Por
- iG São Paulo
|
Vinícola Lidio Carraro passou por um rigoroso processo seletivo antes de ser escolhida pela Fifa. Garrafa do Mundial custará R$ 39,80 no mercado brasileiro
Do
Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, a vinícola de pequeno porte
Lidio Carraro ganhou o mundo em 2012, ano em que venceu um concurso para
vender os vinhos oficiais da Copa do Mundo de 2014, sediada no Brasil.
De
origem familiar, a companhia nasceu em 2004. Apesar de nova, conta com a
experiência e tradição da família no ramo de uvas e vinhos. Entre os
sócios, há um produtor e um enólogo (profissional que estuda a produção
de vinhos).
A
experiência com o produto e o renome no mercado, contudo, não foram
suficientes para garantir o patrocínio da Fifa, entidade que organiza o
Mundial, segundo Patrícia Carraro, diretora de relações internacionais
da vinícola.
“Fomos sondados pela Fifa em uma feira internacional de futebol. Decidimos participar do processo, enviando amostras de vinhos para a Suíça e comprovando a capacidade de fornecimento da empresa”, conta Patrícia.
Para vender
vinhos oficiais da Copa do Mundo, foi necessário participar de um
rigoroso processo seletivo que durou um ano, no qual competiram grandes
nomes do mercado brasileiro e internacional.
Com a produção
aprovada em 2012, os vinhos Faces começaram a ser vendidos no ano
passado, durante a Copa das Confederações. As primeiras vendas foram
para as unidades do Duty Free em aeroportos — como estratégia para
disseminar a marca entre turistas e estrangeiros.
“Triplicamos
as exportações de vinhos após o lançamento da bebida oficial da Copa.
Exportamos garrafas para a Dinamarca, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Japão
e Finlândia”, enumera Patrícia.
Com o lançamento da
linha Faces, a empresa também registrou crescimento de 185% em
faturamento em relação a 2012 — a diretora não revela o resultado
líquido da companhia.
“A escolha do vinho brasileiro
para representar a Copa foi definitiva para convencer a Fifa da
qualidade das bebidas do País. Abrimos as portas para a expansão de
outros produtos brasileiros pelo mundo“, considera.
Vinícola uniu qualidade e baixo custo
De
acordo com Patrícia, o Faces é produzido a partir da união das três
uvas brancas mais cultivadas em solo gaúcho (versão vinho branco) e a
combinação de 11 uvas do rótulo tinto (versão vinho tinto seco). “A
mistura deu origem a vinhos jovens e equilibrados, que refletem a cor,
os aromas e os sabores do Brasil”, descreve a executiva.
conveniados por R$
39,80 a unidade. Elas também serão servidas em eventos oficiais da Fifa.
Os demais vinhos da vinícola custam entre R$ 50 e R$ 240.
Para
Patrícia, produzir o vinho oficial da Copa e vendê-lo abaixo de R$ 40
foi o grande desafio do projeto, a despeito da concorrência com marcas
renomadas no mercado.
"É muito difícil produzir um
vinho de qualidade e de baixo custo. Se o Brasil for hexacampeão, nosso
produto certamente ficará marcado para a história”, comemora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário