sexta-feira, 7 de março de 2014

Intimus mostra nova visão do feminismo

A marca andou pelas ruas de São Paulo e encontrou 10 mulheres que trouxeram uma nova visão para o feminismo

Reprodução/YouTube/Intimus Brasil
Intimus mostra nova visão do feminismo

Intimus mostra nova visão do feminismo: todas as fãs da marca serão convidadas a fazer parte da campanha e responder sobre a sua visão de feminilidade, escolhas e desejos

São Paulo - O dia internacional das mulheres comemora conquistas importantes, como a luta pela igualdade que por muitas vezes esteve ligada ao movimento feminista ao longo da história.

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Kimberly-Clark, por meio da marca Intimus, levanta uma questão que ganhou espaço nos últimos anos: a compatibilidade entre batalhar por direitos e ao mesmo tempo ser livre para expressar a beleza e a sensualidade, sem rótulos e sem submissão.

A marca andou pelas ruas de São Paulo e encontrou 10 mulheres que trouxeram uma nova visão para o feminismo, em um vídeo produzido exclusivamente para esta data.

Falam sobre feminilidade e confiança, discutem os dilemas da mulher moderna e seus novos contextos e levantam a bandeira da beleza de ser mulher.

Todas as fãs da marca serão convidadas a fazer parte da campanha e responder sobre a sua visão de feminilidade, escolhas e desejos.

“Neste dia, Intimus quer comemorar a beleza de ser mulher, valorizando a feminilidade e a confiança feminina. Queremos estar cada vez mais presentes no cotidiano das nossas consumidoras e este é um dia importante para todas nós”, destaca a Gerente da marca, Simone Simões.

O vídeo é assinado pela agência Salve e será veiculado na próxima sexta-feira, dia 7 de março no site da marca e no YouTube.


 http://www.youtube.com/watch?v=OibwfCi57sk

Seca deixará déficit mundial de 2 milhões de sacas de café


Seca vivida no país deixará mercado mundial de café sem ao menos 2 milhões de sacas necessárias para pleno abastecimento em 2014-2015, diz organização

Mike Clarke/AFP
Grãos de café

Grãos de café: escassez coincidirá com um período de expansão da demanda

Londres - A seca vivida pelo Brasil deixará o mercado mundial de café sem ao menos 2 milhões de sacas necessárias para o pleno abastecimento em 2014-2015, declarou nesta sexta-feira a Organização Internacional do Café (OIC).

O déficit de produção será "de ao menos 2 milhões de sacas", declarou em uma coletiva de imprensa em Londres o diretor-executivo da OIC, o brasileiro Roberio Oliveira Silva.
Cada saca tem 60 quilos.

A escassez é atribuída "em grande parte à seca brasileira", declarou o diretor da organização que reúne os países produtores e que tem sua sede na capital britânica.

"Mesmo com o aumento esperado da produção colombiana, não prevemos um mercado equilibrado", concluiu Oliveira Silva ao término da reunião semestral da OIC.

Oliveira Silva informou que está à espera de que as autoridades brasileiras comuniquem as perdas exatas na colheita de café para ter uma ideia mais precisa da escassez.

O Brasil é o primeiro produtor e exportador mundial e viveu em janeiro sua pior seca em décadas.
O estado de Minas Gerais, onde a maior parte dos cultivos de café do país se localizam, foi particularmente afetado por este tempo anormalmente seco, justo em pleno amadurecimento dos frutos, que serão colhidos a partir de abril.

A perspectiva de escassez no mercado fez os preços dispararem e a variedade arábica - dois terços da produção brasileira - alcançou nesta semana seus preços mais altos em dois anos.

O preço superou os 2 dólares a libra em Nova York, enquanto a variedade robusta, que é cotada em Londres, alcançou 2.136 dólares a tonelada, seu valor mais alto em quase um ano.

A escassez coincidirá com um período de expansão da demanda, com um crescimento esperado de 2,4% em 2013, segundo estimativas comunicadas por Mauricio Galindo, chefe de operações da OIC.

Donos de carros de luxo ficam com verba para agricultor


Era para ser um programa assistencial apenas para pequenos agricultores que tiveram perdas com a seca. Mas donos de carros de luxo e políticos também receberam benefício


Empresas perdem produtividade em conflitos de gerações


Estudo revela que um em cada três funcionários admite que sua companhia perde pelo menos 5 horas de trabalho semanais em conflitos entre pessoas de idade diferentes


Ilustração: Cris Vector
Executivo veterano com mãos nos ombros de executivos jovens
Executivo veterano acolhe os mais novos:  91% dos entrevistados dizem que suas companhias empregam funcionários de pelo menos três gerações diferentes

São Paulo -  Discordâncias como a necessidade da Geração Y de revolucionar o mercado e o receio dos mais velhos a mudanças podem não só afetar o clima corporativo, como também comprometer os resultados de uma empresa.  É o que aponta um recente estudo da ASTD Workforce Development, feito em parceria com a VitalSmarts.


Dos 1.348 pesquisados, um em cada três (35,39%) admite que sua companhia gasta pelo menos cinco horas de trabalho por semana em conflitos entre gerações —  o que representa uma perda de produtividade de cerca 12%. 

Outros 54,45% afirmam que as diferenças de ideias entre funcionários de idades diferentes consomem de 1 a 5 horas semanalmente em suas organizações. 

O dado é preocupante já que a maioria esmagadora dos respondentes (91%) dizem que suas companhias empregam funcionários de pelo menos três gerações diferentes. Mas, ao mesmo tempo, 79,99% deles afirmam que suas empresas não têm um programa ou estratégia definidos para lidar com as diferenças de idade da equipe. 

Os problemas de relacionamento são mais comuns entre os funcionários da Geração Y (que abrange indivídous de 13 a 33 anos) e os Baby Boomers (de 49 a 67 anos), segundo a maioria dos entrevistados (45%). O motivo disso é, provavelmente, a maior lacuna entre as idades das duas gerações. Porém, a professora Beatriz Braga, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), alerta que a questão pode ser mais complexa.

 "Geralmente, os mais velhos ocupam posições mais elevadas na empresa e os mais novos são subordinados. Pode sim haver um conflito porque as gerações pensam e querem coisas diferentes do trabalho, mas também pode ser uma questão hierárquica", afirma.


As reclamações


Independente da faixa etária, os pontos que aparecem com mais frequência na lista de queixas de uma geração em relação à outra são a falta de experiência anterior, a resistência e a falta de votade para inovar, a falta de respeito, a falta de disciplina e de foco.

Além dessas, segundo Rodrigo Lolato, diretor da VitalSmarts Brasil, muitas outras reclamações apontadas na pesquisa refletem estereótipos. "Para se defender e não ter que lidar com o problema, as pessoas acabam procurando justificativas como 'o fulano não sabe conversar por casa da idade dele'", exemplifica.

A tendência observada por Lolato é confirmada nos números da pesquisa. Entre os mais velhos, 67% dizem perceber alguma resistência das gerações seguintes em discutir sobre os desafios de convivência. Entre os mais jovens, 63,26% afirmaram notar o mesmo quanto às gerações anteriores.  


O que a empresa pode fazer?


Para proporcionar um diálogo eficiente entre as gerações, a empresa precisa estabelecer uma cultura em que as diferenças sejam valorizadas. De acordo com Beatriz Braga, quem ocupa cargos seniores —  os mais velhos, na maioria dos casos, por causa da experiência —  é que tem o dever de entender os mais novos.

"Os jovens chegam às empresas recém saídos da faculdade e cada companhia tem suas regras próprias, seus valores, seus costumes. É o mais velho (de casa) quem tem que ensinar essas coisas", afirma. 

Segundo a professora, também é função das gerações mais antigas se mostrarem dispostas ao diálogo e servirem de exemplo. "O gestor é quem tem que provar que não é inflexível. Quando há diferenças de propostas (entre as gerações), é ele quem tem que sentar e analisar o que vale a pena porque, em última análise, ele é o responsável pela equipe". 

Instituir um sistema de avaliação de desempenho que reconheça as interações de cada um com o restante da equipe também pode ser uma boa forma de estimular os funcionários a se comunicarem. "Se a empresa só avalia o colaborador com números e metas, não funciona. É interessante ter um indicativo de quanto o executivo cooperou, quanto ajudou outras áreas, o quanto participou de projetos alheios", considera Rodrigo Lolato. 

Esse tipo de informação é possível se obter, por exemplo, com a aplicação do feedback 360º —  aquele em que cada funcionário é avaliado por superiores, pares e subordinados. 

Outro investimento que pode ajudar na hora de engajar gerações diferentes é adotar um ambiente físico sem divisões. "A proximidade entre as pessoas favorece as conversas, a abertura, a transparência, a cooperação", diz Lolato. 


Nem todo conflito é ruim


Ter opiniões diversas dentro de uma empresa é algo essencial para que algumas mudanças aconteçam. Por isso, nem todo conflito entre gerações deve ser visto como um problema. "Discordar de algumas coisas é saudável. O conflito pessoal não é bacana, mas ter pontos de vistas diferentes é muito saudável. O gestor tem que saber aproveitar essas divergências para crescer", diz a Beatriz Braga. 

"É preciso ouvir as opiniões de pessoas de idades diversas. A Geração Y tem a visão do novo, mas não tem maturidade para enxergar o todo como os mais velhos", reforça Lolato. 

'Petróleo foi duplamente culpado pelo déficit na balança', diz José Augusto de Castro


Márcia De Chiara - O Estado de S.Paulo
 
O petróleo foi o responsável pelo resultado negativo da balança comercial. Em fevereiro, o déficit da conta petróleo e derivados foi de US$ 2,477 bilhões e a balança ficou no vermelho em US$ 2,125 bilhões, ressalta o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Ele ficou surpreso com o resultado e atribui o déficit ao acionamento dás usinas termoelétricas. Outra surpresa: o superávit com Argentina, apesar da crise. A seguir, os principais trechos.

O que o sr. achou do resultado da balança de fevereiro?
Esperava um saldo um pouco melhor, isto é, um déficit na balança de US$ 1,5 bilhão a US$ 1,8 bilhão.

Quem foi o responsável por esse resultado ruim?
O petróleo, que foi duplamente culpado: na exportação e na importação. A importação de petróleo está muito alta. A média diária em fevereiro possivelmente foi recorde. Claro, que isso deve ser em decorrência do acionamento das térmicas, o que demandou mais combustível. Também a exportação de petróleo foi muito baixa. Em fevereiro do ano passado, a exportação foi US$ 85,6 milhões, em janeiro deste ano tinha sido US$ 83,1 milhões e em fevereiro deste ano, US$ 81,8 milhões. Também o preço do petróleo caiu muito. Quando se compara com fevereiro de 2013, o preço caiu 9,8% e a quantidade recuou 23,1%. 

O efeito da crise argentina apareceu no resultado?
Apareceu de forma contrária. Em fevereiro, as importações da Argentina caíram 31,1% e as exportações para lá diminuíram 18,7%. Ou seja, importamos muito menos do que exportamos para a Argentina.

Então, a Argentina não foi responsável pelo resultado ruim?
Pelo contrário. No acumulado de janeiro e fevereiro, o Brasil tinha em 2013 um déficit de US$ 15 milhões com a Argentina. E agora em 2014 passou para um superávit de US$ 297 milhões. Isso foi uma surpresa. Se a Argentina tivesse o déficit que todos estavam esperando, inclusive eu, o déficit acumulado do ano seria maior ainda.

A recuperação de preço das commodities indica que o resultado da balança será melhor?
O resultado deverá ser positivo não só pela recuperação dos preços das commodities agrícolas, mas porque março, abril e maio são os principais meses de embarque de soja.

BNDES reforça em R$ 2 bilhões o caixa do Tesouro

Assinatura de contrato com o BID em 19 de março de 2009

Valor corresponde ao pagamento de dividendos do banco à União e deve ajudar a melhorar as contas do governo em fevereiro 


Adriana Fernandes e Renata Veríssimo - Agência Estado
 

BRASÍLIA - Após a frustração com o resultado das contas públicas em janeiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reforçou o caixa do governo federal em R$ 2 bilhões no mês passado com o pagamento de dividendos - a participação da União, como acionista majoritária, no lucro do banco de fomento. O dinheiro vai ajudar a melhorar as contas do governo federal em fevereiro, cujo resultado já está sob a mira de analistas econômicos antes mesmo de ser anunciado.

Defendido pela equipe econômica, uma vez que se trata de uma contribuição tradicional das empresas estatais aos cofres do Tesouro Nacional, o objetivo do reforço do BNDES é assegurar um resultado robusto em fevereiro. O governo vive, nos últimos meses, um cabo de guerra com o mercado sobre a credibilidade da contabilidade pública. 

No ano passado, a economia para pagamento de juros da dívida pública foi a menor desde 2009. Quase 80% do superávit primário de R$ 77,2 bilhões foram obtidos com receitas não recorrentes, como o pagamento do bônus para exploração do campo de Libra, no pré-sal, o refinanciamento de dívidas pelo Refis e os dividendos de estatais. O BNDES, com R$ 6,998 bilhões, foi a empresa pública que mais contribuiu individualmente para a meta. 

Para recuperar a credibilidade, o governo anunciou que buscaria em 2014 um superávit equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), o mesmo valor obtido em 2013. Para atingir o número, informou que deixaria de gastar R$ 44 bilhões previstos no Orçamento. O valor foi recebido com ceticismo, uma vez que inclui despesas obrigatórias, que o governo não pode deixar de fazer. 

Na semana passada, o Tesouro Nacional informou que o superávit primário caiu à metade em janeiro. O principal motivo foi uma explosão de 27,6% nos gastos federais no primeiro mês do ano em despesas represadas para não causar impacto nos dados de dezembro e frustrar a meta do ano passado. 

Lucro. 

O repasse dos dividendos publicado ontem no Diário Oficial foi feito com títulos do Tesouro Nacional que estavam na carteira do banco estatal. A injeção de R$ 2 bilhões representa 24,5% de todo o lucro obtido pelo banco de fomento no passado, quando teve resultado positivo de R$ 8,15 bilhões. 

Em janeiro, o governo não contou com receitas de dividendos, segundo o Tesouro. A autorização para o repasse indica que o governo fez um esforço para conseguir um resultado mais favorável em fevereiro. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, já havia antecipado, na semana passada, que o resultado de fevereiro seria positivo. 

O Tesouro informou que ainda avalia se haverá uma distribuição integral este ano do lucro apurado em 2013. "Teremos que ver no decorrer do ano. Não tem decisão sobre isso", informou o órgão. Mas, com pouco espaço fiscal e uma previsão de R$ 23,9 bilhões de receitas com dividendos para este ano, é pouco provável que o governo dispense o dinheiro do BNDES. Segundo o Tesouro, essa transferência de dividendos em fevereiro já estava na programação do órgão. 

O BNDES, que desde o início da crise já recebeu mais de R$ 324 bilhões em aportes do Tesouro Nacional na forma de títulos da dívida pública, tem sido o principal repassador de dividendos do governo. A equipe econômica ainda não definiu o montante de empréstimos que será feito ao BNDES em 2014.

quinta-feira, 6 de março de 2014

BC indica que deve elevar Selic de novo, apesar de inflação


Banco Central afirmou que é "apropriada" a continuidade dos ajustes na política monetária bem como é preciso seguir "especialmente vigilante"

Patrícia Duarte, da
Dado Galdieri/Bloomberg
Dinheiro: moedas de Real
Dinheiro: aumentaram as apostas de mais uma alta da Selic de 0,25 ponto percentual em abril, quando o BC de reúne novamente

São Paulo - A inflação, mesmo com os recentes sinais de arrefecimento, continua mostrando resistência e "ligeiramente acima" do esperado e, deste modo, o Banco Central afirmou que é "apropriada" a continuidade dos ajustes na política monetária bem como é preciso seguir "especialmente vigilante", indicando nova alta na taxa básica de juros.

A avaliação foi feita por meio da ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária, divulgada nesta quinta-feira. Apesar de o Copom ter optado por desacelerar o ritmo de alta da Selic, a ata deste encontro tem muitas semelhanças com o documento anterior, de janeiro.

"Não obstante moderação observada na margem, a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos doze meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência, que, a propósito, tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se antecipava", trouxe a ata divulgada nesta manhã. Na anterior, o BC não mencionava esse arrefecimento nos preços.

"Dessa forma, o Copom entende ser apropriada a continuidade do ajuste das condições monetárias ora em curso." O BC reduziu o ritmo de aperto monetário na semana passada, ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 10,75 por cento ao ano. Nas seis decisões anteriores, havia optado por aumentos de 0,5 ponto da Selic. O atual ciclo de aperto monetário começou em abril passado, quando a taxa básica de juros estava na mínima histórica de 7,25 por cento.

"Não vi nenhuma sinalização de parar (o ciclo de aperto monetário)... A ata veio muito parecida com a anterior", afirmou o economista-chefe do banco J. Safra e ex-secretário do Tesouro, Carlos Kawall, para quem a Selic será elevada em mais 0,25 ponto em abril e depois novamente em dezembro, com mais uma alta de 0,50 ponto, para encerrar o ano a 11,50 por cento.

No mercado de juros futuros, após a divulgação da ata, aumentaram as apostas de mais uma alta da Selic de 0,25 ponto percentual em abril, quando o BC de reúne novamente. Na véspera, elas estavam em 60 por cento, por volta das 11h, passavam a 80 por cento. O restante esperava manutenção da taxa.

O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, acumulava alta de 5,65 por cento em 12 meses até fevereiro. A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Pela ata, o BC informou também que suas projeções de inflação continuaram acima do centro da meta do governo, mas fez alguns ajustes, sem mostrar os números efetivamente. Para 2014, no cenário de referência, a conta se manteve "relativamente estável" e, para 2015, ela foi reduzida.

Ainda de acordo com a ata, o Copom manteve a projeção de estabilidade nos preços da gasolina em 2014, assim como a perspectiva de reajuste de 7,5 por cento na tarifa residencial de eletricidade.

Segundo a ata, o BC também voltou a defender que "a política monetária deve se manter especialmente vigilante", mas também ponderou que "os efeitos das ações de política monetária sobre a inflação são cumulativos e se manifestam com defasagens". Na ata anterior, neste trecho, ele não fazia menção aos efeitos "cumulativos". 

Tensão 

O BC também voltou a informar que os riscos para a estabilidade financeira global continuam "elevados", mesmo vendo baixa probabilidade de ocorrerem eventos extremos, mantendo as perspectivas de atividade global "mais intensa ao longo do horizonte relevante para a política monetária".

O BC também destacou que as perspectivas indicam moderação na dinâmica dos preços de commodities nos mercados internacionais, "bem como que, nos mercados de moeda, há evidências de tensão e de volatilidade".

O BC também voltou a afirmar que a política fiscal do governo, "no horizonte relevante para a política monetária", pode se deslocar para a neutralidade. No mês passado, o governo anunciou a nova meta de superávit primário deste ano, a fim de tentar resgatar a confiança dos agentes econômicos.

O Copom também voltou a afirmar que seu cenário central inclui expansão moderada do crédito e considera "oportunas" as ações para moderar os subsídios nas operações de crédito.

"A ata de hoje trouxe apenas pequenas alterações. Embora não seja um compromisso firme de elevar novamente, a ata claramente deixa a porta aberta para outra elevação em abril", afirmou o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos, ressaltando que a inflação projetada pelo BC permanece acima da meta até o final de 2015.

Nesta ata, o BC passou a retirar a parte "Sumário dos Dados Analisados pelo Copom", por considerá-la uma redundância das informações.