Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Número de pessoas ocupadas atingiu 42,2 milhões no quarto trimestre do ano passado
O número de pessoas com emprego na Alemanha
atingiu, no quarto trimestre do ano passado, novo recorde ao crescer
0,6% em termos anuais, para 42,2 milhões de pessoas, informou hoje (18) o
Gabinete Federal de Estatísticas do país.
Em
relação ao terceiro trimestre do ano, o número de pessoas com emprego
na maior economia europeia subiu 0,5%, uma taxa ligeiramente menor que o
aumento médio dos últimos cinco anos entre o terceiro e quarto
trimestres.
O crescimento do emprego no setor dos serviços foi o
principal responsável pelo aumento. Se as previsões se confirmarem, 2014
será o oitavo ano consecutivo em que a Alemanha atinge novo máximo de
ocupação laboral.
Fim de sistema que cruzava dados de contratos de câmbio e importações teria aberto brecha para suposta evasão de divisas
A
extinção de um sistema que cruzava informações entre contratos de
câmbio e contratos de importações seria a porta inicial para a criação
de um suposto esquema de evasão de divisas no País (envio de dinheiro
para o exterior, sem declará-lo), bem como a falta de fiscalização do
câmbio turismo e de remessas para o exterior, segundo fontes do mercado
que pediram anonimato.
Esse afrouxamento pode ter provocado
desvios e ter aumentado o número de contratos de importação
subfaturados, com preços de 30% a 40% abaixo do mercado, que viriam
principalmente da China, alertaram as fontes ouvidas pelo iG.
Encerrado
em 2007 – mas instituído ainda na década de 1980 –, o Sisbacen
(Sistema de Informações do Banco Central) inibia contratos duplicados,
cujas faturas poderiam ser bloqueadas em caso de suspeita de fraude. O
sistema eletrônico, sob gestão do Banco Central e ligado à Receita
Federal, passou para as mãos do Fisco e se tornou manual. Na época, o
argumento foi de que o País não necessitava de tanto controle em um
momento de boom econômico.
Ao contrário do cenário que se desenhava quando o
Siscomex foi descontinuado, a suspeita destas operações ilegais cresce
diante do atual movimento mais fraco de entrada de divisas no País –
déficit de US$ 12,9 bilhões no fluxo cambial registrado em 2013. Por
outro lado, as altas cifras do turismo de brasileiros no exterior
atingiram recorde no ano passado, de R$ 25 bilhões.
"Os
dados parecem suspeitos agora", diz uma fonte que interage com o
mercado. Questiona-se também se o volume de importações é realmente
efetivo, e se não existem duplicações.
A
falta de controle nos contratos de importações seria complementada pela
falta de regulação e fiscalização no mercado de câmbio e de remessas,
que pode fazer com que a diferença de valor dos contratos seja paga pelo
mercado oficial – por meio de remessas ao exterior, cujos envios também
podem ser multiplicados –, ou pelo mercado paralelo. Fala-se que a
prática seria realizada por corretoras e bancos, pessoas físicas e
jurídicas.
Já outra parte do mercado se diz refém da falta
de segurança gerada pelo citado esquema. Uma corretora de Porto Alegre
nega-se, há um ano, a realizar qualquer remessa para a China – tanto
envio como recebimento. Comenta-se entre operadores que a fiscalização
dos envios seria insuficiente, tanto pela Receita como pelo Banco
Central.
Apesar de trabalhar com a Western Union – responsável
pelas remessas internacionais –, a corretora afirma que se reserva ao
direito de tomar medidas adicionais de segurança.
Atualmente, não
existe cruzamento de CPF para quem realiza remessas para o exterior do
Brasil. Um mesmo cliente pode efetuar operações simultâneas em diversas
corretoras.
O mercado
internacional de remessas sofreu com o impacto da crise internacional em
2007. Mas, no Brasil, apenas os recebimentos dos recursos foram
afetados, com o retorno de brasileiros que trabalhavam no exterior antes
da crise. Os envios de dinheiro do Brasil para o exterior crescem a uma
taxa anual de 7% a 10% nos últimos anos. Em 2013, R$ 1,6 bilhão foram
enviados do Brasil na forma de remessas para outros países.
Entenda o caso
No
ano passado, corretoras verificaram operações atípicas em seus
sistemas, feitas por meio de remessas. Pessoas físicas dirigiam-se até a
instituição financeira com o objetivo de enviar dinheiro para outra
pessoa no exterior, o que é permitido pela empresa de remessas.
Porém,
foi identificado que diversas remessas eram enviadas para a mesma
pessoa física, que atuava como intermediária em contratos comerciais,
com o intuito de pagar a diferença de importações subfaturadas,
principalmente provenientes da China.
O envio comercial é
permitido por lei, mas não por meio de sistemas de remessas
tradicionais. Para esse tipo de envio, é necessário documentos
específicos, que poderiam dificultar uma operação ilegal.
Ação
Segundo fontes no mercado, o Banco Central (BC) já teria começado a agir e penalizado corretoras e bancos pela prática.
Procurado,
o BC diz, em nota, que supervisiona os procedimentos e controles
adotados pelos agentes autorizados a operar no mercado de câmbio visando
a aderência às normas cambiais. A Polícia Federal e a Receita não se
pronunciam sobre possíveis investigações em curso.
O Supremo Tribunal Federal (STF) está
incumbido de dar vida ou enterrar definitivamente três esqueletos que,
nos cálculos mais alarmistas, podem tomar a forma de R$ 422 bilhões: a
correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela inflação, as perdas da poupança causadas pelos planos econômicos e a desaposentação – possibilidade de renunciar a uma aposentadoria para tentar uma mais vantajosa.
Todos
decorrem de decisões políticas tomadas no passado, geraram cerca de 422
mil processos, e chegaram à mais alta Corte do Brasil nos anos 2000 – a
última, na semana passada.
“Até o passado no Brasil é incerto, e isso não é algo muito positivo [para a economia do País]”,
afirma o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (IBRE/FGV), Fernando de Holanda Barbosa Filho, sobre as
perdas da poupança, cujo julgamento será retomando na semana que vem.
Planos: ideia boa, execução nem tanto
No
caso, os poupadores alegam ter sido prejudicados pelos planos Verão,
Bresser e Collor 1 e 2, editados pelo governo para coibir a
superinflação. A ideia até era certa. O problema foi a forma como foi
efetivada, avalia Rodrigo De Losso da Silveira Bueno, professor
associado do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo
(USP).
“Com os planos, o que a gente resolveu fazer:
vamos corrigir por 50% da inflação do período e não 100%. Do ponto de
vista econômico, isso é justo. Mas por uma falha de comunicação , não é
visto como justo”, afirma o economista.
Caso o STF decida a favor
dos poupadores, o Banco Central (BC) estima que a conta ficará em R$ 150
bilhões e deverá ser arcada pelos bancos. Esses, porém, muito
provavelmente, as instituições financeiras buscariam ser indenizadas
pelo governo, com o argumento de que apenas cumpriram a legislação.
“O governo diz que [a adoção dos planos]
foi para garantir a estabilidade, evidentemente prejudicando parte da
correção monetária. Os que tiveram prejuízo decorrente dessa manipulação
entendem que o governo é sempre responsável. Pela Constituição, o
governo é sempre responsável”, afirma o jurista Ives Gandra Martins,
sobre os poupadores.
Para especialistas, passado do FGTS deveria ser esquecido
A
mudança do FGTS também está relacionada às políticas para controlar a
alta de preços. A Taxa Referencial (TR), criada em 1991 para substituir a
inflação como critério atualização monetária, passou a ser usada para
fazer a correção dos saldos do fundo. Desde 1999, entretanto, a taxa tem
ficado muito abaixo da inflação, o que leva à corrosão do poder de
compra do dinheiro do trabalhador.
Depois que o STF decidiu, em
março do ano passado, que a TR não serve como índice de correção de
precatórios (dívidas judiciais do governo com a população), milhares de
trabalhadores foram à Justiça para pedir a aplicação do mesmo
entendimento ao FGTS. té janeiro deste ano, a Caixa Econômica Federal
já era alvo de 39 mil ações.
Na semana passada, o partido
Solidariedade, de oposição, apresentou uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) contra a TR e a favor de um índice
inflacionário. Nos cálculos do Instituto FGTS Fácil, a troca resultaria
num esqueleto de R$ 203,4 bilhões para o governo, e num reajuste de
cerca de 102,3% para saldos que estavam em vigor em janeiro de 1999.
Os economistas Bueno e Barbosa Filho entendem que a fórmula deve, de fato, ser corrigida, mas questionam o pagamento retroativo.
“[O rendimento com a fórmula atual] é de fato um rendimento negativo para o trabalhador”, afirma Barbosa Filho, do Ibre/FGV. “[Mas]
talvez fosse mais racional discutir para a frente: fazer o cálculo de
forma retroativa, como as coisas tendem a ser feitas, podem gerar
problemas muito graves.”
Desaposentação é a ameaça mais real para o governo, vê economista
A
desaposentação também surge de um problema na legislação, avalia Bueno,
da USP. Em 1999, o governo criou o fator previdenciário, um pedágio que
reduz o benefício de acordo com a idade e o tempo de contribuição do
trabalhador.
O objetivo da medida era desestimular aposentadorias
precoces, mas os trabalhadores continuaram a se aposentar cedo. Como
continuavam a trabalhar e a contribuir para a Previdência, foram à
Justiça para pedir um recálculo do benefício com base nas novas
condições.
O caso gerou 24 mil ações, das quais duas chegaram ao
STF, onde o ministro Marco Aurélio de Mello já deu voto favorável. Nos
cálculos oficiais, se o Tribunal der o sinal verde para a medida, a
Previdênica terá um impacto de R$ 69 bilhões no longo prazo. Assim como o
caso do FGTS, não há prazo para o julgamento
Para Bueno, é justamente nesse caso que reside a maior ameaça para o governo.
“O
FGTS vai virar precatório. Você vai receber daqui a três gerações se
isso acontecer de verdade, então não preocupa tanto. No caso da
desaposentação é imediato", afirma. "No caso da poupança dos bancos se
eles perderem eles vão negociar os pagamentos [aos poupadores] num prazo
meio longo e aí vão entrar contra o governo em seguida. E aí vai ser
uma batalha jurídica que vai durar vários anos."
A apresentação da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) é
obrigatória aos residentes no país detentores de ativos (participação no
capital de empresas, títulos de renda fixa, ações, depósitos, imóveis, dentre
outros) situados no exterior que totalizem montante igual ou superior ao
equivalente a US$100.000,00 (cem mil dólares dos Estados Unidos) no último dia
de cada ano.
O prazo para a entrega da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior
inicia-se em 17 de fevereiro e termina em 7 de abril de 2014 (até às 18h)
Diferente da Declaração de Ajuste Anual, o preenchimento da CBE deve ser
realizado via formulário eletrônico disponível na página do Banco Central na internet.
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Na lista elaborada pela Fast Company há desde empresas que revolucionaram
mercados a companhias que criaram produtos inusitados. Entre elas, seis são
brasileiras
As 10 empresas mais inovadoras da América do Sul, segundo a Fast Company
São Paulo - Durante mais de seis meses, a equipe da Fast Company analisou dados para reunir as 50 empresas que mais inovam no
mundo.
De todo o material, foram recortadas as dez companhias mais inovadoras da
América do Sul, das quais seis são brasileiras. Os motivos que as colocam na lista vão desde o
desenvolvimento de produtos revolucionários até a criação de sistemas para
diminuir a burocracia.
Confira:
1. Braskem
País: Brasil
Por que está na lista: em vez de petróleo, a
petroquímica começou a usar a cana de açúcar na produção de plástico. Em
2013, a empresa desenvolveu uma linha de plástico renovável de baixa
densidade para sacolas de compras.
2. BCMF Arquitetos
País: Brasil
Por que está na lista: o escritório desenhou o primeiro
estádio de futebol totalmente movido a energia solar, o Mineirão. Responsável
pela reforma da arena, a empresa aproveitou a estrutura original, mas
acrescentou um novo teto com painéis solares. O estádio também reaproveitará a
água da chuva.
3. Magazine Luiza
País: Brasil
Por que está na lista: a companhia foi pioneira no conceito
de "loja virtual", lançado nos anos 90, pelo qual o cliente pode
testar o produto em uma loja física e fazer a compra online. No ano passado, a rede
de varejo abriu uma loja virtual na favela de Heliópolis, onde também oferece
cursos e eventos à comunidade.
4. Wayra
País: Colômbia
Por que está na lista: criada por José María
Álvares-Pallete, diretor de operações da Telefónica, a organização fornece
ferramentas tecnológicas, espaços de trabalho e mentores qualificados a
startups com foco internet e tecnologia da comunicação. O objetivo é dar
suporte para que empreendores talentosos não precisem deixar a América Latina
para tocar seus projetos. As operações da Wayra começaram na Colômbia e hoje
estão presentes no México, Peru, Argentina, Venezuela, Chile e no México, Peru,
Argentina, Venezuela, Chile e no Brasil.
5. Monte Alto Renovable
País: Chile
Porque está na lista: a empresa ajuda hotéis e comunidades
a adotarem serviços de energia de biomassa. Ela administra gastos iniciais com
a energia renovável, financia compras de equipamentos, instalação e manutenção
em troca de contratos de abastecimento de combustível de longo prazo. A
companhia lançou o seu primeiro projeto comercial no ano passado e espera
substituir aproximadamente 1 milhão de quilowatts-hora (Kwh) de energia produzida
por diesel por energia de biomassa, o que significa a não emissão de até 8 mil
toneladas de dióxido de carbono ao ano e uma economia de 50 mil dólares com
combustíveis anualmente.
6. Globant
País: Argentina
Por que está na lista: ela pode ser a primeira empresa
argentina listada na Bolsa de Nova York, caso lance sua IPO registrada em 86
bilhões de dólares esse ano. Com clientes como Google e Zynga, a desenvolvedora
de software coloca seus 2,8 mil funcionários para trabalhar em módulos de
criação que passam por games, computação em nuvem e experiência do consumidor.
7. ContaAzul
País: Brasil
Por que está na lista: a companhia oferece um sistema
online que gerencia questões como o fluxo de caixa, vendas, clientes e
documentos, ajudando principalmente pequenas empresas a lidar com a burocracia.
Em 2011, a
ContaAzul lançou também um programa para certificar consultores de negócios no
Brasil.
8. Samba Tech
País: Brasil
Por que está na lista: a empresa é a maior plataforma de
vídeos online da América Latina e gerencia conteúdo de nomes como Samsung e
Playboy. É focada em transmissão ao vivo, ensino à distância e web TV. No ano
passado, a companhia se tornou uma holding que fornece tecnologia para
desenvolver soluções internas para startups e outras empresas. Nesta
segunda-feira, a Samba Tech anunciou uma parceria com a Amazon Web Services que
permitirá que a plataforma suporte até 300 milhões de vídeos visualizados por mês.
9. Tátil Design
País: Brasil
Por que está na lista: no ano passado, a empresa
desenvolveu as embalagens da linha de produtos "Sou", da Natura. O
novo design, com 70% a menos de plástico, é flexível e permite que o produto
seja extraído até a última gota. A Tátil Design também foi a responsável por
elaborar os logos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
10. Advanced Innovation Center
País: Chile
Por que está na lista: o centro desenvolve soluções para
problemas em escala mundial usando uma combinação de ciência avançada com
indústria e matemática. Um de seus maiores produtos é o Plasma, um sistema de
saneamento de água que envolve oxidação, ionização e raios ultra-violeta para
eliminar micróbios. Com a tecnologia, é possível purificar 35 litros de água em
cinco minutos.
Pessoas com computadores: a internet será cada vez mais importante como parte da economia
São Paulo - A atividade econômica está cada vez mais fora das fábricas e
dentro dos computadores - onde ela é mais difícil de medir e encontra
novos obstáculos para superar.
Com este problema em mente, a ICANN pediu para o Boston Consulting Group
(BCG) avaliar onde há mais barreiras impedindo as pessoas e empresas de
desfrutar dos benefícios da economia da internet - que se fosse um
país, seria a 5a maior do mundo já em 2016.
O resultado não é bom para o Brasil. No ranking geral com 65 países, ficamos na 52a posição, atrás de Argentina, África do Sul e México e uma posição acima da China.
Em primeiro lugar, estão as nações escandinavas: Suécia, Finlândia, Dinamarca e Suíça. Em último, Egito, Paquistão e Nigéria.
Critérios
Para criar este índice, chamado de "e-fricção", foram usados como critérios 55 fatores em 4 categorias. Infraestrutura, com metade do peso, diz respeito ao acesso, custo e velocidade das conexões.
Com peso de 1/6 cada, entram os obstáculos internos das indústrias
(como falta de mão-de-obra qualificada) e do ponto de vista do
consumidor (como sistemas de pagamento ruins e falta de proteção aos
dados), além dos obstáculos "de informação", como a quantidade de
material disponível na língua do país e o compromisso dos próprios
governos com a liberdade dos conteúdos.
O Brasil está entre os últimos colocados do penúltimo grupo em todas as
categorias. Em obstáculos de informação, o resultado é ainda mais
negativo: estamos entre os 13 piores.
Exceções
De forma geral, a participação da economia de internet no PIB (Produto Interno Bruto) dos países com menos e-fricção é o dobro daquela nos países com mais obstáculos.
A Coreia do Sul é uma exceção importante: com uma das melhores infraestruturas e uma das piores acessos à informação, o país ficou em 25o no ranking geral de "e-fricção", mas ultrapassa todos os outros na "e-intensidade" econômica.
O Brasil também é ponto fora da curva, com uma economia da web
responsável por 2,2% do PIB, mais até do que as dificuldades poderiam
sugerir.
Reação
A economia da internet causa rupturas e cria novos desafios
tributários, regulatórios e legais. Para melhorar o ambiente, os
governos não tem escolha além de "fazer política de mundo real na
velocidade de uma startup", segundo o BCG.
Para as empresas, a escolha é entre abraçar um mundo de possibilidades
ou repetir o erro das indústrias como a fonográfica, que se agarraram a
modelos de negócio antigos e agora tem que operar nos novos ambientes
que se formaram sem sua participação.
Trabalhador corta cana de açúcar de uma plantação da Cosan perto da cidade de Piracicaba
São Paulo - Os preços do açúcar fracos, o controle dos valores do combustível pelo
governo, geada e agora a seca estão forçando as empresas listadas de
açúcar e etanol do Brasil a cortar custos e considerar demissões,
conforme mostraram relatórios financeiros nesta semana.
As unidades controladas pela Louis Dreyfus , Cosan, Bunge e outras
estão vendo cortes como essenciais como forma de limitar perdas até que
os preços do açúcar se recuperem de mínimas de quatro anos, buscando
reverter o impacto negativo das políticas governamentais sobre a sua
rentabilidade.
Aquisições e outras alternativas para a consolidação da indústria são
difíceis por causa das condições de mercado sombrias e dívidas
acumuladas durante uma década de expansão.
Mesmo o clima não está cooperando. A seca severa já levou analistas a
reduzir suas perspectivas para a safra que começa nas próximas semanas.
E não há sinais claros de alívio iminente.
Perdas Crescentes das Companhias
Maior grupo de moagem de cana do Brasil, a Raízen Energia espera uma
perda para o trimestre encerrado em 31 de dezembro de 115,4 milhões de
reais, em comparação com um lucro de 164,3 milhões de reais no período
do ano anterior.
A Raízen é uma joint venture entre a brasileira Cosan e a Royal Dutch Shell, companhia petrolífera anglo-holandesa.
Além do volume de vendas de açúcar menores, a Raízen Energia culpou um
declínio de 5 por cento do real contra o dólar pela maior parte das
perdas.
A empresa disse que continua a fazer novos investimentos em tecnologia
para melhorar a eficiência, tais como a produção de etanol celulósico.
No entanto, os investimentos tem diminuído na expansão da produção de cana, um dos aspectos mais intensivos do negócio.
O segundo maior grupo de moagem do Brasil, a Biosev, da Louis Dreyfus,
anunciou na quinta-feira um prejuízo de 203,7 milhões de reais nos
últimos três meses de 2013. Em julho passado, os canaviais foram
atingidos por geadas em Mato Grosso do Sul.
Com sede em White Plains, nos EUA, a Bunge disse na quinta-feira que
tinha contratado banco de investimento Morgan Stanley para revisar
opções para seu negócio de moagem que está registrando perdas no Brasil.