|
Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Antes pessimistas, empresários agora acreditam em superávit comercial de US$ 2 bilhões em 2013
Exportação brasileira foi de US$ 4,003 bilhões na 3ª semana de outubro
A
importação pelo Brasil de eletroeletrônicos e cosmética (foto) pesou na balança
comercial do país, cuja exportação, na terceira semana de outubro (14 a 20), com cinco dias
úteis, foram de US$ 4,003 bilhões (média diária de US$ 800,5 milhões).
O
resultado está 34,1% inferior à média de US$ 1,215 bilhão, verificada até a
segunda semana do mês. Houve retração nas exportações de produtos manufaturados
(-44,7%), sobretudo de plataforma para explorar petróleo/gás, avião, açúcar
refinado, autopeça, automóveis de passageiros, motores e geradores elétricos e
veículos de carga.
Entre
os semimanufaturados (-40,3%), as quedas foram maiores para açúcar em bruto,
celulose, semimanufaturados de ferro e aço, couros e peles, ouro em forma
semimanufaturada, e ferro fundido. Nos produtos básicos (-21,4%), caíram as
vendas, especialmente, de petróleo, minério de ferro, carne bovina, soja em
grão, milho em grão, minério de cobre e fumo em folhas.
As
importações, no período, contabilizaram US$ 5,571 bilhões, com desempenho médio
diário de US$ 1,114 bilhão. Houve aumento de 19,9%, sobre a média registrada
até a segunda semana (US$ 929,3 milhões).
Cresceram
os gastos com combustíveis e lubrificantes, aparelhos eletroeletrônicos (foto),
veículos automóveis e partes, equipamentos mecânicos e plásticos e obras.
Na
terceira semana de outubro, o saldo comercial ficou deficitário em US$ 1,568
bilhão, com desempenho médio diário negativo de US$ 313,7 milhões, e a corrente
de comércio somou US$ 9,573 bilhões, com resultado médio por dia útil de US$
1,914 bilhão.
Mês
Nos
14 dias úteis de outubro, as exportações foram de US$ 14,938 bilhões, com média
diária de US$ 1,067 bilhão. Pela média, houve aumento de 7,9%, em relação ao
resultado de outubro de 2012 (US$ 989,2 milhões).
Neste
comparativo, cresceram os embarques de produtos manufaturados (26,7%), com
destaques de plataformas de exploração de petróleo e gás, automóveis de
passageiros, óleos combustíveis, aviões, veículos de carga, motores e geradores
elétricos, polímeros plásticos, tubos flexíveis de ferro ou aço, máquinas para
terraplanagem, e suco de laranja não congelado.
Entre
os produtos básicos (2,4%), a alta se explica, em espacial, por conta de
minério de ferro, petróleo em bruto, soja em grão, carne bovina e fumo em folhas. As vendas de
produtos semimanufaturados (-24,6%) recuaram em razão de açúcar em bruto, ouro
em forma semimanufaturada, ferro fundido, óleo de soja em bruto e alumínio em
bruto.
Na
comparação com o resultado diário do mês de setembro passado (US$ 999,8
milhões), as exportações aumentaram 6,7%. Houve crescimento nas exportações de
produtos manufaturados (41,7%), enquanto diminuíram as vendas de básicos
(-13,9%) e de semimanufaturados (-6,8%).
As
aquisições no exterior, em outubro, estão em US$ 13,935 bilhões, com média
diária de US$ 995,3 milhões. O resultado está 8,9% acima da média de outubro do
ano passado (US$ 914,2 milhões), com aumento, principalmente, nos gastos com
cobre e suas obras (33,1%), combustíveis e lubrificantes (31,9%), aeronaves e
peças (20,3%), equipamentos elétricos e eletrônicos (13,7%), cereais e produtos
de moagem (11,7%) e siderúrgicos (7,9%).
Sobre
o resultado verificado em setembro passado (US$ 897,6 milhões), houve expansão
de 10,9% nas importações, ocasionada por maiores compras de cobre e suas obras
(45,6%), aeronaves e peças (39,6%), cereais e produtos de moagem (20,2%),
combustíveis e lubrificantes (12,5%), farmacêuticos (12,1%), e veículos
automóveis e partes (11,8%).
A
balança registra superávit no mês de US$ 1,003 bilhão (média diária de US$ 71,7
milhões). A corrente de comércio, no acumulado mensal, está em US$ 28,873
bilhões, com desempenho médio diário de US$ 2,062 bilhões.
Ano
De
janeiro à terceira semana de outubro deste ano (203 dias úteis), as vendas ao
exterior somaram US$ 192,588 bilhões (média diária de US$ 948,7 milhões). Na
comparação com a média diária do período correspondente de 2012 (US$ 959,5
milhões), as exportações decresceram 1,1%.
As
importações foram de US$ 193,193 bilhões, com média diária de US$ 951,7
milhões. O valor está 8,7% acima da média registrada no período equivalente de
2012 (US$ 875,7 milhões).
No
acumulado do ano, há déficit na balança comercial de US$ 605 milhões, com o
resultado médio diário negativo de US$ 3 milhões. Nos dias correspondentes de
2012, houve superávit de US$ 17,008 bilhões, com média de US$ 83,8 milhões.
A
corrente de comércio totaliza, em 2013, US$ 385,781 bilhões, com média diária
de US$ 1,9 bilhão. O valor é 3,6% maior que a média aferida no período
equivalente do ano passado (US$ 1,835 bilhão).
11 carreiras que vão despontar com a exploração do pré-sal
De geólogos a oficiais de náutica, passando por engenheiros de perfuração e gerentes de plataforma, confira as oportunidades que surgem no mercado de óleo e gás
Eddie Seal/Bloomberg
Plataforma da Shell: empresa é uma das integrantes do consórcio que vai explorar o Campo de Libra
São Paulo – De 2014 a 2017, o setor que vai liderar a atração de investimentos na indústria será o de petróleo
e gás. Segundo o BNDES, em 4 anos, 458 bilhões de reais serão
destinados a exploração e produção de óleo e gás, refino, distribuição e
logística. A alta é de 47%, na comparação com o período de 2009 a 2013,
e os dados são relativos aos pedidos de empréstimo ao BNDES e planos de
negócios das empresas do setor, sobretudo a Petrobras.
E o pré-sal só representa uma pequena parcela desses investimentos projetados, segundo o BNDES. Para se ter uma ideia, o Campo de Libra
- que está no centro das atenções e é primeiro contemplado pelo leilão
do pré-sal – nem teve os investimentos contabilizados pelo banco, já que
ainda inexiste um plano de negócios para explorar a área, por enquanto.
Isso significa que as cifras vão aumentar consideravelmente com a
entrada do pré-sal nos cálculos dos investimentos. “Especula-se que
serão 18 plataformas no Campo de Libra, então com certeza vai ter muita
movimentação no mercado”, diz Caio Mase, gerente da Robert Walters do
Rio de Janeiro.
E com as atenções voltadas à exploração do Campo de Libra, leilão vencido agora há pouco pelo consórcio composto pela Petrobras (10%), Shell (20%), Total (20%), CNOOC (10%), e CNPC (10%),
muitas carreiras ligadas a esta área devem despontar no mercado
brasileiro nos próximos anos, diz ele. “Sobretudo as empresas chinesas
(CNOOC e CNPC) vão entrar sem estrutura no país, então vão precisar
estruturar a parte de operações, esta em maior volume, e de negócios
também”, diz Mase. De acordo com ele, quem tem experiência em pré-sal e
conhece a região de exploração vai sair na frente.
“Temos que pensar que, do momento da licitação até o primeiro barril
extraído de óleo, passam de 6 a 10 anos, o que dá tempo para o Brasil
formar profissionais”, diz Bruno Stefani, gerente da divisão de óleo e
gás da Michael Page.
EXAME.com consultou dois especialistas em recrutamento no setor de óleo
e gás para saber quais serão os profissionais mais requisitados pelo
setor em cada uma das fases da cadeia de produção. Confira:
Fase inicial de investigação para exploração:
É a fase em que há oportunidades para profissionais ligados à geologia
que vão investigar o potencial de exploração do campo. Veja os
profissionais mais demandados nesta etapa inicial.
1 Geólogos
Com formação em geologia, esse profissional vai estudar as
características da área potencialmente explorável. “Assim que sai da
faculdade, o geólogo vai buscando especializações e começa a ramificar a
atuação”, diz Stefani.
Salário: em início de carreira, geólogos têm remunerações entre 6 a 8 mil reais nesse setor.
2 Geofísicos
São profissionais de formação em geologia e com especialização em
geofísica. “Se são empresas em operação inicial no Brasil, geralmente
vão buscar alguém com mais experiência, que conheça a geologia das
áreas”, diz Stefani. Companhias já estruturadas como a Shell ou a BP dão
mais espaço para profissionais de menor senioridade.
Salário: varia bastante. Para quem tem menos
experiência, varia de 8 mil a 12 mil reais. Profissionais experientes
podem ter salários acima de 30 mil reais.
3 Petrofísicos
Profissionais de geologia especializados em petrofísica também são
bastante demandandos nesta fase de investigação. Novamente, explica
Stefani, dependendo da empresa, a busca pode ser por profissionais mais
ou menos experientes e isso vai influir diretamente na remuneração.
Salário: Nível júnior de 8 a 12 mil reais. Com certo
tempo de experiência na função, a remuneração pode variar entre 12 mil e
15 mil reais e profissionais de alto nível de senioridade chegam a
ganhar entre 35 mil e 45 mil reais.
Fase de testes de perfuração:
Depois do trabalho dos geólogos, entram os profissionais que vão
realizar os testes para confirmar a viabilidade da exploração apontada
na fase de investigação. “São as pessoas que vão testar se o campo é
mesmo viável, como disseram os geólogos”, explica Stefani. Por exemplo,
se as estimativas dão conta de uma reserva de 8 a 12 bilhões de barris
de petróleo no Campo de Libra, a fase de testes vai definir o que será,
de fato, extraído. Confira os profissionais que entram nessa fase:
4 Engenheiro de perfuração:
A formação em engenharia é obrigatória, mas a habilitação pode variar
bastante entre os profissionais desse ramo, segundo Stefani. “Pode ser
um engenheiro mecânico, civil, eletricista, entre outras habilitações. A
formação é bem ampla”, diz o gerente da Michael Page. Como não existe
pós-graduação em engenharia de perfuração, a especialização nesse ramo é
“on the job”. “O profissional pode ter pós-graduação em petróleo, mas
geralmente é uma pessoa que adquiriu experiência trabalhando para
prestadoras de serviço para a indústria de óleo e gás”, diz Stefani.
Segundo ele, a grande escola dos engenheiros de perfuração costuma ser a
experiência em turnos off-shore nas empresas prestadoras de serviço.
Salário: nível júnior, com experiência de até 5 anos,
tem remuneração fixa variando entre 8 mil e 12 mil reais. “Mas é um
profissional que fica embarcado, há adicionais que podem dobrar o valor
do salário”, diz Stefani. Profissionais experientes chegam a ganhar mais
de 30 mil mensais.
5 Gerentes de perfuração:
Formação técnica é a mesma do engenheiro de perfuração, o que
diferencia é a função de gestão. “É um engenheiro de perfuração que foi
ganhando experiência técnica suficiente para ser um gestor”, diz
Stefani. O cargo é destinado, diz o gerente da Michael Page, a
profissionais com mais de 45 anos, já que, geralmente, a experiência
necessária é gira em torno dos 20 anos.
Salário: como são profissionais de nível sênior, o
salário pode ultrapassar os 30 mil reais. “Mais isso vai variar de
acordo com o porte da empresa”, diz Stefani.
Fase de projetos
O sucesso das fases de investigação e de teste resulta no início da
fase de projetos de exploração. “Nesta fase há uma gama maior de
atividades com a contratação de uma série de empresas prestadoras de
serviço”, diz Stefani. É o momento de planejar, projetar e gerenciar
processos.
6 Gerente de contratos
Formação em engenharia é fundamental para gerenciar contratos de todos
os tipos no setor de óleo e gás. O cargo, por ser de gestão, pede
experiência técnica. “São engenheiros que já foram de perfil mão na
massa e hoje estão em cargo de gestão”, diz Stefani. Das carreiras que
despontam nesta fase de projetos, esta é a mais “global”. “O gerente de
contratos cuida de todas as disciplinas abaixo dele”, explica o gerente
da Michael Page. Por exemplo, um projeto de construção de uma embarcação
de produção e armazenagem de petróleo, uma FPSO (Floating Production
Storage and Offloading) - que é, na verdade, uma grande planta química,
só que a 200 quilômetros da costa – o gerente de contrato olha para o
todo. “Ele é o dono de toda a embarcação, responsável por um contrato de
1 bilhão, por exemplo, e deve conhecer bem todas as fases do projeto”,
explica Stefani.
Salário: vai variar de 15 mil a 40 mil, dependendo do porte da empresa e do nível de senioridade.
7 Gerente de projeto
É o gestor responsável por projetos específicos dentro da planta de exploração. Formação também em engenharia e experiência prévia são fundamentais para este cargo.
Salário: vai variar de 15 mil a 40 mil, dependendo do porte da empresa e do nível de senioridade.
8 Gerente de engenharia
É quem vai
comandar a equipe de engenheiros nos projetos que podem abarcar desde a
tubulação da embarcação FPSO como também a parte mecânica, elétrica,
entre outras. Como ocorre com os outros cargos de gestão em óleo e gás
já citados, ter experiência na área vai fazer toda a diferença para
garantir uma oportunidade nesta posição.
Salário: vai variar de 15 mil a 40 mil, dependendo do porte da empresa e do nível de senioridade.
Fase de produção
É a etapa final da cadeia de óleo e gás. “É a fase de começar, de fato,
a extrair e produzir”, diz Stefani. Neste momento são contratadas
prestadoras de diversos serviços de apoio à produção e manutenção, de
acordo com o especialista. Veja os cargos que ganham mais demanda nesta
fase:
9 Gerente de operação
Formação em engenharia. Diversas habilitações profissionais se encaixam
no perfil do gestor de operações. “Há movimentos no mercado de ir
buscar esses profissionais na indústria química e petroquímica”, diz
Stefani. É um cargo com alto grau de responsabilidade, lembra o
especialista da Michael Page, já que é o profissional responsável por
gerenciar toda a planta química off-shore que é a FPSO. Por isso a
experiência é o diferencial para garantir a vaga.
Salário: profissionais com 10 anos de experiência
ganham, em média, 35 mil reais. Quanto maior o tempo de experiência,
maior o salário, que pode chegar a 50 mil reais, de acordo com o gerente
da Michael Page.
10 Gerente de plataforma
Salário: para um profissional de nível sênior pode variar de 25 mil a 35 mil reais. “ Tem a questão da periculosidade , pelo fato de estarem embarcados, que aumenta o salário também”, lembra o gerente da Robert Walters.
11 Oficiais de náutica
De acordo com
Stefani, este é um gargalo de formação no Brasil. “Os oficiais de
náutica são formados pela Marinha e é uma área que não desperta muita
atenção dos jovens na época de faculdade”, diz Stefani. Ele ressalta que
cada uma das embarcações que fazem o apoio da produção precisa ter
oficiais de náutica.
Salário: para um comandante pode passar de 30 mil
reais. “Recentemente fizemos uma posição bem específica de comandante
para uma empresa internacional, o profissional selecionado era de nível
sênior, tinha 30 anos de experiência, e o salário chegou aos 40 mil
reais.Petrobras conclui perfuração do poço Bracuhy
Por Fernanda Guimarães
A Petrobras informou, em comunicado ao mercado, nesta
segunda-feira, 21, ter concluído a perfuração do poço 3-BRSA-1183-RJS
(3-RJS-713), informalmente chamado de Bracuhy, localizado no bloco
BM-S-24, no pré-sal da Bacia de Santos.
No comunicado, a
Petrobras destaca que esse poço é o terceiro perfurado na área de
Júpiter e que a sua perfuração confirmou "uma coluna de hidrocarbonetos
de cerca de 160 metros, a partir de 5.322 metros de profundidade, com
rochas com boas condições de porosidade e permeabilidade". Segundo a
estatal, além da capa de gás e condensado, o poço constatou uma coluna
de óleo de cerca de 100 metros de espessura.
De acordo com a
Petrobras, um teste de formação na zona portadora de óleo está
previsto para verificar as suas características e a produtividade dos
reservatórios.
O poço perfurado está a 26 quilômetros a
nordeste do poço de Júpiter que, conforme divulgado em 21 de janeiro de
2008, identificou a presença de uma grande jazida de gás (gás natural e
CO2), condensado e óleo, informou a Petrobras no comunicado. "As
amostras coletadas do novo poço confirmaram tratar-se dos mesmos fluidos
constatados no poço pioneiro 1-RJS-652A (júpiter) e no poço de extensão
3-RJS-683A", completou.
Ainda segundo a Petrobras, o poço
Bracuhy tem profundidade final de 5.765 metros e está localizado a 267
km do litoral do Rio de Janeiro em profundidade de água de 2.251 metros.
Também
no informe, a Petrobras afirma que o consórcio, na qual a estatal tem
uma participação de 80% e a Petrogal Brasil 20%, dará continuidade às
atividades previstas no Plano de Avaliação de Descoberta aprovado pela
Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Copyright © 2013 Agência Estado. Todos os direitos reservados.
Entenda como funciona o modelo de partilha, adotado no Campo de Libra
O regime de exploração adotado pelo governo em 2008, após a descoberta do pré-sal, gerou polêmica e afugentou grandes companhias do leilão que ocorre nesta segunda-feira 21
Por Keila CÂNDIDO
O regime para exploração do campo de Libra, o maior já
anunciado no Brasil, com capacidade para extração de 1,4 milhão de
barris por dia, gerou polêmica e levantou críticas de alguns analistas
do mercado. Em 2008, quando o pré-sal foi descoberto, o governo mudou o
modelo de exploração, que passou a ser de partilha, e não mais de
concessão. Gigantes do setor como a norueguesa Statoil, a americana
Chevron e a britânica BP teriam perdido o apetite pela área, em função
da mudança, optando por ficar de fora do leilão de Libra. Isso porque as
regras estabelecidas pelo governo brasileiro não davam garantias
necessárias aos investidores, que preferiram não correr o risco de
perder rentabilidade. As incertezas e o desconhecimento sobre o novo
marco regulatório afugentou as grandes companhias. Mas, se o novo regime
for bem sucedido, as empresas podem voltar num segundo momento,
acreditam especialistas em petróleo.
Entenda a diferença entre os dois modelos:
Concessão
As primeiras regras de exploração, estabelecidas no final da década 1930, determinavam que o petróleo pertenceria à União, mas as empresas poderiam explorar sob o modelo de concessão. Neste regime, o governo concede ao setor privado, por meio de licitação, o direito de exploração dos campos. O concessionário é dono de todo o petróleo que extrair. Em contrapartida, o governo recebe uma remuneração, que são os chamados os royalties. Esse regime vigorou até 1958, com a criação da Petrobras, que passou a deter o monopólio de exploração. Em 1997, porém, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, decidiu voltar com o modelo de concessão, abrindo o mercado para a entrada de outras empresas privadas, incluindo estrangeiras. Desde então, vieram para o País grandes grupos como a Chevron e o BG. A concessão é utilizada para áreas consideradas não estratégicas e que não envolvam o pré-sal.
O que as empresas têm de pagar para o governo
A concessionária paga royalties, que são uma espécie de imposto sobre faturamento, cuja alíquota mínima é de 5%, e a máxima, de 10%. Além dos royalties, a empresa terá de pagar um bônus de assinatura, que é um pagamento feito pela empresa para ter direito de explorar a área. O valor do bônus de assinatura pode determinar a vencedora do leilão: ganha quem oferecer o maior valor (incluindo outros critérios como participação de equipamentos produzidos no País e plano de exploração). O bônus de assinatura não chega a representar 10% da arrecadação governamental. Para os campos de alta produtividade, as concessionárias devem pagar uma de participação especial, que pode chegar a 40%.
Partilha
O modelo de exploração por partilha da produção começou a ser formulado em 2008, logo após a descoberta do campo de Lula, na costa do Rio de Janeiro. Ele regulamenta a exploração de campos estratégicos, em que há grande volume de produção, como o pré-sal. As empresas inscritas para esse certame terão de oferecer um valor mínimo de R$15 bilhões para explorar Libra. Os 1,4 milhão de barris que serão potencialmente extraídos por dia dessa reserva serão de propriedade do governo, e não das empresas, como acontece no modelo de concessão. Do petróleo extraído, pelo menos 41,6% será da União, mas vencerá a disputa quem ampliar essa fatia. A empresa vencedora terá a Petrobras como sócia, que será operadora obrigatória com no mínimo 30% de participação. A Pré-sal SA (PPSA), estatal criada pelo governo, vai ser dona da metade dos assentos do comitê operador do consórcio que vencer Libra.
O que as empresas têm de pagar para o governo
No regime de partilha, a União é dona de todo o petróleo extraído. Neste modelo, a extração fica por conta das empresas, que terão de investir na operação. A emperesa também deverá pagar royalties e bônus de assinatura, e empregar 1% da receita em inovação e pesquisa. |A concessionária terá direito a receber, em óleo, uma restituição do custo de exploração. Essa parcela é chamada de óleo excedente, ou seja, a parcela de óleo que excede os custos de exploração.
Fontes: Luís Pacheco, do escritório Veirano Advogados, especialista em petróleo e Paulo Springer, mestre em Economia pela USP, consultor do Senado Federal.
Concessão
As primeiras regras de exploração, estabelecidas no final da década 1930, determinavam que o petróleo pertenceria à União, mas as empresas poderiam explorar sob o modelo de concessão. Neste regime, o governo concede ao setor privado, por meio de licitação, o direito de exploração dos campos. O concessionário é dono de todo o petróleo que extrair. Em contrapartida, o governo recebe uma remuneração, que são os chamados os royalties. Esse regime vigorou até 1958, com a criação da Petrobras, que passou a deter o monopólio de exploração. Em 1997, porém, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, decidiu voltar com o modelo de concessão, abrindo o mercado para a entrada de outras empresas privadas, incluindo estrangeiras. Desde então, vieram para o País grandes grupos como a Chevron e o BG. A concessão é utilizada para áreas consideradas não estratégicas e que não envolvam o pré-sal.
O que as empresas têm de pagar para o governo
A concessionária paga royalties, que são uma espécie de imposto sobre faturamento, cuja alíquota mínima é de 5%, e a máxima, de 10%. Além dos royalties, a empresa terá de pagar um bônus de assinatura, que é um pagamento feito pela empresa para ter direito de explorar a área. O valor do bônus de assinatura pode determinar a vencedora do leilão: ganha quem oferecer o maior valor (incluindo outros critérios como participação de equipamentos produzidos no País e plano de exploração). O bônus de assinatura não chega a representar 10% da arrecadação governamental. Para os campos de alta produtividade, as concessionárias devem pagar uma de participação especial, que pode chegar a 40%.
Partilha
O modelo de exploração por partilha da produção começou a ser formulado em 2008, logo após a descoberta do campo de Lula, na costa do Rio de Janeiro. Ele regulamenta a exploração de campos estratégicos, em que há grande volume de produção, como o pré-sal. As empresas inscritas para esse certame terão de oferecer um valor mínimo de R$15 bilhões para explorar Libra. Os 1,4 milhão de barris que serão potencialmente extraídos por dia dessa reserva serão de propriedade do governo, e não das empresas, como acontece no modelo de concessão. Do petróleo extraído, pelo menos 41,6% será da União, mas vencerá a disputa quem ampliar essa fatia. A empresa vencedora terá a Petrobras como sócia, que será operadora obrigatória com no mínimo 30% de participação. A Pré-sal SA (PPSA), estatal criada pelo governo, vai ser dona da metade dos assentos do comitê operador do consórcio que vencer Libra.
O que as empresas têm de pagar para o governo
No regime de partilha, a União é dona de todo o petróleo extraído. Neste modelo, a extração fica por conta das empresas, que terão de investir na operação. A emperesa também deverá pagar royalties e bônus de assinatura, e empregar 1% da receita em inovação e pesquisa. |A concessionária terá direito a receber, em óleo, uma restituição do custo de exploração. Essa parcela é chamada de óleo excedente, ou seja, a parcela de óleo que excede os custos de exploração.
Fontes: Luís Pacheco, do escritório Veirano Advogados, especialista em petróleo e Paulo Springer, mestre em Economia pela USP, consultor do Senado Federal.
Leia mais matérias da "Série Especial Leilão":
Propaganda de lingerie da Austrália é banida por conteúdo sexista
Segundo a Fox News, as pessoas reclamaram afirmando que a propaganda era “nojenta e degradante para as mulheres”
Administradores.com,
Reprodução
Uma propaganda de lingerie da
marca Innerware, foi banida da tekevisão australiana por apresentar um
conteúdo considerado sexista. No comercial, uma mulher aparece só de
calcinha e sutiã numa oficina mecânica e pergunta ao atendente: “Do you
have all the quality brands?”. (em português, “Vocês têm todas as marcas
de qualidade?”).
Segundo a Fox News, as pessoas reclamaram afirmando que a propaganda
era “nojenta e degradante para as mulheres”. Com a má repercussão, os
proprietários da marca, Evan e Tina Zorba foram a público para dizer que
essa não era a intenção da empresa. “A idéia era fazer algo engraçado e
não que ofendesse alguém”, disse o casal.
http://www.youtube.com/watch?v=yfMcUdgxMEs
Cinco pontos explicam novo modelo exploratório do pré-sal
O leilão do campo de Libra,
cujo resultado será anunciado nesta segunda-feira, será o primeiro
realizado sob vigência do novo marco regulatório para a exploração
petrolífera no Brasil.
Aprovado em 2010 para o desenvolvimento das
reservas do pré-sal, o novo modelo substituiu o regime de concessões
pelo regime de produção partilhada.
Ele garante uma participação ampla
da Petrobras e de entes estatais na exploração dos poços, ainda que em
parceria com empresas privadas.
Abaixo, a BBC explica em 5 pontos o que mudou com tal modelo:
1) Propriedade do petróleo
Uma diferença básica entre o regime de
concessões e o de produção partilhada é que, no primeiro, as
petrolíferas são donas do petróleo produzido, enquanto que no segundo o
petróleo é da União.
2) Remuneração das empresas
Como consequência da diferença acima, no modelo
de concessões, as empresas privadas remuneram o Estado pelo "direito" de
extrair petróleo por meio de royalties, impostos e de um bônus de
assinatura (pagamento feito de imediato ao assinar o contrato).
Já no novo modelo além de o Estado receber os
royalties, impostos e bônus de assinatura, também "recebe" das empresas o
petróleo extraído das reservas em questão.
Na prática, as petrolíferas privadas são "remuneradas" pelo Estado por seus investimentos com parte da produção.
No caso de Libra, por exemplo, o edital do
leilão estabelece que a União ficará com um mínimo de 41,65% do chamado
"lucro-óleo" - o petróleo produzido depois de descontados os custos de
produção.
No leilão, o bônus de assinatura é fixo (R$ 15
bilhões) e a petrolífera vencedora será a que se dispuser a abrir mão de
uma fatia maior desse lucro-óleo em favor da União.
Já em um leilão de concessão em geral vence quem oferece o maior bônus de assinatura ou mais royalties ao Estado.
3) Participação da Petrobras
No modelo adotado pelo Brasil em 2010, a
Petrobras tem uma parcela mínima de 30% em todos os projetos do pré-sal e
só os outros 70% é que vão a leilão.
A estatal também pode se juntar a um dos consórcios competindo por esses 70% para aumentar sua parcela nos projetos.
Além disso, ela é a "operadora" dos campos, ou
seja, é responsável pela administração e decisões estratégicas, o que
lhe dá controle sobre todo o processo de produção - desde a tecnologia
que será utilizada até o ritmo de exploração.
Em um regime de concessão, as operadoras seriam as empresas privadas.
"Na prática, no novo modelo as empresas
estrangeiras são quase que simples financiadoras dos projetos", acredita
Carlos Assis, especialista em gás e petróleo da consultoria EY.
4) Estatal do pré-sal
No novo modelo, também será criada uma estatal
para supervisionar a exploração do petróleo do pré-sal - a chamada
Pré-sal Petróleo SA, ou PPSA.
A empresa seria instalada a princípio em uma sala da Agência Nacional do Petróleo (ANP), segundo o jornal Valor Econômico, mas poderia chegar a ter 180 funcionários.
Não está claro até que ponto a PPSA interferirá nos projetos e como se relacionará com as empresas.
A ideia, porém, é que tenha poder de veto sobre
decisões estratégias - o que, para analistas como Assis e Adriano Pires,
do Centro Brasileiro de Infraestrutura, amplia as incertezas dos
investidores privados.
5) Conteúdo nacional
No novo modelo também foram incluídos requerimentos sobre o conteúdo nacional dos projetos.
O percentual mínimo de componentes brasileiros
usados na operação tem de ser de 37% na fase de exploração, 55% na fase
de desenvolvimento até 2021 e 59% depois desse ano.
Segundo analistas, há dúvidas sobre a capacidade
da indústria nacional conseguir suprir as necessidades de bens e
serviços de alto valor agregado dos projetos nesses prazos.
Assinar:
Postagens (Atom)