sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Inflação da cerveja é quase o dobro da taxa oficial

25 de outubro de 2013 | 18h 53

MARIA REGINA SILVA - Agencia Estado
 
SÃO PAULO - O verão só chega oficialmente em dezembro, mas o consumidor brasileiro já paga mais na hora de comprar cerveja, bebida que continua sendo uma das mais apreciadas no País. De janeiro a setembro, o valor médio da cerveja acumula alta de 6,52% conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicador da inflação oficial no País. No acumulado em 12 meses até setembro, o aumento da cerveja atinge 10,05%, contra 5,86% do IPCA.

No IPCA de setembro, que engloba preços colhidos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Salvador, Recife, Porto Alegre, Belém, Belo Horizonte, Curitiba e Fortaleza, o preço da cerveja avançou 1,17%.

Na cidade de São Paulo, a situação se repete. O aumento acumulado da cerveja em 12 meses até setembro é de quase 11%, enquanto o indicador da inflação na capital paulista, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), é de 4,57%. No ano até o nono mês, a cerveja ficou 5,51% mais cara e avançou mais de 3% apenas em setembro, segundo a Fundação Institutos de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Difícil é apontar um único motivo para o encarecimento da cerveja, segundo analistas. Uma das justificativas está no aumento do preço do trigo e seus derivados no exterior nos últimos meses. A pressão estaria sendo causada pelas incertezas com a safra de grãos nos Estados Unidos e em razão de problemas climáticos na Argentina e também no Brasil.

Outro argumento é a renda aquecida, que tem garantido mais dinheiro no bolso do consumidor. Há ainda o efeito tardio da depreciação do câmbio no final do segundo trimestre. "Pode ser que seja a sazonalidade", disse o economista e coordenador do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima.



Lucro da Petrobrás cai 39% e soma R$ 3,4 bilhões no 3º trimestre


Balanço da estatal continua pressionado pela defasagem entre os preços de venda dos combustíveis no Brasil e o custo de importação 

25 de outubro de 2013 | 19h 31

André Magnabosco, da Agência Estado
 

Atualizado às 21h10 

SÃO PAULO - Pressionada pela decisão de não reajustar o preço dos combustíveis vendidos no mercado brasileiro, a Petrobrás encerrou o terceiro trimestre de 2013 com lucro líquido de R$ 3,39 bilhões, uma queda de 39% em relação ao lucro de R$ 5,6 bilhões do mesmo período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o resultado representa uma queda ainda maior: 45,3%. 

Já no acumulado entre janeiro e setembro, o lucro líquido alcançou R$ 17,3 bilhões, resultado 29% superior ao registrado nos primeiros nove meses do ano passado.

O Ebitda - indicador que dimensiona a capacidade de geração de caixa da companhia - totalizou R$ 13,1 bilhões, recuo de 8,9% ante o terceiro trimestre de 2012. Já a receita líquida atingiu o patamar recorde de R$ 77,7 bilhões, superando a marca de R$ 73,8 bilhões do mesmo período do ano passado. 

A expansão de 5,3% na receita trimestral é explicada principalmente pelos reajustes de combustíveis aplicados pela empresa entre 2012 e o início deste ano. O dólar mais valorizado também impulsionou a receita com a exportação de petróleo.

Combustíveis. Embora tenha aplicado uma série de reajustes na gasolina e no diesel desde 2012, o balanço da estatal continua a ser pressionado pela diferença entre os preços de venda praticados no Brasil e o custo de importação desses combustíveis. O tema tem sido discutido pela diretoria da Petrobrás e o governo brasileiro, controlador da petrolífera, mas ainda não há qualquer definição sobre quando e se um novo reajuste será anunciado.

A diretoria da empresa já apresentou ao Conselho de Administração uma nova metodologia para o reajuste. A informação é da presidente da estatal, Graça Foster, em seus comentários no balanço. Ela atribuiu a queda no lucro - na passagem do segundo para o terceiro trimestre - principalmente ao aumento da defasagem entre os preços.

O spread entre os valores praticados no mercado internacional e aqueles adotados localmente pela Petrobrás caíram fortemente após os reajustes de mais de 20% no caso do diesel e de quase 15% na gasolina entre 2012 e 2013. A partir de maio passado, porém, a forte valorização do dólar em relação ao real voltou a aumentar o déficit da Petrobrás com essa operação. Em setembro, segundo cálculos da GO Associados, a diferença na gasolina do tipo A era de 17%. No diesel, o spread alcançou 12%. 

Graça também destacou que o resultado foi prejudicado pelo aumento nas despesas com poços secos e subcomerciais e por um volume menor de receitas com desinvestimentos. 

Alavancagem. A alavancagem líquida da empresa - a relação entre endividamento e patrimônio líquidos - encerrou o terceiro trimestre em 36%, acima do patamar de 35% desejado pela companhia. Esse indicador ganhou importância em 2010, ano em que a estatal realizou sua megacapitalização de mais R$ 120 bilhões. Na ocasião, uma das razões para que a Petrobrás anunciasse a operação foi justamente a preocupação de que o indicador superasse 35% e colocasse em risco a condição de grau de investimento concedido pelas agências de classificação de risco à companhia.

Concluída a operação, a alavancagem da estatal caiu de 34% no segundo trimestre para 16% no terceiro trimestre de 2010. Desde então, porém, o indicador mantém trajetória ascendente, acompanhando o total de dívidas da petrolífera brasileira. Essa tendência fez com que o Bank of America Merrill Lynch classificasse, na semana, a Petrobrás como a companhia mais endividada do mundo, excluindo empresas do universo financeiro.

Investimentos. No terceiro trimestre, os investimentos da empresa somaram R$ 25,15 bilhões, montante 19% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Desde o começo do ano, a estatal investiu R$ 69,3 bilhões, expansão de 16% em relação aos nove primeiros meses 2012. A Petrobrás tem planos de investir R$ 97,7 bilhões no acumulado deste ano.

A maior parte dos investimentos entre janeiro e setembro foi direcionada à área de Exploração e Produção (E&P), com o equivalente a R$ 38,3 bilhões (55% do total). O aporte na área representa uma expansão de 23,6% em relação ao volume do mesmo período de 2012. Na área de Abastecimento, a segunda mais importante da companhia, o investimento cresceu 8% na mesma base comparativa, para R$ 22,043 bilhões (32% do total)

Situação de direitos humanos russa desafia patrocinadores

Preocupação internacional com lei russa que proíbe a apologia da homossexualidade abre possibilidade de que a opinião pública acabe se voltando contra marcas

Keith Weir, da
Reprodução
Garrafas de Coca-Cola num supermercado
Garrafas de Coca-Cola: campanha que circula atualmente na Internet conclama os executivos da Coca-Cola a se manifestarem contra a lei russa sobre a homossexualidade

Londres - A pouco mais de cem dias da Olimpíada de Inverno de Sochi, os patrocinadores enfrentam o desafio de divulgar sua marca sem serem associados negativamente à situação dos direitos humanos na Rússia.

A preocupação internacional com a lei russa que proíbe a apologia da homossexualidade abre a possibilidade de que a opinião pública acabe se voltando contra marcas como Coca-Cola, McDonald's e Samsung, patrocinadoras do evento a ser realizado em fevereiro no balneário russo de Sochi.

A imagem da Rússia também ficou prejudicada com a detenção, em setembro, de 30 ativistas do Greenpeace que protestavam contra a exploração de petróleo no Ártico, e por casos de ofensas racistas de torcedores locais a jogadores de futebol negros.

"Sochi receberá possivelmente os Jogos do perigo", disse Peter Walshe, diretor global de contas da empresa de marketing Millward Brown. "Com esses grandes eventos mundiais, as empresas estão buscando um efeito halo para a marca. Sochi é grande e importante, mas tais eventos estão se tornando plataformas para protestos sociais e políticos." Tentativas de separar as Olimpíadas do contexto político sempre acabam se revelando inúteis, e atualmente, com as redes sociais, os grupos de ativistas nem precisam ir até o local para protestar.

"A mídia social transformou para sempre o grau de risco que os patrocinadores e atletas assumem nos eventos", disse Andy Sutherden, diretor global de esportes na firma de relações públicas Hill+Knowlton.

Uma campanha que circula atualmente na Internet conclama os executivos da Coca-Cola a se manifestarem contra a lei russa sobre a homossexualidade e a pressionarem o presidente russo, Vladimir Putin, que investe seu prestígio pessoal no sucesso dos Jogos.
Patrocinadores na mira


O Comitê Olímpico Internacional (COI) já admitiu que patrocinadores, em especial norte-americanos, estão preocupados com o impacto da legislação sobre os gays na Olimpíada de Inverno, que vai de 7 a 23 de fevereiro.

A lei proíbe a disseminação de informações sobre a homossexualidade para menores. Críticos dizem que isso é sinal da crescente intolerância às minorias na Rússia, embora Putin negue que a lei pretenda privar os homossexuais dos seus direitos.

Os críticos ganharam mais munição nesta semana quando o jogador marfinense Yaya Touré, do Manchester City, foi alvo de ofensas racistas de torcedores do CSKA durante jogo pela Liga dos Campeões em Moscou.

Na sexta-feira, Touré disse que jogadores negros deveriam boicotar a Copa do Mundo de 2018, a ser realizada também na Rússia, caso o país não coíba o racismo nas arquibancadas. A Uefa, entidade que dirige o futebol europeu, instaurou um procedimento disciplinar contra o CSKA.
O movimento olímpico é parcialmente financiado por dez patrocinadores globais, que pagam cada um cerca de 100 milhões de dólares pelos direito comerciais durante um ciclo de quatro anos, abrangendo uma edição da Olimpíada de Inverno e uma da Olimpíada de Verão.

Os organizadores dos Jogos de Sochi também fizeram acordos pontuais com empresas como a alemã Volkswagen, que será a fornecedora oficial de veículos para o evento.

Os patrocinadores têm se empenhado em enfatizar seu apoio à diversidade, mas sem entrar no mérito das críticas à Rússia.

"Não avalizamos abusos aos direitos humanos, intolerância e discriminação de qualquer tipo em qualquer lugar do mundo", disse a Coca-Cola em nota divulgada recentemente. "Como patrocinador desde 1928, acreditamos que os Jogos Olímpicos são uma força positiva, que une as pessoas por meio do interesse comum pelos esportes."

A japonesa Panasonic e a sul-coreana Samsung divulgaram notas semelhantes, salientando sua crença no espírito olímpico. O próprio COI emitiu em julho uma mensagem dizendo que a legislação russa contra a apologia da homossexualidade não afetará os espectadores e participantes da Olimpíada de Inverno.

Consumidores brasileiros querem mais das marcas


Foram avaliadas globalmente 212 marcas, o que permitiu traçar um mapa dos comportamentos que influenciam na propensão ao uso, recomendação e compra

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aperto de mão
Aperto de mão: 86% dos brasileiros dizem querer se engajar em experiências promovidas por marcas e 64% consideram esta atitude importante

São Paulo - Com o avanço da internet, as novas mídias digitais, os dispositivos móveis, além de outras tecnologias e formatos de mídia, o consumidor está cada vez mais exigente. Além disso, ele ganhou voz ativa e muito mais poder no diálogo com as marcas. Todo esse cenário aumentou significativamente o desafio das empresas.

Estudos ajudam a iluminar os difíceis caminhos que precisam ser trilhados para manter um trabalho de marketing de qualidade. A Edelman Significa apresentou ontem (25) o seu estudo Brandshare, em sua primeira edição, que foi conduzido junto a 11 mil pessoas em oito países. 

Foram avaliadas globalmente 212 marcas - 68 no Brasil -, o que permitiu traçar um mapa dos comportamentos que influenciam na propensão ao uso, recomendação e compra.


Confira os principais insights da pesquisa:


Compartilhar entra definitivamente na agenda estratégica das marcas no Brasil. A esmagadora maioria dos brasileiros (87%) deseja que as empresas, por meio dos seus produtos e serviços, realizem isso de forma mais eficaz. No entanto, apenas 16% consideram que as marcas efetivamente o façam.

No Brasil, em geral, o nível de expectativa em relação ao compartilhamento das marcas é muito superior às médias globais.

“Conseguimos definir um novo princípio para estratégias de marca. A partir da premissa de que o consumidor deve ser o elemento central, os maiores retornos são alcançados quando são priorizados conteúdos e atividades planejadas a partir de suas necessidades e interesses", constata Jennifer Cohan, presidente global da prática de Consumo da Edelman.

Marcas que compartilham suas trajetórias, tanto no Brasil quanto no mundo, têm um ganho proporcional na propensão ao consumo, ainda que este não seja particularmente o comportamento mais desejado.

Neste sentido, as formas de compartilhamento mais relevantes no Brasil, ou seja, desejadas porém ainda não atendidas, são aquelas relacionadas a objetivos comuns e produtos, o que sinaliza, por exemplo, um grande potencial para envolvimento de consumidores em programas de cocriação. Quanto mais abertas e transparentes, maior será o potencial de engajamento das marcas.

Sutiã inteligente tuíta quando é aberto


Criação é parte de campanha da marca Nestlé Fitness para estimular o autoexame e a prevenção ao câncer de mama

Divulgação
Sutiã que tuíta, campanha da Nestlé Fitness
Sutiã que tuíta, campanha da Nestlé Fitness: prevenção ao câncer de mama
 
São Paulo - O desejo de ter roupas íntimas "sociais" não é exatamente popular, mas a marca Nestlé Fitness apostou no conceito em sua nova campanha na Grécia.

Assinado pela OlgivyOne de Atenas, a ação criou um sutiã inteligente que posta no Twitter toda vez que é aberto. A ideia aparentemente absurda (e atestado definitivo de óbito da intimidade nas redes sociais) esconde, no entanto, uma boa causa: trata-se de uma campanha em prol do autoexame e contra o câncer de mama. 

Através de uma conexão bluetooth, o sutiã manda um alerta para o celular da usuária, que automaticamente coloca uma mensagem no microblog, lembrando da importância do autoexame.

A empresa convocou ainda a atriz grega Maria Bakodimou, que irá usar o equipamento por duas semanas. 

Pelo perfil dela no Twitter, será possível acompanhar os posts do sutiã a cada vez que ela se despir. 

Conheça mais da campanha no hotsite e assista ao vídeo sobre o "Tweeting Bra" (legendas em inglês).

 http://www.youtube.com/watch?v=N1hSNg37K38


Bohemia continua com "musas" bem longe da sua publicidade


Nova campanha “Não mexe com a cerveja” destaca tradição em comercial assinado pela Almap

Divulgação
Campanha "Não mexe com a cerveja", da Bohemia

Campanha "Não mexe com a cerveja", da Bohemia: grupo de velhinhos "mágicos" que trabalha na cervejaria

São Paulo - Nada de mulheres curvilíneas, praia ou clima de balada: mais uma vez, a Bohemia lança uma campanha que destoa do estilo do segmento das cervejas. O comercial, entitulado “Não mexe com a cerveja”, decidiu focar no conflito de gerações, tema já abordado no novo posicionamento da marca em 2013.

Na peça, os velhinhos “mágicos” que trabalham na cervejaria há mais de um século (conhecidos de outros comerciais) brindam pela chegada do lúpulo importado da República Tcheca com o novo diretor de marketing, um jovem rapaz cheio de ideias inovadoras.

No entanto, quando um dos idosos diz como a Bohemia é gostosa, o rapaz aproveita a deixa para perguntar para o grupo como poderia deixar os comerciais da marca mais jovens, já que eles reprovaram justamente a ideia de usar mulheres gostosas. O brainstorm então tem início.

O filme, gravado na Cervejaria Bohemia, em Petrópolis, leva a assinatura da AlmapBBDO. Assista ao vídeo na íntegra:

 http://www.youtube.com/watch?v=Xz7d_AqhInM


Indicadores apontam queda no investimento de micro e pequenas indústrias de SP

Categoria econômica pisa no freio, deixa de investir e registra “acomodação” após otimismo em agosto

Redação, Administradores.com, mparhar
 
 
Após registrar o pior resultado em julho, quando o indicador de investimentos marcou 19,9 pontos, as micros e pequenas indústrias paulistas tiveram um respiro em agosto, quando o indicador atingiu 26,7 pontos. No entanto, o mês de setembro registrou uma queda brusca nos investimentos da categoria econômica e o indicador, que considera a disposição dos empresários em investir em máquinas, equipamentos e no espaço físico onde exercem sua atividade, bateu em 20,8 pontos, segundo pior resultado do ano, de acordo com a pesquisa SIMPI/Datafolha.

Para avaliar a situação da categoria econômica foram estabelecidas variáveis de zero a 100, onde os indicadores abaixo de 50 pontos registram um cenário negativo, enquanto acima de 50 pontos apontam para um cenário positivo.

Após a sétima rodada da pesquisa ser concluída e com os indicadores definidos, é possível analisar que, em relação a agosto houve uma pequena queda no otimismo das micro e pequenas indústrias. Entretanto, o mês de agosto foi atípico, quando a tendência positiva dos dirigentes de MPIs paulistas atingiu seu auge.

Os indicadores formulados em setembro continuam apontando para uma tendência de melhora, que podem ser “acomodação” da categoria econômica.

A pesquisa SIMPI/Datafolha das Atividades nas Micro e Pequenas Indústrias de São Paulo, foi realizada com 318 micro e pequenas indústrias paulistas. São considerados micro as indústrias que empregam até nove funcionários, e pequenas, de 10 a 50 trabalhadores.

A íntegra das seis pesquisas realizadas pelo SIMPI e Datafolha, desde março, estão disponíveis no site da entidade (www.simpi.org.br).