segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Espionagem dos EUA altera foco do Brasil nas relações e no comércio exterior

 

O primeiro impacto do cancelamento pela presidenta Dilma de visita aos EUA por conta da espionagem criminosa norte-americana na economia brasileira, na Petrobras e no Palácio do Planalto e ministérios, foi a postergação do debate a respeito dos vistos para turistas entre os dois países.

Segundo a Casa Branca, o encontro entre Dilma e Barack Obama serviria para o anúncio oficial de um acordo sobre o Global Entry. Fontes do Itamaraty dizem que o Global Entry é um sistema oferecido a visitantes "confiáveis", que permite a entrada em território americano sem passar pelas filas de imigração.  

A fonte acrescenta que é interesse do governo dos EUA que esta negociação evolua o mais rápido possível. "Mas a espionagem da Casa Branca mostrou que quem não é confiável é o governo norte-americano, por isto, neste momento, não há,  da parte do Brasil, interesse algum no prosseguimento do debate sobre o Global Entry", afirmou a fonte.  

A explicação para esse desinteresse do Brasil é clara: até mesmo brasileiros que, anteriomente, migravam-se para os EUA em busca de trabalho agora não tem mais razão para esta mudança de país, porque o Brasil precisa de mão de obra qualificada e o mercado de trabalho norte-americano continua recessivo.  

Outra aposta comum nos meios diplomáticos e comerciais é que a espionagem do governo dos EUA sobre o Brasil deverá gerar outras consequências negativas no relacionamento entre os dois países, enquanto as negociações globais brasileiras estreitam contatos políticos, econômicos e comerciais com a Ásia, em especial com a China, e com o Leste Europeu, sobretudo com a Rússia.

Fontes: redação com agências

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