segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Antes pessimistas, empresários agora acreditam em superávit comercial de US$ 2 bilhões em 2013



 
 
A recente recuperação da balança comercial deve garantir um superávit de cerca de US$ 2 bilhões no final de 2013, acredita o setor privado. Os empresários revisaram a previsão anterior de déficit, mas chamam a atenção para o fato de que o resultado será puxado pela pauta de produtos básicos, inclusive o petróleo bruto, e por transações da Petrobras envolvendo a venda de plataformas de petróleo e gás para subsidiárias no exterior, sem que elas deixem o país. Apesar de dentro da lei, essas operações não são exportações efetivas.

O governo não divulga projeção de saldo para a balança comercial neste ano. No entanto, em entrevista sobre o resultado da balança de setembro, Daniel Godinho (foto), secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, destacou que a pasta espera superávit para 2013 em função de fatores como retomada das exportações de petróleo e valorização do dólar.

O setor privado defende investimento na competitividade principalmente dos produtos industrializados, que encerrarão o ano com déficit. A balança comercial teve resultados fracos este ano, principalmente em função da redução nas exportações e aumento das importações de petróleo. Houve parada programada para manutenção de plataformas. 

Com o início da normalização da produção, aliado às transações envolvendo plataformas de extração de petróleo, à venda da safra recorde de soja, ao aumento do preço do minério de ferro e ao dólar valorizado, os resultados começaram a melhorar. Em setembro, houve superávit de US$ 2,147 bilhões, o segundo maior de 2013. A partir da segunda semana de outubro, o saldo negativo acumulado de US$ 1,6 bilhão foi revertido e agora há superávit de US$ 964 milhões.

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