terça-feira, 29 de outubro de 2013

Consultorias dominam ranking de oportunidades profissionais


Bain & Company sai na frente na lista feita a partir das avaliações de funcionários no site de reviews de empregos Glassdoor

Crianças no escritório da Bain %26 Company em Nova York

Festa de Halloween de 2011 na Bain & Company, em Nova York

São Paulo – Na hora de topar ou não uma oportunidade de emprego, não vale ficar atento apenas para o salário. O percurso que a empresa oferece para seu crescimento na carreira também conta – e muito.


Neste sentido, a consultoria Bain & Company é a que oferece a melhor trilha para quem quer crescer, segundo levantamento do Glassdoor feito com base em reviews de funcionários postados no site.


Para se ter uma ideia, um gerente da Bain & Company afirmou, em review no site, que na empresa há a chance de “ gerar mudanças reais para solucionar grandes problemas enquanto aprende uma tonelada e tem um caminho de carreira claro”. Ao todo, 93% dos funcionários que fazem parte do Glassdoor recomendariam a consultoria para um amigo.


Na segunda posição, está outra veterana dos rankings do Glassdoor – o Boston Consulting Group. A McKinsey & Company completa o pódio. Veja a lista completa:

Ranking Empresa Nota
1 Bain & Company 4,5
2 Boston Consulting Group 4,5
3 McKinsey & Company 4,5
4 Guidewire 4,4
5 Edelman 4,1
6 Booz & Company 4
7 Suncor 4
8 Four Seasons 4
9 Schlumberger 3,9
10 PwC 3,9
11 CareerBuilder 3,9
12 UniFirst 3,8
13 Cameron International 3,8
14 Ernst & Young 3,8
15 Deloitte 3,8
16 Eaton 3,8
17 Northwestern Mutual 3,8
18 Synygy 3,7
19 Gartner 3,7
20 L&T 3,7
21 Procter & Gamble 3,7
22 GE 3,7
23 H E B 3,7
24 Chevron 3,7
25 Fluor 3,7

As empresas que esbanjam felicidade no trabalho
Cláudio Pepper/Divulgação

Assembleia Geral da ONU vota por imensa maioria contra embargo dos EUA a Cuba



Por AFP

NOVA YORK, 29 outubro 2013 (AFP) - A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta terça-feira pelo 22º ano  consecutivo  uma  resolução  pediu  o  im do embargo comercial que os Estados Unidos aplicam contra Cuba   há    meio   século,   denunciado   duramente  por  uma  imensa  maioria  dos  Estados  membros  da organização.

A  resolução  apresentada  pelo  chanceler cubano, Bruno Rodríguez, foi apoiada por 188 países - o mesmo recorde  do  ano  passado  -   enquanto  que  apenas  2  votaram contra, entre eles Estados Unidos e três se abstiveram.

mar/jb/cn

© 1994-2013 Agence France-Presse


Distância entre bancos privados e públicos deve diminuir

Rogério Calderón, RI do Itaú, acredita que instituições privadas vão voltar a conceder crédito

Por Natália FLACH

Os bancos públicos que, nos últimos meses, foram líderes nos financiamentos à infraestrutura e consumo das famílias devem voltar a enfrentar concorrência dos bancos privados. É o que acredita Rogério Calderón, diretor corporativo de controladoria e de relações com investidores do Itaú Unibanco. “Aos poucos, vemos crescimento da oferta de crédito. É possível reduzir a diferença com o tempo”, disse durante teleconferência na manhã desta terça-feira 29. Enquanto isso não acontece, o banco está contente com os resultados da estratégia de trocar riscos maiores por garantias maiores na carteira de crédito. Essa mudança permitiu que houvesse melhora no índice de inadimplência do banco, levando o indicador que mede os atrasos acima de 90 dias atingir o menor patamar dos últimos cinco anos.

“Os números que apresentamos hoje confirmam que acertamos em trocar riscos maiores por riscos menores, mesmo que isso implique em menores spreads”, afirmou. “Isso porque elevamos a receita com prestação de serviços e mantivemos controle dos custos.”

Na ponta do lápis, isso significa que a queda de 7,6% na margem financeira gerencial foi compensada pela alta de 28,9% nas receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias, além da redução de 25,9% das despesas de provisão para crédito de liquidação duvidosa. O resultado dessa conta é o lucro de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre, o que representa uma alta de 11% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro acumulado de janeiro a setembro atingiu R$ 11,2 bilhões.

“A nossa carteira de crédito continua menor, mas está adequada à nova estratégia.” Está menor, mas voltou a crescer. No terceiro trimestre, houve avanço de 2,9%, enquanto no ano aumentou 9,9%, atingindo R$ 481 bilhões. “Devemos retomar os empréstimos para micro, pequenas e médias empresas antes do segmento de veículos, que deve acontecer no segundo semestre do ano que vem”, comenta. “Mesmo assim, a melhoria das provisões deve continuar durante muito tempo porque vamos continuar crescendo em segmentos que tem riscos menores.” O executivo se refere a crédito consignado, cujo aumento foi de 64,0%, e a crédito imobiliário a pessoas físicas, que alcançou aumento de 34,9% no mesmo período. Já o segmento de grandes empresas teve avanço de 16,9%.

Sobre inadimplência, Calderón afirma que há chances de atingir patamares ainda mais baixos. “Ainda vemos condições de melhoria de inadimplência, e isso pode se estender até o ano que vem.”


Despesas


Apenas a linha das despesas não decorrentes de juros não deve cumprir as metas estabelecidas para 2013. O guidance era de algo entre 4% e 6% e, no acumulado do ano, já passou do teto ao atingir 6,4%. A explicação é a Rede, empresa de adquirência que foi integralmente incorporada em setembro de 2012. “Talvez fique em torno de 6% e pouco”, afirma Calderón.

Cartões movimentaram R$ 384 bi no 1º semestre, diz Abecs


Por Rodrigo Petry


O mercado de cartões de crédito e débito movimentou R$ 384 bilhões no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 17% sobre igual período do ano passado, segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), nesta terça-feira, 29.
 
Os cartões de crédito movimentaram R$ 249 bilhões, um crescimento de 14,7%, enquanto os de débito registraram faturamento de R$ 135 bilhões, alta de 21,6%, de acordo com a pesquisa.

No primeiro semestre, foram realizadas 4,3 bilhões de transações (alta de 13,2% ) com cartões. Desse total, 2,1 bilhões são de movimentações com crédito (aumento de 12%) e 2,2 bilhões com débito (+16%).

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Problemas de planejamento impediram que resultado da BRF fosse melhor


Claudio Galeazzi admite falha estratégica ocorrida no mercado do Oriente Médio

Por Luiz Gustavo PACETE

Com crescimento de 216% no lucro do terceiro trimestre, para R$ 287 milhões, a BRF só teria motivos para comemorar. Porém, apesar de positivo, o resultado não agradou executivos da companhia e foi considerado decepcionante. Se internamente não há espaço para comemoração, no mercado, a reação não poderia ser diferente. O recado foi dado com a queda de 3,79% das ações da empresa na segunda-feira 28. Em conversa com investidores, na manhã desta terça-feira 29, Claudio Galeazzi, CEO da BRF, explicou alguns dos motivos que não permitiram que a empresa atingisse lucros maiores no período.

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Claudio Galeazzi admite falha estratégica ocorrida no mercado do Oriente Médio

Entre as principais causas da "frustração", palavra usada várias vezes na conferência, está a queda dos preços no mercado do Oriente Médio, afetados por maiores estoques da própria BRF e da concorrência. Segundo Galeazzi, ter permitido que os preços baixassem fez com que a empresa não aproveitasse o câmbio favorável. “Mesmo sendo líderes naquele mercado, ao invés de puxarmos para cima, fizemos com que os valores cobrados caíssem, isso nos prejudicou. Já é hora de exercer nosso papel de liderança e equalizar isso.”

A atenção para aquele mercado faz sentido, na medida em que a empresa vem apostando suas fichas na região. Em outubro de 2012, a BRF pagou US$ 36 milhões pela distribuidora Federal Foods, de Abu Dhabi, e no primeiro trimestre de 2014, pretende finalizar sua fábrica nos Emirados Árabes, com capacidade para 60 mil toneladas de produtos processados. Segundo Galeazzi, a companhia não estava totalmente focada na região cometendo alguns deslizes. “Estamos construindo essa fábrica de processados há cinco anos e ninguém do RH nem das operações esteve lá, era uma área isolada e isso não pode acontecer. Nossa grande meta é que os profissionais da BRF estejam próximos daquela operação.” 

Ações para 2014
 
 
Outro motivo que impediu melhores resultados, de acordo com Galeazzi, foi o processo de reestruturação que vive a empresa, mudando o foco de industrial para comercial. Em entrevista exclusiva à DINHEIRO, logo após assumir a presidência da companhia, em agosto, o executivo já sinalizava a mudança de perfil, tema em que ele voltou várias vezes durante a conferência desta terça. "A produção que empurrava as vendas antes, agora, nosso foco é inverter essa lógica, fazendo com que a empresa seja puxada pela área comercial."
 
 
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Empresa ainda não conseguiu consolidar uma estratégia de preços para as marcas Sadia e Perdigão
  
 
Para fortaleçar a área de marcas, Galeazzi explicou que estão sendo tomadas algumas ações. A primeira diz respeito à precificação, setor em que estão sendo reajustados canais e categorias, sobretudo, para fortalecer a estratégia de trabalhar melhor as marcas que chegam ao ponto de venda.  A área comercial também passa por consolidação. Se antes, vendedores da Sadia, Perdigão e Batavo visitavam os mesmo clientes, agora, apenas um profissional fará esse contato. 
 

OGX e a recuperação judicial: entenda o que pode acontecer


Processo envolvendo empresa e credores é destino mais provável para petrolífera de Eike

Getty Images
Martelo de juiz em cima de mesa de tribunal

Recuperação judicial: baixo valor dos ativos da OGX tornam alternativa mais provável que falência

São Paulo – A OGX tem até o fim da semana para chegar a uma solução em relação a uma dívida de 45 milhões de dólares. Caso não chegue a um consenso junto a seus credores, a petrolífera fundada por Eike Batista tem dois destinos possíveis: a falência ou a recuperação judicial. Na prática, pouca gente sabe como funciona o segundo mecanismo.

De acordo com Francisco Satiro, professor de direito dos negócios da FGV, toda recuperação dá trabalho. Mas, em casos como o da OGX, esse é o fim mais provável. Para que se dê início a um processo do tipo, é preciso que o pedido de recuperação feito pela empresa seja aprovado pela Justiça.

"A partir de então, a OGX terá 60 dias para apresentar um plano de reestruturação", explica Satiro. Ao fim desse prazo, credores têm um mês para apreciação e aprovação da proposta integralmente. "É raro que um plano seja aprovado sem objeção de nenhum credor", afirma Satiro. Nesse caso, uma assembleia de credores é formada para avaliação do plano.

Assembleia

Formada a assembleia, o plano precisa ser aprovado pela maioria dos credores tanto em termos numéricos quanto de participação na dívida para ser implementado. "Acionistas ficam de fora, mas detentores de títulos de dívida participam", lembra Satiro.

Se o plano não passa, é decretada a falência e a empresa tem os bens vendidos para o pagamento dos credores. "No caso da OGX, o mais provável é que os credores aprovem um plano - já que não receberiam grandes quantias em caso de falência", afirma o professor. "Poços de petróleo são uma grande loteria", complementa ele.

Segundo Satiro, planos de sucesso demoram até 8 anos para serem finalizados. Para o especialista, a recuperação judicial é hoje a melhor saída jurídica para OGX - que tem dívidas de cerca de 4 bilhões de dólares e luta para se manter em funcionamento.

Governo federal e SP vão unificar segurança de protestos


O ministro da Justiça disse que articula uma ação integrada para evitar mais problemas

José Roberto Castro, do
Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo

José Cardozo: segundo ele, é preciso entender as manifestações com órgãos de inteligência para investigar vândalos que se infiltram nos protestos

São Paulo - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou que está marcada para esta terça-feira, 29, reunião para unificar a segurança em protestos entre o governo federal e estadual em São Paulo. Em entrevista à Rádio Estadão, Cardozo disse que articula uma ação integrada para evitar mais problemas e promete um acordo rápido para a união das forças com os Estados afetados por protestos.

Segundo o ministro, é preciso entender as manifestações com órgãos de inteligência e aprofundar a troca de informações entre as diferentes esferas da segurança pública. Ele destacou a importância de conversar principalmente com as polícias de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A inteligência, na opinião do ministro, seria para investigar vândalos que se infiltram nos protestos.

"Enquanto as manifestações têm de ser respeitadas e não cabe investigação sobre movimentos sociais, de outro lado quando você tem situações ilegais, em que parece que as pessoas se organizam para agredir outras pessoas, isso não pode ser ignorado pelos órgãos de inteligência policial", disse.

O ministro da Justiça discordou da necessidade do acionamento da Força Nacional de Segurança para conter os protestos em São Paulo. Cardozo argumentou que a Força deve ser acionada quando não há efetivo policial suficiente, o que, na opinião dele, não é o caso de São Paulo.

"Eu não vejo necessidade em um primeiro momento (de convocação da Força Nacional de Segurança). É mais uma questão operacional que deve ser acertada. São Paulo é um Estado forte, possui um grande contingente policial e não creio que necessite da Força Nacional de Segurança Pública", disse o ministro.