sexta-feira, 29 de maio de 2015

Sua empresa já conhece as novas regras para concessão do seguro-desemprego válidas desde 28.02.2015?





seguro-desemprego

Sua empresa já conhece as novas regras para concessão do seguro-desemprego válidas desde 28.02.2015? Consulte nossas dicas.

O programa do seguro-desemprego tem, como uma de suas finalidades, a de prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa.

Observar que, desde 28.02.2015, com o início de vigência da Medida Provisória nº 665/2014, ficou determinado que o trabalhador terá direito de receber o seguro-desemprego no caso de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, desde que comprove, ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, relativos a:
  • a) pelo menos 18 meses nos últimos 24 meses imediatamente anteriores à data da dispensa, quando da 1ª solicitação;
  • b) pelo menos 12 nos últimos 16 meses imediatamente anteriores à data da dispensa, quando da 2ª solicitação; e
  • c) cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data da dispensa, quando das demais solicitações.
Também ficou estabelecido, na mencionada Medida Provisória, que o benefício do seguro-desemprego:
  • a) será concedido ao trabalhador desempregado por um período máximo variável de 3 a 5 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo, cuja duração, a partir da 3ª solicitação, será definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat);
  • b) poderá ser retomado a cada novo período aquisitivo, satisfeitas as condições previstas na legislação do seguro-desemprego.
O período máximo de 3 a 5 meses mencionado na letra “a” do parágrafo anterior observará a relação entre o número de parcelas mensais do benefício do seguro-desemprego e o tempo de serviço do trabalhador nos 36 meses que antecederem a data de dispensa que originou o requerimento do seguro-desemprego, vedado o cômputo de vínculos empregatícios utilizados em períodos aquisitivos anteriores.

Assim, a quantidade de parcelas do seguro-desemprego ficou distribuída da seguinte forma:
– para a primeira solicitação:

a) 04 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 18 e no máximo 23 três meses, no período de referência; ou
b) 05 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 24 meses, no período de referência;

para a segunda solicitação:

a) 04 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses, no período de referência; ou
b) 05 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 24 meses, no período de referência; e

– a partir da terceira solicitação:

a) 03 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 06 meses e no máximo 11 meses, no período de referência;
b) 04 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses, no período de referência; ou
c) 05 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 24, no período de referência.

Fonte: IOB – Orientador Trabalhista

Quem é Loretta Lynch, a secretária de Justiça que escancarou a corrupção na Fifa

Credito: AP




Lynch é a primeira mulher negra a ocupar o cargo de secretária de Justiça

"Ninguém é grande demais para a cadeia. Ninguém está acima da lei."

Pouco mais de um mês após pronunciar essas palavras ao ser nomeada secretária de Justiça dos Estados Unidos, Loretta Lynch - a primeira mulher negra no cargo - coordenou a operação que prendeu oito cartolas da Fifa e foi considerada o maior escândalo da história do futebol.

Filha de um pastor protestante, Lynch nasceu quando as leis de segregação racial ainda eram vigentes nos Estados Unidos, formou-se em Direito em Harvard e ocupa hoje o principal cargo do Departamento de Justiça americano.

Ela atuava como procuradora-chefe federal no Brooklyn antes da promoção. Segundo o New York Times, Lynch supervisionou as investigações desde o início.

A decisão de dar o "ok" para a operação ir em frente e de pedir à polícia suíça que executasse as prisões foi dela.

Lynch dá entrevista sobre operação que prendeu cartolas da Fifa
Oito dirigentes da Fifa foram presos na quarta-feira - entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Lynch nasceu na Carolina do Norte em 1959. À época, os negros dos Estados do sul dos EUA ainda era submetidos a leis de segregação entre brancos e negros.

Apesar disso, seu pai, o reverendo Lorenzo Lynch, um pastor protestante, acreditava que a lei poderia ser uma força para a mudança. E, quando a futura secretária de Justiça era pequena, ele costumava levá-la aos tribunais locais.

"Quando eu era criança, as pessoas nos diziam para ficar longe dos tribunais", disse Lorenzo à BBC. "Mas eu achava que era uma instituição positiva, e queria que ela tivesse uma visão diferente", completou.

As leis de segregação foram derrubadas no meio dos anos 1960, mas o racismo permaneceu.

A mãe de Lynch, Lorine, lembra que as professoras da filha tinham dificuldade em aceitar sua inteligência.

Lynch foi nomeada em momento de tensão racial nos EUA
Quando ela estava na 2ª série - tinha 7 ou 8 anos - ela teve que fazer uma prova outra vez porque tinha ido bem demais na primeira.

"As professoras acharam que algo estava errado, porque ela era afroamericana e os alunos brancos tinham tirado notas mais baixas", disse Lorine à BBC.

Na segunda prova, ela tirou uma nota maior ainda.

Carreira


Nada disso afetou as aspirações de Lynch. Durante toda a infância, ela sonhava em estudar em Harvard, onde estudou Literatura Inglesa antes de fazer Direito.

Ela levou a sério a universidade. "Na faculdade, as pessoas costumam usar jeans, roupas despojadas, mas eu não lembro de uma vez em que Loretta estivesse desarrumada. Eu costumava implicar com ela perguntando se ela não tinha nenhuma roupa de brincar", conta a advogada Karen Freeman-Wilson, que estudou com ela.

Trigêmeas


Os escritórios de advocacia de Nova York ainda eram muito masculinos e muito brancos quando ela começou a trabalhar no Cahill Gordon and Reindel, no meio dos anos 1980.

Havia outras duas mulheres negras entre os associados e elas mesmas se referiam a elas como "as trigêmeas" - porque as recepcionistas do local, apesar de saber o nome de todos os 250 homens, não conseguiam diferenciá-las.

Lynch foi indicada por Obama em novembro, mas Senado só aprovou indicação em abril
Seu primeiro grande caso - em 1999, pouco depois de ser nomeada pelo então presidente Bill Clinton para a procuradoria do Distrito Leste de Nova York - lembra os que provocaram protestos recentemente nos EUA.

O haitiano Abner Louim foi preso após uma briga fora de uma boate e acusado de bater em um policial.
A polícia depois admitiu que a acusação era falsa e que Louim foi espancado.

 

Calma sob pressão


Durante o julgamento, um dos policiais envolvidos alegou que namorava uma negra e que isso mostraria ser pouco provável que ele tivesse violado os direitos de um negro.

Alan Vinegrad, que trabalhou com Lynch no caso, diz que ela acusou o agente de "se esconder atrás da cor da pele de sua namorada".

Foi ousado, mas feito de um jeito "calmo e comedido", segundo ele.
Ao longo da carreira, ela esteve envolvida em processos contra terroristas e mafiosos, além de políticos acusado de corrupção - dos dois partidos dos EUA -, policiais que cometeram abusos contra prisioneiros e bancos acusados de fraude.

Cartolas da Fifa foram presos nesta quarta-feira
A capacidade de Lynch de se manter calma foi um dos pontos altos durante o longo processo de aprovação no Senado - ela foi indicada pelo presidente Barack Obama em novembro, mas sua nomeação só foi aprovada pelo Senado em abril. A demora teve relação com uma briga partidária - mas a Casa também foi acusada de racismo.

"Muitos de nós olhamos o tratamento que ela recebeu e não nos sentimos bem, não sentimos que estava sendo justo", disse a amiga Karen Freeman-Wilson.

"Mas a reação dela foi 'Tudo bem, vamos manter nossa cabeça e olhos no prêmio'", completa.

 

Fifa


Nesta quarta-feira, exatamente um mês após assumir o cargo, Lynch ganhou as manchetes de todo o mundo com a prisões dos dirigentes da Fifa.

"O indiciamento sugere que a corrupção é desenfreada, sistêmica e tem raízes profundas tanto no exterior como aqui nos Estados Unidos”, disse ela.

"Essa corrupção começou há pelo menos duas gerações de executivos do futebol que, supostamente, abusaram de suas posições de confiança para obter milhões de dólares em subornos e propina."

O esquema, segundo ela, prejudicou profundamente uma vasta gama de vítimas, de ligas jovens de futebol a países em desenvolvimento que deveriam se beneficiar dos recursos gerados pelo esporte.

"As ações de hoje (quarta-feira) deixam claro que o Departamento de Justiça pretende acabar com qualquer prática de corrupção, acabar com as más condutas e trazer malfeitores à Justiça", disse Lynch, acrescentando que quer trabalhar em conjunto com outros países para alcançar este objetivo.

Ídolos mortos de Hollywood poderão estrelar novos filmes?


Para críticos, ideia de 'ressucitar' estrelas como Marilyn Monroe é sedutora para Hollywood
Lançado em abril, Velozes e Furiosos 7 já é o filme com quarto maior faturamento da história em todo o mundo. Mas há quem diga que a produção não é apenas um sucesso extraordinário mas também uma prévia de uma revolução que está prestes a tomar a indústria do cinema.

Quando o ator Paul Walker morreu em um acidente de carro, em novembro de 2013, ele ainda não tinha terminado o filme. Mas com o uso de uma tecnologia de substituição do rosto, ele pode ser incluído nas cenas que ainda teria para rodar: seus irmãos Caleb e Cody fizeram as filmagens e o rosto do ator foi superposto digitalmente ao corpo dos rapazes.

Alguns futuristas de Hollywood preveem que, com a experiência, estamos a apenas um passo de trazer astros e estrelas já mortos de volta às telas, através de efeitos especiais – não apenas em algumas cenas, mas em filmes inteiros.

Imagine uma nova produção "estrelada" por Marilyn Monroe ou Cary Grant.

Futuro distante

Técnica de substituição digital de rosto permitiu conclusão de 'Velozes e Furiosos 7'
Ainda assim, criar uma cópia digital de um ator para protagonizar uma fita ainda é um objetivo distante.

A mecânica de gerar uma performance totalmente por computadores é simplesmente algo que consome tempo demais dos cineastas. "Elaborar criaturas e substituições faciais digitais consome tempo e trabalho de seres humanos de carne e osso", define Andrew Whitehurst, supervisor de efeitos visuais no filme de ficção científica Ex Machina.

"O problema não é que os computadores não sejam rápidos o suficiente. Mas sim que existe um elemento psicológico em um personagem que você precisa entender para poder fazer a atuação – e eu não vejo isso no horizonte", afirma Whitehurst.

Ex Machina combina movimentos humanos com efeitos gerados por computador em uma femme fatale da inteligência artificial chamada Ava. Interpretada por Alicia Vikander, a personagem tem um corpo artificial com partes parcialmente transparentes – um visual impressionante que foi resultado de um trabalho árduo.

"A movimentação de Ava é feita pela atuação de Alicia, mas a mecânica do robô é algo que tivemos que criar do nada", conta o técnico.

Para Whitehurst, o ator totalmente digital, inventado ou baseado em alguma estrela do passado, é uma proposta muito mais difícil do que o hype que ronda a ideia.

Ideia sedutora

Robô de 'Ex Machina' precisou dos movimentos da atriz Alicia Vikander
Já a crítica de cinema Alison Willmore, do site Buzzfeed, acredita que a ideia é potencialmente sedutora demais para que Hollywood desista dela. "O ator sintético não dá chiliques no meio de seu contrato sintético", brinca. "Ele é o melhor de todos os atores. E, por mais que pareça algo de filmes sombrios e futuristas, não acho loucura que Hollywood e a indústria da música tenham vontade de criar o artista digital, seja ele uma criatura nova ou um ‘fantasma’ do passado."

Nos últimos anos, assistimos a performances, feitas por holografia, de Elvis Presley e Michael Jackson em programas de TV, shows e premiações. A maior parte do público, no entanto, disse preferir a experiência com cantores de carne e osso.

A recepção morna diminuiu o interesse de Hollywood em explorar mais a tecnologia – principalmente se levado em consideração o quanto essas tentativas são caras, tomam tempo e dependem de tecnologia analógica.

Pergunte a Eric Barba, diretor de criação da empresa de efeitos especiais Digital Domain, que recebeu a encomenda de reverter os efeitos do tempo para o filme Tron – O Legado e criar um Jeff Bridges de 32 anos – o ator tinha 60 na época da produção.

O primeiro passo foi fazer um molde de gesso do rosto de Bridges.

"Assistimos a alguns filmes de Bridges mais jovem para encontrar a versão jovem que os produtores queriam", conta Barba. "Foi dali que conseguimos esculpir a imagem dele." Mas era essencial ter um modelo vivo para fazer os movimentos – e o próprio Bridges fez isso.


O passado no futuro

Em 'Tron - O Legado', Jeff Bridges, aos 60 anos, contracena com versão jovem sua
Mas Barba ri da ideia de que um dia poderemos colocar negativos e imagens em um computador para criar um James Dean digital. "Imagens em movimento em geral vêm de uma única perspectiva – e não de várias perspectivas ao mesmo tempo. Fora que elas podem ter sido filmadas com lentes diferentes. Não é possível digitalizar uma imagem para criar outra. Isso é fantasia", decreta.

A variedade de cenas que poderiam ser feitas com atores totalmente digitais também é restrita. "A substituição do rosto funciona bem a sequências de ação. Mas assim que quisermos colocar um pouco de diálogo, fica muito mais difícil", explica Whitehurst.

Para criar uma versão virtual do jovem Laurence Olivier na pele de Ricardo 3º, seria mais fácil colocá-lo em uma cena de duelo do que recitando um monólogo.

"Essa sutileza da atuação humana e do movimento humano torna tudo muito, muito mais difícil de reproduzir", diz o técnico. "Criar um humano digital não é a mesma coisa que tentar simular um oceano, onde você pode encher o computador de dados e tudo sai quase perfeito. O rosto de um ator em ação é uma iniciativa muito mais artística."

Mas a regra que reina em Hollywood é: se algo prometer dar lucro, nada parece impossível. "Não quer dizer que nunca vai acontecer. Mas não será algo para o futuro próximo", arrisca Whitehurst.

Por enquanto, a melhor maneira de criar uma atuação digital é filmando e escaneando atores de carne e osso. E, mesmo quando intérpretes virtuais estiverem no horizonte, Whitehurst acredita que os efeitos visuais não conseguirão recriar a mágica mais viva de Hollywood: a fama e tudo o que vem dela.


José Maria Marin está entre dirigentes da Fifa presos na Suíça

Hotel em Zurique (AP)






O início da operação ocorreu sem alarde: os policiais pegaram a chave dos quartos dos suspeitos na recepção do hotel Baur au Lac e os prenderam

O vice-presidente da CBF, José Maria Marin, e outros seis dirigentes da Fifa foram presos na manhã desta quarta-feira em um hotel em Zurique, na Suíça, sob acusações de corrupção.

A polícia suíça efetuou as prisões a pedido da Justiça americana, onde corre um processo sobre corrupção na organização.

Marin foi visto deixando o hotel entre os detidos, acompanhado de policiais que carregavam sua mala e seus pertences em uma sacola plástica.
O vice-presidente da Fifa, Jeffrey Webb, que é presidente da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe), também está entre os detidos. Eles podem ser extraditados para os Estados Unidos.

Em nota, o Departamento de Justiça americano informou ter indiciado 14 pessoas por fraude, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha: nove dirigentes da Fifa e cinco executivos de empresas ligadas ao futebol.




O grupo é acusado de armar um esquema de corrupção com propinas de pelo menos US$ 150 milhões de dólares (mais de R$ 470 milhões), que existe há pelo menos vinte e quatro anos.
Entre as acusações que os suspeitos enfrentam estão lavagem de dinheiro, crime organizado e fraude eletrônica.

"O indiciamento sugere que a corrupção é desenfreada, sistêmica e tem raízes profundas tanto no exterior como aqui nos Estados Unidos”, disse a secretária de Justiça Loretta Lynch.
"Essa corrupção começou há pelo menos duas gerações de executivos do futebol que, supostamente, abusaram de suas posições de confiança para obter milhões de dólares em subornos e propina."

Mais brasileiros


Além de Marin, outros dois brasileiros estão envolvidos nas investigações sobre corrupção na Fifa.
O mais conhecido deles é José Hawilla, dono da Traffic Group, maior agência de marketing esportivo da América Latina.

O Departamento de Justiça norte-americano revelou que Hawilla assumiu a culpa em dezembro do ano passado por acusações de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
O outro acusado é José Margulies, conhecido como José Lázaro, proprietário de empresas de transmissão de eventos esportivos.

 

Copas de 2018 e 2022


Em outro desdobramento do caso, autoridades suíças abriram uma investigação sobre como foram escolhidas as sedes para as próximas duas Copas do Mundo.

Segundo a promotoria, o caso é "contra pessoas suspeitas de gestão criminosa de verbas e lavagem de dinheiro, ligadas à distribuição de verbas para as Copas de 2018 e 2022".

Autoridades também fizeram buscas na sede da Fifa em Zurique, onde documentos e arquivos digitais foram confiscados.

Em entrevista coletiva na manhã da quarta-feira, a Fifa disse que não há alteração nos planos de realizar as Copas de 2018 na Rússia e de 2022 no Catar.

Em nota, a organização disse que está "colaborando plenamente" com as investigações na qualidade de "parte lesada", e que "saúda ações que possam ajudar a contribuir para eliminar práticas criminosas no futebol".

 

Prisões


Os dirigentes da Fifa estavam reunidos em Zurique para o encontro anual da organização, marcado para sexta-feira, no qual o presidente Sepp Blatter buscaria um quinto mandato. Blatter não estaria entre os presos.



 
Estre os suspeitos estão (da esq. para a direita) Jeffrey Webb, Eduardo Li, Eugenio Figueredo, José Maria Marin
Segundo o jornal The New York Times, policiais à paisana pegaram a chave dos quartos dos suspeitos na recepção do hotel Baur au Lac e, sem alarde, deram início às prisões.
Eduardo Li, da Costa Rica, e o uruguaio Eugenio Figueredo, presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) também foram levados pelas autoridades.
Outros nomes confirmados posteriormente foram Jeffrey Webb, Julio Rocha, Costas Takkas, Rafael Esquivel (leia ao lado).




Quem mora no exterior deve continuar pagando INSS?

Publicado por Gisele Büchele Jucá - 2 dias atrás
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Por: Rômulo Saraiva


Muitos trabalhadores que resolvem deixar o Brasil para morar no estrangeiro não cessam o hábito de continuar pagando o INSS. Como aposentadoria é algo de extrema importância e ajuda na velhice, mesmo com a distância, essas pessoas arrumam um jeitinho para que a guia da Previdência Social (GPS) seja paga no final do mês. Mas, afinal, vale a pena manter essa despesa? A resposta pode variar conforme o caso. Normalmente vale a pena quando a pessoa tem interesse em garantir a aposentadoria brasileira, por não ter perspectiva de receber benefício no país estrangeiro; acumular uma aposentadoria do INSS com outra estrangeira; ou utilizar o tempo da previdência brasileira para averbar no outro país.

Quem não tiver o objetivo de acumular aposentadoria de regimes previdenciários distintos, não é vantajoso pagar a previdência no Brasil se o país estrangeiro já tiver acordo internacional com o INSS. É que neste caso o trabalhador poderá pagar em duplicidade. Por exemplo, desde 1995 a Espanha possui acordo bilateral previdenciário com o Brasil. Então, os brasileiros que lá trabalham, se pagam a seguridade social de lá, não precisam ter a preocupação de pagar o carnê aqui. Ocorrendo o regresso para o Brasil, esse histórico contributivo espanhol é computado na aposentadoria. Pelo menos, deveria já que o Instituto cria o maior obstáculo para fazê-lo.

O limite máximo de contribuição previdenciária atualmente é de R$ 4.662,43. Assim, se o salário do país estrangeiro for inferior a este patamar, pode compensar que o brasileiro arque com a despesa de pagar o carnê para integralizar o teto máximo do INSS. Evidentemente tal estratégia só valerá a pena se o país estrangeiro tiver acordo internacional que viabilize a exportação do tempo para o INSS. E vice-versa. Até a próxima.

Veja a lista de países que possuem acordo com o Brasil para o tempo estrangeiro ser usado no INSS:

ALEMANHA
ARGENTINA
BÉLGICA
BOLÍVIA
CABO VERDE
CANADÁ
CHILE
EL SALVADOR
EQUADOR
ESPANHA
FRANÇA
GRÉCIA
ITÁLIA
JAPÃO
LUXEMBURGO
PARAGUAI
PORTUGAL
URUGUAI
Países e locais que estão em negociação e ainda aguardam a burocracia para começar a valer:

COREIA
QUEBEC
SUÍÇA


Advogada Especialista em Direito Previdenciário
Advogada com experiência em Direito Previdenciário desde 2007. Possui graduação em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Pós-graduação em Direito Previdenciário pela Faculdade Maurício de Nassau (UNINASSAU). É sócia no escritório Jucá Advogados (Campina Grande - PB).

Advocacia colaborativa resolve conflitos sem ajuda de um juiz

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Um grupo de advogados abraçou a tarefa de tentar desenvolver no Brasil um modelo de solução de conflitos que coloca o Judiciário fora das decisões entre as partes. A chamada advocacia colaborativa, comum nos Estados Unidos, prevê um acordo de “não litigância” pelo qual advogados e envolvidos se comprometem a não levar o problema a um juiz. A ideia é fundar ainda neste ano o Instituto Brasileiro de Práticas Colaborativas.

Mensalmente, cerca de cem profissionais se reúnem para discutir possíveis formas de abrasileirar o modelo americano. O tema é estudado por esse grupo desde 2011 e, em 2013, um projeto elaborado por eles foi vencedor do prêmio Innovare, do Ministério da Justiça, na categoria advocacia. O objetivo é que a resolução do conflito envolva as partes e uma equipe que, além dos advogados, inclua a figura do coach (espécie de treinador) – na maior parte das vezes, um psicólogo – e de um especialista financeiro e um terapeuta infantil, a depender da natureza da discussão.

A prática é mais usada em divórcios consensuais, quando os envolvidos pretendem preservar a boa convivência futura, diz Mônica Gama, advogada colaborativa e sócia instituidora da área de comunicação do futuro instituto.

A principal característica da prática é a cláusula de não litigância, que desabilita advogados envolvidos a participar de uma ação judicial referente ao caso entre os clientes. Não basta o advogado se dizer colaborativo se ele adotar uma postura negocial beligerante. “A prática colaborativa tem esse espírito de que tanto advogados como as partes integrem uma equipe”, afirma Luis Gustavo Bassani, sócio do BMI Advogados e membro do grupo de estudos.

A presença de mais profissionais na solução do conflito sugere um aumento no custo. Os advogados que defendem o modelo alegam, porém, que o valor pode parecer mais elevado inicialmente, mas, considerando-se o tempo de um processo na Justiça e a possibilidade de dilapidação do patrimônio, o valor acaba sendo menor. “No Brasil, já pensamos em novos formatos, porque esse modelo, inicialmente, pode ser um pouco mais caro para o cliente”, diz Mônica.

Os advogados à frente do grupo de estudos desconhecem casos brasileiros em que o modelo tenha sido aplicado. Mas já há situações abrasileirados sem a figura do coach. “Ainda não se consegue vender o serviço modelo completo, incluindo coach e analista financeiro”, afirma Sandra Bayer, cujo escritório só atua em casos consensuais.

Sandra diz que busca atuar dentro do modelo colaborativo e cita como exemplo um cliente que chegou ao escritório para propor uma ação judicial para vender sua parte em uma sociedade, após um desentendimento. O contador da empresa foi o intermediário entre os advogados. “A venda judicial não seria uma solução boa e o advogado da outra parte percebeu”, afirma. A sociedade foi dissolvida, mas de forma que os dois sócios seguiram na atividade, repartindo o negócio. “Consideramos um sucesso porque ninguém saiu perdendo.”

Adolfo Braga Neto, presidente do Instituto de Mediação e Arbitragem do Brasil (IMAB) e participante do grupo de estudos também atua sem a figura do coach. Em um caso recente de um divórcio com disputa patrimonial, o casal mudou o andamento da solução após um economista projetar que em dois meses eles dilapidariam o patrimônio pelo qual estavam brigando. Para os profissionais, no entanto, nem todos casos estão prontos para serem trabalhados colaborativamente. “Precisa não querer brigar”, diz Braga.

A prática é vista com bons olhos pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), especialmente pela possibilidade de resolução dos conflitos fora da Justiça. A cada ano, para cada dez novas demandas no Judiciário, apenas três já em estoque são resolvidas, segundo o relatório Justiça em Números do CNJ. O conselheiro do CNJ, Emmanoel Campelo, acredita que o modelo pode ser interessante para as empresas. “Partes vencedoras de uma disputa frequentemente se sentem perdedoras pelo tempo, custas e, principalmente, perda de vínculo”, afirma.

O grupo de estudos de práticas colaborativas realizou em abril o primeiro curso de capacitação. Cerca de 150 profissionais – entre advogados, psicólogos e especialistas financeiros – saíram habilitados a atuar dentro do modelo de resolução de conflitos. “Fazer a transição de advogado litigante para advogado colaborativo requer tempo, treinamento e experiência”, diz o advogado Marcello Rodante, também integrante do grupo.

A expectativa é que uma nova capacitação seja realizada no segundo semestre e que o instituto brasileiro seja lançado oficialmente neste ano, com a disponibilização da rede de contatos do grupo. Segundo Olivia Fürst, advogada colaborativa no Rio Janeiro, a ideia é que o modelo funcione nos moldes do “International Academy of Collaborative Professionals” (IACP) dos Estados Unidos, que indica uma rede de profissionais capacitados a quem o procura. “Muitos profissionais já trabalham de forma muito cooperativa. Estamos estruturando um método para auxiliar essa prática e criar uma cultura”, diz Olívia.


Advogada, Sócia Proprietária do escritório Andrade Gama Advocacia
Advogada, Formada na Faculdade de Direito e bacharel em Psicologia ambas pela Universidade de São Paulo, Especializada em Direito de Família pela Escola Paulista de Direito (EPD) Membro do Conselho Deliberativo e Instituidora do Instituto Brasileiro de Práticas Colaborativas (IBPC)

Visita ao México abre nova fase nas relações comerciais, afirma ministro



Visita ao México abre nova fase nas relações comerciais, afirma ministro


Cidade do México (27 de maio) – Ao fim do primeiro dia da visita oficial ao México, o ministro Armando Monteiro participou do seminário empresarial Brasil-México e fez um balanço dos avanços alcançados na relação comercial entre os dois países.

Para Monteiro, “é importante reconhecer que temos o desafio de ampliar nossos fluxos de investimentos e, principalmente, de comércio - já que nosso intercâmbio representa menos de 2% do total da corrente de cada país”. O ministro destacou que passos importantes foram dados com a visita da presidente Dilma, que permitirão abrir uma nova fase nas relações comerciais entre os dois países.

Durante a visita, os presidentes acertaram a celebração de um acordo de comércio expandido, que incluirá setores como o de serviços, comércio eletrônico, compras governamentais, facilitação de comércio, medidas sanitárias e fitossanitárias, obstáculos técnicos ao comércio, propriedade intelectual, coerência regulatória, entre outros. A primeira reunião entre as equipes governamentais para detalhar os termos do acordo será no início de julho. Segundo o ministro, “o impacto desse acordo ultrapassa a dimensão bilateral e demonstra as possibilidades reais de aproximação efetiva com os países da Aliança do Pacífico”.

Foi assinado também, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério das Relações Exteriores e Secretaria de Economia do México, um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos, o primeiro desse tipo na América Latina (já foram assinados acordos com os países africanos Moçambique e Angola). Na opinião de Monteiro, “o modelo desse acordo contribui para a melhoria do ambiente de negócios, por meio de medidas que fomentam a segurança jurídica e a prevenção de controvérsias, em benefício das empresas investidoras dos dois países”.

O secretário de Economia mexicana, Ildefonso Villarreal Guajardo, lembrou que México e Brasil representam 63% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina. “Por isso, não há futuro de integração latino-americana sem uma sintonia desses dois países. Até julho, vamos desenvolver uma agenda de facilitação de comércio e trabalho conjunto entre Mercosul e Aliança do Pacífico”, afirmou.

Cooperação

Durante o encontro empresarial, foram assinados ainda instrumentos de cooperação entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua contraparte mexicana, o Conselho Empresarial Mexicano de Comércio Exterior (COMCE); entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a ProMexico, para atividades conjuntas de promoção de exportações e investimentos; e entre o BNDES e o BancoMext, para prestar apoio a internacionalização de empresas brasileiras e mexicanas, por meio de financiamento e garantias a investimentos produtivos.

De acordo com o presidente da Apex-Brasil,  David Barioni, as duas entidades de promoção comercial passam a trabalhar em conjunto no compartilhamento de informações estratégicas. “Apex-Brasil e ProMexico vão identificar setores de oportunidades e compartilhar informações sobre estatísticas, requisitos de acesso, regulamentos e incentivos”, explicou. Barioni também destacou que, no campo dos investimentos, o acordo estabelece a elaboração conjunta de estudos para fomentar os investimentos bilaterais e identificar barreiras que travam esse fluxo.

Ao todo, durante a visita da presidente Dilma, os governos firmaram oito acordos e memorandos de entendimento em diversas áreas - pesca e aquicultura, serviços aéreos e turismo.

Encontro empresarial

Promovido pela CNI, COMCE, Apex-Brasil e ProMexico, o Seminário Empresarial Brasil-México reuniu mais de 50 empresários brasileiros de cinco setores: automotivo, cosméticos, alimentos, eletroeletrônicos e tecnologia da informação. O evento lançou as bases para o estabelecimento de uma relação mais estreita entre empresários, que trocaram experiências e apresentaram oportunidades de negócios e investimentos bilaterais.

Durante o discurso de encerramento do encontro, a presidenta Dilma Rousseff disse que os acordos assinados entre os dois países, nessa terça-feira (26/05), conferem equilíbrio, previsibilidade e transparência ao comércio bilateral e estimulam a integração produtiva na região. “Há, por parte do governo brasileiro e mexicano, vontade política de garantir e assegurar um ambiente amigável aos negócios, aos investimentos e para resolver conflitos”, afirmou.

De acordo com Monteiro, a comitiva empresarial presente no encontro “se distingue pela qualidade, diversidade setorial e firme disposição para ampliar as oportunidades de negócios entre os dois países”. O ministro ressaltou ainda que os governos brasileiro e mexicano estão empenhados na construção de uma agenda de fortalecimento das relações econômico-comerciais.

Para o presidente da CNI, Robson Andrade, os resultados da visita presidencial e do encontro de empresários são positivos: “A visita da presidente Dilma é um passo importante para que possamos ampliar as negociações e  incluir mais produtos no acordo comercial com o México. É ótima notícia também o Brasil facilitar investimentos no México, que é um importante parceiro brasileiro”.

Mais informações para a imprensa:
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(61) 2027-7190 e 2027-7198
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