segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

BNDES liberou R$ 2,5 bilhões para setor sucroenergético


50% dos recursos foram liberados pelo banco oficial e os outros 50% pela Finep

Ricardo Leopoldo, do
Dado Galdieri/Bloomberg
Trator colhe cana de açúcar para a produção de etanol em uma fazenda da Louis Dreyfus na cidade de Colômbia, no Brasil
Trator colhe cana de açúcar: foi lançada hoje a segunda fase do programa

São Paulo - O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que já liberou quase R$ 2,5 bilhões do PAAIS Industrial, programa de apoio para o desenvolvimento tecnológico do setor sucroenergético. Cinquenta por cento dos recursos foram liberados pelo banco oficial e os outros 50% pela Finep.

"Sendo que, da nossa metade, um pedaço importante foi em crédito e outro em equity, especialmente em projetos de inovação avançada, onde o risco é muito mais alto", destacou. Esse plano foi lançado em março de 2011.

O BNDES e a Finep lançaram nesta segunda-feira, 17, a segunda fase desse programa, chamado de PAISS Agrícola, que terá como foco Inovação agrícola para aumentar a produtividade do setor sucroenergético em várias frentes, entre elas, o melhoramento genético da cana. Será liberado o total de R$ 1,48 bilhão de financiamentos para tais iniciativas entre 2014 e 2018.

As empresas interessadas em ter acesso aos recursos públicos precisarão encaminhar seus planos de negócios até 16 de maio e passarão por um processo de seleção, cujo resultado final deverá ser anunciado em 10 de julho. De acordo com o BNDES, os primeiros desembolsos deverão ocorrer ainda neste ano.

"Esperamos que nos próximos meses, num período curto, possamos avaliar e contratar os projetos já no segundo semestre de 2014, para que possamos concretizar essas iniciativas", comentou Luciano Coutinho.

"Dados os riscos de percepção de retorno privado, daí a iniciativa do PAISS Agrícola, fechar a brecha de percepção de retorno, oferecendo a possibilidade de investir em grande escala em tecnologia para um avanço substancial da área agrícola", afirmou.

"É preciso ir para novas variedades de canas transgênicas, adaptadas a novos solos. É preciso lembrar que a fronteira agrícola se moveu. Abrangeu terras de natureza diferente", destacou o presidente do BNDES. "Mas hoje nós temos uma nova fronteira no Centro-Oeste, é preciso ter variedades adaptáveis", disse.

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