A
recente recuperação da balança comercial deve garantir um superávit de
cerca de US$ 2 bilhões no final de 2013, acredita o setor privado. Os empresários
revisaram a previsão anterior de déficit, mas chamam a atenção para o
fato de que o resultado será puxado pela pauta de produtos básicos, inclusive
o petróleo bruto, e por transações da Petrobras envolvendo a venda de
plataformas de petróleo e gás para subsidiárias no exterior, sem que elas deixem o país. Apesar de dentro da lei, essas operações não são exportações efetivas.
O
governo não divulga projeção de saldo para a balança comercial neste
ano. No entanto, em entrevista sobre o resultado da balança de
setembro, Daniel Godinho (foto),
secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, destacou que a pasta espera superávit para 2013 em função de fatores como retomada das exportações de petróleo e valorização do dólar.
O
setor privado defende investimento na competitividade principalmente
dos produtos industrializados, que encerrarão o ano com déficit. A
balança comercial teve resultados fracos este ano, principalmente em
função da redução nas exportações e aumento das importações de
petróleo. Houve parada programada para manutenção de plataformas.
Com
o início da normalização da produção, aliado às transações envolvendo
plataformas de extração de petróleo, à venda da safra recorde de soja,
ao aumento do preço do minério
de ferro e ao dólar valorizado, os resultados começaram a melhorar. Em
setembro, houve superávit de US$ 2,147 bilhões,
o segundo maior de 2013. A partir da segunda semana de outubro, o saldo
negativo acumulado de US$ 1,6 bilhão foi revertido e agora há superávit de US$ 964 milhões.
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