terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Vinho oficial da Copa triplica exportações de pequena empresa gaúcha


Por Patrícia Basilio - iG São Paulo |


Vinícola Lidio Carraro passou por um rigoroso processo seletivo antes de ser escolhida pela Fifa. Garrafa do Mundial custará R$ 39,80 no mercado brasileiro

Do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, a vinícola de pequeno porte Lidio Carraro ganhou o mundo em 2012, ano em que venceu um concurso para vender os vinhos oficiais da Copa do Mundo de 2014, sediada no Brasil.

De origem familiar, a companhia nasceu em 2004. Apesar de nova, conta com a experiência e tradição da família no ramo de uvas e vinhos. Entre os sócios, há um produtor e um enólogo (profissional que estuda a produção de vinhos).

A experiência com o produto e o renome no mercado, contudo, não foram suficientes para garantir o patrocínio da Fifa, entidade que organiza o Mundial, segundo Patrícia Carraro, diretora de relações internacionais da vinícola.
Divulgação
Patrícia Carraro: "Se o Brasil for hexacampeão, nosso produto certamente ficará marcado para a história."

“Fomos sondados pela Fifa em uma feira internacional de futebol. Decidimos participar do processo, enviando amostras de vinhos para a Suíça e comprovando a capacidade de fornecimento da empresa”, conta Patrícia.

Para vender vinhos oficiais da Copa do Mundo, foi necessário participar de um rigoroso processo seletivo que durou um ano, no qual competiram grandes nomes do mercado brasileiro e internacional.

Com a produção aprovada em 2012, os vinhos Faces começaram a ser vendidos no ano passado, durante a Copa das Confederações. As primeiras vendas foram para as unidades do Duty Free em aeroportos — como estratégia para disseminar a marca entre turistas e estrangeiros.

“Triplicamos as exportações de vinhos após o lançamento da bebida oficial da Copa. Exportamos garrafas para a Dinamarca, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Japão e Finlândia”, enumera Patrícia.

Com o lançamento da linha Faces, a empresa também registrou crescimento de 185% em faturamento em relação a 2012 — a diretora não revela o resultado líquido da companhia.

“A escolha do vinho brasileiro para representar a Copa foi definitiva para convencer a Fifa da qualidade das bebidas do País. Abrimos as portas para a expansão de outros produtos brasileiros pelo mundo“, considera.


Vinícola uniu qualidade e baixo custo


De acordo com Patrícia, o Faces é produzido a partir da união das três uvas brancas mais cultivadas em solo gaúcho (versão vinho branco) e a combinação de 11 uvas do rótulo tinto (versão vinho tinto seco). “A mistura deu origem a vinhos jovens e equilibrados, que refletem a cor, os aromas e os sabores do Brasil”, descreve a executiva.

conveniados por R$ 39,80 a unidade. Elas também serão servidas em eventos oficiais da Fifa. Os demais vinhos da vinícola custam entre R$ 50 e R$ 240. 
 
Para Patrícia, produzir o vinho oficial da Copa e vendê-lo abaixo de R$ 40 foi o grande desafio do projeto, a despeito da concorrência com marcas renomadas no mercado. 

"É muito difícil produzir um vinho de qualidade e de baixo custo. Se o Brasil for hexacampeão, nosso produto certamente ficará marcado para a história”, comemora.



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