terça-feira, 15 de outubro de 2013

O exemplo vindo das instituições financeiras – os Princípios do Equador

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O exemplo vindo das instituições financeiras os Princípios do Equador

Temos já estabelecido, nesse nosso diálogo semanal, o que buscamos explorar como linha central: a busca pela sustentabilidade. Postos os elementos dessa busca nas primeiras quatro semanas dos textos que trago a vocês, podemos agora falar de exemplos, positivos e negativos, da postura humana diante do tema.

Trago hoje exemplo que considero dos mais positivos: o da postura adotada pelas instituições financeiras para elevar a régua da legalidade a patamares outros. Trata-se do conjunto de regras, adotadas voluntariamente para o exame voltado à concessão de crédito, denominado de Princípios do Equador.

Em síntese, o que se faz por meio da aplicação dessas regras é, a partir da identificação do risco degradador das atividades produtivas, classifica-las em três categorias, que podem ser chamadas de categorias de exclusão, salvaguardas e indução, para as quais as instituições financeiras dão o seguinte tratamento:

(i) para as atividades classificadas como sujeitas a exclusão, nega-se a concessão de crédito;

(ii) para as atividades classificadas como sujeitas a salvaguardas, condiciona-se a concessão do crédito à adoção de medidas, pelo interessado, que garantam mecanismos e sistemas de controle de riscos adicionais àqueles postos pela lei, aplicando-se ainda à concessão do crédito um maior custo de captação, quanto maiores forem os riscos não evitados ou mitigados, não apenas os ambientais, mas também os de imagem às instituições financeiras; e

(iii) Por fim, para as atividades classificadas como merecedoras de indução, dada sua interação positiva com o meio ambiente e com a ética da apropriação racional dos recursos naturais, as instituições financeiras ofertam custo de captação de recursos incentivado.

Vejamos um exemplo de cada categoria.

Certa instituição financeira, diante dos riscos ambientais e ocupacionais reconhecidos, e de questionamentos sociais e judiciais acerca do uso de determinado mineral como matéria-prima industrial, hesitava frente a pedido de concessão de crédito de agente econômico que explora tal mercado para ampliação de suas atividades. A tendência da instituição financeira era de negar o crédito, sob o argumento de que o uso daquele minério poderia trazer riscos, não apenas ambientais e ocupacionais, mas também à imagem e reputação do financiador, que inviabilizariam o crédito pretendido.

Após exaustivos debates, a instituição financeira decidiu pela concessão do crédito, aplicando taxas de captação altas, e vinculando os desembolsos das parcelas do financiamento à adoção, pelo interessado, de medidas que excederam, em muito, os parâmetros legais e condicionantes do licenciamento ambiental realizado para a atividade. A exclusão que se desenhava, pelo risco da atividade ao meio ambiente, aos trabalhadores e à reputação de quem a financiasse, tornou-se salvaguarda diante da intervenção da instituição financeira, que com isso gerou uma articulação positiva entre as variáveis ambiental (garantiu mecanismos e sistemas excedentes em muito à lei), econômica (atividade que caminhava para a inviabilização restou viabilizada) e social (empregos diretos e indiretos que não seriam gerados tornaram-se possíveis).

O segundo exemplo está na concessão de crédito a atividade que trazia, no licenciamento, mecanismos insuficientes a preservar, de forma eficiente, riscos de acidentes em obra de infraestrutura. Equipe multidisciplinar trabalhou arduamente para estabelecer os mecanismos e sistemas contratuais que viabilizaram controle mais adequado dos riscos, reduzindo-se assim o custo de captação dos recursos para a atividade.

E, por fim, o exemplo da indução. Por decisão de política pública acertada, determinado país passou a estimular a instalação de plantas de geração de energia a partir da fonte eólica. As instituições financeiras daquela nação, em conjunto, reduziram sensivelmente o custo de captação de recursos para os empreendimentos eólicos, criando assim um círculo virtuoso de desenvolvimento energético.
A forma de controle das atividades contempladas pela concessão de crédito, no plano das salvaguardas, é simples, e pauta-se nos seguintes parâmetros:

(A)   As medidas e sistemas adicionais àqueles estabelecidos pela lei e pelo licenciamento ambiental das atividades contempladas são determinados nos contratos de financiamento, no capítulo da sustentabilidade;
(B)   Tais mecanismos e sistemas podem ser procedimentais, ou seja, de determinação de revisões, auditorias, vistorias e redundâncias aos processos de controle estabelecidos pela lei e pelo licenciamento; ou podem ser estruturais, para impor a implementação de equipamentos e mecanismos adicionais àqueles igualmente estabelecidos em lei e licenciamento;

(C)   Havendo uma não-conformidade com qualquer das regras, ou seja, lei, licenciamento ou contrato, comissão definida no contrato cuidará de estabelecer as medidas de correção a serem adotadas, sob pena de suspensão ou até rescisão do financiamento;

(D)  Adotadas as medidas de correção, análise independente atestará sua eficácia, ou indicará as medidas ainda necessárias, e assim por diante, até se ter o empreendimento adequado aos parâmetros contratuais.
Os Princípios do Equador constituem um dos maiores exemplos de mecanismos não legais na busca pela sustentabilidade E representam, na opinião deste que vos escreve, um interessante salto de qualidade nas relações entre as variáveis econômica, social e ambiental.

Fonte da imagem: greenpowerconferences.com (créditos e divulgação) 



 

Sobre o Autor

Werner Grau - advogado, com especialização, mestrado e doutorado pela USP, Werner é sócio de Pinheiro Neto Advogados, além de presidir o Conselho Consultivo da The Nature Conservanc-TNC no Brasil. Consultor de entidades como o Banco Mundial, BID, GTZ e Funbio, Werner é ativista da proteção animal, coordenando o GT de Defesa dos Direitos dos Animais da Comissão de Meio Ambiente da OAB/SP. Membro de dois abrigos para animais de rua (http://www.adoteumfocinho.com.br e Facebook - Abrigo Voz Animal), Werner é também Vice-Presidente da Confederação Brasileira de Rugby - CBRu.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Indiana compra fatia de 12% em bloco da Petrobras por US$ 529 milhões


Por Renato Rostás | Valor

SÃO PAULO  -  A estatal indiana Oil and Natural Gas Corporation (ONGC Videsh) acertou a compra de participação de 12% no bloco BC-10 da Bacia de Campos, nomeado como Parque das Conchas, que pertencia à Petrobras. A empresa pagará US$ 529 milhões à brasileira, conforme o comunicado. A alienação do ativo já fazia parte dos planos da Petrobras.

Em agosto, a Royal Dutch Shell, operadora do empreendimento com fatia de 50%, havia demonstrado interesse pela participação da Petrobras, que era de 35%.

No mês passado, a ONGC Videsh fez acordo para a aquisição conjunta com a anglo-holandesa. A Shell fica com uma fatia de 23% e a indiana, com os 12% mais os 15% que já detinha.

O bloco BC-10, conhecido como Parque das Conchas, compreende os campos de Ostra, Abalone, Argonauta e Nautilus. A produção no local foi iniciada em 2009 e no pico da fase 2, cuja entrada se deu neste mês, o empreendimento deve gerar cerca de 35 mil barris de óleo equivalente por dia.

Espionagem dos EUA altera foco do Brasil nas relações e no comércio exterior

 

O primeiro impacto do cancelamento pela presidenta Dilma de visita aos EUA por conta da espionagem criminosa norte-americana na economia brasileira, na Petrobras e no Palácio do Planalto e ministérios, foi a postergação do debate a respeito dos vistos para turistas entre os dois países.

Segundo a Casa Branca, o encontro entre Dilma e Barack Obama serviria para o anúncio oficial de um acordo sobre o Global Entry. Fontes do Itamaraty dizem que o Global Entry é um sistema oferecido a visitantes "confiáveis", que permite a entrada em território americano sem passar pelas filas de imigração.  

A fonte acrescenta que é interesse do governo dos EUA que esta negociação evolua o mais rápido possível. "Mas a espionagem da Casa Branca mostrou que quem não é confiável é o governo norte-americano, por isto, neste momento, não há,  da parte do Brasil, interesse algum no prosseguimento do debate sobre o Global Entry", afirmou a fonte.  

A explicação para esse desinteresse do Brasil é clara: até mesmo brasileiros que, anteriomente, migravam-se para os EUA em busca de trabalho agora não tem mais razão para esta mudança de país, porque o Brasil precisa de mão de obra qualificada e o mercado de trabalho norte-americano continua recessivo.  

Outra aposta comum nos meios diplomáticos e comerciais é que a espionagem do governo dos EUA sobre o Brasil deverá gerar outras consequências negativas no relacionamento entre os dois países, enquanto as negociações globais brasileiras estreitam contatos políticos, econômicos e comerciais com a Ásia, em especial com a China, e com o Leste Europeu, sobretudo com a Rússia.

Fontes: redação com agências

Ciência sem Fronteiras abre amanhã seleção para graduação sanduíche em 11 países



 
 
O Programa Ciência sem Fronteiras abre, a partir nesta terça-feira (15/10), a seleção para estudantes que queiram concorrer a bolsas em cursos na modalidade graduação sanduíche em 11 países. As chamadas estão publicados na edição do Diário Oficial da União. As inscrições vão até 29 de novembro e o edital completo de cada chamada será publicado
 
 
no www.cienciasemfronteiras.gov.br.Os países com oferta de vagas são os Estados Unidos, a Alemanha, França, Itália, Suécia, Noruega, Irlanda, China, Hungria, o Japão e a Áustria. 
 
A graduação sanduíche tem duração de um ano e pode chegar a um ano e meio quando for estendida em função de estágio ou curso de idioma. No caso da graduação, o candidato precisa ter concluído no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo previsto para o curso.
 
O Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de conceder 101 mil bolsas até 2014. Pode concorrer às bolsas de graduação quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e teve nota igual ou superior a 600 pontos. É necessário ainda ter domínio da língua inglesa e bom desempenho acadêmico. A bolsa cobre despesas do estudante no exterior como alojamento, alimentação e gastos com material didático e o governo custeia também as passagens aéreas.

Fonte: Agência Brasil
 

Balança comercial brasileira tem superávit de US$ 718 milhões na 2ª semana de outubro



 




As exportações brasileiras, na segunda semana de outubro (7 a 13), com cinco dias úteis, foram de US$ 4,867 bilhões (média diária de US$ 973,3 milhões). O resultado é 35,9% abaixo da média de US$ 1,517 bilhão da primeira semana.

No comparativo houve queda nas exportações de produtos manufaturados (-56,4%), em razão de plataformas de perfuração e exploração, açúcar refinado, veículos de carga, etanol e motores e geradores elétricos.

Também caíram as vendas de produtos básicos (-19,3%), por conta, principalmente, de minério de ferro, petróleo em bruto, milho em grãos e algodão. Já as exportações de semimanufaturados (31,3%) cresceram com destaque para açúcar em bruto, celulose, óleo de soja em bruto e ouro em formas semimanufaturadas. 

As importações, no período, foram de US$ 4,149 bilhões (resultado médio diário de US$ 829,7 milhões) e apontou-se queda de 21,3% sobre a média da primeira semana do mês (US$ 1,053 bilhão), explicada, principalmente, pela diminuição nos gastos com combustíveis e lubrificantes, aparelhos eletroeletrônicos, adubos e fertilizantes e siderúrgicos. 

Na segunda semana de outubro, o saldo comercial ficou superavitário em US$ 718 milhões, com desempenho médio diário de US$ 143,6 milhões, e  a corrente de comércio somou US$ 9,015 bilhões, com resultado médio por dia útil de US$ 1,803 bilhão.   

Nos nove dias úteis de outubro (1° a 13), as exportações foram de US$ 10,936 bilhões, com média diária de US$ 1,215 bilhão. Pela média, houve alta de 22,8%, em relação ao resultado de outubro de 2012 (US$ 989,2 milhões). Houve aumento das exportações de produtos manufaturados (50,7%), por conta de plataformas de perfuração e exploração, automóveis de passageiros, tubos flexíveis de ferro e aço, veículos de carga, e motores e geradores elétricos.

Os embarques de produtos básicos (10,9%) tiveram crescimento, devido, especialmente, a petróleo em bruto, soja em grão,  minério de cobre e bovinos vivos. Por outro lado, decresceram as vendas de semimanufaturados (-11,9%), com quedas maiores registradas para açúcar em bruto, ouro em formas semimanufaturadas, estanho em bruto, mates de níquel e catodos de cobre. Na comparação com o resultado diário do mês de setembro deste ano (de US$ 999,8 milhões), as exportações tiveram elevação de 21,5%.

Houve alta nas vendas de produtos manufaturados (68,6%) e semimanufaturados (8,9%), enquanto decresceram as exportações de básicos (-6,8%). As aquisições no exterior, em outubro, estão em US$ 8,364 bilhões (média de US$ 929,3 milhões). Houve aumento de 1,7% na comparação com a média de outubro do ano passado (US$ 914,2 milhões), com crescimento, principalmente, nos gastos com aeronaves e peças (36,5%), combustíveis e lubrificantes (34%), equipamentos elétricos e eletrônicos (12,4%), químicos orgânicos e inorgânicos (7,8%) e siderúrgicos (5,7%). Sobre o resultado verificado em setembro passado (US$ 897,6 milhões), houve incremento, principalmente, nas aquisições de aeronaves e peças (58,4%), cobre e obras (28,8%), combustíveis e lubrificantes (14,3%), e cereais e produtos de moagem (8,6%).  

A balança registra saldo positivo no mês de US$ 2,572 bilhões (média diária de US$ 285,7 milhões). Pela média, o resultado é 280,8% superior ao verificado em outubro passado (US$ 75 milhões) e 179,5% maior ao de setembro último (US$ 102,2 milhões). A corrente de comércio, no acumulado mensal, somou US$ 19,3 bilhões, com desempenho diário de US$ 2,144 bilhões. O valor médio apresentou expansão de 12,7% na comparação com outubro de 2012 (US$ 1,903 bilhões) e de 13% em relação a setembro deste ano (US$ 1,897 bilhão) .

De janeiro até a segunda semana de outubro, a corrente de comércio totalizou US$ 376,207 bilhões (média diária de US$ 1,9 bilhão), com aumento de 3,5% sobre a média do período correspondente do ano passado (US$ 1,835 bilhão). Nos 198 dias úteis de 2012, o superávit da balança comercial é de US$ 964 milhões (média diária de US$ 4,9 milhões). No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 188,586 bilhões (média diária de US$ 952,5 milhões), resultado 0,9% abaixo do verificado  no período equivalente de 2012, que teve média diária de US$ 961,6 milhões.

O acumulado anual das importações está 8,5% maior em relação ao ano passado (média diária de US$ 873,5 milhões). Em 2013, as compras brasileiras no mercado externo chegam a US$ 187,622 bilhões (média diária de US$ 947,6 milhões). 

EXPORTAÇÕES DEVEM CONTINUAR EM DECLÍNIO, ESTIMA A ANFAVEA


Na contramão da indústria de veículos de passeio e caminhões, que tem recuperado os níveis de exportações no País, o setor de máquinas agrícolas não tem conseguido exportar seus produtos como antes. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a projeção de vendas externas destes produtos para o ano é de uma queda de 17,2%, para 14 mil unidades. "Há cerca de dez anos, exportávamos até para os EUA. Atualmente, nós perdemos a competitividade", afirmou na última sexta-feira o vice-presidente da Anfavea, Milton Rego.

Em setembro, as exportações de máquinas agrícolas somaram 1,6 mil unidades, um aumento expressivo de 44,5% na comparação anual. Porém, no acumulado de janeiro a setembro deste ano, as vendas externas atingiram 11,5 mil máquinas, um declínio de 5%. "Nos últimos cinco anos, o Brasil só tem registrado queda das exportações.              Outras fontes estão substituindo nossos produtos", destaca Rego. Ele explica que, atualmente, os fabricantes brasileiros de máquinas agrícolas vendem seus produtos majoritariamente para países como Argentina, Paraguai e Uruguai.

Por outro lado, a demanda no mercado interno tem rendido bons resultados para os fabricantes de máquinas agrícolas. "Provavelmente, a próxima safra não deve ser tão rentável quanto a última, porém, na média das culturas, a rentabilidade ainda será elevada e os produtores irão investir na mecanização", ressalta Rego.

De acordo com a Anfavea, a projeção de comercialização de máquinas agrícolas para o ano é de 83 mil unidades, alta de 18,4% em relação a 2012. "A demanda interna será recorde em 2013", acredita Rego.

A produção também deve ficar em compasso com o bom desempenho das vendas, segundo a entidade, fechando o ano com um aumento de 13,5%, para 95 mil unidades. "A produção de máquinas agrícolas tranquilamente acompanhará os licenciamentos", diz o vice-presidente da Anfavea.

O executivo ponderou que o anúncio de prorrogação das condições especiais do financiamento para bens de capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - Finame - para 2014 é certamente uma boa notícia. "O Finame foi uma grande ferramenta para a compra de máquinas agrícolas neste ano", disse.

Fonte: Diário do Comércio e Indústria

Inflação no Brasil é duas vezes maior que média do G20

A inflação anual do Brasil até agosto foi o dobro da média dos países do G20, aponta relatório publicado nesta segunda-feira pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A taxa brasileira foi de 6,09% (segundo o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor-Amplo, índice oficial medido pelo IBGE), contra uma média de 3% do grupo dos 20 países mais ricos do mundo, calculada pelo Índice de Preços do Consumidor do G20. Vale destacar que a inflação brasileira está em um nível intermediário em comparação a outros países do G20 - é a sétima taxa mais alta.

Outros emergentes apresentaram pressão de preços bem maior nos 12 meses até agosto: na Índia, a inflação foi calculada em 10,7%; na Argentina (onde foram usados índices oficiais, considerados inferiores aos calculados pelo mercado), 10,5%; na Turquia e na Índonésia, o índice ronda os 8%.

O índice do G20 é calculado pela OCDE com base em variações de preços de uma cesta de produtos e serviços típicos, de 15 países membros do grupo e com base na média da inflação medida nos países da União Europeia (UE). Segundo o relatório, o índice evidencia "padrões divergentes (de inflação) entre as maiores economias do mundo".

"Índia, Argentina, Indonésia e Turquia tiveram as maiores taxas anuais de inflação - iguais ou superiores a 8% - em agosto, enquanto Japão, França, Canadá e Itália tiveram as taxas anuais mais baixas - entre 0,9% e 1,2%".


Juros

A inflação acumulada já sofreu leve redução em setembro em relação ao índice de 6,1% usado pela OCDE, de agosto. O ìndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos 12 meses até setembro foi de 5,86%, segundo o IBGE - e esta foi a primeira vez no ano que o índice ficou abaixo dos 6%.

O aumento dos preços, no entanto, continua a ser uma das principais dores de cabeça do governo. Na semana passada, o Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros (meta Selic) de 9% para 9,5%, com a justificativa de que isso "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano". O aumento dos juros tem sido usado como a principal arma para controlar a inflação, pela lógica de coibir o consumo elevando os custos dos empréstimos.