terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Emprego na Alemanha cresce 0,6% no final de 2013 e bate novo recorde

 

Número de pessoas ocupadas atingiu 42,2 milhões no quarto trimestre do ano passado

Agência Brasil

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Emprego na Alemanha cresceu 0,6% no quarto trimestre de 2013 e atinge novo recorde

O número de pessoas com emprego na Alemanha atingiu, no quarto trimestre do ano passado, novo recorde ao crescer 0,6% em termos anuais, para 42,2 milhões de pessoas, informou hoje (18) o Gabinete Federal de Estatísticas do país.

Em relação ao terceiro trimestre do ano, o número de pessoas com emprego na maior economia europeia subiu 0,5%, uma taxa ligeiramente menor que o aumento médio dos últimos cinco anos entre o terceiro e quarto trimestres.

O crescimento do emprego no setor dos serviços foi o principal responsável pelo aumento. Se as previsões se confirmarem, 2014 será o oitavo ano consecutivo em que a Alemanha atinge novo máximo de ocupação laboral.

*Com informações da Agência Lusa

Mercado aponta desvios em contratos de importações e remessas no Brasil


Por Marília Almeida - iG São Paulo

Fim de sistema que cruzava dados de contratos de câmbio e importações teria aberto brecha para suposta evasão de divisas

A extinção de um sistema que cruzava informações entre contratos de câmbio e contratos de importações seria a porta inicial para a criação de um suposto esquema de evasão de divisas no País (envio de dinheiro para o exterior, sem declará-lo), bem como a falta de fiscalização do câmbio turismo e de remessas para o exterior, segundo fontes do mercado que pediram anonimato.

Esse afrouxamento pode ter provocado desvios e ter aumentado o número de contratos de importação subfaturados, com preços de 30% a 40% abaixo do mercado, que viriam principalmente da China, alertaram as fontes ouvidas pelo iG.

Encerrado em 2007 – mas instituído ainda na década de 1980 –, o Sisbacen (Sistema de Informações do Banco Central) inibia contratos duplicados, cujas faturas poderiam ser bloqueadas em caso de suspeita de fraude. O sistema eletrônico, sob gestão do Banco Central e ligado à Receita Federal, passou para as mãos do Fisco e se tornou manual. Na época, o argumento foi de que o País não necessitava de tanto controle em um momento de boom econômico.
Reprodução
Fair Corretora, em Porto Alegre, deixou de enviar remessas para a China há um ano
Ao contrário do cenário que se desenhava quando o Siscomex foi descontinuado, a suspeita destas operações ilegais cresce diante do atual movimento mais fraco de entrada de divisas no País – déficit de US$ 12,9 bilhões no fluxo cambial registrado em 2013. Por outro lado, as altas cifras do turismo de brasileiros no exterior atingiram recorde no ano passado, de R$ 25 bilhões. 

"Os dados parecem suspeitos agora", diz uma fonte que interage com o mercado. Questiona-se também se o volume de importações é realmente efetivo, e se não existem duplicações.

A falta de controle nos contratos de importações seria complementada pela falta de regulação e fiscalização no mercado de câmbio e de remessas, que pode fazer com que a diferença de valor dos contratos seja paga pelo mercado oficial – por meio de remessas ao exterior, cujos envios também podem ser multiplicados –, ou pelo mercado paralelo. Fala-se que a prática seria realizada por corretoras e bancos, pessoas físicas e jurídicas. 

Já outra parte do mercado se diz refém da falta de segurança gerada pelo citado esquema. Uma corretora de Porto Alegre nega-se, há um ano, a realizar qualquer remessa para a China – tanto envio como recebimento. Comenta-se entre operadores que a fiscalização dos envios seria insuficiente, tanto pela Receita como pelo Banco Central. 

Apesar de trabalhar com a Western Union – responsável pelas remessas internacionais –, a corretora afirma que se reserva ao direito de tomar medidas adicionais de segurança.

Atualmente, não existe cruzamento de CPF para quem realiza remessas para o exterior do Brasil. Um mesmo cliente pode efetuar operações simultâneas em diversas corretoras.

O mercado internacional de remessas sofreu com o impacto da crise internacional em 2007. Mas, no Brasil, apenas os recebimentos dos recursos foram afetados, com o retorno de brasileiros que trabalhavam no exterior antes da crise. Os envios de dinheiro do Brasil para o exterior crescem a uma taxa  anual de 7% a 10% nos últimos anos. Em 2013, R$ 1,6 bilhão foram enviados do Brasil na forma de remessas para outros países.


Entenda o caso


No ano passado, corretoras verificaram operações atípicas em seus sistemas, feitas por meio de remessas. Pessoas físicas dirigiam-se até a instituição financeira com o objetivo de enviar dinheiro para outra pessoa no exterior, o que é permitido pela empresa de remessas. 

Porém, foi identificado que diversas remessas eram enviadas para a mesma pessoa física, que atuava como intermediária em contratos comerciais, com o intuito de pagar a diferença de importações subfaturadas, principalmente provenientes da China. 

O envio comercial é permitido por lei, mas não por meio de sistemas de remessas tradicionais. Para esse tipo de envio, é necessário documentos específicos, que poderiam dificultar uma operação ilegal. 


Ação


Segundo fontes no mercado, o Banco Central (BC) já teria começado a agir e penalizado corretoras e bancos pela prática. 

Procurado, o BC diz, em nota, que supervisiona os procedimentos e controles adotados pelos agentes autorizados a operar no mercado de câmbio visando a aderência às normas cambiais. A Polícia Federal e a Receita não se pronunciam sobre possíveis investigações em curso. 


Decisões políticas tomadas do passado chegaram ao Supremo Tribunal Federal, que volta a julgar a perda dos planos econômicos na semana que vem


Divulgação/STF
 
Pleno do STF em 2013: Tribunal, que volta a julgar os planos econômicos na próxima semana, também terá de avaliar perdas do FGTS

O Supremo Tribunal Federal (STF) está incumbido de dar vida  ou  enterrar  definitivamente  três esqueletos que,  nos  cálculos  mais  alarmistas,  podem  tomar  a  forma     de R$ 422 bilhões: a correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)  pela  inflação,  as  perdas  da  poupança  causadas  pelos     planos econômicos  e  a  desaposentação   –   possibilidade de renunciar a uma aposentadoria para tentar uma mais vantajosa.

Todos  decorrem  de  decisões  políticas  tomadas  no  passado,  geraram  cerca  de  422  mil processos,  e chegaram à mais alta Corte do Brasil nos anos 2000 – a última, na semana passada.

“Até  o  passado no Brasil é incerto, e isso não é algo muito positivo [para a economia do País]”, afirma o pesquisador  do  Instituto  Brasileiro  de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV), Fernando de Holanda Barbosa Filho, sobre as perdas da poupança, cujo julgamento será retomando na semana que vem.
José Cruz/ABr
Collor: combate à inflação está na raiz dos questionamentos da poupança e do FGTS
Planos: ideia boa, execução nem tanto

No caso, os poupadores alegam  ter sido prejudicados pelos planos Verão, Bresser e Collor 1 e 2, editados pelo governo para coibir  a superinflação.   A ideia até era certa. O problema foi a forma como foi efetivada, avalia  Rodrigo  De  Losso  da  Silveira  Bueno,  professor  associado  do  Departamento  de  Economia da Universidade de São Paulo (USP).

“Com os planos, o que a gente resolveu fazer: vamos corrigir por 50% da inflação do período e não 100%. Do ponto de vista econômico, isso é justo. Mas por uma falha de comunicação ,  não é  visto como justo”, afirma o economista.

Caso o STF decida a favor dos poupadores, o Banco Central (BC) estima que a conta ficará em R$ 150 bilhões e deverá ser arcada pelos bancos. Esses, porém, muito provavelmente, as instituições financeiras buscariam ser indenizadas pelo governo, com o argumento de que apenas cumpriram a legislação.

“O governo  diz  que  [a adoção dos planos] foi  para  garantir  a  estabilidade, evidentemente prejudicando parte  da  correção  monetária.         Os que tiveram prejuízo decorrente dessa manipulação entendem que o governo  é  sempre  responsável.   Pela Constituição, o governo é sempre responsável”, afirma o jurista Ives Gandra Martins, sobre os poupadores.


Para especialistas, passado do FGTS deveria ser esquecido


A  mudança  do  FGTS  também  está  relacionada  às  políticas  para controlar a alta de preços.      A Taxa Referencial (TR),   criada  em 1991  para  substituir a inflação como critério atualização monetária, passou a ser  usada  para  fazer  a  correção  dos saldos do fundo.    Desde 1999, entretanto, a taxa tem ficado muito abaixo da inflação, o que leva à corrosão do poder de compra do dinheiro do trabalhador.

Depois que o  STF  decidiu,  em  março  do  ano passado, que a TR não serve como índice de correção de precatórios (dívidas judiciais do governo com a população), milhares de trabalhadores foram à Justiça para pedir a aplicação do mesmo entendimento ao FGTS.    té janeiro deste ano, a Caixa Econômica Federal já era alvo de 39 mil ações.

Na   semana   passada,  o  partido  Solidariedade,           de  oposição,  apresentou  uma  Ação  Direta  de Inconstitucionalidade (ADI)  contra  a  TR e  a favor de um índice inflacionário.     Nos cálculos do Instituto FGTS Fácil, a troca resultaria num esqueleto de R$ 203,4 bilhões para o governo, e num reajuste de cerca de 102,3% para saldos que estavam em vigor em janeiro de 1999.

Os  economistas  Bueno  e  Barbosa  Filho  entendem  que  a  fórmula  deve,  de  fato,  ser     corrigida, mas questionam o pagamento retroativo.

“[O rendimento com a fórmula atual]  é  de  fato  um  rendimento  negativo  para  o  trabalhador”,   afirma Barbosa  Filho,  do  Ibre/FGV. “[Mas] talvez  fosse  mais racional discutir para a frente:  fazer  o  cálculo  de forma retroativa, como as coisas tendem a ser feitas, podem gerar problemas muito graves.”


Desaposentação é a ameaça mais real para o governo, vê economista


A  desaposentação  também  surge  de  um problema na legislação, avalia Bueno, da USP.         Em 1999, o governo  criou  o  fator  previdenciário, um pedágio que reduz o benefício de acordo com a idade e o tempo de contribuição do trabalhador.

O objetivo da medida era  desestimular  aposentadorias  precoces,   mas os trabalhadores continuaram a se aposentar cedo. Como continuavam a trabalhar e a contribuir para a Previdência, foram à Justiça para pedir um recálculo do benefício com base nas novas condições.

O  caso  gerou  24 mil  ações, das quais duas chegaram ao STF, onde o ministro Marco Aurélio de Mello já deu voto favorável.    Nos cálculos oficiais, se o Tribunal der o sinal verde para a medida, a Previdênica terá um  impacto  de  R$ 69 bilhões no longo prazo.              Assim como o caso do FGTS, não há prazo para o julgamento

Para Bueno,  é justamente nesse caso que reside a maior ameaça para o governo.

“O FGTS vai virar precatório. Você vai receber daqui a três gerações se isso acontecer de verdade, então não preocupa tanto. No caso da desaposentação é imediato", afirma. "No caso da poupança dos bancos se eles perderem eles vão negociar os pagamentos [aos poupadores] num prazo meio longo e aí vão entrar contra o governo em seguida. E aí vai ser uma batalha jurídica que vai durar vários anos."

Fique atento para o prazo de entrega da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior






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A apresentação da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) é obrigatória aos residentes no país detentores de ativos (participação no capital de empresas, títulos de renda fixa, ações, depósitos, imóveis, dentre outros) situados no exterior que totalizem montante igual ou superior ao equivalente a US$100.000,00 (cem mil dólares dos Estados Unidos) no último dia de cada ano.

O prazo para a entrega da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior inicia-se em 17 de fevereiro e termina em 7 de abril de 2014 (até às 18h)

Diferente da Declaração de Ajuste Anual, o preenchimento da CBE deve ser  realizado via formulário eletrônico disponível na página do Banco Central na internet.

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

As 10 empresas mais inovadoras da América do Sul




Na lista elaborada pela Fast Company há desde empresas que revolucionaram mercados a companhias que criaram produtos inusitados. Entre elas, seis são brasileiras


Luísa Melo, de  Exame




Dreamstime.com

 Lâmpadas e ideia

As 10 empresas mais inovadoras da América do Sul, segundo a Fast Company

São Paulo - Durante  mais  de  seis  meses,   a equipe da   Fast Company  analisou dados para reunir as 50 empresas que mais inovam no mundo.

De todo o material, foram recortadas as dez companhias mais inovadoras da América do  Sul, das quais seis são  brasileiras.   Os  motivos  que  as  colocam  na  lista  vão   desde   o   desenvolvimento    de   produtos revolucionários até a criação de sistemas para diminuir a burocracia.
Confira:

1. Braskem

 Fábrica da Braskem

País: Brasil 



Por que está na lista:  em vez de petróleo, a petroquímica começou a usar a cana de açúcar na produção de plástico. Em 2013, a empresa desenvolveu uma linha de plástico renovável de baixa densidade para sacolas de compras.

2. BCMF Arquitetos

Estádio Mineirão, em Belo Horizonte

País: Brasil

Por que está na lista:  o  escritório  desenhou o  primeiro  estádio  de  futebol totalmente movido a energia solar,  o  Mineirão.          Responsável pela reforma da arena, a empresa aproveitou a estrutura original, mas acrescentou um novo teto com painéis solares. O estádio também reaproveitará a água da chuva.  

3. Magazine Luiza

 Campanha da Magazine Luiza

País: Brasil

Por que está na lista: a companhia foi pioneira no conceito de "loja virtual", lançado nos anos 90, pelo qual o cliente pode testar o produto em uma loja física e fazer a compra online.          No ano passado, a rede de varejo abriu uma loja virtual na favela de Heliópolis, onde também oferece cursos e eventos à comunidade.

4. Wayra

Logo da Wayra

País: Colômbia

Por que está na lista:  criada  por  José  María  Álvares-Pallete,  diretor  de  operações  da  Telefónica,  a organização fornece ferramentas tecnológicas, espaços de trabalho e mentores  qualificados a  startups  com foco internet e tecnologia da comunicação. O objetivo é dar suporte para que empreendores talentosos  não precisem  deixar  a  América  Latina  para  tocar  seus  projetos.     As operações da Wayra começaram na Colômbia  e  hoje  estão  presentes  no  México,  Peru,  Argentina,  Venezuela,  Chile  e  no México,   Peru, Argentina, Venezuela, Chile e no Brasil.

5. Monte Alto Renovable

 Hotel chileno The Singular Patagonia


País: Chile

Porque está na lista: a empresa ajuda hotéis e comunidades a adotarem serviços de energia de biomassa. Ela  administra  gastos  iniciais  com  a  energia  renovável,  financia  compras de  equipamentos, instalação e manutenção em troca de contratos de abastecimento de combustível de longo prazo.  A companhia lançou o seu  primeiro  projeto  comercial  no  ano  passado  e  espera  substituir   aproximadamente   1   milhão    de quilowatts-hora  (Kwh)  de  energia  produzida  por  diesel  por  energia  de  biomassa, o que significa a não emissão  de  até  8  mil  toneladas  de  dióxido  de    carbono ao ano e uma economia de 50 mil dólares com combustíveis anualmente.

6. Globant

Escritório da Globant em Buenos Aires

País: Argentina

Por que está na lista: ela pode ser a primeira empresa argentina listada na Bolsa de Nova York, caso lance sua   IPO   registrada   em  86  bilhões  de   dólares  esse ano.           Com clientes como Google e Zynga, a desenvolvedora  de  software  coloca  seus  2,8 mil  funcionários  para trabalhar em módulos de criação que passam por games, computação em nuvem e experiência do consumidor.

7. ContaAzul

Equipe da startup ContaAzul

País: Brasil

Por que está na lista: a  companhia  oferece  um  sistema  online que  gerencia  questões  como  o fluxo de caixa, vendas, clientes e documentos, ajudando principalmente pequenas empresas a lidar com a burocracia. Em 2011, a ContaAzul lançou também um programa para certificar consultores de negócios no Brasil.

8. Samba Tech

Gustavo Caetano, CEO da Samba Tech

País: Brasil

Por que está na lista:  a  empresa  é a  maior  plataforma  de  vídeos online  da América Latina e gerencia conteúdo de nomes como Samsung e Playboy. É focada em transmissão ao vivo,  ensino à  distância e web TV. No ano passado, a companhia se tornou uma holding que fornece tecnologia para desenvolver soluções internas para startups e outras empresas. Nesta segunda-feira, a Samba Tech anunciou uma parceria com a Amazon Web Services que permitirá que a  plataforma  suporte até 300 milhões de vídeos visualizados por mês.

9. Tátil Design

 Embalagem Natura Sou

 


País: Brasil

Por que está na lista: no ano passado, a empresa desenvolveu as embalagens da linha de produtos "Sou", da Natura. O novo design, com 70% a menos de plástico, é flexível e permite que o produto seja extraído até a última gota. A Tátil Design também foi a responsável por elaborar os logos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

10. Advanced Innovation Center

Torneira

País: Chile

Por que está na lista:  o  centro  desenvolve  soluções  para  problemas  em  escala  mundial  usando  uma combinação de ciência avançada com indústria e matemática. Um de seus maiores produtos é o Plasma, um sistema  de  saneamento  de  água  que  envolve  oxidação,   ionização  e  raios   ultra-violeta  para eliminar micróbios. Com a tecnologia, é possível purificar 35 litros de água em cinco minutos.

Brasil é um dos países que mais atrapalham economia digital


Brasil é um dos países que mais colocam obstáculos para o desenvolvimento da economia da internet, de acordo com novo estudo do BCG


Getty Images
marketing digital
Pessoas com computadores: a internet será cada vez mais importante como parte da economia

São Paulo - A atividade econômica está cada vez mais fora das fábricas e dentro dos computadores - onde ela é mais difícil de medir e encontra novos obstáculos para superar.

Com este problema em mente, a ICANN pediu para o Boston Consulting Group (BCG) avaliar onde há mais barreiras impedindo as pessoas e empresas de desfrutar dos benefícios da economia da internet - que se fosse um país, seria a 5a maior do mundo já em 2016.

O resultado não é bom para o Brasil. No ranking geral com 65 países, ficamos na 52a posição, atrás de Argentina, África do Sul e México e uma posição acima da China.

Em primeiro lugar, estão as nações escandinavas: Suécia, Finlândia, Dinamarca e Suíça. Em último, Egito, Paquistão e Nigéria.


Critérios


Para criar este índice, chamado de "e-fricção", foram usados como critérios 55 fatores em 4 categorias. Infraestrutura, com metade do peso, diz respeito ao acesso, custo e velocidade das conexões.

Com peso de 1/6 cada, entram os obstáculos internos das indústrias (como falta de mão-de-obra qualificada) e do ponto de vista do consumidor (como sistemas de pagamento ruins e falta de proteção aos dados), além dos obstáculos "de informação", como a quantidade de material disponível na língua do país e o compromisso dos próprios governos com a liberdade dos conteúdos.

O Brasil está entre os últimos colocados do penúltimo grupo em todas as categorias. Em obstáculos de informação, o resultado é ainda mais negativo: estamos entre os 13 piores.
Exceções


De forma geral, a participação da economia de internet no PIB (Produto Interno Bruto) dos países com menos e-fricção é o dobro daquela nos países com mais obstáculos. 

A Coreia do Sul é uma exceção importante: com uma das melhores infraestruturas e uma das piores acessos à informação, o país ficou em 25o no ranking geral de "e-fricção", mas ultrapassa todos os outros na "e-intensidade" econômica.

O Brasil também é ponto fora da curva, com uma economia da web responsável por 2,2% do PIB, mais até do que as dificuldades poderiam sugerir.


Reação


A economia da internet causa rupturas e cria novos desafios tributários, regulatórios e legais. Para melhorar o ambiente, os governos não tem escolha além de "fazer política de mundo real na velocidade de uma startup", segundo o BCG.

Para as empresas, a escolha é entre abraçar um mundo de possibilidades ou repetir o erro das indústrias como a fonográfica, que se agarraram a modelos de negócio antigos e agora tem que operar nos novos ambientes que se formaram sem sua participação.

Grandes usinas de cana do Brasil cortam custos contra perdas


Segundo relatórios, dificuldades estão forçando as empresas listadas de açúcar e etanol do Brasil a cortar custos e considerar demissões

Claudio Perez/Bloomberg
Trabalhador corta cana de açúcar de uma plantação da Cosan perto da cidade de Piracicaba
Trabalhador corta cana de açúcar de uma plantação da Cosan perto da cidade de Piracicaba

São Paulo - Os preços do açúcar fracos, o controle dos valores do combustível pelo governo, geada e agora a seca estão forçando as empresas listadas de açúcar e etanol do Brasil a cortar custos e considerar demissões, conforme mostraram relatórios financeiros nesta semana.

As unidades controladas pela Louis Dreyfus , Cosan, Bunge e outras estão vendo cortes como essenciais como forma de limitar perdas até que os preços do açúcar se recuperem de mínimas de quatro anos, buscando reverter o impacto negativo das políticas governamentais sobre a sua rentabilidade.

Aquisições e outras alternativas para a consolidação da indústria são difíceis por causa das condições de mercado sombrias e dívidas acumuladas durante uma década de expansão.

Mesmo o clima não está cooperando. A seca severa já levou analistas a reduzir suas perspectivas para a safra que começa nas próximas semanas.

E não há sinais claros de alívio iminente.


Perdas Crescentes das Companhias


Maior grupo de moagem de cana do Brasil, a Raízen Energia espera uma perda para o trimestre encerrado em 31 de dezembro de 115,4 milhões de reais, em comparação com um lucro de 164,3 milhões de reais no período do ano anterior.

A Raízen é uma joint venture entre a brasileira Cosan e a Royal Dutch Shell, companhia petrolífera anglo-holandesa.

Além do volume de vendas de açúcar menores, a Raízen Energia culpou um declínio de 5 por cento do real contra o dólar pela maior parte das perdas.

A empresa disse que continua a fazer novos investimentos em tecnologia para melhorar a eficiência, tais como a produção de etanol celulósico.

No entanto, os investimentos tem diminuído na expansão da produção de cana, um dos aspectos mais intensivos do negócio.

O segundo maior grupo de moagem do Brasil, a Biosev, da Louis Dreyfus, anunciou na quinta-feira um prejuízo de 203,7 milhões de reais nos últimos três meses de 2013. Em julho passado, os canaviais foram atingidos por geadas em Mato Grosso do Sul.

Com sede em White Plains, nos EUA, a Bunge disse na quinta-feira que tinha contratado banco de investimento Morgan Stanley para revisar opções para seu negócio de moagem que está registrando perdas no Brasil.