sábado, 19 de outubro de 2013

Para exportar, empresa cria cachaça com cara de vodka e donut de pão de queijo



 
 
Depois de um ano de trabalho intenso lado a lado com a  Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos) a agência francesa de design Enivrance desemcarca no Brasil com muita inovação para mostrar às empresas do país, de pequeno, médio ou grande porte, que no mercado global o céu é o limite.

Bolinho de carne seca ganha o formato do macaron francês para acompanhar a cerveja. Imagine o tradicional pão de queijo. Agora mude seu formato para o de um donut e recheie com goiabada e queijo – o Romeu e Julieta. Ou, ainda, nosso bolinho de carne seca para acompanhar aquela cerveja, mas no formato de macarrons. E uma cachaça orgânica com uma embalagem e o 'jeitão' de vodka.

A Enivrance tem experiência com nomes de grande porte, como Bauducco, Seara, JBS e vinícola Aurora, mas também pequenas como Baggio Cafe e a cachaçaria Weber Haus. Os produtos serão apresentados em mercados como Tóquio, Nova York, Paris e até Dubai, e já atraíram o interesse de grandes varejos, como Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart.

O objetivo é mudar o estereótipo de produtos brasileiros lá fora. E fazer com que sejam consumidos no dia a dia, e não mais vistos como um nicho sazonal ou até tropical. Edouard Malbois (foto), CEO da agência de design, conta que foi necessário visitar 90 empresas para seduzir as 11 participantes. "Há uma resistência global à inovação, pois implica investimento e risco", conta. 

Na visão do escritório, porém, não há outro caminho para buscar a diferenciação, agregar valor e exportar uma marca global. E também defender o mercado de marcas brasileiras lá fora. Para isso, decreta: "Queremos tirar a bandeira do Brasil dos produtos exportados e reforçar as marcas. 
 
O momento de visibilidade do país permite isso".Criada em 2002 e com escritórios em Paris, Cingapura e São Paulo, a Enivrance já fez projetos para clientes como Nestlé, Mc Donald´s, Danone e Pepsico. A indústria alimentícia é o foco do negócio, porque, na visão do executivo, ela caminha de modo conservador, e não acompanha mudanças nos hábitos de consumo, além de um consumidor mais exigente. 
 

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