SÃO PAULO - A
classe média deve consumir R$ 1,27 trilhão neste ano, o que
representaria um crescimento de 8,5% em relação a 2013. Os dados são de
um estudo elaborado pela Serasa Experian e pela consultoria Data Popular
sobre o perfil da classe C no país, divulgado nesta terça-feira em São
Paulo.
O levantamento demorou um ano para ser concluído. Segundo a pesquisa,
a classe C pretende consumir neste ano 8,5 milhões de viagens
nacionais, 7,8 milhões de notebooks, 4,5 milhões de tablets, 3,9 milhões
de smartphones e 3,2 milhões de viagens internacionais.
Em relação os bens domiciliares, a previsão é que sejam comprados 7,8
milhões de móveis, 6,7 milhões de aparelhos de TV, 4,8 milhões de
geladeiras, 3,9 milhões de máquinas de lavar, 3 milhões de carros e 2,5
milhões de casas ou apartamentos.
“Os perfis revelados pela solução 'Faces da Classe Média' permitem
que as instituições tenham uma visão segmentada desses consumidores e
possam entender de que forma devem endereçar suas ações, produtos e
serviços, criando soluções para os quatro diferentes nichos, que antes
eram observados como um único alvo”, afirma Ricardo Loureiro, presidente
da Serasa Experian.
“Isso possibilita empreender novas frentes de consumo e abordar com
precisão esses mercados, gerando melhores condições de crédito para o
consumidor e movimentando a economia do Brasil”.
Contingente
A classe média brasileira é formada por 108 milhões de pessoas, que
gastaram R$ 1,17 trilhão no ano passado, de acordo com a pesquisa. Esse
volume representa 58% do crédito no Brasil.
Ainda de acordo com o estudo, a classe média está mais concentrada no
Sudeste (43%), seguida do Nordeste (26%), Sul (15%), Centro-Oeste (8%) e
Norte (8%).
Segundo Renato Meirelles, presidente do Data Popular, a classe C
deixou de ser um segmento de mercado e, para a maioria das categorias,
se tornou o principal público consumidor.
A população alvo da pesquisa foi avaliada sob 400 variáveis, levando
em conta informações geográficas, demográficas, creditícias e
comportamentais. A classe média representa 54% da população do país e a
previsão é que chegue a 58% em 2023, ou seja, 125 milhões de pessoas. Em
2003, o segmento representava 38% ou 176 milhões de pessoas.
(Beth Koike | Valor)
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