quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Copel compra projetos eólicos da Galvão Energia por R$160 mi


Segundo a Copel, os projetos adquiridos totalizam 553 megawatts

Divulgação
Copel
Copel: os projetos incluem a participação de 50,1% na São Bento Energia, de 94 megawatts e que está em fase operacional

São Paulo - O Conselho de Administração da Copel aprovou a aquisição da carteira de projetos eólicos da Galvão Energia e Participações por 160 milhões de reais, informou a empresa em comunicado na noite da véspera.

Segundo a Copel, os projetos adquiridos totalizam 553 megawatts (MW), incluindo a participação de 50,1 por cento na São Bento Energia, de 94 megawatts e que está em fase operacional, e no Complexo Eólico Cutia, de 129 MW, nos quais a Copel já possui participação de 49,9 por cento.

Desses projetos, 183 MW estão habilitados para a participação no Leilão A-5, que ocorre na sexta-feira, sendo 129 MW referentes ao Complexo Eólico Cutia e 54 MW aos demais projetos.

Grupo Pão de Açúcar aposta em pequenos shoppings


Unidade de negócios imobiliários do grupo inaugurou seu segundo empreendimento da bandeira Conviva com investimento inicial de R$ 16 milhões

Divulgação
Shopping Conviva Américas
Shopping Conviva Américas: estratégia começou no Rio de Janeiro, com o shopping que abriu em junho

São Paulo - O GPA Malls, unidade de negócios imobiliários do Grupo Pão de Açúcar, inaugurou nesta quinta-feira seu segundo empreendimento da bandeira Conviva, de shoppings de vizinhança, com investimento inicial de 16 milhões de reais.

Localizado em Belo Horizonte, o Conviva Minas é resultado da expansão e revitalização da galeria comercial de uma unidade do Extra Hiper na capital mineira.

Com o empreendimento, o Grupo Pão de Açúcar dá prosseguimento à estratégia de otimizar o retorno sobre seu patrimônio, aumentando as áreas de imóveis que podem ser alugadas a terceiros.

Em junho, a companhia lançou o Conviva Américas na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com investimento inicial de 40 milhões de reais.

Segundo o Pão de Açúcar, o Conviva foi concebido para preencher o espaço entre o comércio de rua e os grandes centros de compra, com a oferta de espaços a "custos bastante competitivos aos lojistas, e com o diferencial do alto fluxo de clientes já gerado pelas lojas do Grupo Pão de Açúcar".

Em nota, a maior varejista do país acrescentou que dará continuidade à expansão de empreendimentos com a marca, sem detalhar o número de unidades envolvidas ou o prazo para o desenvolvimento do plano.

"(Os lançamentos) seguirão a mesma linguagem e padrão de qualidade, sempre de acordo com a vocação imobiliária de cada região", disse a empresa.

O Conviva Minas conta com 12,2 mil metros quadrados de área bruta locável, semelhante ao Conviva Américas, que possui 12,5 mil metros quadrados para locação.

Além do hipermercado Extra, o empreendimento mineiro terá mais duas lojas âncoras --incluindo uma unidade do Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH)-- e outras 79 lojas satélites, incluindo redes de fast food como Burger King e Subway, além de lotérica, salão de beleza e academia.

Como ganhar mais dinheiro com a Nota Fiscal Paulista


Saiba como funciona a geração de créditos do programa e veja quais produtos e estabelecimentos geram mais ou menos retorno ao consumidor


Dado Galdieri/Bloomberg
Dinheiro: notas de real
Notas de real: Compras de supermercado e combustíveis costumam gerar menos crédito do que roupas e joias

São Paulo – Nesta sexta-feira (13) acontece o sorteio de Natal de 1 milhão de reais da Nota Fiscal Paulista. Os sorteios e a liberação de créditos são incentivos usados pelo governo do Estado de São Paulo para que clientes registrem seu CPF em compras e contribuam para reduzir a sonegação fiscal. Mas o valor que de fato entra no bolso dos consumidores pode ter efeito oposto e desapontar alguns participantes.

Isso acontece porque os créditos podem ser irrisórios ou até nulos dependendo do estabelecimento onde foi realizada a compra. E notas de milhares de reais podem facilmente se transformar em créditos de menos de 10 reais.

Os créditos gerados variam, resumidamente, conforme o valor do imposto efetivamente recolhido pelo estabelecimento, o número de consumidores que forneceram o CPF nas suas compras e o valor das compras de cada cliente.

Até 30% do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) pago pelos estabelecimentos é devolvido ao consumidor por meio dos créditosComo as lojas cadastradas no programa rateiam o imposto entre todos os clientes que informaram o CPF, quanto menos pessoas pedirem a nota no local, maior deverá ser o crédito.

Os estabelecimentos especializados em produtos que não sofrem redução ou isenção de ICMS, nem substituição tributária, são os mais vantajosos. Pelo regime de substituição tributária, os produtos são tributados nas primeiras etapas da cadeia produtiva e não no estabelecimento que faz a venda ao consumidor final. Nesses casos, sem o recolhimento na loja, não há ressarcimento de créditos ao cliente.

Mas, mesmo os produtos que não têm ICMS podem devolver créditos se a loja vender outros itens. Isso pode ocorrer, por exemplo, nos postos de combustíveis: mesmo que os combustíveis não tenham ICMS, outros produtos do posto que sofrem a incidência desse imposto podem gerar créditos.

O crédito gerado também pode ser influenciado pelo volume de estoque das lojas. Como o recolhimento do ICMS dos estabelecimentos é uma via de duas mãos - aumenta quanto maior o volume de vendas, mas diminui quanto maior o volume de compras -, a loja pode liberar mais créditos quando seus estoques estão cheios.

Por fim, mas não menos relevante, o crédito também é influenciado pela alíquota de ICMS incidente. Na maior parte dos produtos, é cobrado o ICMS de 18%, mas para alimentos básicos, como arroz e feijão, o ICMS cobrado é de 7%. No lado oposto, produtos que não são essenciais, como cigarros e cosméticos, aplica-se a alíquota de 25%.

Independentemente do tamanho do crédito, vale a pena sempre pedir a nota paulista, porque a cada 100 reais em compras, seja qual for o reembolso de ICMS obtido, o consumidor ganha um bilhete eletrônico para concorrer aos sorteios realizados mensalmente.

Veja a seguir quais são os estabelecimentos que geram mais créditos na Nota Fiscal Paulista:
Lojas de roupa

Por não sofrer substituição tributária, nem redução ou isenção de ICMS, produtos de vestuário são tributados à alíquota de 18% do imposto, gerando bons créditos ao consumidor.
Lojas de calçados


Pela mesma lógica aplicada às roupas, os calçados também costumam gerar mais créditos. E considerando que alguns sapatos podem ser mais caros do que peças de roupa, é possível obter um retorno ainda mais robusto com esse tipo de compra.

Joalherias

As joalherias se beneficiam por ter um produto com preço médio mais alto e por ter menos clientes dividindo os créditos. Além disso, também são estabelecimentos que não sofrem substituição tributária e isenções fiscais.


Lojas de acessórios


Tributados como peças de vestuário, os acessórios também costumam render bons créditos. Além de bijuterias, chapéus, lenços, bolsas, cintos, perucas e até fantasias de carnaval são enquadrados no segmento de vestuário.


Restaurantes, bares e lanchonetes


Restaurantes, bares e lanchonetes são bons geradores de créditos, mas só não são melhores por dois motivos. Todas as bebidas, inclusive as alcoólicas, sofrem substituição tributária. E muitos estabelecimentos são pequenas e médias empresas enquadradas no Simples Nacional, cujas tributações são reduzidas. É por isso que grandes redes de restaurantes costumam gerar mais créditos do que um boteco de esquina.


Lojas de cama, mesa e banho


Ainda que talheres e outros utensílios de cozinha não rendam créditos, lençóis, toalhas de mesa e banho e edredons proporcionam bons retornos aos compradores.


Petshops
Ração animal é um dos produtos que entra na lista de créditos zerados, mas se a compra for feita em um pet shop que comercialize diversos outros produtos, como coleiras, casinhas e outros acessórios para animais, as notas podem trazer altos créditos. 


Óticas


Sem a tributação antecipada na fábrica, as óticas são mais um exemplo de estabelecimento no qual você não deve esquecer de pedir sua nota. E considerando que os óculos, lentes e armações podem ter preços altos, os retornos podem ser ainda maiores.


Móveis


Eletrodomésticos e eletroeletrônicos não rendem créditos, por serem tributados antecipadamente, mas as mobílias, como cadeiras e mesas, rendem notas com créditos razoáveis. É por isso que, ao comprar uma televisão em uma loja que vende também móveis o cliente pode ganhar créditos.
Não rendem crédito



Talvez você já tenha percebido que gastos em farmácias, postos de combustíveis e supermercados costumam render créditos irrisórios ou zerados. Isso ocorre porque a maioria dos seus produtos entra no regime de substituição tributária, e os créditos são gerados apenas pelos produtos cujo tributo é recolhido pelo varejista, que costumam ser minoria nesses casos.

Veja a seguir quais produtos não geram créditos em cada estabelecimento:

Em concessionárias de veículos: carros, motos, pneus e autopeças.
Em postos de gasolina: combustíveis e lubrificantes.
Em lojas de material de construção: cimento, tintas e vernizes, materiais elétricos e materiais de construção em geral.
Em farmácias: medicamentos, perfumaria e higiene.
Em lojas de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e utilidades domésticas: todos os produtos sofrem substituição tributária.
Em lojas de brinquedos: bicicletas e brinquedos em geral.
Em papelaria: papel e produtos de papelaria em geral.
Em lojas de instrumentos musicais e de CD: instrumentos musicais em geral e produtos fonográficos em geral.
Em lojas de colchões: todos os produtos de colchoaria, como travesseiros, colchões e camas box.
Em supermercados: sorvetes, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, produtos alimentícios industrializados, produtos de limpeza, ração animal, pilhas e baterias, lâmpadas elétricas e ferramentas.


PROPOSTA DE MUDANÇA NA REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS


Proposta do Conselho Nacional de Educação visa acelerar processo de revalidação de diplomas estrangeiros.

Os processos de revalidação de diplomas estrangeiros no Brasil poderão ficar mais rápidos e mais simplificados. No que depender do Conselho Nacional de Educação, as regras serão ajustadas até o primeiro semestre do ano que vem e vão facilitar a vida de quem estudou fora do Brasil e deseja trabalhar aqui. A ressalva, no entanto, é que os critérios não serão flexibilizados. Os processos apenas ganharão prazos e um banco de dados para facilitar as avaliações das universidades.

De acordo com o conselheiro Sérgio Franco, presidente da comissão do CNE que discute o tema, as dúvidas, queixas e reclamações sobre a revalidação de diplomas de graduação e pós obtidos no exterior são inúmeras. Por isso, desde o começo deste ano, o órgão decidiu criar uma comissão para pensar em regras que tornariam os processos mais simples e menos burocráticos. “Ficamos receosos também com um projeto do Senado, que propunha a revalidação automática”, conta.

O Projeto de Lei nº 399/2011 propõe uma alteração na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para determinar que “diplomas de cursos de graduação, mestrado ou doutorado de reconhecida excelência acadêmica, expedidos por instituições de educação superior estrangeiras, poderão ter revalidação ou reconhecimento automático”. A LDB diz que as universidades públicas brasileiras precisam avaliar a equivalência dos currículos e revalidar os documentos.

O argumento do senador Roberto Requião, autor do projeto, é que a quantidade de estudantes brasileiros que busca formação no exterior aumentou muito e, por sua vez, os processos de revalidação se tornaram caros, demorados e “pouco transparentes”. Para ele, milhares de jovens estão sendo prejudicados pelo procedimento. O Conselho Nacional de Educação reconhece a burocracia e a demora na avaliação dos diplomas. Mas discorda que a solução seja libera-los.

Franco lembra que uma universidade de excelência pode oferecer um curso ruim. E instituições não tão bem avaliadas podem ter bons cursos individualmente. “Por isso, a análise tem de ser curso a curso”, comenta. Os conselheiros do CNE – e diferentes entidades de classe, como a médica, por exemplo – temem a liberação da atuação de profissionais mal formados no país. “Não vamos propor mudanças na LDB, apenas sugerir critérios para agilizar os processos”, garante.


Prazos e menos burocracia


Um estudante que se forma no exterior, hoje, precisa se inscrever no processo de revalidação de uma universidade pública para que seu diploma tenha valor no Brasil. Cada instituição, por conta da autonomia universitária prevista em lei, pode criar seus critérios de análise. Os candidatos, por sua vez, podem se inscrever em mais de um processo. As críticas vão desde a lentidão para avaliação até a falta de transparência nos critérios de avaliação.

O presidente do CNE, José Fernandes de Lima, reconhece que as universidades, muitas vezes, são preciosistas ao avaliar os currículos. Querem que os cursos tenham exatamente a mesma carga horária e as mesmas disciplinas para serem validados. “Isso é totalmente errado. Mesmo aqui no Brasil os cursos também não são iguais. Mas também não podemos considerar qualquer coisa estrangeira como boa”, ressalta.

Para Franco, a importância do projeto é criar regras que diminuam a burocracia, acrescentem prazos e orientem mais as instituições. O projeto prevê a criação de um banco de dados da revalidação, que ficará disponível para todas as universidades. Nesse sistema, elas poderão consultar quais cursos de graduação ou pós já foram reconhecidos. Com isso, o diploma desse curso já aprovado não precisaria ser reexaminado por outra instituição.

“Se uma universidade brasileira já considerou aquele curso equivalente uma vez, não há porque outra instituição analisar de novo”, diz Franco. “Queremos criar regras que orientem as instituições. É preciso lembrar que, em um processo de revalidação, não é o indivíduo que deve ser avaliado, mas o diploma. É a equivalência do curso e não as notas do sujeito”, complementa. O sistema já está sendo elaborado pela Secretaria de Educação Superior do MEC.

No caso da pós-graduação, a novidade do projeto será determinar que os diplomas de mestrado e doutorado de cursos financiados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) ou o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) tenham aprovação “sumária”. Isso significaria um prazo apenas para conferir se os documentos são verídicos e o cumprimento de uma burocracia mínima.

A justificativa é que, se o governo já aprovou a concessão de bolsas para quem estuda nessas instituições, é porque considera a formação equivalente. As regras poderiam ser estendidas a graduações financiadas pelo governo, mais recorrentes depois do Ciência sem Fronteiras. Além disso, o prazo máximo de avaliação seria de seis meses. Vale ressaltar que o projeto precisa ser aprovado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.


Medicina


A área sempre polêmica quando o assunto é revalidação de diplomas estrangeiros não sofreria praticamente nenhuma mudança. Hoje, poucas universidades brasileiras têm regras próprias para avaliar o reconhecimento do diploma. Essas também teriam de obedecer aos prazos e participar do banco de dados único. Porém, hoje, a maioria das instituições aderiu ao Revalida, prova aplicada aos candidatos que pretendem atuar como médicos no país.

A crítica ao Revalida é a dificuldade da avaliação. Isso, porém, não será tema das discussões do CNE. “A prova já é a simplificação do processo burocrático. A dificuldade é passar na prova”, admite Franco. Ele lembra que as instituições poderão continuar exigindo complementação de estudos para equivalência do diploma e os órgãos de classe, como da engenharia, direito e medicina, têm critérios próprios para liberar a atuação profissional, que serão mantidas.

(Mídia News – 11/12/2013)

MERCOSULINOS PODEM EXERCER ATIVIDADE EMPRESARIAL NO BRASIL





Cidadãos do Mercosul e países associados podem exercer a atividade desde a aquisição da residência temporária.


O Ministério da Justiça participou das discussões de elaboração da Instrução Normativa Nº 13, da Secretaria de Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (SMPE/PR), que esclarece regras para o exercício da atividade empresarial no país para os nacionais dos países integrantes do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela) e Estados associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru).

A nova regra foi publicada no Diário Oficial da União de 05 de dezembro de 2013. Por meio dela, os mercosulinos, desde o momento em que adquirem a residência temporária de dois anos, passam a ter acesso ao direito de constituir o seu negócio e empreender em território nacional. Essa fase de dois anos é etapa inicial prevista no Acordo de Residência do Mercosul para que mercosulinos no Brasil e brasileiros em todos os estados integrantes do bloco possam acessar a residência definitiva.

“O reconhecimento por norma expressa da possibilidade de cidadãos mercosulinos exerçam atividade de empresários, titulares, sócios ou administradores de sociedades ou cooperativas no Brasil é um passo importante que mostra as contribuições profundas da migração e da integração regional para o desenvolvimento do país”, explica João Guilherme Granja, diretor do Departamento de Estrangeiros da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça.


(Deest/SNJ/MJ - 12/12/2013)

SISTEMA DIGITAL FACILITARÁ CONTRATAÇÃO DE ESTRANGEIROS

Desburocratização: Ministério do Trabalho institui sistema eletrônico para documentos e assinaturas de trabalhadores de fora do País.


O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estabeleceu nesta quarta-feira (11/12/2013) sistema eletrônico para facilitar pedidos de autorização de trabalho por estrangeiros no País. A decisão está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (12).

O sistema Migranteweb Digital irá receber documentos digitalizados e implementará um sistema de assinatura digital para agilizar processos. Esse processo dispensará a apresentação de documentos originais e fotocópias após uma primeira utilização, e promete desburocratizar a contratação de trabalhadores estrangeiros.

A manutenção, regras de formato e tamanho dos dados a serem enviados serão definidos pela Coordenação Geral de Informática do governo federal.


(Portal Brasil – 12/12/2013)

Brasil está bem posicionado para fim de estímulos nos EUA, diz Tombini

 
 
 
Por Eduardo Campos e Alex Ribeiro | Valor
 
 
BRASÍLIA  -  O Brasil está preparado para lidar com o período de transição das condições monetárias internacionais, notadamente da economia americana, onde esse processo já está mais avançado, afirmou o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, nesta quinta-feira, durante café da manhã de confraternização de fim de ano com jornalistas em Brasília. 

“Tivemos um ‘gostinho’ dessa volatilidade que se instalou nos mercados internacionais desde meados de maio. Mas é uma volatilidade do ‘bem’”, disse Tombini.


Regis Filho/Valor


Na avaliação do presidente, essa volatilidade decorre do início de um processo de normalização das políticas monetárias depois de um longo período de exceção das condições financeiras.

“Essa transição é para um mundo melhor. Mas esse processo encerra desafios”, diz Tombini, ao explicar que trata-se de uma trajetória que vai culminar na melhora da economia mundial, do comércio internacional e, consequentemente, das economias emergentes, como o Brasil.

O presidente do BC já havia usado o mesmo argumento otimista sobre o começo do processo de retirada de estímulos monetários pelo Fed, esperado para o início de 2014, em depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), na terça-feira. 

Na quarta-feira, foi a vez do ministro da Fazenda alinhar o discurso ao presidente do BC. Mantega afirmou que "o país está bem preparado para lidar com a retirada de estímulos monetários" e, acrescentou, o mercado já teria se antecipado a esse movimento.  

Tombini avaliou 2013 como um ano de desafios. Mas apontou que a economia apresentou crescimento superior ao registrado no ano passado. E disse também que a inflação em 2013 foi para baixo do que fora em 2012. 

“Conseguimos trazer a inflação acumulada em 12 meses para baixo. Esse processo vai continuar. O BC tem estado vigilante todo esse período no sentido de fazer isso [queda da inflação] acontecer ”, disse.

O presidente do BC ressaltou a importância do investimento para o país. Tombini afirmou acreditar que um elemento importante no horizonte brasileiro é o investimento e que o país está colocando uma ênfase grande na questão da infraestrutura e logística.

“Os resultados que têm sido alcançados nos últimos meses são alvissareiros no sentido de destravar e acelerar esse processo [de investimento] tão necessário na área da infraestrutura”, afirmou.