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Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
sábado, 19 de outubro de 2013
Para exportar, empresa cria cachaça com cara de vodka e donut de pão de queijo
Incêndio ameaça entrega de açúcar contratado em Nova York
Fogo consumiu um estoque de 180 mil toneladas de açúcar e os preços dispararam ao longo desta sexta-feira para o nível mais alto em um ano
Paulo Whitaker/Reuters
Montanha de açúcar queimado é visto no armazém da Copersucar do Porto de Santos, que foi atingido por um incêndio nesta sexta
Nova York - Um incêndio nos armazéns da Copersucar em Santos ameaça prejudicar uma grande entrega de açúcar por intermédio da bolsa de Nova York (ICE Futures).
O fogo consumiu um estoque de 180 mil toneladas de açúcar e os preços
dispararam ao longo desta sexta-feira para o nível mais alto em um ano,
com operadores preocupados com mais um problema de oferta de curto prazo
em um momento em que as chuvas já prejudicam a moagem de cana no
centro-sul do Brasil.
O volume destruído representa pouco menos de um décimo das exportações
brasileiras de açúcar em um mês. Santos é o principal porto de
escoamento de açúcar do Brasil.
Os operadores, ao mesmo tempo que corriam para cobrir posições e
calcular impacto sobre a oferta mundial, identificaram outro potencial
efeito colateral: como o incêndio pode afertar a habilidade da
Copersucar de entregar um grande volume vendido para a Louis Dreyfus no
início do mês contra o contrato de vencimento outubro.
Mesmo que o volume afetado nesta sexta-feira seja pequeno comparado com
o total vendido para Louis Dreyfus, o dano ao terminal --com capacidade
para movimentar 10 milhões de toneladas por ano-- pode atrapalhar a
operação de estocagem e embarque da Copersucar, disseram operadores.
Em um dos vencimentos mais movimentados dos últimos anos, a Louis
Dreyfus Commodities, uma das maiores tradings do mundo, comprou cerca de
1,49 milhão de toneladas de açúcar, equivalentes a 574 milhões de
dólares.
Do total, quase 1 milhão de toneladas é de açúcar brasileiro, com
embarque a partir de Santos. Operadores acreditam que a Copersucar seja
responsável pelo envio de uma boa parcela deste volume.
Nenhuma carga de açúcar da Dreyfus foi embarcada ainda, disse um operador norte-americano.
"Obviamente isso irá impactar esta entrega e as entregas futuras. Um
significativo volume de exportação da Copersucar irá parar pelo futuro
próximo e apertar todo mundo", acrescentou o operador.
Uma porta-voz da Louis Dreyfus não quis comentar o assunto.
REUTERS GB RBS
Incêndio em Santos atingiu 180 mil toneladas de açúcar
Segundo Copersucar, causas do incidente ainda não são conhecidas e estão sendo investigadas
Paulo Whitaker/Reuters
Montanha de açúcar queimado é visto no armazém da Copersucar do Porto de Santos, que foi atingido por um incêndio nesta sexta
São Paulo - A Copersucar informou nesta sexta-feira, 18, por meio de nota, que o incêndio no terminal da empresa no Porto de Santos
atingiu cerca de 180 mil toneladas de açúcar bruto. Segundo a empresa,
as causas do incidente ainda não são conhecidas e estão sendo
investigadas. A companhia havia informado mais cedo que os armazéns
atingidos pelo fogo comportavam até 300 mil toneladas, mas eles não
estavam cheios no momento do acidente.
"No momento, a companhia está desenvolvendo um plano de contingência
para suas operações, buscando minimizar os impactos do incidente",
destacou a Copersucar, sem detalhar qualquer alteração em seus prazos de
entrega. O incêndio foi controlado pelos bombeiros e as operações de
rescaldo continuam.
A Copersucar ressaltou ainda que, dos quatro funcionários que ficaram
feridos, três deles permanecem hospitalizados, em observação. Nenhum
deles corre risco de morte. "A Copersucar está prestando todo o apoio
necessário aos feridos e aos seus familiares", salientou.
Grupo Massa, do Ratinho, quer expandir marca de café
Para aumentar participação do mercado da marca Café no Blue, o Grupo Massa, do Ratinho firmou acordo com um grupo japonês
Cida Souza/Contigo
Grupo Massa, do Ratinho, firmou acordo com Mitsu & Co para aumentar participação de mercado da marca Café no Blue
São Paulo – O Grupo Massa, do Ratinho, fechou recentemente um acordo
com o grupo japonês Mitsu & Co para aumentar a participação de
mercado da marca Café no Blue.
De acordo com a assessoria de imprensa, as negociações
com o grupo ocorreram nas últimas semanas e teve como principal
objetivo buscar medidas para que a marca alcance 5% do mercado de
torrado e moído no Brasil.
Detalhes do acordo ainda não foram divulgados.
A marca de café do Ratinho já está entre as mais vendidas do país e vem
aumentando sua participação no segmento a partir de acordos firmados
com grandes redes de supermercados do país.
A partir do acordo com o grupo japonês, a perspectiva é que os resultados melhorem em médio e longo prazo.
O grupo Mistu & Co atua em 12 áreas comerciais no país, entre elas o
departamento de alimentos e varejo, e possui quatro escritórios no
Brasil.
Shopping dá dinheiro: BR Malls fatura 5 bi no 3º trimestre
Maior empresa de shoppings do Brasil registrou taxa de ocupação média de 97,6% no período
Divulgação
Norteshopping, no Rio: BR Malls libera balanço no próximo dia 12
São Paulo – Maior empresa de shoppings do Brasil, a BR Malls
divulgou ontem a prévia de seu desempenho no terceiro trimestre. Pelo
visto, o negócio continua dando dinheiro – uma vez que a companhia
anunciou faturamento de 5,2 bilhões de reais com vendas no período.
O valor é 11,5% do que aquele registrado um ano atrás. Além disso, a
taxa de ocupação média dos empreendimentos administrados pela empresa de
julho a setembro foi de 97,6%.
"Dos 51 shoppings que detínhamos participação, 24 apresentaram mais de 99% de ocupação", informa comunicado divulgado pela companhia. O balanço completo da BR Malls só sai no próximo dia 12. Mas sua prévia foi bem recebida pelas corretoras de mercado.
Corretoras
"Este resultado representa um significante ganho real de 5% acima da
inflação", afirmaram Dan McGoey e Paola Mello em relatório da Citi.
De acordo com informe da ItaúBBA assinado por David Lawant, Enrico
Trotta & Ariel Amar, os números robustos são um reflexo das
inaugurações e aquisições realizadas pela BR Malls no período.
Para Eduardo Silveira e Gabriel De Gaetano, da corretora portuguesa
Banco Espírito Santo, os números representam um alívio após os maus
resultados do segundo trimestre em função da onda de protestos no Brasil.
A indústria do luxo investe em experiências exclusivas
Na busca por consumidores abonados, marcas de luxo como Pernord Ricard, Louis Vuitton e Audi investem cada vez mais em experiências exclusivas — das quais só participa quem é convidado
Renan França, de
Germano Lüders/EXAME.com
Rodnei Riscali (à dir.): uísque Chivas e crupiê para jogar pôquer com os amigos
São Paulo - As rodadas semanais de pôquer com os amigos na casa do
paulista Rodnei Riscali, de 30 anos, não são mais as mesmas. Desde 2011,
o encontro informal realizado às terças-feiras em seu apartamento no
Morumbi, na zona sul de São Paulo, ganhou um ar de sofisticação.
Um crupiê embaralha e distribui as cartas, e um barman prepara drinques. Um lote de uísque Chivas sempre abastece a reunião, eventualmente até com exemplares envelhecidos em 25 anos, que chegam a custar 1 000 reais a garrafa.
Mas para Riscali tudo isso sai de graça. A mordomia começou quando ele
aceitou se tornar um dos 19 embaixadores da fabricante francesa de bebidas Pernod Ricard no Brasil.
Sua única contrapartida é garantir a presença da marca em seus eventos
sociais com os amigos. Quando Riscali faz aniversário, a empresa se
encarrega de mimar ainda mais seu embaixador. Jogador de golfe, ele já
ganhou um taco e outros apetrechos para o esporte. “Já indiquei outros
amigos que se interessaram em fazer parte do grupo“, diz.
Mimos assim prosperam junto com o mercado de luxo no
Brasil. O investimento das empresas em atividades para se aproximar do
público classe A no país mais do que dobrou nos últimos três anos e
chegou a 300 milhões de dólares em 2012, segundo a consultoria americana
Colloquy, especializada no relacionamento entre empresas e consumidores.
Por trás desses números estão atividades que vão muito além de mandar
cartão de aniversário — como viagens e participação em clubes e eventos
fechados. Esse esforço é uma tentativa de cativar um público disposto a
gastar cada vez mais.
A empresa de pesquisa americana Digital Luxury Group calcula que o
Brasil movimentou 12 bilhões de dólares em produtos de luxo em 2012 —
24% mais em relação a 2011. “Oferecer experiências relevantes se mostrou
uma maneira eficiente de aprofundar vínculos com o consumidor”, afirma
Fernanda Mandryk, consultora da paulista MCF, especializada no mercado
de luxo brasileiro.
Nos casos mais bem-sucedidos, identificar os clientes certos foi tão
importante quanto definir a experiência certa. Para selecionar seus
primeiros embaixadores, em 2010, a Pernod Ricard contratou uma
consultoria especializada em localizar consumidores de alta renda. Em
geral, os escolhidos são homens de 25 a 35 anos, com alto poder
aquisitivo e hábito de reunir os amigos frequentemente.
Nos anos seguintes, o grupo cresceu por indicações, até chegar aos
atuais 19 embaixadores. Treze deles estão em São Paulo, quatro em
Brasília e dois em Goiânia — os três principais mercados para a Chivas
no Brasil. A relação é revista de tempos em tempos, já que a parceria
pode ser renovada todos os anos.
Aqueles que conseguem reunir mais pessoas ao longo de um ano podem
ganhar uma viagem para conhecer a destilaria na Escócia. Os que se
acomodam são substituídos. “É um trabalho constante dos dois lados. O
cliente precisa sentir que faz parte de uma ação exclusiva”, diz Karen
Ehrlich, gerente de marcas da Pernod Ricard.
Itamar Franco: uma lição de como gerenciar crises
Em conflito com Collor desde o início do governo – principalmente devido às divergências acerca da política de privatizações – Itamar desligou-se do PRN pouco antes do impeachment e, meses mais tarde, assumiu a presidência, já pelo PMDB
Wikipédia
Político de carreira, Itamar deu seus primeiros passos na vida
pública em Juiz de Fora/MG, onde foi prefeito (1967 a 1971)
No início dos anos 1990, o primeiro presidente eleito pelo povo no
Brasil – depois de mais de 20 anos de ditadura – foi deposto, acusado de
corrupção. Com a economia em crise e as instituições desacreditadas,
restou ao sucessor a difícil missão de manter a legalidade democrática e
tirar o país da lama. Há de se concordar, no entanto, que assumir o
leme de um barco no meio de uma tempestade não é para qualquer um. E foi
assim, na condição de comandante de um grande navio prestes a afundar,
que Itamar Franco assumiu a presidência do país após o impeachment de Fernando Collor de Mello.
Político de carreira, Itamar deu seus primeiros passos na vida
pública em Juiz de Fora/MG, onde foi prefeito (1967 a 1971). Pouco
depois, deixou o cargo e elegeu-se senador pelo estado de Minas Gerais
(1975). Em 1988, saiu do PMDB (antigo MDB, partido de oposição durante o
regime militar) e uniu-se ao então governador de Alagoas, Fernando
Collor, no jovem PRN (Partido da Reconstrução Nacional), que lhes deu a
vitória na eleição de 1989. Em 1992, com a queda de Collor, assumiu a
presidência da República.
Em conflito com Collor desde o início do governo – principalmente
devido às divergências acerca da política de privatizações – Itamar
desligou-se do PRN pouco antes do impeachment e, meses mais
tarde, assumiu a presidência, já pelo PMDB. Na época, apesar de toda a
crise política, as maiores pressões tinham origem no campo econômico,
com uma inflação que, em 1993, chegou a 2.700%.
No curto espaço compreendido entre o governo Sarney e o Collor, foram
implementados três planos econômicos e estabelecidas duas moedas, todos
sem sucesso a longo prazo. Para Itamar, então, o desafio era, além de
encontrar uma solução duradoura, conseguir convencer a população de que
os preços seriam controlados, os produtos não desapareceriam das
prateleiras e ninguém teria suas poupanças confiscadas.
A tarefa não foi fácil. Em seu curto governo, passaram nada menos que
seis ministros diferentes pela pasta da Fazenda. Ao mesmo tempo, as
pressões políticas também eram grandes, inclusive pela dissolução do
Congresso. Além disso, com a fragmentação das forças partidárias na
época, compor um governo não foi nada fácil.
No final, entretanto, o saldo foi positivo. No campo econômico, com a
criação do Plano Real, a hiperinflação foi controlada e asseguraram-se
as bases para o desenvolvimento verificado atualmente. No âmbito
político, o presidente fez seu sucessor (Fernando Henrique Cardoso,
ministro que coordenou a criação do Plano Real) e deixou o cargo com uma
aprovação semelhante à de Lula no final do seu mandato. Itamar ainda
deixou como legado a sanção da Lei dos Genéricos e da Lei Orgânica da
Assistência Social (LOAS), que deu base para os programas socias dos
governos seguintes.
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