terça-feira, 26 de maio de 2015

Imposto sobre fortunas foi barrado por Levy, diz Folha



Valter Campanato/ABr
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: em outras ocasiões, o ministro já havia pedido para que o Congresso não criasse novas despesas


São Paulo - O Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) estava entre as medidas preparadas pelo ex-ministro Guido Mantega para depois das eleições, mas foi barrado por Joaquim Levy por ser considerado ineficiente, diz reportagem do jornal Folha de São Paulo desta terça-feira.

Um estudo feito pelo Senado a pedido da senadora Gleisi Hoffman calculou o efeito de uma alíquota de 1,5% sobre 221 mil contribuintes (o 0,2% mais rico da população) que detinham em 2013 mais de US$ 1 milhão, segundo o Credit Suisse.

Com isso, chegaria-se a uma arrecadação de R$ 10 bilhões, que cairia para algo em torno de R$ 6 bilhões por causa de fatores como transferência de ativos para o exterior e imóveis declarados abaixo do mercado.

O IGF está na Constituição de 1988 mas nunca foi regulamentado. Todos os países da Europa ocidental (com exceção de Portugal, Reino Unido e Bélgica) e países latinos como Argentina e Colômbia já o adotaram.
Em fevereiro, o ministro Joaquim Levy disse que “a taxação estática de grandes fortunas não arrecada muito e não tem muita vantagem. O principal instrumento de tributação é a renda”.

Ele também disse que existem outras alternativas e "numerosas combinações e possibilidades que não se restringem ao Imposto sobre Grandes Fortunas”.

Já em março, o ministro encontrou com senadores da base aliada e discutiu a criação de um imposto federal para taxar a renda dos contribuintes obtida por meio de doações e heranças e outros tipos de transferências que não envolvam a venda de ativos, de acordo com a Agência Estado

O PT demonstra desconforto com os cortes que o governo promove como parte do ajuste fiscal e tem pressionado por medidas de aumento de arrecadação que atinjam "o andar de cima". 

Na semana passada, uma Medida Provisória elevou o imposto sobre lucros de bancos de 15% para 20%. Nesta semana, o vice-presidente e atual coordenador político do governo pediu para a presidente Dilma Rousseff para que a base fosse disciplinada em favor das medidas de ajuste.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Caso de gerente com cliente pode custar US$ 400 mi a banco



Stephen Chernin/Getty Images
Logo da Morgan Stanley na sede do banco em Nova York, Estados Unidos
Morgan Stanley: ação foi movida pela viúva de um empresário multimilionário, falecido desde 2012
 
 
 
São Paulo – O banco de investimento Morgan Stanley corre o risco de levar uma pesada multa se perder uma ação movida contra o banco pela viúva de um cliente multimilionário.

Lynnda Speer foi casada com Roy Speer, co-fundador da uma grande varejista de eletrônicos, a Home Shopping Network, até ele falecer, em 2012.

O fato é que ela acusa a gerente de fortunas do banco, a executiva Ami Forte, de realizar milhares de transações não autorizadas na conta de seu marido.

As operações teriam gerado um desvio de 40 milhões de dólares e teriam sido feitas de 2007 até depois da morte de Roy.

Para agravar ainda mais a situação, a gerente e o empresário estariam tendo um caso desde 1998 e testemunhas poderiam endossar isso.


Pior que o esperado


O banco acredita que a ação movida pela viúva possa lhe render uma multa um pouco menor, de apenas 170 milhões de dólares.

Porém, o caso tende a ser agravado por mais um detalhe: perto do fim, Roy estava com a saúde debilitada.

Por uma lei de amparo ao idoso da Flórida, o banco não poderia seguir administrando os bens de uma pessoa com frágil saúde mental e física.

"Durante os últimos anos de sua vida, Roy Speer sofria de capacidade mental diminuída e graves enfermidades físicas", disse ao Business Insider um dos advogados que representa a viúva. “Ele estava de cadeira de rodas, usava fralda e não poderia dirigir."

Ami Forte teria cuidado da fortuna multimilionária de Roy por anos. Mas a preocupação também é de como o caso pode abalar sua reputação.

Ela é uma das poucas executivas mulheres participantes do comitê de conselheiros de riquezas do Morgan Stanley e está no grupo desde 2001, graças ao seu prestígio profissional.

Ministério do Turismo pede isenção de visto para americanos


Kat/Flickr/CreativeCommons
Passaporte dos Estados Unidos
Ministro das Relações Exteriores diz que não existe nenhuma dificuldade ideológica para atender ao pedido, mas ressaltou que a política de reciprocidade nacional deve ser respeitada
 
Da EFE


Brasília - O Ministério do Turismo defende a isenção de vistos para os norte-americanos que visitarão o país entre junho de 2015 e dezembro de 2016, principalmente para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro do próximo ano, segundo um pedido enviado à Chancelaria, informou nesta sexta-feira a pasta turística.

O pedido que pretende favorecer os visitantes dos Estados Unidos, Canadá e México foi formalizado na quinta-feira em um documento entregue ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, segundo um comunicado do Ministério do Turismo.

"A barreira dos vistos, em um país que se prepara para receber um dos maiores eventos esportivos do mundo em 2016, representa uma demanda contida, com ingressos reduzidos", disse na nota de imprensa o ministro de Turismo, Henrique Alves.

Segundo Alves, "a decisão, seguramente, vai contribuir para a redução do déficit do Turismo, que em 2014 foi de US$ 18,6 bilhões".

O Brasil ocupa a 91ª posição no ranking de Abertura Internacional do Fórum Econômico Mundial, que conta com 141 países, mas quando é avaliada a porcentagem da população mundial que necessita de visto para entrar no gigante sul-americano, cai para a 102ª colocação da lista.

O ministro destacou a importância do pedido e afirmou que essa é uma estratégia para aumentar o fluxo de estrangeiros e a entrada de divisas para o Brasil, que deve seguir a tendência internacional de outros 50 países, que mudaram sua política de vistos para os cidadãos de outras 30 nações entre 2010 e 2014.

A solicitação é sustentada na experiência durante a Copa do Mundo de 2014, quando um milhão de estrangeiros visitaram o país e cerca de 100 mil vistos 'especiais' foram emitidos para o período, e que pode ser aplicada de maneira similar nos Jogos Olímpicos previstos para entre 5 e 21 de agosto de 2016.

A América do Norte representa o segundo mercado emissor de turistas para o Brasil, com um perfil de despesas de US$ 1.427 -o maior entre os visitantes estrangeiros- durante uma estadia de 20 dias, também a maior na média.

"Durante o mundial de futebol, os estrangeiros gastaram US$ 1,4 bilhão desde o começo de junho até 23 de julho -uma semana antes e outra depois do torneio-, um valor recorde", destacou o Ministério.

Para o chanceler Vieira não existe nenhuma dificuldade ideológica para atender ao pedido, mas ressaltou que a política de reciprocidade nacional deve ser respeitada e, nesse sentido, o Brasil administra com os Estados Unidos, por exemplo, a isenção de vistos para os cidadãos que viajarem para essa nação americana.

"Temos acordos de isenção com 82 países, mas necessitamos seguir a lei e as políticas vigentes no país", assinalou o chefe da diplomacia brasileira.


Por que homens confiam mais que mulheres na busca de emprego


Ingram Publishing/Thinkstock
Homem em escritório
Homem em escritório: eles também foram mais propensos a dizer que a faculdade os preparou bem e que seu primeiro emprego seria bem pago
 
Akane Otani, da Bloomberg


Na hora de procurarem seu primeiro emprego depois da faculdade, homens levam uma clara vantagem sobre mulheres: eles se sentem mais seguros de que terão sucesso, e uma maior proporção deles espera um bom salário, mostram novos dados.

Apenas 16 por cento das universitárias disseram ter “confiança absoluta” em conseguir um emprego depois de se formar, frente a 27 por cento dos universitários, segundo o motor de busca de emprego Monster, que consultou 1.500 adultos em abril.

Os homens não somente foram mais propensos a se sentir melhor em relação à possibilidade de arrumar emprego.

Eles também foram mais propensos a dizer que a faculdade os preparou bem para sua carreira e que seu primeiro emprego seria bem pago: 48 por cento deles esperavam ganhar mais de US$ 50.000 por ano no seu primeiro emprego, crença compartilhada por apenas 33 por cento das mulheres, concluiu a pesquisa.
 

Sugestões


A pesquisa pode estar baseada em uma amostra relativamente pequena, mas enfatiza investigações anteriores que sugeriram que homens tendem a ter mais confiança e assertividade em relação às suas capacidades do que as mulheres.

Em uma famosa revisão interna, a Hewlett-Packard concluiu que seus funcionários eram mais propensos a solicitarem promoções quando acreditavam que reuniam 60 por cento das qualificações listadas, ao passo que suas funcionárias se abstinham de se candidatar a menos que achassem que tinham 100 por cento das qualificações.

Outros estudos sugeriram que mulheres podem negociar menos do que homens e experimentam mais ansiedade quando estão negociando.

Uma conclusão comum de tais pesquisas é que as mulheres precisam ser mais enérgicas e se defender mais. Outros, no entanto, dizem que apontar para as mulheres por não serem suficientemente audazes é não entender a ideia.

“Isto não é um problema de confiança das mulheres. Na verdade, nem sequer se trata delas”, diz Anna Beninger, diretora de pesquisa da Catalyst, uma organização sem fins de lucro que defende o avanço das mulheres no trabalho.

“Trata-se mesmo dos desafios substanciais enfrentados pelas mulheres em um patamar organizacional”.


Apoio


Vários estudos apoiam o ponto de vista de Benninger.
No ano passado, analisamos dados da Bloomberg e descobrimos que mesmo com níveis similares de experiência e formação, as mulheres com MBA recebem salários mais baixos do que os homens.

Mulheres também têm mais dificuldades do que homens para achar um patrocinador, uma figura fundamental que possa atuar como defensor delas no local de trabalho; nem homens nem mulheres gostam delas como chefes; e são penalizadas com maior frequência por tentarem negociar a compensação.

Em outras palavras, a “falta de confiança” exibida pelas mulheres poderia ser um realismo frio, não um traço inerente do seu caráter.

O Brasil está mal com Joaquim Levy. Mas estaria pior sem ele




Ueslei Marcelino/Reuters
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy
Tarefa ingrata: o ministro Levy tem de dar duro para desmontar, peça por peça, tudo o que foi feito nos últimos anos
 
 
 
São Paulo - O ministro Joaquim Levy, autoridade principal da economia brasileira, não tem uma política econômica para o Brasil. Aliás, não se espera mesmo que tenha — e, se tivesse, o governo do qual faz parte não permitiria que ela fosse aplicada. O que o ministro tem é uma lista de tarefas sérias a executar, todas urgentes e possivelmente indispensáveis.

Sabe-se que está fazendo o máximo de esforço para cumpri-las, mas seu horizonte fica por aí — tudo o que Levy faz e tem feito desde que assumiu o Ministério da Fazenda deste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff é uma tentativa de frear a disparada do país rumo ao desastre.

Trata-se de carpintaria pesada, quando se leva em conta que todos os problemas imediatos da área econômica foram construídos pelo próprio governo ao longo dos últimos oito anos, peça por peça, com uma bateria permanente de medidas taticamente ineptas, estrategicamente tolas e administrativamente amadoras.

O trabalho de Levy, como se vê, não é construir — é desmanchar. Seria mais simples se tivesse de “desconstruir”, como se diz, a obra de um governo anterior. No caso, ele tem de “desconstruir” a pré-ruína econômica construída pela presidente que o nomeou, por seu patrono e antecessor, o ex-presidente Lula, e pelo partido de ambos. Que Deus ajude o ministro Levy nessa tarefa ingrata.

O Brasil vive no momento uma situação curiosa: para ficar a favor do que o governo precisa fazer no presente, trabalho que consiste basicamente em tirar as contas públicas do caos, o ministro da Fazenda tem de ficar contra o que esse mesmo governo fez no passado. Ou, mais exatamente, o que vinha fazendo até outro dia, quando as regras mais elementares da gestão econômica foram abandonadas em troca de índices de popularidade e exigências de marketing eleitoral.

Além disso, Levy tem de ficar descobrindo o tempo todo meios e modos de alterar a conduta de um governo economicamente neurastênico: quer que ele dê um jeito nos problemas indiscutíveis que estão aí, mas não admite que tenha tomado uma única decisão errada até hoje.

Exige mudanças, porque precisa mostrar resultados “já”, mas proíbe o ministro de dizer que está mudando seja lá o que for. Para completar esses infortúnios, seus maiores inimigos estão dentro do próprio governo, de seu partido e de toda a constelação de CUTs, MSTs e similares que vivem da máquina pública — sem contar empreiteiras, empresários dependentes do BNDES, devedores em busca de leniência e outros tantos adversários intransigentes do Tesouro Nacional.

Contra isso tudo, Levy conta com uma única peça de artilharia — Dilma, Lula, o PT e o resto do sistema não têm ninguém para colocar em seu lugar nem sombra de uma política alternativa para a área econômica. Podem não gostar do que ele está tentando fazer, mas precisam desesperadamente dos resultados que pode dar. Ruim com Levy? Talvez. Pior sem ele? Com certeza.

Após 12 anos e meio de governo petista, a soma final das esperanças possíveis do Brasil de 2015 ficou reduzida a isto: o melhor que temos pela frente, hoje, é a perspectiva de que as coisas não piorem.

Estará de bom tamanho se o governo continuar obrigado a manter o ministro Levy no cargo ­— ele certamente não pretende enfiar o país em novas aventuras fracassadas e pode até desfazer o grosso da situação de deboche que a presidente Dilma e seu entorno criaram nas finanças do Estado.

Será um alívio se os brasileiros forem poupados de novos experimentos econômicos que nem o Professor Pardal teria vontade de testar. Crescimento zero em 2015, como diziam antigamente os locutores de futebol, vai ser considerado “empate com sabor de vitória”.

Teremos repetido, nesse caso, o resultado de 2014, e o atual governo — o segundo pior de toda a história econômica da República, logo após o do presidente Floriano Peixoto — terá dado um passo importante para segurar essa vice-liderança; a outra opção é superar o marechal e levar o título de pior de todos. Fica, Levy.

BTG Pactual e P2 concluem venda da LAP para SunEdison



Rafa Rivas/AFP
Energia eólica
Energia eólica: a capacidade instalada da LAP deve chegar a 330 megawatts no fim de 2016
 
Da REUTERS


São Paulo - O BTG Pactual, o fundo de infraestrutura P2 e a GMR oficializam nesta quinta-feira a venda conjunta de 100 por cento da empresa de energia renovável Latin America Power (LAP) para o grupo norte-americano SunEdison por valor não revelado.

A venda acontece quase três anos após o BTG Pactual e o P2Brasil, fundo de infraestrutura que tem Pátria Investimentos e Promon como sócios, terem investido juntos 450 milhões de dólares para ficarem com 43,8 por cento cada da LAP. O restante ficou com a GMR.

A capacidade instalada da LAP, que opera pequenas centrais hidreletricas e usinas eólicas no Chile e no Peru, deve chegar a 330 megawatts no fim de 2016. A expectativa é que a companhia coloque em operação outros 660 MW nos próximos cinco anos.

Segundo executivos do BTG e do P2, o objetivo inicial era que o desinvestimento fosse feito entre 2017 e 2018, mas a busca de investidores internacionais por projetos que rendem bons dividendos fez ambas as casas anteciparem o ciclo.

"Foi um valor significativamente acima do que esperávamos", disse à Reuters o sócio de Investimentos em Infraestrutura do BTG Pactual, Renato Mazzola, sobre a venda. A SunEdison vai realizar a compra por meio da Terraform Global, subsidiária criada para operar ativos de energia fora de Estados Unidos e Canadá. A empresa pediu no início do mês autorização para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e recebeu injeção de 1,6 bilhão de reais em ativos da 
Renova Energia.

A operação acontece num momento em que países como Peru, Chile, Colômbia e México ganham maior atenção dos investidores internacionais interessados em ativos na América Latina, em detrimento do Brasil.

Segundo André Sales, sócio do fundo P2, o ambiente de negócios contribuiu para atrair estrangeiros para a LAP.

De parte do BTG Pactual, essa é a segunda transação anunciada pelo grupo comandado por André Esteves em menos de um mês. No fim de abril, a companhia informou que o grupo de private equity Carlyle investiu 600 milhões de dólares para ficar com 8 por cento do capital da rede hospitalar Rede D’or São Luiz, no qual o BTG é um dos sócios.

Na LAP, o investimento do BTG foi feito por meio do fundo de infraestrutura II, no qual a fatia de recursos próprios do banco é de cerca de 20 por cento.

Vinci vende fatia na Equatorial por R$ 700 milhões



Agência Brasil
Dinheiro
Dinheiro: a transação iniciou com valores das ações a R$ 32 e encerrou o leilão a R$ 33,91
 
Mônica Scaramuzzo, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O Fundo de Investimento em Participações (FIP) PCP, gerido pela Vinci Capital Gestora de Recursos, vendeu nesta quarta-feira, 20, em leilão na Bolsa toda a participação que detinha na concessionária Equatorial Energia, por cerca de R$ 700 milhões, ou cerca de 10,5% das ações da companhia, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

O FIP PCP, que reúne recursos de ex-sócios do Banco Pactual, já tinha vendido em leilão, no fim de fevereiro, 10% dos papéis da empresa, levantando cerca de R$ 520 milhões.

O fundo era, até fevereiro, o maior acionista individual da companhia, que controla as distribuidoras Cemar, do Maranhão, e Celpa, do Pará.

Com o leilão realizado em Bolsa naquele mês, a gestora de recursos Squadra tornou-se a maior sócia individual da concessionária de energia, com cerca de 20% de participação. A Squadra já era acionista da companhia desde 2008.

Na operação realizada hoje, a transação iniciou com valores das ações a R$ 32 e encerrou o leilão a R$ 33,91. De acordo com fontes de mercado, investidores nacionais e estrangeiros compraram os papéis. “

O apetite demonstra uma mudança de visão dos investidores, que já estão olhando o mercado de outra maneira”, afirmou uma fonte.

No dia 24 de fevereiro, quando o FIP PCP fez a primeira operação os papéis começaram ofertados a R$ 25,50, encerrando o leilão a R$ 26,50.

A venda foi realizada por meio da corretora do BTG. Procurado, o banco não quis comentar.

No primeiro leilão, a corretora previa vender 3% das ações, mas acabou concretizando a venda de 10% dos papéis que estavam nas mãos do FIP - até então, dono de 22% da empresa.

Em 12 meses, as ações da empresa acumulam valorização de 56% e o valor da companhia está em quase R$ 6,7 bilhões.


Reestruturação


A Equatorial era considerada uma das piores companhias do setor de energia em 2004, quando foi adquirida à época pela GP Investments.

Um ano depois, o FIP PCP, gerido por ex-acionistas do banco Pactual, comprou participação no negócio e, em 2006, a companhia passou a ter seus papéis negociados em Bolsa.

Em 2007, em meio ao plano de reestruturação da companhia, a gestora GP saiu do negócio. A reestruturação da empresa foi feita com base em disciplina financeira e de gestão, que envolveu pesados cortes.

A empresa encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 85 milhões, alta de 484% ante o mesmo período do ano passado, quando totalizou R$ 15 milhões. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.