sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Brasil está entre os mercados emergentes mais afetados pela instabilidade econômica global


20 de fevereiro de 2014

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Brasília (DF) – O Brasil apareceu como um dos mercados emergentes mais afetados pela instabilidade financeira global, no relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado na quarta-feira (19). A análise reiterou a tese apresentada semana passada pelo Banco Central Americano (Fed), que classificou o país como o 2º país mais vulnerável, logo após a Turquia.

O deputado federal Valdivino de Oliveira (PSDB-GO), da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, disse que o resultado é reflexo de uma política macroeconômica “equivocada”, “centrada no combate à inflação e no incentivo ao consumo como instrumento de crescimento econômico”.

O relatório preparado para o encontro do G-20, grupo das 20 maiores economias do planeta, que começa hoje em Sydney, na Austrália, mostrou que a atividade econômica brasileira “perdeu fôlego” no terceiro trimestre de 2013, com a queda no investimento e uma piora na confiança das empresas. As informações são da reportagem publicada nesta quinta-feira (20), no jornal Correio Braziliense


Razões


As avaliações do FMI e do Fed levaram em conta o “insucesso” do governo em controlar a inflação, o “expressivo” déficit em transações correntes (US$ 81 bilhões no ano passado), e a crescente desconfiança de empresas com a política econômica.

“Nós estamos vendo a grande volatilidade da economia brasileira. Ora os juros descem, ora os juros sobem. A inconstância do déficit da balança comercial assusta. É um grande processo de desindustrialização”, apontou o deputado.


Equívocos


Em discurso feito na última terça-feira (18), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chamou de “equívoco” as avaliações que apontaram o país como um dos mais vulneráveis à crise externa. Mantega garantiu também a “solidez fiscal” e baixa no endividamento de curto prazo.

Valdivino lembrou que o Brasil precisa de políticas “mais protecionistas em relação ao mercado com o intuito de garantir emprego a todo e qualquer brasileiro”.

Segundo ele, a política econômica “deveria estar centrada no fortalecimento do mercado interno e do processo produtivo”. “Com esse incentivo, o nosso frágil sistema financeiro se fortaleceria naturalmente”, reiterou.

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