quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Brasil com obras da Copa e de infraestrututura é oportunidade para a Ciber


 
 
 
A Ciber Equipamentos Rodoviários, produtora de máquinas e tecnologias para construção de rodovias e mineração, sabe que está no lugar exato e no momento certo. Preparando-se para receber grandes eventos esportivos e vivendo o período pré-eleitoral, quando governantes querem mostrar serviço e obras pipocam por todos os lados das cidades, o Brasil concentra seus esforços no investimento em infraestrutura. 

O desenvolvimento de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos se tornou a única saída para o país voltar a crescer - como indicou Tatiana Pinheiro, economista sênior do Santander. O cenário, portanto, não poderia ser mais promissor para a empresa gaúcha que, entre outros equipamentos, fabrica usinas de asfalto. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), pouco mais de 13% das rodovias brasileiras são pavimentadas “O percentual é muito baixo comparado ao resto do mundo. Existe uma lacuna grande para ser preenchida”, avalia Jandrei Goldschmidt, gerente de marketing da Ciber. 

A previsão da Ciber, subsidiária do grupo alemão Wirtgen, é fechar o ano com o faturamento de R$ 400 milhões. Para isso, a empresa reforçou sua presença na região nordeste com a abertura, recentemente, de uma revendedora em Pernambuco. A intenção é atender um mercado promissor: “O nordeste vem muito forte em termos de infraestrutura. No primeiro semestre, despontou bastante a demanda por equipamentos na Bahia e Pernambuco”, conta Goldschmidt. Entre 70 e 80% dos clientes da Ciber são empreiteiras e grandes construtoras, mas setores do governo e o exército também utilizam as máquinas produzidas na fábrica de Porto Alegre. É o caso da prefeitura do Rio de Janeiro, outro mercado para o qual a Ciber tem dedicado especial atenção diante dos investimentos que estão sendo realizados no município à espera da Copa do Mundo e Olimpíada.  

Além de o momento ser propício para o aumento da demanda pelos equipamentos para obras rodoviárias, a Ciber conta com outro ponto a favor: a valorização do dólar. A empresa comercializa usinas de asfalto, de produção 100% brasileira, para toda América Latina, África, Oceania e sul da Ásia. A única preocupação reside na cotação do euro, pois parte das máquinas é importada da Alemanha. Mas como 70% dos produtos são nacionais, produzidos em Porto Alegre, a balança comercial da Ciber tende a ficar positiva.

O setor de máquinas e equipamentos no Brasil não teve um bom desempenho no primeiro semestre de 2013. No acumulado do ano (janeiro a julho), teve queda de 7,7% no faturamento em comparação ao mesmo período de 2012. Porém, Goldschmidt destaca que a proximidade das eleições 2014 pode dar um ânimo ao segmento: “A tendência é que até o ano que vem, o mercado se aqueça”. No entanto, as obras brasileiras estão sempre às voltas com incertezas e burocracias que podem representar uma ducha de água fria no crescimento do setor. Segundo Goldschmidt, empresas deste setor trabalham com a probabilidade de greves, falta de mão de obra qualificada e embargos das construções. “A instabilidade é uma constante, o que dificulta andamento da cadeia produtiva e as projeções para o futuro”.  Fonte: amanha.com.br

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Brasil: País passou de importador a celeiro do mundo!


Agronegócio


O Brasil era importador de alimentos até os anos 70. Hoje é um dos celeiros do mundo. O gatilho das transformações das últimas duas décadas ajuda a explicar não só o que ocorreu na agricultura, mas também o que não ocorreu na indústria.


“Até 1990, o Brasil era um país comercialmente isolado do mundo e com políticas paternalistas para a agricultura”, recorda Roberto Rodrigues. “O Plano Collor deu o primeiro golpe”, diz ele, com o descasamento entre índices, que pôs fim aos juros negativos para o crédito agrícola; a abertura comercial e o fim dos órgãos que controlavam a produção e o comércio, como os institutos do Açúcar e do Álcool (IAC) e Brasileiro do Café (IBC).

“Toda a produção e exportação dos produtos da cana de açúcar eram reguladas pelo IAC”, recorda Pedro Camargo. “Havia cotas para cada produtor, que precisava de autorização para ampliar sua usina – um sistema cubano.” Só era permitida a exportação do açúcar do Nordeste. Collor extinguiu o IAC e São Paulo tornou-se o maior exportador de açúcar do mundo.

Na pecuária, por causa de doenças, o Brasil não exportava carne bovina, e vendia pequena quantidade de aves, lembra o empresário. “Quando um setor atende apenas o mercado interno, seu crescimento está condicionado ao aumento da população ou do poder aquisitivo.”

“O Plano Real deu o golpe final”, continua Rodrigues. “Os preços agrícolas caíram 20% e as dívidas, corrigidas pela TR, duplicaram de um ano para o outro. Quem tinha crédito rural quebrou. Além disso, mais da metade da renda rural vinha do overnight (os juros pagos pelos bancos, na esteira da superinflação).” Hoje, os produtores estão capitalizados: 40% da safra tem financiamento próprio.

“A liberalização comercial diminuiu os impostos sobre fertilizantes importados”, diz Camargo. “E os choques de liberalização provocam investimento em tecnologia.” Os planos Collor e Real fizeram uma “tríplice colisão”, resume Rodrigues: comércio, inflação e políticas públicas.

Mais adiante, em 1996, a Lei Kandir retirou o ICMS sobre produtos agrícolas exportados, os únicos que pagavam esse imposto. “O setor não precisou de ajuda”, constata Camargo. “Foi só o Brasil deixar de ser antiagrícola.”

Fonte: Portal do Agronegócio

Ministro reformista perde poder na Venezuela


Por Fabio Murakawa | Valor


SÃO PAULO  -  O ministro das Finanças da Venezuela, Nelson Merentes, foi destituído, nesta terça-feira, 8, do cargo de vice-presidente da Área Econômica do chamado Conselho de Ministros Revolucionários — um órgão consultivo e não deliberativo —, informou a mídia local.

O presidente Nicolás Maduro oficializou a destituição na edição de hoje da Gazeta Oficial da Venezuela, segundo o jornal El Universal. Em seu lugar, foi nomeado o atual ministro do Petróleo e presidente da estatal PDVSA, Rafael Ramírez. Apesar disso, Merentes continuará na função de ministro das Finanças. Maduro não explicou a razão da mudança.

O ministro foi presidente do Banco Central venezuelano entre 2009 e 2013. Em abril deste ano, deixou o posto para assumir o Ministério das Finanças. À frente da pasta, Merentes vem buscando uma aproximação do governo venezuelano com o empresariado, de acordo com analistas. Ainda, segundo analistas, essa aproximação não era bem vista por setores mais radicais dentro da coalizão chavista, hoje no poder.

Governo e empresários têm relações estremecidas desde a gestão de Hugo Chávez, antecessor e padrinho político de Maduro, que presidiu o país entre 1999 e este ano, quando morreu vítima de um câncer.
Merentes deixa a coordenação da área econômica do governo em meio a crescentes preocupações com a inflação alta e o desabastecimento de produtos básicos no país.

Iedi reduz a 2% projeção de alta da produção industrial

Por Antonio Pita

Após mais um resultado fraco na produção industrial regional em agosto, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na manhã desta terça-feira, 08, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) reduziu a expectativa de crescimento do setor neste ano. A avaliação é do economista e presidente do instituto, Rogério Souza, que estima em 2% a expansão industrial no País no ano, abaixo dos 2,5% das projeções iniciais. 
 
"O crescimento não deve passar disso. O que vemos nos dados regionais é uma confirmação das previsões de comprometimento das expectativas de desempenho para o setor", declara Souza.

Segundo o economista, a oscilação deve se manter nos próximos meses, indicando um ciclo mais curto de ajustes dos empresários na produção. "As incertezas estão prejudicando essas avaliações sobre o ritmo de produção. Os empresários não têm boas expectativas em relação aos seus negócios e mercados, e isso justifica o movimento de gangorra na produção ao longo do ano, que deve se manter até dezembro."

A forte retração na produção industrial da Bahia, em função do apagão em agosto na Região Nordeste, também foi lembrada. "É uma queda bastante ruim, que se repercute em todo o Nordeste, mas é algo pontual. É simbólico por interromper uma sequência de altas na indústria baiana", resumiu Souza.

No Rio, a "queda bastante expressiva" da produção, de 4,2% em agosto, também preocupa o economista. Segundo ele, o Rio é representativo do parque industrial nacional, sobretudo no segmento automotivo, que representa maior queda.

Somados, Rio, São Paulo e Minas Gerais correspondem a 60% da produção nacional. "A alta de 0,6% em São Paulo e de 0,3% em Minas Gerais demonstram uma primeira reação após resultados muito ruins nos últimos meses. Ainda assim, são crescimentos que partem de uma base ruim em 2012 e não se sustentam nesta trajetória de gangorra deste ano."

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Cerveja está na cesta de consumo das classes D/E para os próximos anos

Por Leticia Casado | Valor
 
SÃO PAULO  -  Cinco produtos estão no alvo das classes C/D para os próximos anos: requeijão, catchup, cerveja (para consumir em casa), sobremesa em pó e suco pronto, mostram dados divulgados pela consultoria Kantar Worldpanel há pouco em São Paulo.

“Conquistar” a categoria significa, na metodologia da pesquisa, que 70% dos lares daquela faixa social passaram a comprar o produto ao menos uma vez ao ano. Ou seja: quando 70% das famílias das classes D/E comprarem requeijão ou cerveja ao menos uma vez ao ano, elas terão conquistado o hábito de consumo desses produtos.

Entre 2008 e 2013, as classes D/E consolidaram o consumo de nove categorias: creme de leite, extrato de tomate, molho de tomate, cereal tradicional, tempero, absorvente higiênico, leite em pó, cremes e loções e maionese.

“Se o PIB se mantiver na casa de 2%, a conquista se dará em quatro anos”, disse Marcos Calliari, diretor geral da Kantar Worldpanel no Brasil, em evento com jornalistas.

A frequência de compras é uma das variáveis para medir o consumo. Outra poderia ser o preço, por exemplo. No caso dos cinco produtos citados, a Kantar considera apenas a experimentação do item, independentemente do desembolso por produto.

Christine Pereira, diretora comercial da Kantar, disse que o aumento de preços em 2013 pode impactar o desenvolvimento do consumo dessa cesta de produtos.

“Se as famílias comprarem uma vez ao ano e depois passarem a uma vez por semestre, as empresas precisam conquistar a experiência daquele cliente naquela única vez”, destacou Margareth Utimura, diretora de contas da Kantar.

A Kantar acompanha os hábitos de consumo de 8,2 mil lares no Brasil.

(Leticia Casado | Valor)

Balança comercial brasileira da 1ª semana de outubro tem superávit de US$ 1,8 bilhão



 
 
Até plataforma de exploração de petróleo (foto) o Brasil exportou no quatro dias úteis (1º a 6), quando a balança comercial da primeira semana de outubro fechou com saldo comercial positivo de US$ 1,854 bilhão (média diária de US$ 463 milhões). O valor é resultado da diferença entre exportações de US$ 6,069 bilhões (média diária de US$ 1,517 bilhão) e importações de US$ 4,215 bilhões (média diária de US$ 1,053 bilhão). No período, a corrente de comércio foi de US$ 10,284 bilhões (média diária de US$ 2,571 bilhões).  Na comparação pela média diária, as exportações da primeira semana deste mês aumentaram 53,4% em relação à média de outubro de 2012 (US$ 989,2 milhões).  
 
Houve crescimento por causa aumento das exportações de produtos manufaturados (119,5%) - plataforma para extração de petróleo e gás, motores e geradores, veículos de carga e automóveis de passageiros; e básicos (24,2%) - principalmente, de petróleo em bruto, soja em grão, minério de ferro, carne bovina e fumo em folhas. Já as vendas de semimanufaturados diminuíram 25%, pela retração nas vendas de ferro fundido, óleo de soja em bruto, açúcar em bruto e ouro em forma semimanufaturada. Em relação a setembro último (média diária de US$ 999,8 milhões), as exportações cresceram 51,8%, devido ao crescimento nas exportações de produtos manufaturados (145,4%) e básicos (4,4%). 
 
Por outro lado, diminuíram as exportações de semimanufaturados (-7,2%). Nas importações, a média diária da primeira semana de outubro de 2013 ficou 15,3% acima da média de outubro do ano passado (US$ 914,2 milhões) e 17,4% superior à de setembro deste ano (US$ 897,6 milhões). No comparativo com outubro de 2012, aumentaram as compras, principalmente, de combustíveis e lubrificantes (139,4%), aparelhos eletroeletrônicos (22,6%), siderúrgicos (14,7%), químicos orgânicos/inorgânicos (9,8%) e borracha e obras (7,0%). Em relação a setembro último, houve alta nas importações, principalmente, nos produtos combustíveis e lubrificantes (104,2%), aparelhos eletroeletrônicos (17,6%), farmacêuticos (12,2%), plásticos e obras (8,6%) e siderúrgicos (5,6%).

No acumulado do ano, as exportações brasileiras somam US$ 183,719 bilhões (média diária de US$ 951,9 milhões) e as importações, US$ 183,473 bilhões (média diária de US$ 950,6 milhões), com saldo positivo de US$ 246 milhões (média/dia: US$ 1,3bilhão). A corrente de comércio está em US$ 367,192 bilhões (média diária de US$ 1,902 bilhão). Na comparação pela média diária, as exportações realizadas de janeiro a outubro deste ano diminuíram 0,7%  e as importações aumentaram 8,8%.    Acesse as informações da balança comercial no período.
      

Rentabilidade do exportador sobe em julho e em agosto, anulando perdas do ano







 








Com a desvalorização do real frente ao dólar de junho a agosto a rentabilidade das exportações mostrou melhora, praticamente anulando as perdas acumuladas no restante do ano. Em julho, a margem das exportações aumentou 1,3%, já em agosto foi de 3,2%. No acumulado dos primeiros meses do ano a rentabilidade recuou 0,2%.

Após ultrapassar R$ 2,35 em agosto, a taxa de câmbio voltou a cair e parte dos ganhos dos últimos dois meses pode desaparecer até o fim do ano.
A estimativa dos analistas é que a taxa média de câmbio em 2013 seja mais alta que a média de R$ 1,96 do ano passado.

Segundo dados da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior), de janeiro a agosto, o recuo de 0,2% na margem de lucro do exportador ocorreu mesmo com uma desvalorização acumulada da taxa de câmbio nominal de 10,1%.

Rodrigo Branco, pesquisador associado ao Cedes (Centro de Estudo de Estratégias de Desenvolvimento) lembra que em agosto os preços médios de exportação levantados pela Funcex mantiveram tendência de recuo, com queda de 6,1% contra o mesmo mês de 2012.

Os dados do acumulado do ano mostram que a redução de preços está difundida entre os diversos setores. Dos 29 segmentos de atividade que a Funcex acompanha, em 19 houve queda de preços.

A exportação de semimanufaturados teve recuo de 10,8% no acumulado de 12 meses encerrados em agosto, na comparação com 12 meses anteriores. Essa retração foi puxada principalmente pelos preços dos alimentos e da metalurgia.

O preços dos alimentos caíram sob influência de cotações menores de algumas commodities, como o açúcar.

Mesmo com a intensificação da redução de preços de exportação, afirma Branco, há tendência de ganho médio, embora pequeno, de rentabilidade das vendas ao exterior no ano.

Fonte: Funcex