EXPORTAÇÕES DEVEM CONTINUAR EM DECLÍNIO, ESTIMA A ANFAVEA
Na contramão da indústria de veículos de passeio e caminhões, que tem
recuperado os níveis de exportações no País, o setor de máquinas
agrícolas não tem conseguido exportar seus produtos como antes. De
acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores, a projeção de vendas externas destes produtos para o ano é
de uma queda de 17,2%, para 14 mil unidades. "Há cerca de dez anos,
exportávamos até para os EUA. Atualmente, nós perdemos a
competitividade", afirmou na última sexta-feira o vice-presidente da
Anfavea, Milton Rego.
Em setembro, as exportações de máquinas
agrícolas somaram 1,6 mil unidades, um aumento expressivo de 44,5% na
comparação anual. Porém, no acumulado de janeiro a setembro deste ano,
as vendas externas atingiram 11,5 mil máquinas, um declínio de 5%. "Nos
últimos cinco anos, o Brasil só tem registrado queda das exportações.
Outras fontes estão substituindo nossos
produtos", destaca Rego. Ele explica que, atualmente, os fabricantes
brasileiros de máquinas agrícolas vendem seus produtos majoritariamente
para países como Argentina, Paraguai e Uruguai.
Por outro lado,
a demanda no mercado interno tem rendido bons resultados para os
fabricantes de máquinas agrícolas. "Provavelmente, a próxima safra não
deve ser tão rentável quanto a última, porém, na média das culturas, a
rentabilidade ainda será elevada e os produtores irão investir na
mecanização", ressalta Rego.
De acordo com a Anfavea, a
projeção de comercialização de máquinas agrícolas para o ano é de 83 mil
unidades, alta de 18,4% em relação a 2012. "A demanda interna será
recorde em 2013", acredita Rego.
A produção também deve ficar
em compasso com o bom desempenho das vendas, segundo a entidade,
fechando o ano com um aumento de 13,5%, para 95 mil unidades. "A
produção de máquinas agrícolas tranquilamente acompanhará os
licenciamentos", diz o vice-presidente da Anfavea.
O executivo
ponderou que o anúncio de prorrogação das condições especiais do
financiamento para bens de capital do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) - Finame - para 2014 é certamente uma boa
notícia. "O Finame foi uma grande ferramenta para a compra de máquinas
agrícolas neste ano", disse.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria
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