para atuar no mercado brasileiro tem crescido consistentemente ao longo dos últimos cinco anos (veja no quadro na página 86) e o número de 2013 já supera o total de 2012.
 
 
 
A vinda dessas casas – assim como a recente chegada de outras da Suíça, Suécia, China, Itália e Coreia do Sul – é reflexo do aumento da exposição brasileira no mercado financeiro internacional. Uma das facetas desse fenômeno é o aumento do fluxo comercial entre o Brasil e os países de origem desses bancos. Outra é o desembarque de mais e mais empresas internacionais por aqui. Nos últimos cinco anos, Estados Unidos e Europa estiveram à beira do abismo por diversas vezes, o que aumentou a cobiça de empresas americanas e europeias pelas oportunidades oferecidas pelo Brasil. Ao chegarem, essas empresas em geral são seguidas por seus bancos de confiança. 
 
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"Estamos de olho nos negócios que as empresas brasileiras fecham com os países árabes"
Angela Martins National Bank of Abu Dhabi
 
Um bom exemplo é o suíço Zürcher Kantonalbank. “Viemos porque queremos ficar mais perto dos interesses de nossos clientes e sentimos que ajuda o fato de termos uma representação no País”, diz Christopher Hesketh, presidente para a América Latina do banco, que acaba de inaugurar seu primeiro escritório na capital paulista. “São Paulo é a única cidade com voos diretos diários para Zurique e o fuso horário é o mais adequado”, afirma. Para evitar a concorrência direta com os bancos brasileiros, estabelecidos há muito mais tempo, a estratégia é começar os negócios por meio de escritórios de representação, que funcionam como uma ponte entre as empresas que querem se estabelecer no País e o sistema financeiro local, além de facilitar a intermediação de recursos provenientes de seus países de origem.
 
 
Foi assim que o National Bank of Abu Dhabi ganhou o mandato para coordenar a oferta sindicalizada do Itaú Unibanco, que levantou US$ 370 milhões, em agosto, para financiar pequenas empresas em um programa da International Finance Corporation (IFC), braço de investimentos do Banco Mundial. O banco árabe também participou da emissão de outro forasteiro, o peruano Interbank. “Estamos de olho no comércio Leste-Oeste, pois empresas como Petrobras, Vale, BR Foods, Odebrecht e JBS fazem negócios nos países árabes”, diz Martins. “Agora vamos poder participar de captação de recursos com emissão de dívida e ações, montar empréstimos sindicalizados e financiar o comércio.”
 
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"Nosso foco são as gestoras de recursos com pelo menos R$ 50 milhões de patrimônio"
Lars Seier Christensen Saxo Bank
 
No caso do Saxo Bank, os investidores institucionais interessados em operar lá fora são o principal foco. “Estamos conversando com gestoras que tenham até US$ 50 milhões sob gestão”, diz Christensen, que abriu a empresa em 1992 com apenas US$ 80 mil de investimento. Atualmente, o Saxo Bank oferece sua plataforma de negociação de ativos em 24 países para clientes como o britânico Barclays e o americano Citibank. “Existe muito potencial nesse mercado, queremos dobrar o volume transacionado em três ou quatro anos”, diz ele, sem revelar números. Outra instituição que já carimbou o passaporte na entrada foi a butique de investimentos americana Greenhill, que será comandada pelo ex-presidente regional do Goldman Sachs, Daniel Wainstein. 
 
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Segundo Kevin Constantino, diretor da Greenhill, dentre o acrônimo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a letra B é a mais interessante. “Além dos clientes quererem estar aqui, o País tem estabilidade democrática e uma classe média emergente”, diz. 
 
A animação é grande, mas não é generalizada. Enquanto novos bancos chegam, alguns velhos conhecidos estão colocando o pé no freio. É o caso do Goldman Sachs, que desistiu dos planos de expansão, e do Barclays, que reduziu as operações. Outro que está de saída é o português Banif, que vendeu sua corretora para o conterrâneo Caixa Geral de Depósitos (CGD), cedeu a carteira de fundos para a Mapfre Investimentos e está à procura de comprador. Procurado, o Banif não deu entrevista.
 
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Sim, Isto é um banco: Sede do Saxo Bank, em Copenhague, na Dinamarca:
atuação em 24 países e clientes como Barclays e Citibank

Bancos estrangeiros seguem multi globais e desembarcam no Brasil

 
 
 
Não são apenas as agroindústrias, as montadoras de carros, as companhias aéreas e os grupos petrolíferos que desembarcam no Brasil com investimentos pesados. A invasão parte também dos bancos árabes, dinamarqueses, suecos, suíços, italianos, coreanos, confirmando que o Brasil tornou-se meca de grande projetos internacionais, que geram empregos qualificados e renda em nosso país. A revista IstoÉ Dinheiro apresenta, na edição desta semana, ampla reportagem mostrando como os bancos estrangeiros aportam recursos e operações no Brasil. 

O banco árabe National Bank of Abu Dhabi recebeu no início deste mês de outubro, licença do Banco Central (BC) para atuar como escritório de representação no Brasil. A instituição estatal, que guarda os recursos do petróleo da região, pretende abrir um banco completo no paíspara operar na América Latina. A executiva paulista Angela Martins (foto) nas próximas semanas vai percorrer os principais pontos de São Paulo em busca de uma sede para o banco árabe.

 O dinamarquês Saxo Bank, instituição 100% virtual fundada há 21 anos, inaugurou escritório na avenida Brigadeiro Faria Lima, com a intenção de prestar serviços aos fundos de hedge e family offices brasileiros que queiram operar nos mercados internacionais, diz seu co-fundador Lars Seier Christensen. A recente chegada ao Brasil de instituições financeiras da Suíça, Suécia, China, Itália e Coreia do Sul é reflexo do aumento da exposição brasileira  no mercado financeiro internacional, mas também deve-se ao fato que, nos últimos cinco anos, aumentou a busca por parte de empresas e indústrias dos EUA, da Europa e Ásia por oportunidades oferecidas pelo Brasil. São grupos agropecuários, industriais, comerciais e de serviços, que, em geral, trazem consigo seus bancos de confiança. 
 

Leilão da linha de Belo Monte deve ocorrer em 2014

Por Wellington Bahnemann

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que o leilão de linha de transmissão da hidrelétrica Belo Monte, do Rio Xingu (PA), será realizado ainda no primeiro trimestre de 2014. "O linhão deve ser no início do ano que vem", afirmou o executivo, que participou de seminário promovido pelo Grupo de Economia de Energia (GEE/UFRJ).
 
Inicialmente, a intenção do governo federal era licitar o linhão de Belo Monte ainda em 2013. Mas a única licitação de transmissão prevista até o fim do ano, marcada para novembro, não ofertará o tronco principal de escoamento da energia da usina. "Porém, está garantido que dá tempo para a linha entrar em operação em janeiro de 2018, quando é o momento que o sistema precisa", afirmou Tolmasquim. O linhão irá trazer a energia da usina para o Sudeste.

Caso a data seja cumprida, a linha de transmissão irá entrar em operação comercial dois anos depois da entrada da primeira turbina de Belo Monte, que é a maior hidrelétrica em construção no País com 11 mil MW de capacidade. A expectativa da Norte Energia, concessionária que está construindo e operará Belo Monte, é de colocar a primeira máquina em funcionamento em 2016.

Isso, no entanto, não significa que a hidrelétrica não conseguirá escoar a sua energia. Por estar próxima da hidrelétrica de Tucuruí, também no Pará, Belo Monte poderá utilizar a infraestrutura de transmissão existente para escoar a sua produção inicial de energia. Além disso, o governo federal vem licitando alguns projetos nos últimos leilões de transmissão conhecidos no setor como o sistema "pré-Belo Monte", os quais permitirão antecipar o escoamento da energia.


Leilão de energia


Tolmasquim ainda se mostrou confiante sobre a participação da hidrelétrica São Manoel, de 700 MW de capacidade, no leilão de energia nova A-5 que será realizado em dezembro, que tem por objetivo contratar a demanda do mercado cativo em 2018. "Fizemos as audiências públicas e foram muito boas. Está tudo ocorrendo para que o projeto seja licitado. Estamos muito otimistas. A parte mais complicada, que eram as audiências públicas, foram feitas com sucesso", afirmou.

O projeto da hidrelétrica São Manoel, do Rio Teles Pires (PA/MT), ainda não dispõe da licença prévia ambiental (LP). Sem este documento, o projeto não poderá ser licitado pelo governo federal no leilão A-5.
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Para FMI, Brasil tem arma para lidar com fuga de capital

Por Altamiro Silva Júnior, correspondente

O Brasil teria armas para enfrentar a reversão dos fluxos internacionais de capital que pode ocorrer com a mudança da política monetária nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, conclui um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta segunda-feira, 07. Mesmo se houver uma "fuga significativa" de recursos estrangeiros, o País teria "certa" margem de manobra.
Uma destas armas é o alto nível de reservas internacionais do País, que podem ser usadas para prevenir uma disparada do dólar, destaca o estudo do FMI. Outra possibilidade seria o Banco Central reduzir o nível alto das taxas do depósito compulsório exigido dos bancos, o que poderia contornar eventuais problemas de liquidez no sistema financeiro.

O relatório destaca que nem bancos nem empresas brasileiras "dependem muito" do capital estrangeiro para se financiar, o que seria outra vantagem do Brasil para lidar com a possível saída de recursos externos.

Pelo lado negativo, uma reversão dos fluxos de capital pode complicar o financiamento do déficit da conta corrente do balanço de pagamentos. As taxas de juros de longo prazo do Brasil são historicamente muito sensíveis aos movimentos da política monetária dos EUA, destaca o FMI. Além disso, o mercado financeiro brasileiro é também muito influenciado pelas condições do mercado internacional, mais até que outros países emergentes, mostram estudos econométricos feitos pelos economistas do Fundo.

O Brasil fez parte de um estudo de caso do FMI com outros 12 países, emergentes e desenvolvidos, para analisar as consequências das mudanças da política monetária norte-americana. O objetivo foi ver como esses países reagiram desde o final de maio, quando o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, anunciou pela primeira vez que parte dos estímulos monetários poderia ser retirada até o fim deste ano. Além do Brasil, estão na lista países como Austrália, Canadá, China, Índia e Rússia.

No geral, os 13 países analisados lidaram bem com a mudança do cenário na economia global, de acordo com o relatório do FMI. "Nenhum destes países exibiu instabilidade financeira ou econômica aguda ou generalizada", afirma o relatório, destacando que alguns destes mercados se mostraram mais resistentes que outros. Os países mais desenvolvidos (como Canadá e Austrália) e os emergentes mais resistentes e/ou menos expostos devem lidar melhor com a mudança da política do Fed. Já outros países mais expostos e menos resistentes ficariam mais vulneráveis.

O relatório destaca que os 13 países receberam grande volume de capital externo desde a crise financeira mundial, com a adoção das políticas monetárias não convencionais nos mercados desenvolvidos. No Brasil, entre os efeitos citados no estudo, estão a valorização do real, uma alta forte do preço dos imóveis em algumas cidades, crescimento do crédito e a adoção do governo de medidas para administrar estes fluxos.
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Petrobras fechará 38 de seus escritórios e empresas no exterior

 

 

Informação é da presidente Graça Foster, que concedeu entrevista a revista.
No início de outubro, agência de risco Moody's rebaixou a nota da empresa.

Do G1, em São Paulo

A Petrobras fechará 38 de seus escritórios e empresas fora do Brasil. De acordo com a Petrobras, a declaração sobre o fechamento é da presidente da companhia, Graça Foster, que concedeu uma entrevista à revista Brasil Energia, que deverá circular nesta semana. A informação foi publicada no jornal "O Globo" desta segunda-feira (7) e confirmada ao G1 pela assessoria de imprensa da companhia.

No início de outubro, a agência de risco Moody's rebaixou a nota da Petrobras de "A3" para "Baa1", tirando a empresa na escala de grau de investimento e baixo risco para a de qualidade média.

A redução, segundo a Moody's, reflete a alta alavancagem e a expectativa de que a empresa continue com fluxo de caixa negativo nos próximos anos, à medida que conduz seu programa de investimentos. A perspectiva permanece negativa.

"Não vemos ímpeto para uma elevação de rating do curto para médio prazo. No longo prazo, o rating poderia ser elevado com a entrega de produção crescente e rentável e crescimento de reservas, com declínio no perfil de alavancagem, em conjunto com um rating mais elevado para os títulos da dívida do governo brasileiro", diz a nota da Moody's.

O rebaixamento ocorreu no mesmo dia em que a estatal completou 60 anos - 3 de outubro. A empresa diz que tem como meta dobrar a atual produção de petróleo até 2020, chegando a 4,2 milhões de barris por dia (bpd).