O primeiro impacto do cancelamento pela
presidenta Dilma de visita aos EUA por conta da espionagem criminosa
norte-americana na economia brasileira, na Petrobras e no Palácio do
Planalto e ministérios, foi a postergação do debate a respeito dos
vistos para turistas entre os dois países.
Segundo a Casa Branca, o encontro entre
Dilma e Barack Obama serviria para o anúncio oficial de um acordo sobre
o Global Entry. Fontes do Itamaraty dizem que o Global Entry é um
sistema oferecido a visitantes "confiáveis", que permite a entrada em
território americano sem passar pelas filas de imigração.
A fonte acrescenta que é interesse do
governo dos EUA que esta negociação evolua o mais rápido possível. "Mas a
espionagem da Casa Branca mostrou que quem não é confiável é o governo
norte-americano, por isto, neste momento, não há, da parte do Brasil,
interesse algum no prosseguimento do debate sobre o Global Entry",
afirmou a fonte.
A explicação para esse desinteresse do
Brasil é clara: até mesmo brasileiros que, anteriomente, migravam-se
para os EUA em busca de trabalho agora não tem mais razão para esta
mudança de país, porque o Brasil precisa de mão de obra qualificada e o
mercado de trabalho norte-americano continua recessivo.
Outra aposta comum nos meios
diplomáticos e comerciais é que a espionagem do governo dos EUA sobre o
Brasil deverá gerar outras consequências negativas no relacionamento
entre os dois países, enquanto as negociações globais brasileiras
estreitam contatos políticos, econômicos e comerciais com a Ásia, em
especial com a China, e com o Leste Europeu, sobretudo com a Rússia.
Fontes: redação com agências
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