segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Brahma lança edição especial com cevada da Granja Comary


Patrocinadora da Fifa lançou uma edição comemorativa com cevada plantada e colhida no centro de treinamento do time do Brasil


Divulgação/Brahma
Brahma lança edição especial com cevada da Granja Comary
Brahma lança edição especial com cevada da Granja Comary: assinatura de Felipão na embalagem

São Paulo - Em agosto de 2013, a Brahma anunciou que estava plantando cevada na Granja Comary, em Teresópolis, centro de treinamento do time do Brasil antes e durante a Copa do Mundo de 2014.

O objetivo era lançar uma cerveja comemorativa com ingredientes plantados e colhidos lá. A campanha contou até com um Felipão garoto-propaganda fazendeiro. 

Agora, a marca anuncia que a Brahma Seleção Especial tomou forma. Na próxima semana será aberta uma pré-reserva do kit especial, com apenas 2014 garrafas numeradas e assinadas pelo Felipão junto à taça exclusiva, com compra feita via hotsite. Em março, o produto chega ao mercado. 

A Brahma, que é patrocinadora da Fifa, escolheu uma edição especial e limitada com garrafas de alumínio pretas com detalhes em verde e amarelo, que deixam de lado o vermelho da marca. Felipão também assina as embalagens.

“A Granja Comary, abriga a Seleção Brasileira há quase três décadas. Queremos que o torcedor brinde com a nossa garrafa, que é inspirada na história do futebol brasileiro”, afirma Bruno Cosentino, diretor de marketing de Brahma.

A criação do projeto é da agência Africa.
Divulgação/Brahma
Brahma lança edição especial com cevada da Granja Comary
 

BNDES liberou R$ 2,5 bilhões para setor sucroenergético


50% dos recursos foram liberados pelo banco oficial e os outros 50% pela Finep

Ricardo Leopoldo, do
Dado Galdieri/Bloomberg
Trator colhe cana de açúcar para a produção de etanol em uma fazenda da Louis Dreyfus na cidade de Colômbia, no Brasil
Trator colhe cana de açúcar: foi lançada hoje a segunda fase do programa

São Paulo - O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que já liberou quase R$ 2,5 bilhões do PAAIS Industrial, programa de apoio para o desenvolvimento tecnológico do setor sucroenergético. Cinquenta por cento dos recursos foram liberados pelo banco oficial e os outros 50% pela Finep.

"Sendo que, da nossa metade, um pedaço importante foi em crédito e outro em equity, especialmente em projetos de inovação avançada, onde o risco é muito mais alto", destacou. Esse plano foi lançado em março de 2011.

O BNDES e a Finep lançaram nesta segunda-feira, 17, a segunda fase desse programa, chamado de PAISS Agrícola, que terá como foco Inovação agrícola para aumentar a produtividade do setor sucroenergético em várias frentes, entre elas, o melhoramento genético da cana. Será liberado o total de R$ 1,48 bilhão de financiamentos para tais iniciativas entre 2014 e 2018.

As empresas interessadas em ter acesso aos recursos públicos precisarão encaminhar seus planos de negócios até 16 de maio e passarão por um processo de seleção, cujo resultado final deverá ser anunciado em 10 de julho. De acordo com o BNDES, os primeiros desembolsos deverão ocorrer ainda neste ano.

"Esperamos que nos próximos meses, num período curto, possamos avaliar e contratar os projetos já no segundo semestre de 2014, para que possamos concretizar essas iniciativas", comentou Luciano Coutinho.

"Dados os riscos de percepção de retorno privado, daí a iniciativa do PAISS Agrícola, fechar a brecha de percepção de retorno, oferecendo a possibilidade de investir em grande escala em tecnologia para um avanço substancial da área agrícola", afirmou.

"É preciso ir para novas variedades de canas transgênicas, adaptadas a novos solos. É preciso lembrar que a fronteira agrícola se moveu. Abrangeu terras de natureza diferente", destacou o presidente do BNDES. "Mas hoje nós temos uma nova fronteira no Centro-Oeste, é preciso ter variedades adaptáveis", disse.

Marco Civil pode representar a volta à era do chip lascado?


O resultado da votação do projeto de lei que regula a internet nesta terça-feira pelo Congresso poderá variar do ruim ao catastrófico

Ricardo Anderáos, do
Lionel Bonaventure/AFP
Homem acessa a internet
Internet: os maiores inimigos da neutralidade são as grandes empresas de telefonia e os provedores de conexão, que querem cobrar mais de quem acessa vídeos ou arquivos de música

Tudo indica que o Marco Civil da Internet será votado pelo Congresso nesta terça-feira (18). O resultado final é imprevisível, podendo variar do simplesmente ruim ao francamente catastrófico.

Nada garante que o projeto de lei vai atingir um dos principais objetivos de seus criadores: manter a neutralidade da rede, para que continuemos acessando qualquer tipo conteúdo online com a mesma velocidade e pelo mesmo preço.

Sem acordo entre as lideranças políticas, o resultado deve ser definido pela loteria da votação em plenário. Para tentar salvar o princípio da neutralidade, o relator Alessandro Molon (PT-RJ) procurou equilibrar as fortes pressões que recebeu de setores que vão dos evangélicos à Polícia Federal, das empresas nacionais de telefonia às gigantes multinacionais da internet.

O resultado é uma colcha de retalhos que, ao contrário do que motivou a reação da presidente Dilma contra o Grande Irmão Obama diante das revelações de Edward Snowden, tem grandes chances de diminuir ainda mais nossa privacidade online. De quebra, pode espantar do país investimentos e inovação. 

Dependendo do que o Congresso votar amanhã, o Brasil pode retroceder à era do chip lascado em que vivíamos nos anos 80, com a malfadada reserva de mercado de informática.

Os maiores inimigos da neutralidade são as grandes empresas de telefonia e os provedores de conexão, que querem cobrar mais de quem acessa vídeos ou arquivos de música que não os que eles mesmos fornecem, por exemplo. 

E o maior crítico do projeto apresentado pelo petista Alessandro Molon (que tem a neutralidade como ponto central) é o líder do PMDB na Câmara, o deputado carioca Eduardo Cunha, que conseguiu colocar todo seu partido em pé de guerra contra a proposta governista.

Outro ponto extremamente polêmico, criado pelo governo como "resposta" à espionagem cibernética norte-americana, é o que obriga qualquer empresa de internet do mundo a manter no Brasil servidores para armazenamento dos dados de seus usuários.

Não interessa se estamos falando do Facebook ou de um aplicativo de paquera para smartphones criado por uma startup na França: segundo a proposta de Molon, todos terão de manter aqui uma custosa estrutura de datacenters duplicando seus bancos de dados de usuários.

A questão dos datacenters une a legítima necessidade do Ministério Público e da polícia em acessarem dados de usuários brasileiros que cometem crimes -- nem sempre atendidas com a rapidez necessária por gigantes como Google e Facebook -- com uma certa demagogia do governo federal na "luta" contra a ciberespionagem dos EUA, além de uma enorme ignorância técnica.

Como bem revelou Edward Snowden, pouco importa onde estão armazenados os dados: os sistemas da NSA, a agência nacional de inteligência norte-americana, podem invadir qualquer computador do planeta.

O argumento econômico a favor da "nacionalização" dos datacenters, segundo o qual isso geraria mais negócios no país, é anulado pela verdadeira fuga de capitais, investimentos e inovação que causaria entre empresas estrangeiras que planejam operações por aqui.

É a versão século 21 da reserva de mercado de informática dos anos 80, que na tentativa de dar para empresas brasileiras exclusividade no nascente negócio da tecnologia, nos jogou no atraso da onda de expansão experimentada na década seguinte por países como a Coréia do Sul, entre outros.

Nossa privacidade também pode ficar ainda mais ameaçada. Um dos dispositivos do projeto de lei obriga qualquer site "profissional" a guardar os logs de acesso de seus usuários, incluindo todas as interações deles com suas páginas, pelo prazo de 6 meses, para entrega à policia e outras autoridades mediante solicitação judicial _prazo que pode ser estendido pelo Ministério Público.

Agora só nos restam poucas horas de pressão sobre nossos representantes no Congresso. Um último esforço para evitar a conclusão trágica para um processo que começou com a melhor das intenções, através de ampla consulta popular em 2009, promovida pelo Ministério da Justiça em parceria com a Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, sob liderança do advogado Ronaldo Lemos, e que depois tramitou a passo de tartaruga no Congresso desde 2011, até ser catapultado à posição de projeto-chave, trancando a pauta do Legislativo, quando o governo Dilma quis dar uma "resposta de impacto" à espionagem cibernética norte-americana, revelada por Edward Snowden.

Um triste mas autêntico retrato de nossa cultura. Uma sociedade que não respeita leis sistematicamente, e elege políticos que, para fazer de conta que exercem suas funções, criam pencas de leis de afogadilho, sem ouvir os anseios da sociedade, sintonizados a lobies ou estratégias de marqueteiros que prometem garantir sua reeleição.

Brasil é o nº 1 em medidas protecionistas, diz OMC

O Brasil foi o país que adotou o maior número de medidas contra importados em 2013 no mundo, com um total de 39 aberturas de ações de antidumping

Jamil Chade e correspondente, do
AFP
Cartaz da OMC em sua sede, na cidade de Genebra
Cartaz da OMC em sua sede, na cidade de Genebra: nos últimos dois anos, o Brasil já vem sendo duramente questionado na OMC por sua política comercial

Genebra - O Brasil foi o país que adotou o maior número de medidas contra importados em 2013 no mundo, com um total de 39 aberturas de ações de antidumping. Os dados fazem parte de um informe preparado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e que alerta que o volume de novas barreiras no mundo no ano passado foi 30% superior ao número de 2012.

Os dados serão debatidos nesta segunda-feira, 17, em Genebra, numa reunião convocada para tratar do protecionismo no mundo. A OMC não acredita que exista um "surto" de protecionismo na economia mundial. Mas vai apelar aos governos para que coloquem o combate às barreiras como uma prioridade.

No total, 407 barreiras foram implementadas no mundo, 100 mais que em 2012. A OMC não entra numa avaliação se as medidas são ilegais ou não. Mas insiste em que governos precisam continuar alertas diante das pressões protecionistas. No total, um fluxo de comércio equivalente a US$ 240 bilhões foi afetado pelas barreiras.

No que se refere ao Brasil, a OMC aponta que 39 novas investigações de dumping foram abertas pelo País em 12 meses. O segundo lugar ficou para a Índia, com 35 casos. Os americanos vêm na terceira posição, com 34 casos. O quarto lugar é da Argentina, com 19 casos.

Nos últimos dois anos, o Brasil já vem sendo duramente questionado na OMC por sua política comercial. Na semana passada, a Europa deu claras indicações de que vai recorrer aos juízes internacionais para julgar a política de incentivos fiscais do Brasil, numa ação que pode contar até mesmo com o apoio de Washington. 

Bruxelas alertou que programas como o de redução de IPI foram anunciados como medidas provisórias, mas acabaram se transformando em políticas industriais permanentes no Brasil.

De fato, outra preocupação generalizada da OMC é de que as barreiras adotadas desde o início da crise, em 2008, não venham sendo retiradas com o mesmo ritmo das novas medidas protecionistas.

No mundo, as medidas adotadas por governos para facilitar o fluxo de bens despencaram em 2013, somando apenas 107 casos pelo mundo e 50 a menos que em 2012.

No mesmo período, o número de países que atenderam ao pedido da OMC para detalhar as medidas comerciais adotadas no ano caiu de 39 em 2012 para 35 em 2013. Quatro de cada cinco membros da OMC nem sequer comunicou à entidade o que tem feito em termos de medidas comerciais.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no fim de 2013, o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, já havia afirmado que um dos problemas desde o início da crise mundial em 2008 é que 80% das medidas para barrar o comércio e declaradas como iniciativas "temporárias" na realidade jamais foram desmontadas. O temor de especialistas é que, uma vez implementadas, as barreiras não serão mais eliminadas.

O que a OMC também constatou é que o número de acordos bilaterais e regionais de comércio continua em plena expansão. Apenas em 2013, houve 23 novos tratados, fazendo com que o total atingisse 250.

Segundo a entidade, um número elevado continua sendo negociado, no que pode ser um obstáculo para a OMC continuar a ser o foco do comércio mundial e do estabelecimento de regras.
Comércio


No que se refere ao fluxo de bens em 2013, a OMC não esconde que a taxa de expansão ficou abaixo de 2,5%, sua previsão inicial para o ano. Segundo a entidade, se não fosse pelos países emergentes, o comércio global teria encolhido, um cenário que teria repetido a crise de 2009.

Para 2014, a OMC destaca uma aceleração nos fluxos de bens. Mas diz que a taxa deve ficar abaixo da média dos últimos 25 anos, quando o crescimento foi de 5,5%. Para este ano, o melhor cenário aponta uma expansão de 4,5%. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Odebrecht vai perder tudo o que investiu em etanol?


O grupo Odebrecht investiu 10 bilhões de reais em etanol. Hoje só tem dívidas e prejuízos. Discretamente, negocia agora uma solução radical para o problema

Eduardo Moody/Divulgação
Usina da Odebrecht Agroindustrial
Usina da Odebrecht Agroindustrial: 50% da capacidade

São Paulo - Ninguém está fazendo tantos negócios no Brasil de hoje quanto o conglomerado baiano Odebrecht. O fôlego do grupo tem sido impressionante. Somente nos últimos três meses, arrematou três concessões com investimentos previstos de quase 24 bilhões de reais em aeroporto, rodovia e sistema de transporte urbano.

Hoje, a Odebrecht tem 14 empresas e fatura cerca de 100 bilhões de reais por ano. Tudo parece muito bem, mas, por trás dessa voracidade toda, se esconde um problemão — a investida do grupo no setor de etanol. Criada em 2007 com o nome ETH Bioenergia, a Odebrecht Agroindustrial já consumiu cerca de 10 bilhões de reais na construção e na expansão de usinas de etanol pelo país.

O plano era assumir a liderança de um mercado promissor e abrir o capital em 2012. Para isso, comprou em 2010 a quebrada Brenco, usina modernosa criada por gente como o magnata das comunicações Steve Case, o investidor indiano Vinod Khosla e o empresário brasileiro Ricardo Semler. Passados sete anos, porém, a empresa se transformou numa gangrena que pode repercutir no conglomerado inteiro. 

Tudo deu errado com a Odebrecht Agroindustrial. A empresa sofre dos males que afligem todo o setor de etanol (o maior deles é a concorrência desleal com o preço da gasolina, mantido artificialmente baixo pelo governo). Mas sofre também por ter muita dívida. Na última safra, a empresa teve um prejuízo de 1,2 bilhão de reais, o maior de sua história.

Nas últimas três safras, a dívida da companhia dobrou de tamanho, para 10 bilhões de reais, o que representa 22 vezes sua geração de caixa. A média do setor é três vezes, segundo o banco Itaú BBA. Suas usinas operam atualmente com apenas 50% da capacidade.

O resultado de 2013 acendeu a luz vermelha na Odebrecht. As despesas com pagamento de juros cresceram. Mesmo respondendo por apenas 2,5% da receita do grupo, a empresa é responsável por 16% do endividamento total da Odebrecht. Embora ninguém fale abertamente sobre o assunto, uma crise de insolvência no braço de etanol poderia colocar em risco a reputação de todo o grupo.

“Essa área é minha maior preo­cupação”, diz Marcelo Odebrecht, presidente do conglomerado, cuja dívida total dobrou de 2011 a 2012, atingindo 62 bilhões de reais (o número de 2013 ainda não foi divulgado). 

Discretamente, a Odebrecht começou a colocar em operação um plano para resolver o problema de forma radical. Ameaça cortar, se o setor não melhorar, os 3 bilhões de reais em investimentos previstos para os próximos três anos.

No fim de 2013, o grupo transferiu algumas usinas e parte da dívida da ­Odebrecht Agroindustrial para outra empresa do conglomerado, a Odebrecht Energias Renováveis, que investe em geração de energia eólica e solar.

A operação ocorreu apenas no papel, já que a Odebrecht Agroindustrial continuará operando as usinas, e quase 4 bilhões de reais do endividamento total serão migrados ao longo dos próximos três anos. O objetivo é claro — diluir o risco de insolvência da empresa. Ao mesmo tempo, o grupo propôs um aumento de capital para a Odebrecht Agroindustrial que pode chegar a 2 bilhões de reais.

Com o aporte, conseguiria transformar a dívida em algo mais razoável e captar mais recursos. O problema é que a Odebrecht tem sócios minoritários no negócio — as gestoras de recursos Tarpon e Ashmore.

Eles não gostaram nada da ideia de acompanhar uma capitalização que, para eles, tem como objetivo final aliviar a situação do grupo Odebrecht. Segundo EXAME apurou, os dois acionistas não devem participar da operação e, portanto, terão sua participação diluída. Não que eles esperassem ter retornos fantásticos para seus investimentos.

Em dezembro, a Ashmore, dona de 13% das ações, fez uma provisão de perdas equivalente a 90% de seu aporte. Já a Tarpon, que tem 2,5% da Odebrecht Agroindustrial, dá de ombros para a operação. Há mais de um ano, reconheceu a perda quase total de seu investimento na companhia, que correspondia a 0,5% do total de recursos sob sua gestão.

Desde 2011, os sócios da Tarpon não se envolvem mais com a empresa. Procuradas, Tarpon e Ashmore não comentaram. Se ninguém embarcar na capitalização, a conta vai sobrar toda para a Odebrecht.

A esperança, claro, é que o velho e bom BNDES, sócio da empresa com 14% das ações, ajude. Procurado, o BNDES disse que ainda não tem um posicionamento sobre o tema. Com a capitalização e quase metade da dívida transferida para outra empresa do grupo, a Odebrecht teria um pouco mais de tempo para resolver o problema de sua aventura no etanol.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Clima econômico melhora na América Latina, mas piora no Brasil




G1


O indicador  que  mede  o  "clima  econômico" dos países da América Latina avançou em janeiro, após ficar estável nas duas últimas sondagens, segundo pesquisa elaborada em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV. O aumento do Índice de Clima Econômico foi de 8% (de 88 para 95 pontos) e é explicado tanto pela melhora na avaliação da situação atual (ISA), quanto das expectativas (IE).

Entre os 11 países analisados pela sondagem, 8 registraram ICE  em  "zona de avaliação favorável" (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai), com  destaque  para  a  Colômbia, cujo ICE aumentou em 22% entre as sondagens de outubro de 2013 e janeiro de 2014.     De acordo com a FGV, os indicadores  são  ponderados  pela participação da  corrente  de  comércio (exportações mais importações) de cada país na região.

O  Brasil,  que  havia  melhorado  o  clima  econômico  na  comparação  entre  julho  e  outubro, embora se mantendo na zona desfavorável, voltou a piorar e registrou queda de 6,3% no  indicador,  que passou de 95 pontos para 89 pontos.


G1

Guzzo: Avanço para o passado


Rodrigo Constantino

Análises de um liberal sem medo da polêmica
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Excelente o resumo que J.R. Guzzo faz na Veja desta semana sobre o PT e o que ele representa até aqui: um incrível “avanço” rumo ao passado. Gilberto Carvalho, por exemplo, resgata a imagem de um típico coronel nordestino ao falar “dessa gente ingrata”. O que o PT ainda não percebeu – ou finge não ter percebido – é que não há ingratidão alguma, e sim uma reação a um governo que, de popular, só tem o discurso e as aparências.

Guzzo diz sem titubear: “O governo do ex-presidente Lula, de Dilma Rousseff e do PT é uma das mais bem-sucedidas farsas jamais levadas ao público na história política brasileira”. O partido se aproveitou da bonança externa para distribuir benesses e garante que foi o responsável por uma “revolução social”. Um espetáculo para ludibriar incautos, cada vez em menor número.

O que o PT fez, na prática, foi se aliar ao que havia de mais retrógrado na política nacional, e não foi capaz de fazer uma só reforma estrutural decente. Guzzo acusa o “falso esquerdismo” do partido, por se vender como popular e agir como os barões de engenho. Só discordo que seja falso esquerdismo: isso, na prática, é a esquerda, o que a esquerda sempre faz!

Os representantes do povo vivem como nababos, gastam 8 mil em uma noite só para descansar em Portugal, e ainda acusam uma fantasmagórica “direita” de desejar o regresso aos tempos de pelourinho e chibata. Colocam-se como vítimas de uma elite reacionária, enquanto se juntaram justamente a essa elite reacionária e fisiológica.

Como alerta Guzzo, o Partido dos Trabalhadores foi incapaz de colocar um único trabalhador em cargo importante de ministério. Um país com 200 milhões de habitantes, mas o PT não teve condições de encontrar um só trabalhador? Como dizia Roberto Campos, o PT é o partido dos “trabalhadores” que não trabalham.

Faz pior: prejudica os verdadeiros trabalhadores, com carga tributária crescente, abuso no FGTS para fins políticos, destruição da Petrobras, uso de bilhões em recursos escassos para finalidades frívolas que enchem os bolsos de empreiteiras, etc.

Felizes ficaram Odebrecht, Friboi, construtores de sondas para a Petrobras, empreiteiros, Eike Batista (por algum tempo), líderes sindicais, políticos, etc. Conclui Guzzo:


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Rodrigo Constantino